Trilhas da
Libertação
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 10
Prosseguimos neste espaço o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.
Este estudo é publicado neste blog às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
73. A mediunidade responsável jamais subirá aos palcos sem
consequências funestas?
Sim. Foi Allan
Kardec quem o disse. A mediunidade responsável jamais subirá aos palcos sem
consequências funestas para aquele que se deixa arrastar pelo sensacionalismo e
pela audácia. Sem a presença dos Espíritos não ocorre o fenômeno mediúnico e,
como os nobres não se submetem a tal ridículo, não faltam os levianos e maus
que se comprazem com essas excêntricas demonstrações espetaculosas, normalmente
resultando, em face do mau uso, em suspensão ou perda da faculdade. (Trilhas da Libertação. Socorros de
Emergência, pp. 204 e 205.)
74. É verdade que o dr. Grass, o médico espiritual que
trabalhava com o médium Davi, foi diversas vezes substituído por um
mistificador desencarnado?
Sim. O padrão
vibratório do psiquismo de Davi se tornara tão instável e inferior, que ele por
diversas vezes deu acesso à comunicação de hábil mistificador, que se passava
pelo dr. Grass, ludibriando os aficionados desatentos e fascinados que
transitavam na mesma faixa moral e psíquica. É por isso que logo depois
começaram os insucessos, principalmente através de aplicação de antibióticos,
quando terminadas as cirurgias, que passaram a provocar dores nos pacientes. É
que o desgaste das energias genésicas de Davi nas noitadas de prazer,
encharcando o perispírito de vibrações perniciosas, produzia a neutralização do
conteúdo anestésico dos seus fluidos, diluindo igualmente, mais tarde, a ação
bactericida, mesmo quando outros benfeitores espirituais tentavam intervir para
manter a assepsia ou retirar a dor. (Obra citada. Socorros de Emergência, pp.
205 a 207.)
75. Deseja conhecer alguém? Qual método, com esse objetivo, é
sugerido pelo Soberano das Trevas?
O método sugerido alcançava
grande êxito no tocante ao médium Davi, que, em razão da mudança de
comportamento, passou a ter grande aptidão para fazer inimigos. Sempre de mau
humor, exteriorizando cansaço e azedume, somente se sentia estimulado e jovial
quando sua corte o cercava de bajulação e jovens mulheres, adredemente
contratadas, apresentavam-se para as orgias nos hotéis e bordéis da moda.
Podia-se, na decadência do médium imprevidente, encontrar algumas das regras
propostas pelo Soberano das Trevas. “Deseja conhecer alguém? – dissera ele em
certa ocasião – conceda-lhe liberdade, poder, fortuna! Depois retirem-lhe tudo,
caso ele não tombe na primeira fase.” (Obra citada. Socorros de Emergência, pp.
205 a 207.)
76. Quais são as características essenciais ao bom servidor
que atua no campo da mediunidade?
No exercício da
mediunidade iluminada pelo Espiritismo, a renúncia aos destaques e às glórias
humanas, a humildade natural, espontânea, a ação no bem, a gratuidade dos seus serviços,
a honradez e seriedade moral constituem características essenciais ao bom
servidor. (Obra citada. Socorros de Emergência, pp. 208 a 210.)
77. Em que sentido é importante para o médium o exercício
correto da mediunidade?
Em todos os sentidos.
A vivência dinâmica dos postulados espíritas e o exercício correto da
mediunidade constituem recursos preciosos para o trânsito seguro e lúcido entre
as esferas física e espiritual. Disso lhe advém a necessária segurança para
realização da tarefa que assumiu. (Obra citada. Socorros de Emergência, pp. 210
a 212.)
78. Por que a situação moral do médium Davi havia chegado
àquele ponto que os próprios mentores espirituais consideravam deplorável?
Por falta de
vigilância e vitimado pelas imperfeições que não corrigiu, ele passou a
sintonizar com entidades inferiores que tinham por objetivo levá-lo à ruína
moral. Tornou-se, então, a partir desse momento, desequilibrado e incorreto,
havendo derrapado nos crimes da simonia e da usurpação de valores que, legitimamente,
não lhe pertenciam, mas que no final terá de deixar, qual acontece com tudo que
seja material. (Obra citada. Socorros de Emergência, pp. 214 a 216.)
79. Que objetivo com relação ao médium Davi tinha seu inimigo
desencarnado?
O objetivo era
levá-lo à morte, mas não a uma morte simples, uma morte qualquer. Davi seria
levado a provocar, ele mesmo, a cena de sangue, a fim de que fosse culpado da
própria morte. “Calar-lhe-emos a arrogância, arrojando-o ao chão e o
aguardaremos...”, informou o perseguidor, sob os aplausos de alguns companheiros
que haviam sido também levados à reunião na Casa Espírita. (Obra citada.
Socorros de Emergência, pp. 216 a 218.)
80. Na reunião realizada na Casa Espírita, o dr. Hermann
também se manifestou com relação ao médium Davi?
Sim. Por meio do
médium Leonardo, o dr. Hermann, dirigindo-se a Davi e admoestando-o com
severidade, recordou-lhe os desmandos passados e o compromisso assumido para
resgatá-los mediante a ação da caridade. Tão profundas foram as suas palavras e
tão grave a situação, que o médico concluiu a comunicação entre lágrimas de
ternura e preocupação com o destino do médium desatento, que acompanhou todas
as cenas com alguma indiferença. É que o entorpecimento moral a que se
entregara asfixiava-lhe o Espírito, em face da ilusão do mundo material. (Obra
citada. Socorros de Emergência, pp. 216 a 218.)
Observação:
Para acessar a parte 9 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/04/blog-post_25.html
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