Trilhas da
Libertação
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 13
Prosseguimos neste espaço o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995. Este estudo será publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
97. Com que palavras o benfeitor espiritual Fernando se
refere, nesta obra, ao mundo espiritual?
Ele diz que o mundo
espiritual é o mundo causal, eterno, real. O mundo físico é uma pobre modelagem
dele. “O mundo espiritual é o grande lar, de onde se sai em viagem experimental
de iluminação e para onde se retorna com os resultados insculpidos na
consciência”, acrescentou o benfeitor espiritual. É por isso que aqueles que
fracassam buscam fugir da responsabilidade e acumpliciam-se com outros
semelhantes, em vãs tentativas de escaparem de si mesmos e da Consciência
Divina. (Trilhas da Libertação. Novos
Rumos, pp. 264 e 265.)
98. É verdade que nenhum bem que façamos fica sem resposta?
Sim. Há sempre uma
recompensa de amor a qualquer ato de amor, mesmo quando inconscientemente
ocorre essa atitude. Referindo-se ao médium Davi, cujo falecimento provocara
comoção em inúmeros lugares, o irmão Ernesto informou: “Milhares de pessoas de
ambos os planos da Vida rogam bênçãos para o amigo, que as ajudou a diminuir
sofrimentos físicos e angústias morais. Outras tantas se interrogam como
ficarão agora, tendo em vista o afeto que devotam ao nobre médico”. (Obra
citada. Novos Rumos, pp. 266 e 267.)
99. Que fato ocorreu com a senhora Adelaide, no momento em
que o corpo do seu marido era baixado à sepultura?
Após palavras de
simpatia e as homenagens dirigidas a Davi, no momento em que seu corpo era
baixado à sepultura, Adelaide – que permanecia impactada, tensa – pareceu
despertar e, emitindo um grito rouco, qual fera aprisionada, empalideceu e
tombou inconsciente. A face apresentou-se congestionada, as pernas e os braços
distenderam-se, a língua foi projetada para fora da arcada dentária. A cabeça
passou a mover-se de cima para baixo freneticamente e, logo depois, instalou-se
a fase clônica(1), o momento terrível da convulsão. Dr. Carneiro,
profundamente compadecido, envolveu a paciente em fluidos calmantes,
informando: “Nossa irmã começa a viver o seu calvário redentor. Trata-se de uma
crise convulsiva de natureza epiléptica e é necessário aguardar-se o estado de
torpor, pois que providência alguma poderá ser tomada em tal circunstância”.
(Obra citada. O Calvário de Adelaide, pp. 270 e 271.)
100. Qual a causa da crise convulsiva de natureza epiléptica
que acometeu Adelaide?
Segundo explicações
dadas pelo dr. Carneiro, foi a conduta irregular de Adelaide, em relação ao
esposo traído e assassinado no passado, que lhe insculpiu a consciência de
culpa, responsável pela disfunção de que era agora objeto. Esse tipo de
episódio, lembrou o Mentor, resulta de emoções violentas, inesperadas, como a
que ocorreu no cemitério. Não conseguindo suportar a pressão, que havia
alcançado o máximo, a crise foi uma forma de eliminação das tensões. Como a sua
gênese era o comportamento fútil e criminoso da existência pretérita, o
tratamento iria exigir, por sua vez, cuidados psiquiátricos específicos e
espirituais profundos, a começar pela mudança de comportamento para melhor,
superando, através da ação no bem, os grandes males que praticou e os estímulos
negativos que infundiu em seu atual esposo. (Obra citada. O Calvário de
Adelaide, pp. 274 e 275.)
101. Os acontecimentos poderiam ter tomado outro rumo, caso o
comportamento de Adelaide na atual existência fosse diferente?
Sim. “Todo esse
triste panorama – informou dr. Carneiro – poderia ser diferente, hoje, caso
houvesse encontrado ressonância no íntimo a proposta iluminativa, amorosa, que
o Espiritismo lhe concedeu. A ambição exorbitante responde pelo despautério e
alucinação humanos, nos seus desregramentos.” (Obra citada. O Calvário de
Adelaide, pp. 274 e 275.)
102. Somos, então, construtores do nosso próprio destino?
Claro. “O Espírito –
asseverou dr. Carneiro – é sempre o arquiteto da sua vida, o formulador do seu
destino. Por entendê-lo dessa forma, Jesus, o Psicoterapeuta Excelente,
recomendava morigeração, equilíbrio, vida íntima saudável e, ao curar, propunha
a terapia preventiva do não voltar a pecar, a comprometer-se, a fim de que não
acontecesse nada pior.” (Obra citada. O Calvário de Adelaide, pp. 276 a 278.)
103. Quando nos dispomos para o bem, este vem em nosso
socorro?
Sim. O desfecho do
caso Raulinda foi mais uma prova disso. Basta que a criatura se disponha para o
bem e este virá em seu socorro, solucionando quaisquer dificuldades que se
apresentem como intransponíveis. (Obra citada. O Enfrentamento, pp. 283 e 284.)
104. O dr. Hermann, o cirurgião desencarnado e antigo
parceiro do médium Davi, acolheu a proposta de trabalho que lhe fora apresentada?
Sim. Com a proposta,
por ele aceita, as futuras cirurgias espirituais seriam realizadas no campo
perispiritual, sem cortes físicos nem espetáculos perigosos de exibicionismo
desnecessário. O fato produziu um sopro de alegria em todos, prenunciando
porvindouras realizações enobrecedoras e mostrando que a ação da caridade
jamais cessa e nada a impede, por ser a alma do Bem a expressar-se no amor,
iluminada pela fé. (Obra citada. O Enfrentamento, pp. 283 e 284.)
(1) Clônica – relativo a clono: espasmo em que se
alternam, em rápida sucessão, rigidez e relaxamento.
Observação:
Para acessar a parte 12 deste estudo, publicada na semana passada,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/05/blog-post_16.html
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