A Vida no Outro Mundo
Cairbar Schutel
Parte 24
Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro A Vida no Outro Mundo, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1932 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP).
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas
encontram-se no final do texto abaixo.
Este estudo será publicado neste blog
sempre às sextas-feiras.
Questões preliminares
A. As revelações acerca do Mundo
Espiritual têm sido generalizadas ou recebidas apenas em alguns poucos
grupos?
B. Existe uma linha de demarcação
entre o nosso mundo e o Além?
C. É correto dizer que o nosso mundo é
um reflexo do Mundo dos Espíritos?
Texto para
leitura
308.
Não será para admirar que muitos, ao lerem este livro, principalmente na
parte que trata do "plano da vida após a morte", recebam com
indiferença, e mesmo com cepticismo, as descrições que damos da Vida no Outro
Mundo. (A Vida no Outro Mundo – Cap.
XXII – A complexidade do mundo espiritual.)
309. Alheio às coisas espirituais;
viciado por um culto rotineiro que não fala à razão nem ao coração; passivo às
injunções sacerdotais, que têm sufocado as mais belas aspirações humanas, o
homem, preso ao dogma e a bastardos ensinos que têm desvirtuado a natureza
íntima da Outra Vida, não pode deixar de se admirar da complexidade do Mundo
dos Espíritos. (Obra citada – Cap. XXII – A complexidade do mundo espiritual.)
310. Como acreditar sem indispensável
preparo que, em vez de um Céu abstrato, de indolente contemplação, de um
Purgatório purificador, de um Inferno de chamas, existe um Mundo absolutamente
complexo, onde há tudo o que é preciso para que a vida normal do Espírito não
se ressinta da falta dos meios necessários ao seu bem-estar e, simultaneamente,
ao seu progresso? (Obra citada – Cap. XXII – A complexidade do mundo
espiritual.)
311. Como crer na existência de
parques, cidades, avenidas, casas, edifícios, jardins, flores no Outro Mundo,
se os ensinos clericais nos pintam a Outra Vida com cores muito diversas, como
se ela fosse o extremo limite da existência, a última etapa a que
irremediavelmente teríamos de chegar e que resolveria absolutamente a nossa
condição futura? (Obra citada – Cap. XXII – A complexidade do mundo
espiritual.)
312. A Revelação dos Espíritos veio
produzir uma revolução completa nas ideias da Humanidade sobre a outra vida.
Contrariando toda conjectura e todas as concepções humanas, os Espíritos se
manifestaram e nos trouxeram notícias esclarecidas do Mundo em que habitam, e
essas revelações, longe de terem caráter pessoal, têm sido dadas em todos os
pontos do globo e em épocas diversas. E foram julgadas concludentes por homens
de grande valor, como Conan Doyle, Oliver Lodge, Carl du Prel e outros. (Obra
citada – Cap. XXII – A complexidade do mundo espiritual.)
313. A verdade é que o Além não é
senão um Além, que é, evidentemente, desconhecido neste mundo. A crença
infantil dos povos colocou o Além nas esferas superiores, porque consideravam a
Terra como o centro do Universo. Copérnico pôs fim a essa concepção errônea,
devassou o Além e deslocou o Céu. (Obra citada – Cap. XXII – A complexidade do
mundo espiritual.)
314. A linha de demarcação entre este
mundo e o Além não é geométrica; ela é traçada pelas nossas sensações. Este
mundo e o Além não estão próximos um do outro; ao contrário. Eles estão um no
outro, de sorte que, a despeito de Copérnico, nós possuímos um Além. O mais
racional seria, então, admitir que este mundo e o Além se acham no mesmo plano.
(Obra citada – Cap. XXII – A complexidade do mundo espiritual.)
315. A tudo isto precisamos
acrescentar as construções e criações fluídicas operadas com a força do
pensamento e da vontade, assuntos de que Allan Kardec tratou magistralmente em
“O Livro dos Espíritos” e em “O Livro dos Médiuns” e que outros reveladores têm
feito mais circunstanciadamente ainda. (Obra citada – Cap. XXII – A
complexidade do mundo espiritual.)
316. Pode-se, finalmente, concluir,
que os seres viventes, após a morte do invólucro físico, permanecem no Além, em
meios que lhes são peculiares, conservando, até ulterior evolução, a forma que
tinham na Terra, nos ares, nas águas. (Obra citada – Cap. XXII – A complexidade
do mundo espiritual.)
317. É assim que se pode entender o
fato de ser o nosso mundo um reflexo do Mundo dos Espíritos, o que é revelado
agora, não mais como uma abstração, mas, sim, como uma realidade; e parece-nos
razoável sejam as plantas, as flores, nesse mundo, muito mais belas e
perfumadas que as nossas, pois, em sua essência, não poderiam deixar de ser,
bem assim os animais, muito mais inteligentes e bonitos que os terrenos. (Obra
citada – Cap. XXII – A complexidade do mundo espiritual.)
318. Submetidos assim, não à Evolução
da Espécie, mas à Lei da Evolução Anímica, tanto num mundo como no outro, os
Espíritos, de acordo com suas necessidades psíquicas, pelos renascimentos
sucessivos, ou seja, pela reencarnação, sobem com mais ou menos brevidade a
escada do progresso para atingirem a Perfeição Espiritual. Por isso é que se
diz que os dois Mundos, o terráqueo e o dos Espíritos, são solidários, reagindo
um sobre o outro, além de que as Entidades de maior progresso neste último
concorrem com suas luzes para a evolução coletiva, ora ensinando, ora
protegendo os seres que se acham sob sua guarda. (Obra citada – Cap. XXII – A
complexidade do mundo espiritual.)
319. Repitamo-lo, pois: a outra vida
não é uma concepção abstrata, mas constitui um mundo complexo digno de atenção
e onde acumulamos os nossos melhores tesouros, tesouros incorruptíveis que nos
garantem a verdadeira felicidade. (Obra citada – Cap. XXII – A complexidade do
mundo espiritual.)
Respostas às
questões preliminares
A. As revelações acerca do Mundo Espiritual têm sido
generalizadas ou recebidas apenas em alguns poucos grupos?
Essas revelações, longe de terem
caráter pessoal, têm sido dadas em todos os pontos do globo e em épocas
diversas, tanto antes como depois do advento do Espiritismo. E foram julgadas
concludentes por homens de grande valor, como Conan Doyle, Oliver Lodge, Carl
du Prel e outros. (A Vida no Outro Mundo
– Cap. XXII – A complexidade do mundo espiritual.)
B. Existe uma linha de demarcação entre o nosso mundo e o
Além?
A linha de demarcação entre este mundo
e o Além não é geométrica; ela é traçada pelas nossas sensações. Este mundo e o
Além não estão próximos um do outro; ao contrário. Eles estão um no outro, de
sorte que, a despeito de Copérnico, nós possuímos um Além. (Obra citada – Cap.
XXII – A complexidade do mundo espiritual.)
C. É correto dizer que o nosso mundo é um reflexo do Mundo
dos Espíritos?
Sim. Os fatos nos levam a acreditar
que o nosso mundo é, sim, um reflexo do Mundo dos Espíritos, o que é revelado
agora, não mais como uma abstração, mas como uma realidade. (Obra citada – Cap.
XXII – A complexidade do mundo espiritual.)
Observação:
Para acessar a Parte 23 deste
estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/07/blog-post.html
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