A Vida no Outro Mundo
Cairbar Schutel
Parte 23
Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro A Vida no Outro Mundo, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1932 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP).
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas
encontram-se no final do texto abaixo.
Este estudo será publicado neste blog
sempre às sextas-feiras.
Questões preliminares
A. Quem foi Swedenborg?
B. Como Swedenborg descreve o Outro
Mundo?
C. Que destino, segundo Swedenborg,
têm as crianças após sua morte corpórea?
Texto para
leitura
294. Infelizmente (ou felizmente) nada
havíamos lido sobre Swedenborg. De Swedenborg somente conhecíamos o nome e a
fama, como um grande Espírito e um grande médium. E já havíamos concluído esta
obra, para entregá-la ao prelo, quando nos veio à mão um grande capítulo sobre
Swedenborg e suas visões, seu modo de encarar a Religião, sua filosofia, sua biografia.
(A Vida no Outro Mundo – Cap. XXI –
As revelações de Swedenborg.)
295. Lemo-lo com sofreguidão, pois
tudo que os grandes homens têm dito e escrito não têm outro fim senão o de nos
ilustrar e nos fazer progredir, gerando a luz que nos guia nas vicissitudes da
vida. Deliberamos, então, adiar para o dia seguinte a entrega da obra ao prelo,
para incluir nela algo do que lemos, principalmente o que se refere ao modo de
ver de Swedenborg sobre a vida no Além. (Obra citada – Cap. XXI – As revelações
de Swedenborg.)
296. Swedenborg, ou antes, Emmanuel
Swedenborg, foi um grande engenheiro de minas e grande autoridade em
Metalurgia. Natural da Suécia, onde foi também militar, contribuiu para o
sucesso das campanhas de Carlos XII da Suécia. Alta autoridade em Astronomia e
em Física, escreveu obras eruditas sobre as marés e a determinação das
latitudes. Além disso, tinha profundos conhecimentos de Zoologia e Anatomia.
Financista e economista político, elevou-se ainda acima de Adam Smith. Conhecia
a Bíblia a fundo; foi um teólogo nato. (Obra citada – Cap. XXI – As revelações
de Swedenborg.)
297. Tudo isso, porém, nada é em face
de suas faculdades psíquicas. Swedenborg foi o fundador de uma doutrina,
baseada toda ela sobre a outra vida, por meio de comunicação com os Espíritos.
Ele dizia que este mundo nada mais era que um laboratório de almas, um campo de
experimentação em que o material se aperfeiçoa e libera o espiritual. (Obra
citada – Cap. XXI – As revelações de Swedenborg.)
298. Desde criança se revelou grande
vidente. Suas faculdades psíquicas manifestaram-se em diversos momentos de sua
vida. O que, porém, de Swedenborg mais nos interessa para esta obra, são suas
revelações sobre a Outra Vida. (Obra citada – Cap. XXI – As revelações de
Swedenborg.)
299. Segundo ele, o Outro Mundo
consiste em um número de esferas diferentes, que representam certo grau de
luminosidade e de felicidade, a cada uma das quais vamos depois da morte,
segundo nossas condições espirituais. Ali somos julgados de maneira automática,
por uma espécie de lei espiritual, que determina o resultado total da nossa
vida, de sorte que a absolvição e o arrependimento no momento da morte nenhum
valor têm. (Obra citada – Cap. XXI – As revelações de Swedenborg.)
300. Ele viu, naquelas esferas, a
reprodução do que há neste mundo. Viu casas, nas quais viviam famílias,
templos, salões de reuniões para fins sociais, palácios etc. (Obra citada –
Cap. XXI – As revelações de Swedenborg.)
301. A morte, segundo Swedenborg, não
devia ser temida, em face da presença de seres espirituais que ele via
assistindo os agonizantes e iniciando-os na nova existência. (Obra citada –
Cap. XXI – As revelações de Swedenborg.)
302. Os recém-chegados, diz ele,
passavam por um período imediato de repouso, depois do que recobravam os
sentidos em poucos dias. Ao morrer, nada perdemos do nosso eu; tornamo-nos até
mais perfeitos do que no nosso estado corpóreo. Conservamos nossas faculdades,
nosso modo de pensar, nossas crenças, nossos preconceitos. (Obra citada – Cap.
XXI – As revelações de Swedenborg.)
303. As crianças são bem recebidas no
Outro Mundo, sejam ou não batizadas. Aí elas crescem e são adotadas por
mulheres jovens, até que lhes apareçam suas mães verdadeiras. (Obra citada –
Cap. XXI – As revelações de Swedenborg.)
304. Não existe castigo eterno. O
matrimônio, em forma de união espiritual, constitui uma unidade humana, cada
homem com sua mulher. (Obra citada – Cap. XXI – As revelações de Swedenborg.)
305. Swedenborg fala também sobre o
trabalho dos artistas, das flores, dos frutos, dos bordados, da Arte, da
Música, da Literatura, das Ciências, das escolas, dos museus, dos colégios, das
livrarias que existem no Outro Mundo. (Obra citada – Cap. XXI – As revelações
de Swedenborg.)
306. Os que, velhos, enfermos,
decrépitos, deformados, abandonam este mundo, renovam, na Outra Vida, a sua
juventude e recobram gradualmente o pleno vigor. Os casados continuam juntos,
se seus sentimentos mútuos permanecerem inalterados. Caso contrário, o
matrimônio fica sem efeito. Os amantes que se adoram não ficam separados pela
morte, o Espírito do falecido permanece unido ao do sobrevivente, até que ambos
se reúnam na Outra Vida. (Obra citada – Cap. XXI – As revelações de
Swedenborg.)
307. A doutrina de Swedenborg é, como
vemos, Espiritismo puro, e é por isso que ele é considerado um precursor da
Nova Revelação, porque nos permitiu ter informações sobre o Mundo dos Espíritos
numa época bem anterior à eclosão das manifestações dos Espíritos neste mundo.
(Obra citada – Cap. XXI – As revelações de Swedenborg.)
Respostas às
questões preliminares
A. Quem foi Swedenborg?
Emmanuel Swedenborg foi engenheiro de
minas e grande autoridade em Metalurgia. Natural da Suécia, onde foi também
militar e autoridade em Astronomia e em Física. Autor de obras eruditas sobre
as marés e a determinação das latitudes, tinha profundos conhecimentos de
Zoologia, Anatomia, finanças públicas e economia política. Conhecia a Bíblia a
fundo e foi um teólogo nato. Dotado de preciosas faculdades psíquicas, foi ele
fundador de uma doutrina baseada sobre a chamada outra vida, por meio de
comunicação com os Espíritos. Swedenborg dizia que este mundo nada mais é que
um laboratório de almas, um campo de experimentação em que o material se
aperfeiçoa e libera o espiritual. (A Vida
no Outro Mundo – Cap. XXI – As revelações de Swedenborg.)
B. Como Swedenborg descreve o Outro Mundo?
Segundo ele disse, o Outro Mundo
consiste em um número de esferas diferentes, que representam certo grau de
luminosidade e de felicidade, a cada uma das quais vamos depois da morte,
segundo nossas condições espirituais. Ali somos julgados de maneira automática,
por uma espécie de lei espiritual, que determina o resultado total da nossa
vida, de sorte que a absolvição e o arrependimento no momento da morte nenhum
valor têm. (Obra citada – Cap. XXI – As revelações de Swedenborg.)
C. Que destino, segundo Swedenborg, têm as crianças após
sua morte corpórea?
As crianças são bem recebidas no Outro
Mundo, sejam ou não batizadas. Aí elas crescem e são adotadas por mulheres
jovens, até que lhes apareçam suas mães verdadeiras. (Obra citada – Cap. XXI –
As revelações de Swedenborg.)
Observação:
Para acessar a Parte 22 deste
estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/06/blog-post_24.html
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