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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

 



Tormentos da Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 12

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

67. Dois objetivos principais constituíram o foco do atendimento prestado a Ambrósio. Quais foram eles?

O primeiro objetivo foi romper a fixação mental de um dos seus adversários, o que foi conseguido graças à psicofonia atormentada, retirando as energias que lhe estavam imantadas e transferindo-as para a médium. O segundo objetivo foi retirar de Ambrósio as frases e as ideias que nele foram fixadas desde há muitos anos, quando ele se encontrava no exercício da mediunidade e começou a sintonizar com as Entidades perversas que o sitiavam. Todas aquelas frases eram hipnóticas e se tornaram gravações verbais a se repetir sem cessar, levando-o ao desespero, à obediência. Esse é um dos hábeis mecanismos geradores de obsessões, porque o paciente não tem como deixar de estar em contato interno com os comandos devastadores, que terminam por dominar-lhe o raciocínio, a vontade e a emoção. (Tormentos da Obsessão, cap. 12 – Terapia Especial.)

68. Que ligação existe entre o Dr. Baraduc e a tese do corpo mental?

Segundo o Dr. Inácio, foi o Dr. Baraduc, o nobre médico francês, que se dedicou à pesquisa do duplo etéreo, quem denominou essa emanação da mente, que ele pôde fotografar, por corpo mental. Trata-se, naturalmente, de um delicado envoltório, qual ocorre com o perispírito em relação ao Espírito. (Obra citada, cap. 12 – Terapia Especial.)

69. O conhecimento das propriedades do perispírito é importante para compreendermos bem questões relacionadas com a saúde física e emocional do ser humano?

Sim. Diz Manoel P. de Miranda que o conhecimento das propriedades do perispírito é a única forma de compreendermos inúmeros enigmas que dizem respeito à saúde física, mental e emocional dos indivíduos, bem como os processos de evolução do ser humano. Sede da alma, arquiva as experiências que são vivenciadas, bem como os pensamentos elaborados, transformando-os em realidade, conforme a intensidade da sua constituição. Graças ao seu poder plástico, que lhe é uma das propriedades básicas, as ideias demoradamente mantidas levam a estados obsessivos-compulsivos, que terminam por alterar a forma do ser, que passa a vivenciar uma monoideia degenerativa e desagregadora da estrutura molecular, de que esse corpo sutil se constitui. (Obra citada, cap. 13 – A experiência de Licínio.)

70. Segundo Licínio, Ambrósio-orador era, na tribuna, bem diferente do Ambrósio-homem. Por que a diferença?

Realmente, Ambrósio-homem era indiferente ao público que ali se encontrava ansioso para ouvi-lo. Já Ambrósio-orador se apresentava feliz, quase meigo, rico de conhecimentos e produzia viva empatia no auditório superlotado. Licínio observou então que, durante a conferência, Ambrósio conseguiu romper a carapaça infeliz que o envolvia, entrando em sintonia com o Mundo espiritual que passou a inspirá-lo por intermédio de venerando Mensageiro de Esfera mais elevada. O verbo fluía pelos seus lábios em catadupas sonoras e agradáveis, enquanto dele se irradiava a energia do Benfeitor que produzia incomparável bem-estar em todo o público. Eis o porquê da diferença. (Obra citada, cap. 13 – A experiência de Licínio.)

71. Qual o perigo que cerca os médiuns que buscam adquirir status de santidade, tornando-se praticamente intocáveis?

Esse comportamento, cultivado por alguns que se inebriam da própria prosápia(1), termina por afogá-los na insensatez e no despautério. Foi o que acabou acontecendo com Ambrósio e certamente se verifica com muitos médiuns e oradores que são endeusados pelas pessoas, como se fossem celebridades carentes do aplauso público. (Obra citada, cap. 13 – A experiência de Licínio.)

72. Pode-se afirmar que a prática da mediunidade requer dignidade e seriedade de todos os que nela se encontram envolvidos?

Sim. A mediunidade, por mais vigor de que se revista, jamais produzirá com dignidade sob o açoite interno dos conflitos humanos, gerando a conduta reprochável do seu possuidor. Compromisso de gravidade, não se pode converter em instrumento de mercantilismo danoso, nem de diversão para frívolos sem consequências de alta periculosidade. (Obra citada, cap. 13 – A experiência de Licínio.)

 

(1) Prosápia: altivez, orgulho, soberba, fanfarrice.

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 11 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/08/blog-post_22.html

 

 

 

 

 

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