Tormentos da Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 12
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.
Este estudo é publicado neste
blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
67. Dois
objetivos principais constituíram o foco do atendimento prestado a Ambrósio.
Quais foram eles?
O primeiro objetivo foi romper a fixação mental
de um dos seus adversários, o que foi conseguido graças à psicofonia
atormentada, retirando as energias que lhe estavam imantadas e transferindo-as
para a médium. O segundo objetivo foi retirar de Ambrósio as frases e as ideias
que nele foram fixadas desde há muitos anos, quando ele se encontrava no
exercício da mediunidade e começou a sintonizar com as Entidades perversas que
o sitiavam. Todas aquelas frases eram hipnóticas e se tornaram gravações
verbais a se repetir sem cessar, levando-o ao desespero, à obediência. Esse é
um dos hábeis mecanismos geradores de obsessões, porque o paciente não tem como
deixar de estar em contato interno com os comandos devastadores, que terminam
por dominar-lhe o raciocínio, a vontade e a emoção. (Tormentos da Obsessão, cap. 12 – Terapia Especial.)
68. Que
ligação existe entre o Dr. Baraduc e a tese do corpo mental?
Segundo o Dr. Inácio, foi o Dr. Baraduc, o
nobre médico francês, que se dedicou à pesquisa do duplo etéreo, quem denominou
essa emanação da mente, que ele pôde fotografar, por corpo mental. Trata-se,
naturalmente, de um delicado envoltório, qual ocorre com o perispírito em
relação ao Espírito. (Obra citada, cap. 12 – Terapia Especial.)
69. O
conhecimento das propriedades do perispírito é importante para compreendermos
bem questões relacionadas com a saúde física e emocional do ser humano?
Sim. Diz Manoel P. de Miranda que o
conhecimento das propriedades do perispírito é a única forma de compreendermos
inúmeros enigmas que dizem respeito à saúde física, mental e emocional dos indivíduos,
bem como os processos de evolução do ser humano. Sede da alma, arquiva as
experiências que são vivenciadas, bem como os pensamentos elaborados,
transformando-os em realidade, conforme a intensidade da sua constituição.
Graças ao seu poder plástico, que lhe é uma das propriedades básicas, as ideias
demoradamente mantidas levam a estados obsessivos-compulsivos, que terminam por
alterar a forma do ser, que passa a vivenciar uma monoideia degenerativa e
desagregadora da estrutura molecular, de que esse corpo sutil se constitui. (Obra
citada, cap. 13 – A experiência de Licínio.)
70. Segundo
Licínio, Ambrósio-orador era, na tribuna, bem diferente do Ambrósio-homem. Por
que a diferença?
Realmente, Ambrósio-homem era indiferente ao
público que ali se encontrava ansioso para ouvi-lo. Já Ambrósio-orador se
apresentava feliz, quase meigo, rico de conhecimentos e produzia viva empatia
no auditório superlotado. Licínio observou então que, durante a conferência,
Ambrósio conseguiu romper a carapaça infeliz que o envolvia, entrando em
sintonia com o Mundo espiritual que passou a inspirá-lo por intermédio de
venerando Mensageiro de Esfera mais elevada. O verbo fluía pelos seus lábios em
catadupas sonoras e agradáveis, enquanto dele se irradiava a energia do
Benfeitor que produzia incomparável bem-estar em todo o público. Eis o porquê
da diferença. (Obra citada, cap. 13 – A experiência de Licínio.)
71. Qual o
perigo que cerca os médiuns que buscam adquirir status de santidade,
tornando-se praticamente intocáveis?
Esse comportamento, cultivado por alguns que se
inebriam da própria prosápia(1), termina por afogá-los na insensatez
e no despautério. Foi o que acabou acontecendo com Ambrósio e certamente se
verifica com muitos médiuns e oradores que são endeusados pelas pessoas, como
se fossem celebridades carentes do aplauso público. (Obra citada, cap. 13 – A
experiência de Licínio.)
72. Pode-se
afirmar que a prática da mediunidade requer dignidade e seriedade de todos os
que nela se encontram envolvidos?
Sim. A mediunidade, por mais vigor de que se
revista, jamais produzirá com dignidade sob o açoite interno dos conflitos
humanos, gerando a conduta reprochável do seu possuidor. Compromisso de
gravidade, não se pode converter em instrumento de mercantilismo danoso, nem de
diversão para frívolos sem consequências de alta periculosidade. (Obra citada,
cap. 13 – A experiência de Licínio.)
(1) Prosápia:
altivez, orgulho, soberba, fanfarrice.
Observação:
Para acessar a Parte 11 deste
estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/08/blog-post_22.html
Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a
estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/h85Vsc,
e verá como utilizá-lo. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário