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segunda-feira, 3 de outubro de 2022

 



Tormentos da Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 17

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

97. Diante da resistência de Mefistófeles em aceitar as ponderações de Eurípedes Barsanulfo, que recurso foi então utilizado pelo benfeitor?

A regressão da memória, fato que levou o Espírito numa viagem à época em que nele se instalou a ideia absurda de ser Mefistófeles. Sem muita relutância o visitante adormeceu e, estimulado a recuar ao passado, no século 19, logo começou a caracterizar-se como um ator em pleno palco representando a figura dramática da tragédia do Fausto. Enquanto repetia as palavras de Goethe, enunciadas por Mefistófeles, em atitude prepotente e exuberante, o Benfeitor esclarecia: “Você confundiu a personagem da fantasia trágica a que dava vida no teatro com o homem da realidade terrena, igualmente atormentado, vaidoso, sonhador e perseguidor do triunfo na ribalta dos interesses humanos, sem qualquer estrutura em torno da espiritualidade interior. Repetindo o papel que o fascinava, introjetou-o de tal forma, que passou a vivê-lo no comportamento cotidiano, embrenhando-se no matagal da auto-obsessão”. (Tormentos da Obsessão, cap. 17 – Alucinações espirituais.)

98. Quer dizer que o Espírito que se intitulava Mefistófeles era, na verdade, um ator?

Sim. Chamava-se Augusto. Durante o processo de regressão, passes de dispersão energética aplicadas nele permitiram que fossem desaparecendo as construções ideoplásticas. O Espírito começou então a contorcer-se e a respirar com dificuldade, e enquanto se diluíam as formações da indumentária e da máscara facial, ele se foi reconstituindo e assumindo a personalidade que lhe pertencia, recurvando-se como alguém de muita idade, portador de problema na coluna, para finalmente ser tomado por convulsivo pranto, que lhe dificultou o verbo. (Obra citada, cap. 17 – Alucinações espirituais.)

99. Quem visitou Honório e o levou ao pranto?

Sua mãe. Ao vê-la, Honório foi acometido de grande emoção, mas, em seguida, pediu-lhe: “Volte para o Céu, mamãe, porque eu não mereço a sua presença. Eu sou um pântano e a senhora é um lírio de Deus. Não me atormente com a sua visita, porquanto eu sou detestável e devo estar sonhando...” A Senhora disse-lhe, então: “Não, meu filho, você está desperto, não é um sonho. Você já não se encontra entre as pessoas da Terra. A morte, essa benfeitora de todos nós, trouxe-o para o reino da verdade, onde nada permanece oculto, e as oportunidades de elevação se apresentam enriquecedoras”. (Obra citada, cap. 17 – Alucinações espirituais.)

100. Os processos de auto-obsessão costumam deixar sequelas?

Sim. Os processos de auto-obsessão prolongada deixam muitas sequelas que somente o tempo e o esforço do paciente poderão drenar, superando-as. (Obra citada, cap. 17 – Alucinações espirituais.)

101. Servir, amar, contribuir são procedimentos realmente importantes em nossa vida?

Evidentemente. Quando auxiliamos a alguém, que passa a contribuir positivamente no grupo social em que se encontra, os juros de amor são-nos também acrescentados, porquanto o importante é o ato inicial de ajuda. O bem é sempre melhor, mais proveitoso, mais positivo para aquele que o realiza. É por isso que nunca devemos desperdiçar o ensejo de servir, de amar, de contribuir em favor do progresso, por menor que seja a nossa contribuição, por menos valiosa que ela se nos apresente. (Obra citada, cap. 17 – Alucinações espirituais.)

102. Há na vida encontros e desencontros. Podemos afirmar, então, que todo encontro é um reencontro?

Não. Nem todo encontro se trata de um reencontro. Estamos diariamente fazendo novos amigos ou afastando-nos deles conforme as nossas ações. No caso do médium Honório, foi ele quem abrira brechas mentais para a parasitose espiritual, atraindo Mefistófeles (o obsessor) pelo teor de vibrações emanadas pela sua mente em desalinho, mas não se conheciam. (Obra citada, cap. 18 – Socorro de emergência.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 16 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/09/blog-post_26.html

 

 

  

 

 

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