Tormentos da Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 17
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.
Este estudo é publicado neste
blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
97. Diante da resistência de
Mefistófeles em aceitar as ponderações de Eurípedes Barsanulfo, que recurso foi
então utilizado pelo benfeitor?
A regressão da memória, fato que levou o Espírito numa viagem à
época em que nele se instalou a ideia absurda de ser Mefistófeles. Sem muita
relutância o visitante adormeceu e, estimulado a recuar ao passado, no século
19, logo começou a caracterizar-se como um ator em pleno palco representando a
figura dramática da tragédia do Fausto. Enquanto repetia as palavras de Goethe,
enunciadas por Mefistófeles, em atitude prepotente e exuberante, o Benfeitor esclarecia:
“Você confundiu a personagem da fantasia trágica a que dava vida no teatro com
o homem da realidade terrena, igualmente atormentado, vaidoso, sonhador e
perseguidor do triunfo na ribalta dos interesses humanos, sem qualquer
estrutura em torno da espiritualidade interior. Repetindo o papel que o
fascinava, introjetou-o de tal forma, que passou a vivê-lo no comportamento
cotidiano, embrenhando-se no matagal da auto-obsessão”. (Tormentos da Obsessão, cap. 17 – Alucinações espirituais.)
98. Quer dizer que o Espírito
que se intitulava Mefistófeles era, na verdade, um ator?
Sim. Chamava-se Augusto. Durante o processo de regressão, passes
de dispersão energética aplicadas nele permitiram que fossem desaparecendo as
construções ideoplásticas. O Espírito começou então a contorcer-se e a respirar
com dificuldade, e enquanto se diluíam as formações da indumentária e da
máscara facial, ele se foi reconstituindo e assumindo a personalidade que lhe
pertencia, recurvando-se como alguém de muita idade, portador de problema na
coluna, para finalmente ser tomado por convulsivo pranto, que lhe dificultou o
verbo. (Obra citada, cap. 17 – Alucinações espirituais.)
99. Quem visitou Honório e o
levou ao pranto?
Sua mãe. Ao vê-la, Honório foi acometido de grande emoção, mas, em
seguida, pediu-lhe: “Volte para o Céu, mamãe, porque eu não mereço a sua
presença. Eu sou um pântano e a senhora é um lírio de Deus. Não me atormente
com a sua visita, porquanto eu sou detestável e devo estar sonhando...” A
Senhora disse-lhe, então: “Não, meu filho, você está desperto, não é um sonho.
Você já não se encontra entre as pessoas da Terra. A morte, essa benfeitora de
todos nós, trouxe-o para o reino da verdade, onde nada permanece oculto, e as
oportunidades de elevação se apresentam enriquecedoras”. (Obra citada, cap. 17
– Alucinações espirituais.)
100. Os processos de
auto-obsessão costumam deixar sequelas?
Sim. Os processos de auto-obsessão prolongada deixam muitas
sequelas que somente o tempo e o esforço do paciente poderão drenar,
superando-as. (Obra citada, cap. 17 – Alucinações espirituais.)
101. Servir, amar, contribuir
são procedimentos realmente importantes em nossa vida?
Evidentemente. Quando auxiliamos a alguém, que passa a contribuir
positivamente no grupo social em que se encontra, os juros de amor são-nos
também acrescentados, porquanto o importante é o ato inicial de ajuda. O bem é
sempre melhor, mais proveitoso, mais positivo para aquele que o realiza. É por
isso que nunca devemos desperdiçar o ensejo de servir, de amar, de contribuir
em favor do progresso, por menor que seja a nossa contribuição, por menos
valiosa que ela se nos apresente. (Obra citada, cap. 17 – Alucinações
espirituais.)
102. Há na vida encontros e
desencontros. Podemos afirmar, então, que todo encontro é um reencontro?
Não. Nem todo encontro se trata de um reencontro. Estamos
diariamente fazendo novos amigos ou afastando-nos deles conforme as nossas ações.
No caso do médium Honório, foi ele quem abrira brechas mentais para a
parasitose espiritual, atraindo Mefistófeles (o obsessor) pelo teor de
vibrações emanadas pela sua mente em desalinho, mas não se conheciam. (Obra
citada, cap. 18 – Socorro de emergência.)
Observação:
Para acessar a Parte 16 deste
estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/09/blog-post_26.html
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