segunda-feira, 26 de setembro de 2022

 



Tormentos da Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 16

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

91. Em que condições desencarnou Gustavo Ribeiro?

Depois de abandonar a Casa Espírita onde se beneficiara, Gustavo transformou-se no que conhecemos pelo nome de “espírita de gabinete”, eufemismo elaborado para justificar-se a preguiça, a inutilidade pessoal, distanciando-se do trabalho e quedando-se na postura de atirador de pedras. A família não lhe recebeu a orientação espiritual conveniente, os filhos cresceram sem formação religiosa e sem a necessária assistência paterna em razão das dificuldades de relacionamento, quando foi acometido de pertinaz enfermidade que o consumiu lentamente. Nesse comenos, procurou apoio espiritual na antiga Instituição onde anteriormente se beneficiara, mas, não obstante a abnegação dos seareiros de boa vontade, o processo cancerígeno prostático era irreversível, e o caro confrade desencarnou em situação penosa, assinalada pela revolta surda contra a Vida. (Tormentos da Obsessão, cap. 16 – Prova e fracasso.)

92. Somos o que cultivamos em nosso pensamento?

Sim. Foi exatamente isso que Dr. Inácio afirmou ao procurar esclarecer o desfecho do caso Gustavo Ribeiro. E, para melhor situar seu pensamento, acrescentou: “Semeamos ventos mentais e colhemos tempestades morais avassaladoras. Enquanto não nos resolvamos pela solução dos problemas íntimos, alterando nossa conduta mental, adquirindo lúcida compreensão das Leis de Deus para vivenciá-las, estaremos cercados pelos tesouros da felicidade sem nos apercebermos, antes barafustando-nos pelos lugares onde nos encontrarmos”. (Obra citada, cap. 16 – Prova e fracasso.)

93. Qual é, em verdade, a função da Doutrina Espírita em relação a nós, simples criaturas humanas?

A resposta nos é dada nesta obra pelo Dr. Inácio Ferreira: “A função da Doutrina Espírita é preparar o ser humano para a compreensão da sua imortalidade, jamais para ajudá-lo a conquistar coisas e posições terrenas que o destacam no grupo social, mas não o dignificam nem o engrandecem moralmente”. Segundo ele, muitos simpatizantes do pensamento espírita cultivam a falsa ideia de coletar benefícios pessoais e sociais quando aderem aos postulados kardequianos, tendo a vida modificada para mais prazer e maior soma de comodidades, enquanto outros, igualmente equivocados, mantêm a respeito do Espiritismo a falsa ideia mitológica em torno das Entidades Nobres, que devem estar às suas ordens, solucionando-lhes os problemas que engendram e atendendo-os nas suas questiúnculas e necessidades do processo evolutivo. (Obra citada, cap. 16 – Prova e fracasso.)

94. Honório, um dos internos do Sanatório, debatia-se com desesperação, como se quisesse livrar-se de agressores invisíveis. Quem eram esses agressores?

Honório lutava contra formas hediondas que o ameaçavam e logravam atacá-lo, mas, em verdade, tratava-se de formas-pensamento, que foram elaboradas por ele mesmo durante quase toda a existência de adulto, e de que não se conseguiu desembaraçar na Terra, continuando no seu campo mental após a morte física. Tão vívida era a sua constituição que adquiriram existência e eram nutridas agora pelo medo e pelo mecanismo da consciência culpada. (Obra citada, cap. 17 – Alucinações espirituais.)

95. Honório era dominado também por um Espírito mentalmente poderoso. Como ele se identificou na sessão mediúnica presidida por Eurípedes Barsanulfo?

Ele se apresentou declarando o seguinte: “Eu sou o Senhor dos vândalos e perversos. Sou a chibata que estimula e que pune. Sou Mefistófeles, de que se utilizou Goethe, para o seu Fausto. Atendo aos chamados, inspiro e passo a comandar aqueles que se me afeiçoam e passam a dever-me a alma. Logo se me faz oportuno, arrebato-a para os meus domínios. Qual é o problema que aqui se delineia, exigindo minha presença? Venho espontaneamente, bem se vê, a fim de inteirar-me do que se deseja”. (Obra citada, cap. 17 – Alucinações espirituais.)

96. Diante de um Espírito que se julgava acima de tudo e de todos, que é que Eurípedes lhe disse?

Eurípedes lhe lembrou que na vida o único doador real é Deus, a quem tudo pertence. O que parece pertencer-nos é de Sua propriedade, especialmente no que diz respeito ao poder, que no mundo é sempre transitório e vão. (Obra citada, cap. 17 – Alucinações espirituais.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 15 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/09/blog-post_19.html

 

 

 


 

 

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