Sexo e Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 5
Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.
Este estudo será publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
29. Qual era, em verdade, o objetivo principal do obsessor?
O que ele pretendia
era tornar um inferno a vida do padre e, assim, levá-lo à morte, seja por meio
do suicídio ou por qualquer outra forma, como ele claramente afirmou nos
seguintes termos: “O certo é que o matarei, senão de imediato, ao primeiro
ensejo”. (Sexo e Obsessão, capítulo
6: Socorros espirituais.)
30. A fisionomia do obsessor era compatível com seu estado
psicológico?
Sim. Desde o momento
em que o viu pela primeira vez, chamou a atenção de Manoel Philomeno a sua
fácies deformada, o conjunto de aberrações expostas e o aspecto de lesma
disforme, viscoso e tresandando odores pútridos. Agora, durante a doutrinação,
imantado fortemente ao perispírito do médium, mais se podiam perceber os
detalhes da deformação que lhe tomara o ser ante os desmandos e práticas
absurdas a que se entregava. O seu psiquismo, concentrado nas funções sexuais
servis, havia criado na sua estrutura perispiritual uma forma degenerada que
traduzia seus conflitos e torpezas. (Obra citada, capítulo 6: Socorros
espirituais.)
31. De que maneira se encerrou a doutrinação do obsessor do
padre?
Como o obsessor
voltou a blasfemar e a repetir ameaças que faria estremecer até mesmo
estruturas emocionais mais resistentes, o doutrinador, conduzido
espiritualmente, aproximou-se do médium em transe e começou a aplicar energias
balsamizantes, enquanto elucidava: “Por hoje o nosso diálogo está encerrado.
Não faltarão outras oportunidades para esclarecimento. O nosso desejo de
afastá-lo daquele a quem explora psiquicamente, roubando-lhe as energias e o
discernimento, aguçando-lhe os desejos inferiores, está coroado de êxito. Você
será mantido em tratamento especializado em outra área do mundo causal,
recuperando-se a pouco e pouco, de forma que desperte completamente lúcido para
outra realidade”. O verbo ameno e caridoso e as vibrações saudáveis que eram
aplicadas no médium e no Espírito culminaram com o afastamento do sofredor,
logo recolhido por cooperadores da Equipe espiritual da Casa, após o que
adormeceu. (Obra citada, capítulo 6: Socorros espirituais.)
32. Considerando que o obsessor não estava interessado em
renovar-se, trazê-lo a contragosto à reunião de doutrinação não seria uma
violência contra o seu livre-arbítrio?
O mentor Anacleto,
respondendo a essa pergunta, esclareceu: “O livre-arbítrio é concessão divina
que tem caráter relativo, não podendo ser facultado sem responsabilidade por
aquele que o utiliza. No caso em tela, a fim de auxiliarmos Mauro, que
necessita de recuperar-se dos males praticados, somos convidados a contribuir
em favor de todos aqueles que se encontram enredados nas teias dos problemas
desencadeados pela insânia dele. E porque o mal que Jean-Michel (este é o nome
que teve na reencarnação anterior) persiste em preservar, arrastando o seu
inimigo e a si mesmo desvairando, não pode permanecer indefinidamente, o nosso
ato é de misericórdia e de compaixão, não constituindo violência, porque o seu
discernimento encontra-se obliterado pela paixão alucinada. Qual ocorre com
crianças e jovens, ou mesmo com adultos sem amadurecimento psicológico e moral,
determinadas decisões não necessitam de passar-lhes pelo crivo da opinião,
porque destituídos de discernimento não saberiam o que ou como fazer. Não
poucas vezes, determinados tratamentos cirúrgicos e psiquiátricos são decididos
pela família do paciente, mesmo que sem o seu consentimento, a fim de
salvar-lhe a existência. A responsabilidade é o melhor aval para a utilização
do livre-arbítrio, mas que ainda falta a muitos Espíritos durante o seu atual
processo de evolução”. (Obra citada, capítulo 6: Socorros espirituais.)
33. Como definir uma reunião mediúnica e seus propósitos?
Uma reunião
mediúnica de qualquer natureza é sempre uma realização nobre em oficina de ação
conjugada, na qual os seus membros se harmonizam e se interligam a benefício
dos resultados visados, quais sejam a facilidade para as comunicações
espirituais, o socorro aos aflitos de ambos os planos da vida, a educação dos
desorientados, as terapias especiais que são aplicadas, e, naquelas de
desobsessão, em face da maior gravidade do cometimento, transforma-se em
Clínica de saúde mental especializada, na qual cirurgias delicadas são
desenvolvidas nos perispíritos dos encarnados, assim como dos liberados do
corpo, mediante processos mui cuidadosos, que exigem equipe eficiente no que
diz respeito ao conjunto de cooperadores do mundo físico. (Obra citada,
capítulo 6: Socorros espirituais.)
34. Como era o ambiente espiritual na residência da diretora
do Educandário?
No lar da diretora
tudo transpirava paz e bem-estar, em uma psicosfera de harmonia, algo que é,
segundo Manoel Philomeno de Miranda, bastante raro nas famílias contemporâneas.
Enriquecida por uma família bem constituída, mãe devotada de duas crianças com
idades entre 8 e 10 anos, uma linda garota e um simpático varão, o esposo era
homem sério, voltado para as questões espirituais da religião que ambos
professavam. Tratava-se de um lar construído em bases cristãs, sem as
excentricidades dos comportamentos mundanos da atualidade, onde o vazio
existencial e a vulgaridade têm primazia nos relacionamentos que deveriam ser
afetivos. (Obra citada, capítulo 7: Programações abençoadas.)
35. Na presença do Espírito de Mauro, a diretora pôde
inteirar-se dos problemas enfrentados pelo padre e também dos abusos que ele
cometera contra crianças de sua paróquia?
Sim. O Mentor,
falando diretamente à diretora do Educandário, que ali estava em Espírito,
relatou-lhe os problemas e suas causas, explicando-lhe também que, sem
diminuir-lhe a responsabilidade pelo gravame, era justo considerar que o padre
se encontrava fora do equilíbrio emocional e racional, vitimado por conflitos
hórridos e sob a injunção de forças desconexas do mundo espiritual inferior,
que o aturdiam e comandavam mentalmente. (Obra citada, capítulo 7: Programações
abençoadas.)
Observação:
Para acessar a parte 4 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/12/blog-post_12.html
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