Sexo e Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 11
Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.
Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
71. Que providências
o Bispo anunciou com relação ao padre Mauro?
Como já vimos, o
padre Mauro houvera-o buscado, macerado por sincero arrependimento, tentando
reparar, através da confissão, o crime que, não fosse a intervenção providencial
da diretora da escola, poderia haver praticado. Ele reconhecia sua culpa, e não
sabia explicar por que fora vítima de tão penoso processo de loucura.
Visivelmente perturbado, viera buscar-lhe o auxílio e suplicar pelos meios
próprios para a reparação de tão degradante tentação. Em face disso, o
eclesiástico decidiu que Mauro seria inicialmente encaminhado a uma clínica
psiquiátrica mantida pela Igreja para casos de tal natureza, e após o
tratamento, que o Bispo considerava indispensável, Mauro receberia a punição
canônica, conforme a gravidade do delito prevista no Direito, com vistas assim
a que o mal não mais se repetisse. (Sexo e Obsessão, capítulo 13:
Decisões felizes.)
72. As providências
tomadas pelo Bispo não constituiriam um risco para o futuro da própria
instituição?
Sim, mas ele
preferiu correr esse risco, confiante no sincero esforço do paciente e no
tratamento a que se permitira submeter. Ele próprio buscaria a melhor clínica
para o seu pupilo e dar-lhe-ia assistência pessoal, a fim de que o enfermo não
enveredasse pela loucura ou viesse a cometer o hediondo crime do suicídio, tal
a gravidade da situação em que se encontrava. Eram, na visão de Manoel
Philomeno de Miranda, reflexões bem urdidas, porque, se não fosse a ajuda
divina, Mauro ter-se-ia suicidado às vésperas, ou mesmo antes, conforme fora a
isso induzido pelos seus inimigos espirituais. Apesar da excepcional gravidade
do ato execrável do jovem padre, o Bispo optou por não evidenciar o mal, nem
lhe dar notoriedade, que em nada auxiliaria a sociedade, e possivelmente mais a
perturbaria. (Obra citada, capítulo 13:
Decisões felizes.)
73. Diante do Mal
todo cuidado é pouco?
Sim. Foi exatamente
isso que o Mentor espiritual disse, ao explicar por que tantas precauções foram
tomadas, aparentemente sem necessidade, quando da visita feita pelo grupo
socorrista à cidade pervertida. Informou, então, o instrutor espiritual:
“Diante do Mal nunca devemos descurar dos cuidados hábeis que se tornam
necessários, tendo-se em vista os recursos de que se utilizam aqueles que se
conduzem equivocadamente. Destituídos de sentimentos de dignidade e de correção
moral, os partidários da desordem não temem investir na violência, nem urdir
planos astuciosos de forma a enredarem suas vítimas em potencial, que lhes
tombam nas malhas da crueldade. Assim, as providências tomadas tinham por
objetivo situações de surpresa ou enfrentamentos mais difíceis”. (Obra citada,
capítulo 14: Visita oportuna.)
74. Houve numa
existência anterior algum relacionamento entre padre Mauro e o marquês de Sade?
Sim. Havendo vivido
os dias napoleônicos, o marquês foi, igualmente, frequentador da mansão de
Madame X, onde eram permitidas e estimuladas práticas sexuais aberrantes, então
na moda, havendo um comprometimento da mesma senhora com o infeliz autor e
inspirador de inomináveis anomalias. Como já vimos, Madame X e padre Mauro são
a mesma individualidade em diferentes momentos reencarnatórios. (Obra citada,
capítulo 14: Visita oportuna.)
75. Depois de viver
a triste experiência como Madame X, padre Mauro havia reencarnado?
Sim. Sobre o
assunto, o Mentor informou que esta, como padre, era a terceira tentativa
concedida ao infeliz Espírito, a fim de recuperar-se e aprender a respeitar as
Soberanas Leis da Vida. Duas vezes ele retornou com a organização fisiológica
feminina, na França, assinalado por terríveis marcas perispirituais que lhe
deformavam a instrumentalidade física, havendo sido vítima de estupros e
crueldades provocados por famigerados mendigos e ciganos das áreas onde foi
acolhido pela misericórdia de Deus. Mais tarde, no Brasil, com expressiva
legião de Espíritos franceses transladados para as terras do Cruzeiro do Sul, o
que vem ocorrendo com certa periodicidade, esteve mergulhado na organização
masculina, vivendo tormentos inauditos, algumas vezes superados, outras não,
para recomeçar, na atualidade, novamente na mesma polaridade, porém vinculado à
religião católica, a que se dedicara irregularmente em passado não muito
distante. Os vícios, que se encontram arraigados no imo, levaram-no aos
desaires de que estava sendo vítima. (Obra citada, capítulo 14: Visita
oportuna.)
76. Que pessoa se
dedicava de verdade a resgatar o padre Mauro da vida equivocada que ele
escolhera?
Sua própria mãe. O
êxito, que ela não conseguira através da educação e dos exemplos luminosos de
carinho e de renúncia, quando no corpo físico, ela buscava agora, em outra
dimensão, na condição de anjo protetor que não se cansa de ajudar. Esse fato
era o mais belo argumento prático contra o tradicional dogma do Inferno para os
maus e do Céu para os bons. Aquela mãe, que vivia o céu interior, não se
permitia plenitude enquanto não arrancasse o filho amado do seu inferno de
paixões internas, a fim de rumarem ambos de mãos dadas para o Paraíso. (Obra
citada, capítulo 14: Visita oportuna.)
77. Quando o grupo
socorrista se encontrava na instituição espírita, foi ele surpreendido com a
visita de um benfeitor espiritual. Quem era esse benfeitor?
À porta da sala de
atividades mediúnicas, onde se processavam também atendimentos espirituais
cirúrgicos no perispírito de inúmeros sofredores do Mais Além, assim como de
portadores de transtornos obsessivos profundos, o irmão Anacleto dialogava com
alguns Mentores em torno das questões pertinentes aos deveres a que se
entregavam, quando o grupo foi surpreendido com a visita do nobre Espírito Dr.
Bezerra de Menezes que chegou, provocando expressiva alegria. Podia-se perceber
quanto a veneranda Entidade é amada por todos, em razão da significativa folha de
serviços prestados à Humanidade. (Obra citada, capítulo 14: Visita oportuna.)
Observação:
Para acessar a parte 10 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/01/blog-post_23.html
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