segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

 



Sexo e Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 11

 

Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

71. Que providências o Bispo anunciou com relação ao padre Mauro?

Como já vimos, o padre Mauro houvera-o buscado, macerado por sincero arrependimento, tentando reparar, através da confissão, o crime que, não fosse a intervenção providencial da diretora da escola, poderia haver praticado. Ele reconhecia sua culpa, e não sabia explicar por que fora vítima de tão penoso processo de loucura. Visivelmente perturbado, viera buscar-lhe o auxílio e suplicar pelos meios próprios para a reparação de tão degradante tentação. Em face disso, o eclesiástico decidiu que Mauro seria inicialmente encaminhado a uma clínica psiquiátrica mantida pela Igreja para casos de tal natureza, e após o tratamento, que o Bispo considerava indispensável, Mauro receberia a punição canônica, conforme a gravidade do delito prevista no Direito, com vistas assim a que o mal não mais se repetisse. (Sexo e Obsessão, capítulo 13: Decisões felizes.)

72. As providências tomadas pelo Bispo não constituiriam um risco para o futuro da própria instituição?

Sim, mas ele preferiu correr esse risco, confiante no sincero esforço do paciente e no tratamento a que se permitira submeter. Ele próprio buscaria a melhor clínica para o seu pupilo e dar-lhe-ia assistência pessoal, a fim de que o enfermo não enveredasse pela loucura ou viesse a cometer o hediondo crime do suicídio, tal a gravidade da situação em que se encontrava. Eram, na visão de Manoel Philomeno de Miranda, reflexões bem urdidas, porque, se não fosse a ajuda divina, Mauro ter-se-ia suicidado às vésperas, ou mesmo antes, conforme fora a isso induzido pelos seus inimigos espirituais. Apesar da excepcional gravidade do ato execrável do jovem padre, o Bispo optou por não evidenciar o mal, nem lhe dar notoriedade, que em nada auxiliaria a sociedade, e possivelmente mais a perturbaria.  (Obra citada, capítulo 13: Decisões felizes.)

73. Diante do Mal todo cuidado é pouco? 

Sim. Foi exatamente isso que o Mentor espiritual disse, ao explicar por que tantas precauções foram tomadas, aparentemente sem necessidade, quando da visita feita pelo grupo socorrista à cidade pervertida. Informou, então, o instrutor espiritual: “Diante do Mal nunca devemos descurar dos cuidados hábeis que se tornam necessários, tendo-se em vista os recursos de que se utilizam aqueles que se conduzem equivocadamente. Destituídos de sentimentos de dignidade e de correção moral, os partidários da desordem não temem investir na violência, nem urdir planos astuciosos de forma a enredarem suas vítimas em potencial, que lhes tombam nas malhas da crueldade. Assim, as providências tomadas tinham por objetivo situações de surpresa ou enfrentamentos mais difíceis”. (Obra citada, capítulo 14: Visita oportuna.)

74. Houve numa existência anterior algum relacionamento entre padre Mauro e o marquês de Sade?

Sim. Havendo vivido os dias napoleônicos, o marquês foi, igualmente, frequentador da mansão de Madame X, onde eram permitidas e estimuladas práticas sexuais aberrantes, então na moda, havendo um comprometimento da mesma senhora com o infeliz autor e inspirador de inomináveis anomalias. Como já vimos, Madame X e padre Mauro são a mesma individualidade em diferentes momentos reencarnatórios. (Obra citada, capítulo 14: Visita oportuna.)

75. Depois de viver a triste experiência como Madame X, padre Mauro havia reencarnado? 

Sim. Sobre o assunto, o Mentor informou que esta, como padre, era a terceira tentativa concedida ao infeliz Espírito, a fim de recuperar-se e aprender a respeitar as Soberanas Leis da Vida. Duas vezes ele retornou com a organização fisiológica feminina, na França, assinalado por terríveis marcas perispirituais que lhe deformavam a instrumentalidade física, havendo sido vítima de estupros e crueldades provocados por famigerados mendigos e ciganos das áreas onde foi acolhido pela misericórdia de Deus. Mais tarde, no Brasil, com expressiva legião de Espíritos franceses transladados para as terras do Cruzeiro do Sul, o que vem ocorrendo com certa periodicidade, esteve mergulhado na organização masculina, vivendo tormentos inauditos, algumas vezes superados, outras não, para recomeçar, na atualidade, novamente na mesma polaridade, porém vinculado à religião católica, a que se dedicara irregularmente em passado não muito distante. Os vícios, que se encontram arraigados no imo, levaram-no aos desaires de que estava sendo vítima. (Obra citada, capítulo 14: Visita oportuna.)

76. Que pessoa se dedicava de verdade a resgatar o padre Mauro da vida equivocada que ele escolhera? 

Sua própria mãe. O êxito, que ela não conseguira através da educação e dos exemplos luminosos de carinho e de renúncia, quando no corpo físico, ela buscava agora, em outra dimensão, na condição de anjo protetor que não se cansa de ajudar. Esse fato era o mais belo argumento prático contra o tradicional dogma do Inferno para os maus e do Céu para os bons. Aquela mãe, que vivia o céu interior, não se permitia plenitude enquanto não arrancasse o filho amado do seu inferno de paixões internas, a fim de rumarem ambos de mãos dadas para o Paraíso. (Obra citada, capítulo 14: Visita oportuna.)

77. Quando o grupo socorrista se encontrava na instituição espírita, foi ele surpreendido com a visita de um benfeitor espiritual. Quem era esse benfeitor?

À porta da sala de atividades mediúnicas, onde se processavam também atendimentos espirituais cirúrgicos no perispírito de inúmeros sofredores do Mais Além, assim como de portadores de transtornos obsessivos profundos, o irmão Anacleto dialogava com alguns Mentores em torno das questões pertinentes aos deveres a que se entregavam, quando o grupo foi surpreendido com a visita do nobre Espírito Dr. Bezerra de Menezes que chegou, provocando expressiva alegria. Podia-se perceber quanto a veneranda Entidade é amada por todos, em razão da significativa folha de serviços prestados à Humanidade. (Obra citada, capítulo 14: Visita oportuna.)

 

 

Observação:

Para acessar a parte 10 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/01/blog-post_23.html

 

 

 

 

 

 

 

 

  

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