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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

 



Sexo e Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 14

 

Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

92. A grande surpresa do encontro foi a chegada ao recinto da própria mãe do marquês, algo que ele certamente não esperava. Qual foi sua reação ao reencontrá-la?

Marie-Eléonore acercou-se do marquês de Sade e o envolveu em um olhar inesquecível. As vibrações superiores tomavam a todos os que ali estavam, produzindo inefável sensação de paz. O trânsfuga espiritual, reconhecendo a iluminada visitante, atirou-se de joelhos, e gritou em lágrimas, que subitamente banharam-lhe o rosto, exclamando: “Mamãe! Novamente você vem salvar-me, descendo do paraíso até o inferno em que me encontro?” Ela lhe respondeu: “Donatien Alphonse, venho em nome do Amor para estar contigo. Ainda não mereço o paraíso nem te encontras no inferno. Estamos ambos na Casa do Pai, em regiões diferentes, a serviço das Suas incomparáveis Leis. Tem bom ânimo e renasce para a vida, mais uma vez, arrancando do teu íntimo o câncer que te vem consumindo há tanto tempo. É chegado o momento de recomeçar...” (Sexo e Obsessão, capítulo 16: O reencontro.)

93. Ninguém pode fugir ao divino tropismo, fonte geradora de toda energia e vida?

Sim. Foi exatamente isso que Marie-Eléonore disse a seu filho. Eis suas palavras: “Dia próximo se anuncia em que a fraternidade legítima estenderá braços protetores a todos os indivíduos. Os sicários de agora se tornarão protetores das suas antigas vítimas e os maus dar-se-ão conta da necessidade de se tornarem bons, a fim de fruírem de felicidade, no convívio ideal, construindo o mundo melhor anunciado por Jesus. Todos, no processo da evolução, experimentam erros e acertos, optando por quais recursos mais utilizar-se, a fim de encontrarem a dita que almejam. Alguns, que se equivocam, detendo-se na alucinação que elegem como meio de ventura, agredindo-se e ao determinismo das Leis Divinas, podem demorar-se por largo período no engodo, até o momento em que soa a sua libertação, não mais suportando as amarras nas quais estertoram. Luze sempre a claridade do amor na sombra mais densa e a misericórdia de Deus está sempre próxima de todos, bastando apenas que cada um se permita sintonizar com os valores elevados do Espírito, para ser beneficiado e começar a sua libertação. Por mais se alonguem os dias do terror e da enfermidade espiritual, sempre chega o momento da paz e da cura apontando o roteiro para Deus. Ninguém, desse modo, poderá fugir desse divino tropismo que é a fonte geradora de toda energia e vida”. (Obra citada, capítulo 17: Libertação e felicidade.)

94. Embora emocionado com a presença e o carinho de sua mãe, o marquês aceitou de pronto a proposta de mudança de vida que ela lhe trouxe?

Não. Embora tomado por copioso pranto, quase em convulsão, ele protestou: “Não posso abandonar tudo de uma só vez. Aqui, comigo, estão centenas de companheiros que residem em nossa comunidade e me necessitam. Aguardam-me, em sala contígua, e devem estar ansiosos ou desesperados, sem saberem o que me acontece. Ainda não posso, mamãe, seguir a estrela, ficando no charco, onde apodreço, assim reparando todos os crimes cometidos e aqueloutros que continuo praticando... Perdoe-me, por havê-la feito descer de algum astro sem poder erguer-me com a sua vara de condão, com o seu amor de misericórdia... Sou mais desgraçado do que pareço. O ódio da minha loucura, a alucinação que me assalta, o desespero em que resfolego impedem-me de enfrentar o cárcere de correção. Ainda prefiro esta vida maldita à recuperação mediante outros tipos de sofrimento, de consciência culpada e atormentada...” (Obra citada, capítulo 17: Libertação e felicidade.)

95. Em que consistiam os planos que a mãe do marquês, vencida a indecisão inicial do filho, lhe expôs?

Eis como ela mesma os resumiu: “Voltaremos ao corpo novamente juntos. Eu irei primeiro, a fim de preparar-me para receber-te. Depois seguirás, após um período de depuração, quando te libertarás da intoxicação demorada destas energias que te oprimem e desgastam. Volveremos a estar juntos. O meu regaço te embalará com ternura e fruirás de venturas, que Deus nos concederá a ambos. De alguma forma, tenho necessidade de estar ao teu lado, a fim de contribuir para o teu renascimento espiritual, por sentir-me também responsável pelos acontecimentos que te assinalaram a existência. A convivência na Terra te iluminará a consciência; reencontraremos aqueles a quem prejudicamos e poderemos auxiliá-los, ascendendo do vale sombrio no rumo do planalto da vera fraternidade”. Na sequência, ela explicou que ele receberia a graça da idiotia, ocultando o raciocínio em um cérebro incapaz de reproduzir o pensamento corretamente. Além disso, em decorrência dos abusos excruciantes cometidos, ele sofreria rudes limitações na organização genésica, transitando no mundo como um sonâmbulo. (Obra citada, capítulo 17: Libertação e felicidade.)

96. O planejamento feito pela mãe do marquês incluía também Rosa Keller?

Sim. Segundo Marie-Eléonore, Rosa Keller também reencarnaria como sua filha e receberia dela toda a ajuda e o amparo necessário para recuperar-se e dar início a uma vida inteiramente diversa da que ela enfrentara nos dois últimos séculos. (Obra citada, capítulo 17: Libertação e felicidade.)

97. De acordo com a programação feita por Marie-Eléonore, que fora mãe do marquês de Sade, em que condições Rosa Keller reencarnaria? 

Como já vimos, Rosa Keller e o marquês seriam irmãos, ambos filhos de Marie-Eléonore. Rosa reencarnaria escondida em uma forma degenerada, com a mente lúcida, mas sem os equipamentos que a pudessem traduzir. Seria esse, porém, um curto período de expiação, que lhe proporcionaria futuras experiências em outro clima de realização e em outras circunstâncias mais favoráveis. (Obra citada, capítulo 17: Libertação e felicidade.)

98. Quais os planos que foram elaborados com relação a Madame X, atualmente reencarnada como padre Mauro?

A Madame X, o mesmo padre Mauro de agora, que era quem assimilara as instruções de Marie-Eléonore com maior lucidez, caberia erguer um Lar para crianças infelizes, Espíritos profundamente endividados em recomeços difíceis, para que pudesse reabilitar-se em relação àqueles a quem feriu, e em cuja convivência adquiriria resistência para vencer as doentias tendências que assinalavam sua atual existência de extravagâncias, que a fé religiosa iria corrigir. (Obra citada, capítulo 17: Libertação e felicidade.)

 

 

Observação:

Para acessar a parte 13 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui:  https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/02/blog-post_13.html

 

 

 

 

 

  

  

  

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