Sexo e Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 14
Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.
Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
92. A grande
surpresa do encontro foi a chegada ao recinto da própria mãe do marquês, algo
que ele certamente não esperava. Qual foi sua reação ao reencontrá-la?
Marie-Eléonore
acercou-se do marquês de Sade e o envolveu em um olhar inesquecível. As
vibrações superiores tomavam a todos os que ali estavam, produzindo inefável
sensação de paz. O trânsfuga espiritual, reconhecendo a iluminada visitante,
atirou-se de joelhos, e gritou em lágrimas, que subitamente banharam-lhe o
rosto, exclamando: “Mamãe! Novamente você vem salvar-me, descendo do paraíso
até o inferno em que me encontro?” Ela lhe respondeu: “Donatien Alphonse, venho
em nome do Amor para estar contigo. Ainda não mereço o paraíso nem te encontras
no inferno. Estamos ambos na Casa do Pai, em regiões diferentes, a serviço das
Suas incomparáveis Leis. Tem bom ânimo e renasce para a vida, mais uma vez,
arrancando do teu íntimo o câncer que te vem consumindo há tanto tempo. É
chegado o momento de recomeçar...” (Sexo e Obsessão, capítulo 16: O
reencontro.)
93. Ninguém pode
fugir ao divino tropismo, fonte geradora de toda energia e vida?
Sim. Foi exatamente
isso que Marie-Eléonore disse a seu filho. Eis suas palavras: “Dia próximo se
anuncia em que a fraternidade legítima estenderá braços protetores a todos os
indivíduos. Os sicários de agora se tornarão protetores das suas antigas
vítimas e os maus dar-se-ão conta da necessidade de se tornarem bons, a fim de
fruírem de felicidade, no convívio ideal, construindo o mundo melhor anunciado
por Jesus. Todos, no processo da evolução, experimentam erros e acertos,
optando por quais recursos mais utilizar-se, a fim de encontrarem a dita que
almejam. Alguns, que se equivocam, detendo-se na alucinação que elegem como
meio de ventura, agredindo-se e ao determinismo das Leis Divinas, podem
demorar-se por largo período no engodo, até o momento em que soa a sua
libertação, não mais suportando as amarras nas quais estertoram. Luze sempre a
claridade do amor na sombra mais densa e a misericórdia de Deus está sempre
próxima de todos, bastando apenas que cada um se permita sintonizar com os
valores elevados do Espírito, para ser beneficiado e começar a sua libertação.
Por mais se alonguem os dias do terror e da enfermidade espiritual, sempre
chega o momento da paz e da cura apontando o roteiro para Deus. Ninguém, desse
modo, poderá fugir desse divino tropismo que é a fonte geradora de toda energia
e vida”. (Obra citada, capítulo 17: Libertação e felicidade.)
94. Embora
emocionado com a presença e o carinho de sua mãe, o marquês aceitou de pronto a
proposta de mudança de vida que ela lhe trouxe?
Não. Embora tomado
por copioso pranto, quase em convulsão, ele protestou: “Não posso abandonar
tudo de uma só vez. Aqui, comigo, estão centenas de companheiros que residem em
nossa comunidade e me necessitam. Aguardam-me, em sala contígua, e devem estar
ansiosos ou desesperados, sem saberem o que me acontece. Ainda não posso,
mamãe, seguir a estrela, ficando no charco, onde apodreço, assim reparando
todos os crimes cometidos e aqueloutros que continuo praticando... Perdoe-me,
por havê-la feito descer de algum astro sem poder erguer-me com a sua vara de
condão, com o seu amor de misericórdia... Sou mais desgraçado do que pareço. O
ódio da minha loucura, a alucinação que me assalta, o desespero em que
resfolego impedem-me de enfrentar o cárcere de correção. Ainda prefiro esta
vida maldita à recuperação mediante outros tipos de sofrimento, de consciência
culpada e atormentada...” (Obra citada, capítulo 17: Libertação e felicidade.)
95. Em que
consistiam os planos que a mãe do marquês, vencida a indecisão inicial do
filho, lhe expôs?
Eis como ela mesma
os resumiu: “Voltaremos ao corpo novamente juntos. Eu irei primeiro, a fim de
preparar-me para receber-te. Depois seguirás, após um período de depuração,
quando te libertarás da intoxicação demorada destas energias que te oprimem e
desgastam. Volveremos a estar juntos. O meu regaço te embalará com ternura e
fruirás de venturas, que Deus nos concederá a ambos. De alguma forma, tenho
necessidade de estar ao teu lado, a fim de contribuir para o teu renascimento
espiritual, por sentir-me também responsável pelos acontecimentos que te
assinalaram a existência. A convivência na Terra te iluminará a consciência;
reencontraremos aqueles a quem prejudicamos e poderemos auxiliá-los, ascendendo
do vale sombrio no rumo do planalto da vera fraternidade”. Na sequência, ela
explicou que ele receberia a graça da idiotia, ocultando o raciocínio em um
cérebro incapaz de reproduzir o pensamento corretamente. Além disso, em
decorrência dos abusos excruciantes cometidos, ele sofreria rudes limitações na
organização genésica, transitando no mundo como um sonâmbulo. (Obra citada,
capítulo 17: Libertação e felicidade.)
96. O planejamento
feito pela mãe do marquês incluía também Rosa Keller?
Sim. Segundo
Marie-Eléonore, Rosa Keller também reencarnaria como sua filha e receberia dela
toda a ajuda e o amparo necessário para recuperar-se e dar início a uma vida
inteiramente diversa da que ela enfrentara nos dois últimos séculos. (Obra
citada, capítulo 17: Libertação e felicidade.)
97. De acordo com a
programação feita por Marie-Eléonore, que fora mãe do marquês de Sade, em que
condições Rosa Keller reencarnaria?
Como já vimos, Rosa
Keller e o marquês seriam irmãos, ambos filhos de Marie-Eléonore. Rosa
reencarnaria escondida em uma forma degenerada, com a mente lúcida, mas sem os
equipamentos que a pudessem traduzir. Seria esse, porém, um curto período de
expiação, que lhe proporcionaria futuras experiências em outro clima de
realização e em outras circunstâncias mais favoráveis. (Obra citada, capítulo
17: Libertação e felicidade.)
98. Quais os planos
que foram elaborados com relação a Madame X, atualmente reencarnada como padre
Mauro?
A Madame X, o mesmo
padre Mauro de agora, que era quem assimilara as instruções de Marie-Eléonore
com maior lucidez, caberia erguer um Lar para crianças infelizes, Espíritos
profundamente endividados em recomeços difíceis, para que pudesse reabilitar-se
em relação àqueles a quem feriu, e em cuja convivência adquiriria resistência
para vencer as doentias tendências que assinalavam sua atual existência de
extravagâncias, que a fé religiosa iria corrigir. (Obra citada, capítulo 17:
Libertação e felicidade.)
Observação:
Para acessar a parte 13 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/02/blog-post_13.html
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