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segunda-feira, 10 de abril de 2023

 



Sexo e Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 16

 

Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

106. No processo de regeneração de padre Mauro, também seriam atendidos seu pai e Jean-Michel, seu perseguidor desencarnado?

Sim. Conforme informação dada por Dona Martina, mãe do padre, seu pai e Jean-Michel seriam levados para o lar que o padre deveria erguer em favor das criancinhas esquecidas do mundo, mas lembradas por Deus, a fim de que ambos fossem igualmente beneficiados. A vitória, disse ela, pertence a todo aquele que porfia e não descansa, a coletar glórias, enquanto a luta não termina. (Sexo e Obsessão, capítulo 18: Os labores prosseguem.)

107. Nos episódios relatados nesta obra, que lição podemos extrair do exemplo dado pelas mães do marquês e do padre?

A lição de que o amor maternal, quando verdadeiro, supera todo e qualquer obstáculo. Diante desse exemplo, diz Philomeno que, enquanto houver mães no mundo, o amor de Nosso Pai estará refletido nos seus atos de extrema abnegação e renúncia. Vira-se ali uma delas renunciar ao esplendor de regiões felizes para descer ao vale de amargura, a fim de oferecer braços protetores ao filho revel, sem pensar na própria felicidade, de que já desfrutava, enquanto a outra assumia o compromisso de permanecer no vale sombrio ao lado do filho dependente, renunciando ao monte de sublimação. Para elas, a felicidade era a liberação dos seus anjos crucificados na agonia proporcionada pela loucura da própria insensatez. Enquanto não os conduzissem à glória solar, não se permitiriam a ascensão plenificadora. (Obra citada, capítulo 18: Os labores prosseguem.)

108. Em que momento e de que forma os comparsas do marquês de Sade foram informados de que o marquês não mais retornaria à cidade perversa?

Quem lhes deu a notícia foi o médium Ricardo, quando, visivelmente inspirado, assomou à tribuna e falou a todos que ali estavam. De sua fala merece destaque o trecho seguinte: “O vosso líder, o marquês de Sade, que vos trouxe a este recinto de felicidade, cansado dos excessos que se tem permitido, optou pela renovação e já não retornará convosco, com aqueles que desejarem volver aos sítios pestíferos de onde procedeis. Ninguém poderá obrigar-vos ao retorno às cavernas de padecimento e de escravidão onde vivíeis. Aqui é a Casa de bênçãos, que se vos distendem acolhedoras e ricas de renovação. Podeis respirar novo clima, acalentar novas esperanças, anelar por paz e trabalhar pela conquista dos valores morais e espirituais que abandonastes, quando tomados pela insensatez e pelo desvario, ao vos entregardes à exorbitância do prazer”. (Obra citada, capítulo 19: Liberdade e vida.)

109. Qual o efeito produzido pela fala do médium Ricardo sobre os companheiros do marquês de Sade?

Não apenas a fala, mas as vibrações de amor que passavam a envolvê-los, complementadas por uma melodia de incomparável beleza, produziram empatia desconhecida e emoção sublime em todos aqueles que ali se encontravam. Como resultado, a pouco e pouco, da emoção silenciosa surgiram o pranto e a exteriorização do imenso sofrimento em que estorcegavam aqueles irmãos, suplicando amparo e oportunidade de refazimento. Entidades generosas, que aguardavam a ocorrência, acercaram-se então daqueles que estavam a ponto de tombar na agitação e no desespero, acalmando-os, aplicando-lhes energias restauradoras e emulando-os à fé, à coragem. (Obra citada, capítulo 19: Liberdade e vida.)

110. Todos os companheiros do marquês foram igualmente convertidos à mensagem de paz e renovação transmitida pelo médium?

Nem todos, porque alguns deles, mais rebeldes, levantaram-se de inopino e saíram atropeladamente, tentando produzir balbúrdia, no que foram impedidos discretamente pelos vigilantes e operosos trabalhadores da Instituição. (Obra citada, capítulo 19: Liberdade e vida.)

111. Por que o médium Ricardo foi escolhido para transmitir a mensagem aos companheiros do marquês, em vez das próprias Entidades espirituais ali presentes?

Respondendo a uma pergunta idêntica, o médium Ricardo esclareceu: “Conforme pensam os Benfeitores Espirituais, o fato de encontrar-me reencarnado, com relativa facilidade nos desdobramentos lúcidos durante o período do sono físico, faz que apresente algumas condições necessárias para levar a programação libertadora, como ocorreu, aos irmãos enlouquecidos, permitindo que melhor assimilem a proposta, tendo em vista os implementos orgânicos de que me revisto, mediante os quais facilita-se-lhes a sintonia. A exteriorização do fluido animal, que decorre do estado de reencarnado, permite-nos maior identificação de sentimentos, em razão de eles ainda estarem sob fortes pressões dos liames materiais”. (Obra citada, capítulo 19: Liberdade e vida.)

112. Em que sentido um médium encarnado pode auxiliar Espíritos aturdidos, enfermos ou em situação de grande sofrimento?

Segundo explicação dada pelo médium Ricardo, muitos Espíritos, em face do aturdimento que demonstram e de sua fixação nos despojos materiais, não se dão conta da realidade espiritual em que se encontram, tendo dificuldade para exteriorizar o pensamento somente através da ação mental. É aí, então, que entra a ação dos médiuns encarnados, cujo perispírito funciona para eles como decodificador de suas necessidades e manifestações internas. Vê-se, pois, que para os médiuns que se devotam ao Bem há, sempre, labor a executar em ambos os planos da vida. (Obra citada, capítulo 19: Liberdade e vida.)

 

 

Observação:

Para acessar a parte 15 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/04/blog-post_03.html

 

 

 

 

 

 

  

 

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