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segunda-feira, 17 de abril de 2023

 



Sexo e Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 17

 

Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

113. Como era feita a doutrinação dos desencarnados antes do advento do Espiritismo na Terra?

Essa tarefa era feita diretamente pelos Benfeitores Espirituais, da mesma forma como hoje é realizada nos Núcleos cristãos restaurados. Dia virá, porém, em que labores desse gênero se tornarão naturais e conscientes, facultando às criaturas humanas o saudável e contínuo intercâmbio com o mundo espiritual sem as barreiras que a ignorância das Leis da Vida impõe. (Sexo e Obsessão, capítulo 19: Liberdade e vida.)

114. Com a libertação do marquês de Sade, quem passaria a governar a cidade perversa?

O marquês de Sade nunca foi o governante da cidade perversa, que é, em verdade, comandada por célebre imperador romano, que se entregou a excessos de toda natureza, enquanto deambulou pelo corpo. Renascendo em situações deploráveis, que lhe eram impostas pela necessidade da evolução, manteve-se ele acumpliciado com alguns algozes da Humanidade, sendo ele próprio, um impenitente tirano, sempre insaciável de sangue, que se permitia toda sorte de hediondez, inclusive nos desvarios sexuais. Foi, nesse período, que a sociedade do Império declinou, em razão do abastardamento dos valores éticos, abrindo espaço para a decadência e a desagregação dos costumes. Através dos séculos ergueu com outros infelizes perturbadores da paz da sociedade os alicerces da infeliz cidade que ora governava, tornando-a núcleo de punição para aqueles que lhes caem na sedução ou reduto de prolongadas bacanais. (Obra citada, capítulo 20: A ruidosa debandada.)

115. Ante o assédio dos malfeitores desencarnados que cercaram a Instituição espírita, qual foi a atitude de madre Clara de Jesus? 

Madre Clara de Jesus orou rogando o socorro divino. Sua voz, doce e vibrante, assinalada pela compaixão em favor dos agressores, exteriorizava-se em música de amor, suplicando o auxílio do Mestre Inconfundível e das Suas falanges abnegadas. Ainda não terminara a oração, quando um volumoso jato de luz, mais iridescente que a claridade do amanhecer, desceu de Regiões Elevadas e, dentro dele, numerosos Espíritos de semblante grave chegaram, respondendo ao apelo da diretora preocupada. Eles lentamente avançaram na direção dos visitantes perturbadores, que, percebendo-lhes a superioridade moral e a força espiritual que irradiavam, em gritaria infrene debandaram novamente, atropelando-se uns aos outros, enquanto as animálias desorientadas tombavam umas sobre as outras, e a sombra densa que os acompanhava era clareada pela exteriorização dos recém-chegados. (Obra citada, capítulo 20: A ruidosa debandada.)

116. Madre Clara de Jesus diz que os maus Espíritos, em sua ação nefasta, levam momentânea vantagem sobre os Benfeitores espirituais. Como entender tal afirmação?

Ela assim se manifestou porque os maus se utilizam de quaisquer recursos, mesmo os impróprios, enquanto os recursos utilizados pelos Benfeitores são os do amor. É nesse sentido que eles levam momentânea vantagem, em se considerando que os Benfeitores não se valem de processos escusos e contam, invariavelmente, com a bênção do tempo e a resolução da própria criatura a quem se dispõem a ajudar. Eles contam, porém, sempre e sem cessar, com o auxílio do Mestre Jesus, como se viu na resposta imediata dada à rogativa feita pela madre. (Obra citada, capítulo 20: A ruidosa debandada.)

117. É correto afirmar que o sexo tem sido um espinho cravado nas carnes da alma humana? 

Sim. Esse é, por sinal, o pensamento de madre Clara de Jesus. Segundo ela, gerações sucessivas de seres predispostos ao progresso têm experimentado derrocada, em face das exigências mal compreendidas do desejo e da utilização sexual. É por isso que o sexo, perturbado vezes sem conta nas suas funções, responde por inúmeros destrambelhos da emoção, da mente e do organismo, gerando consequências afligentes ao largo das sucessivas reencarnações. (Obra citada, capítulo 20: A ruidosa debandada.)

118. Por que a prece, quando fervorosa, faz bem?

Independentemente da resposta que terá, a blandícia proporcionada pela oração, quando bem entendida pela criatura humana, proporciona-lhe no seu exercício o reconforto e a coragem para todos os momentos. Quando o ser humano ora, penetra nos arcanos espirituais e refaz-se, adquirindo paz e enriquecendo-se de sabedoria, por estabelecer uma ponte de vinculação com as fontes do conhecimento, de onde promanam os bens da Imortalidade. (Obra citada, capítulo 21: Recomeço feliz.)

119. Mauro relatou ao Sr. Bispo que sua mãe, falecida há quase cinco anos, lhe havia aparecido e auxiliado contra a ação dos seres satânicos que tanto o atormentavam?

Sim. Eis como ele se expressou a respeito do assunto: “Nesses momentos tenho visto minha mãe que, como sabe Vossa Eminência, é falecida há quase cinco anos. Aparece-me no vigor da sua juventude, tomada de profunda compaixão pelos meus atos ignóbeis, protege-me dos seres satânicos, que a respeitam, como também me infunde ânimo para prosseguir. Não fosse esse socorro propiciado pela Divindade e ter-me-ia suicidado na mesma noite em que a professora Eutímia me surpreendeu com a criança. A vergonha, o asco que de mim próprio senti, tomaram-me o espírito fragilizado e uma voz terrível fazia repercutir no meu íntimo que o suicídio seria a única solução para o meu miserável destino”. (Obra citada, capítulo 21: Recomeço feliz.)

 

 

Observação:

Para acessar a parte 16 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/04/blog-post_10.html

 

 

 

  

 

 

 

 

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