Sexo e Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 16
Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.
Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
106. No processo
de regeneração de padre Mauro, também seriam atendidos seu pai e Jean-Michel,
seu perseguidor desencarnado?
Sim. Conforme informação dada por
Dona Martina, mãe do padre, seu pai e Jean-Michel seriam levados para o lar que
o padre deveria erguer em favor das criancinhas esquecidas do mundo, mas
lembradas por Deus, a fim de que ambos fossem igualmente beneficiados. A
vitória, disse ela, pertence a todo aquele que porfia e não descansa, a coletar
glórias, enquanto a luta não termina. (Sexo e Obsessão, capítulo 18: Os
labores prosseguem.)
A lição de que o amor maternal, quando verdadeiro, supera todo e qualquer
obstáculo. Diante desse exemplo, diz Philomeno que, enquanto houver mães no
mundo, o amor de Nosso Pai estará refletido nos seus atos de extrema abnegação
e renúncia. Vira-se ali
uma delas renunciar ao esplendor de regiões felizes para descer ao vale de
amargura, a fim de oferecer braços protetores ao filho revel, sem pensar na
própria felicidade, de que já desfrutava, enquanto a outra assumia o
compromisso de permanecer no vale sombrio ao lado do filho dependente,
renunciando ao monte de sublimação. Para elas, a felicidade era a liberação dos
seus anjos crucificados na agonia proporcionada pela loucura da própria
insensatez. Enquanto não os conduzissem à glória solar, não se permitiriam a
ascensão plenificadora. (Obra citada, capítulo 18: Os labores prosseguem.)
108. Em que
momento e de que forma os comparsas do marquês de Sade foram informados de que o
marquês não mais retornaria à cidade perversa?
Quem lhes deu a notícia foi o
médium Ricardo, quando, visivelmente inspirado, assomou à tribuna e falou a
todos que ali estavam. De sua fala merece destaque o trecho seguinte: “O vosso
líder, o marquês de Sade, que vos trouxe a este recinto de felicidade, cansado
dos excessos que se tem permitido, optou pela renovação e já não retornará
convosco, com aqueles que desejarem volver aos sítios pestíferos de onde
procedeis. Ninguém poderá obrigar-vos ao retorno às cavernas de padecimento e
de escravidão onde vivíeis. Aqui é a Casa de bênçãos, que se vos distendem
acolhedoras e ricas de renovação. Podeis respirar novo clima, acalentar novas
esperanças, anelar por paz e trabalhar pela conquista dos valores morais e
espirituais que abandonastes, quando tomados pela insensatez e pelo desvario,
ao vos entregardes à exorbitância do prazer”. (Obra citada, capítulo 19:
Liberdade e vida.)
109. Qual o efeito
produzido pela fala do médium Ricardo sobre os companheiros do marquês de Sade?
Não apenas a fala, mas as
vibrações de amor que passavam a envolvê-los, complementadas por uma melodia de
incomparável beleza, produziram empatia desconhecida e emoção sublime em todos
aqueles que ali se encontravam. Como resultado, a pouco e pouco, da emoção
silenciosa surgiram o pranto e a exteriorização do imenso sofrimento em que
estorcegavam aqueles irmãos, suplicando amparo e oportunidade de refazimento.
Entidades generosas, que aguardavam a ocorrência, acercaram-se então daqueles
que estavam a ponto de tombar na agitação e no desespero, acalmando-os,
aplicando-lhes energias restauradoras e emulando-os à fé, à coragem. (Obra
citada, capítulo 19: Liberdade e vida.)
110. Todos os
companheiros do marquês foram igualmente convertidos à mensagem de paz e
renovação transmitida pelo médium?
Nem todos, porque alguns deles,
mais rebeldes, levantaram-se de inopino e saíram atropeladamente, tentando
produzir balbúrdia, no que foram impedidos discretamente pelos vigilantes e
operosos trabalhadores da Instituição. (Obra citada, capítulo 19: Liberdade e
vida.)
111. Por que o
médium Ricardo foi escolhido para transmitir a mensagem aos companheiros do
marquês, em vez das próprias Entidades espirituais ali presentes?
Respondendo a uma pergunta
idêntica, o médium Ricardo esclareceu: “Conforme pensam os Benfeitores
Espirituais, o fato de encontrar-me reencarnado, com relativa facilidade nos
desdobramentos lúcidos durante o período do sono físico, faz que apresente
algumas condições necessárias para levar a programação libertadora, como
ocorreu, aos irmãos enlouquecidos, permitindo que melhor assimilem a proposta,
tendo em vista os implementos orgânicos de que me revisto, mediante os quais
facilita-se-lhes a sintonia. A exteriorização do fluido animal, que decorre do
estado de reencarnado, permite-nos maior identificação de sentimentos, em razão
de eles ainda estarem sob fortes pressões dos liames materiais”. (Obra citada,
capítulo 19: Liberdade e vida.)
112. Em que
sentido um médium encarnado pode auxiliar Espíritos aturdidos, enfermos ou em
situação de grande sofrimento?
Segundo explicação dada pelo
médium Ricardo, muitos Espíritos, em face do aturdimento que demonstram e de
sua fixação nos despojos materiais, não se dão conta da realidade espiritual em
que se encontram, tendo dificuldade para exteriorizar o pensamento somente
através da ação mental. É aí, então, que entra a ação dos médiuns encarnados,
cujo perispírito funciona para eles como decodificador de suas necessidades e
manifestações internas. Vê-se, pois, que para os médiuns que se devotam ao Bem
há, sempre, labor a executar em ambos os planos da vida. (Obra citada, capítulo
19: Liberdade e vida.)
Observação:
Para acessar a parte 15 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/04/blog-post_03.html
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