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segunda-feira, 14 de agosto de 2023

 



Entre os Dois Mundos

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 13 e final

 

Concluímos hoje o estudo metódico e sequencial do livro Entre os Dois Mundos, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco em 2004.

Este estudo foi publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

109. Marcondes também esteve envolvido, junto de Eduardo, nas perseguições feitas na França aos protestantes?

Sim. Ele conheceu Eduardo naquela mesma época, logo após a matança de agosto de 1572, ao tempo de Catarina de Médicis. Fizeram-se então amigos e participaram das escaramuças religiosas e dissipações morais que produziram tão tristes consequências, fato que Marcondes deplorava e o levou a reconhecer enfaticamente: “Sou um infame! Não mereço compaixão nem ajuda”. (Entre os dois mundos. Capítulo 23: Eduardo e Marcondes.)

110. O que realmente nos importa como seres reencarnados que somos?

Su­perar as paixões que nos agrilhoam ao solo do prima­rismo, saber aproveitar cada momento e avançar, ainda que vagaro­samente, é o que nos cumpre realizar, se efetivamente desejamos evoluir espiritualmente e atingir a meta para a qual fomos criados, que é a perfeição. (Obra citada. Capítulo 23: Eduardo e Marcondes.)

111. Que ligação existe entre os lamentáveis episódios de 1572, os desmandos cometidos na Revolução Francesa de 1789 e o Brasil?

Conforme o que foi dito a Manoel Philomeno pelo instrutor espiritual Dr. Almeida, a Revolução Francesa de 1789 teria sido a continuação natural dos acontecimentos detestáveis ocor­ridos pouco mais de duzentos anos antes. Os autores dos desmandos então praticados, não podendo prosse­guir na psicosfera da França, em que adquiriram tantos ad­versários, foram então encaminhados para o Brasil, uma nação onde não tinham compromissos infelizes, a fim de auxiliarem no seu desenvolvimento e serem aju­dados em sua própria recuperação espiritual. (Obra citada. Capítulo 24: Diálogos e elucidações oportunas.)

112. Sem a ajuda espiritual que recebeu, que aconteceria ao médium Izidro?

Todos os espíritos neces­sitamos da contribuição do sofrimento para nos amoldarmos aos compromissos superiores, todavia, quando eles atingem elevados níveis, tornam-se insuportáveis e podem levar-nos ao desequilíbrio e até mesmo à morte, por falta de ânimo para prosseguirmos, se nos encontramos no corpo físico. Izidro vinha definhando, considerando-se fracassado no investimento aplicado em favor do seu pupilo. Sempre co­lhendo fel e acusações injustas, em alguns momentos sofrendo mesmo agressão física, em tremendo desrespeito moral aos seus títulos de enobrecimento, murchava, como que crestado pela ardência do calor insuportável emanado pelo revel cobrador. Em face disso, sem a ajuda espiritual que recebeu, ele poderia sucumbir. (Obra citada. Capítulo 24: Diálogos e elucidações oportunas.)

113. Sucumbir significa que Izidro poderia desencarnar?

Sim. Embora afeiçoado à oração e à confiança em Deus, Izidro sentia-se desfalecer, porque os equipamentos orgâni­cos sofriam os choques resultantes das agressões contínuas e não alimentados pelo pensamento habitualmente otimis­ta do médium, que passou a acolher a ideia da culpa, sem considerar os esforços de reabilitação que empregava. Essa atitude poderia levá-lo à desencarnação, mesmo porque ele se encontrava naquela oportunidade sob moratória concedida pelo Senhor, a fim de po­der ampliar ainda mais a área de iluminação de consciências e de socorros à Humanidade. (Obra citada. Capítulo 24: Diálogos e elucidações oportunas.)

114. Por que médiuns como Izidro, inteiramente votados ao bem, são tão perseguidos?

Não é difícil compreender essa perseguição, considerando-se que tal é o propósito dos inimigos do progresso, que sempre se manifestaram contra a evolução e as conquistas do belo e do superior. Em face disso, investem com agressi­vidade contra médiuns como Izidro, tentando dividi-los, para mais facilmen­te destruí-los, fomentando áreas de atrito insensato, para melhor confundi-los, estimulando grupos de admiradores invigilantes, para desviá-los dos deveres, ou gerando sofri­mentos rudes, a fim de os desanimarem. (Obra citada. Capítulo 24: Diálogos e elucidações oportunas.)

115. Com base na visita feita pela equipe socorrista aos que foram atendidos, a avaliação do trabalho realizado foi positiva?

Sim. Contudo, era ainda constrangedor o estado do Dr. Marco Aurélio, que permanecia estertoran­do nas consequências do distúrbio que o acometera, antes da terrível flagelação que pretendia impor-se em relação ao futuro, assassinando a esposa enferma. Sem poder entender a ocorrência salvadora, lutava, em espírito, contra o corpo semiamortecido, que lhe não corres­pondia às exigências, lamentando o desencadear dos inúme­ros infortúnios que decorreram da sua conduta desregrada. (Obra citada. Capítulo 25: Avaliação de tarefas e despedidas.)

116. A senhora Lucinda, a esposa desencarnada do Dr. Marco Aurélio, já se recuperara dos impedimentos orgânicos que padeceu em vida?

Sim. Jovial e refeita totalmente dos mencionados impedimentos orgâni­cos, ela compareceu à residência do seu esposo quando a equipe socorrista o visitava.  Quando tomou conhecimento de que fora o Mentor da equipe socorrista quem operara as alterações ocorridas no seu lar, na noite fatídi­ca, comoveu-se até as lágrimas, agradecendo a providencial interferência e rogando a continuação da assistência para o companheiro inválido e os filhos imaturos. (Obra citada. Capítulo 25: Avaliação de tarefas e despedidas.)

117. Que sentimento a senhora Lucinda nutria pelo ex-marido que – ela bem o sabia – havia tentado matá-la e só não o conseguiu devido à interferência do Mentor espiritual?

Ela disse que, apesar de tudo, continuava a amá-lo e experimentava grande tristeza por vê-lo na situação desditosa em que se debatia, principalmente por sua falência ante o elevado compromisso espiritual que lhe dizia respeito. Confiava, porém, no Altíssimo, que lhe conferiria outra ocasião para prosseguir, e não cessaria de interferir em seu favor, porquanto a ocorrên­cia infeliz de maneira nenhuma afetava-lhe o sentimento de profundo amor. Esperá-lo-ia após o decesso carnal, e se lhe dedicaria como enfermeira eficiente, auxiliando-o no refa­zimento após o túmulo. (Obra citada. Capítulo 25: Avaliação de tarefas e despedidas.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 12 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/08/entre-os-dois-mundos-manoel-philomeno.html

 

 

 

 

 

 

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