(Sem comparação, sem fracasso)
CÍNTHIA
CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
A vida, em sua grandeza, não conhece o
significado de fracasso, aliás, para ela, esse sentido não existe ‒
infelizmente, esse significado é apenas muito comum para as pessoas que se
comparam. Se tudo o que ocorre é experiência, como utilizar um sentido tão
negativo para um aprendizado? Em diversas vezes, a realização poderá ser
positiva, no entanto, em muitas outras, o resultado somente não sairá como o
esperado. E quem disse que o que se aguarda é o melhor? Na verdade, muitos
desejos, se assim fossem concretizados, causariam mais infelicidade do que
sorrisos. Porém quando há a comparação, sempre haverá perdas.
Cada pessoa é valiosa, é um universo,
é única, é incomparavelmente singular com sua história e característica. Cada
pessoa sofreu suas dores e sorriu com suas conquistas, continuou vivendo e já é
abençoada por ser criação divina. Ou seja, não existe fracasso, existe apenas a
singularidade de cada ser. E caso ainda não tenha se despertado é só questão de
tempo para o agradecimento à vida.
Os olhos sempre devem buscar o olhar à
frente, ao horizonte. Se o interesse for maior em observar o passo alheio para
comparar a própria forma de caminhar, possivelmente uma queda é mais esperada
do que a apreciação dos pássaros e flores do caminho. Quando se valoriza mais o
jardim do vizinho, não há tempo para ver nascer a flor plantada pelas próprias
mãos. E pensar que realmente só importarão as nossas flores, as nossas
atitudes, as nossas vivências para a nossa felicidade. No entanto ainda se
observa muita contradição; as verdades universais são ignoradas resultando em
profundo sofrimento humano, ou melhor, dores causadas por comparação de toda
sorte.
E outra vez a natureza nos ensina,
pois em meio a extraordinárias flores não se observa nenhuma padecer por
sentir-se inferior a outra, mas, sim, elas se sentem fortalecidas por estarem
próximas e acompanhadas e, assim, mais seguras e felizes. Da mesma forma são as
estrelas, as crianças, os insetos porque compreendem que cada um possui o seu
espaço e a sua história a ser continuada no plano da eternidade.
Então, se também quisermos compreender
mais verdadeiramente a vida, perceberemos que nunca existiu fracasso ‒ pelo
qual tantas pessoas se deixam arruinar ‒, sempre existiu experiência para o
aprimoramento, apenas isso.
Porém se houver a comparação,
definitivamente, uma dor profunda poderá se instalar nesse coração. Existem os
corações amorosos e felizes e os amargurados e sofredores, basta uma escolha.
E pensar que o Criador, tão
amorosamente, criou cada criatura, única, e os pobres filhos insistem em
comparar-se.
O antídoto para o imaginário fracasso
é o amor-próprio.
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