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sexta-feira, 13 de outubro de 2023

 



No Invisível

 

Léon Denis

 

Parte 38

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do clássico No Invisível, de Léon Denis, cujo título no original francês é Dans l'Invisible.

Nossa expectativa é que este estudo sirva para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.

Cada parte do estudo compõe-se de:

a) questões preliminares;

b) texto para leitura.

As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto indicado para leitura.

Este estudo é publicado sempre às sextas-feiras.

 

Questões preliminares

 

A. Com base nos casos e experiências reportados nesta obra por Léon Denis, pode-se dizer que a manifestação dos Espíritos é um fato comprovado? 

B. As provas de identidade fornecidas pelos Espíritos comunicantes são escassas, como pretendem alguns, ou abundantes?

C. Mencione um fato de identificação cuja comprovação não deixou dúvida nenhuma na mente das pessoas envolvidas.

 

Texto para leitura

 

1007. Identidade dos Espíritos – Acabamos de ver, pela exposição dos fatos espíritas até agora feita, que a sobrevivência está amplamente demonstrada. Nenhuma outra teoria, a não ser a da intervenção dos sobrevivos, seria capaz de explicar o conjunto dos fenômenos, em suas variadas formas. Alfred Russel Wallace o disse: “O Espiritismo está tão bem demonstrado como a lei de gravitação”. E Crookes repetia: “O Espiritismo está cientificamente demonstrado”.

1008. No ponto de vista objetivo ou exterior, as provas fornecidas pelas aparições e materializações não podem deixar dúvida alguma. Entretanto, na ordem subjetiva, no que concerne aos outros modos de manifestações, subsiste uma dificuldade: a de obter dos Espíritos, em número suficiente para satisfazer aos cépticos exigentes, provas de identidade, indicações precisas, que os assistentes não conheçam e que sejam mais tarde verificáveis.

1009. Objeta-se muitas vezes aos espíritas que as comunicações, em seu conjunto, apresentam um caráter muito vago, são destituídas de indicações, revelações e fatos bem definidos, suscetíveis de estabelecer a identidade dos manifestantes e impor a convicção aos investigadores. Certamente, não é possível desconhecer essas dificuldades. Elas são inerentes à própria natureza das coisas e às diferenças de meio. Os seres que vivem num mesmo plano, como os homens, dotados dos mesmos sentidos, comunicam entre si por diferentes processos, que são outros tantos elementos de certeza.

1010. Esses diferentes modos de observação e verificação utilizáveis no habitat humano, nós o quereríamos tornar extensivos ao domínio do invisível, e exigimos de seus habitantes manifestações assaz probatórias, de uma precisão igual às que asseguram nossa convicção na ordem física. Ora, eis aí uma coisa quase irrealizável.

1011. O habitante do plano invisível tem que vencer muitos obstáculos para se comunicar. Os meios de que dispõe para nos esclarecer e persuadir são restritos. Ele não se pode manifestar sem médium, e o médium, inconscientemente, introduz quase sempre uma parte de si mesmo, de sua mentalidade, nas manifestações.

1012. O Espírito que quer exprimir seu pensamento serve-se de órgãos estranhos, experimenta grande embaço. É semelhante a uma pessoa que conversasse conosco numa situação muito incômoda que a privasse do uso de suas faculdades. É preciso conduzir-se discretamente a seu respeito, formular perguntas claras, mostrar paciência, benevolência, a fim de obter satisfatórios resultados. “Meus caros amigos – dizia George Pelham a Hodeson e Hart – não me considereis com ânimo de críticos. Esforçar-nos por transmitir-vos nossos pensamentos, mediante o organismo de qualquer médium, é como se tentasse subir pelo tronco de uma árvore oca.”

1013. Robert Hyslop o repete a seu filho: “Todas as coisas se me apresentam com tanta clareza, e quando venho aqui para exprimi-las, James, não posso!”

1014. O que diziam os Espíritos da Sra. Piper, afirmava-o o Guia do nosso grupo nestes termos: “No Espaço, tudo é para nós amplo, desembaraçado, fácil. Quando baixamos à Terra tudo se restringe, se amesquinha”.

1015. Outra objeção é esta: na maior parte dos casos de identidade assinalados, os fatos e as provas, por meio dos quais se conseguiu determinar com certeza a personalidade dos manifestantes, são de natureza comum, às vezes mesmo trivial. Ora, a experiência tem demonstrado que é quase sempre impossível proceder de outro modo. As particularidades, consideradas frívolas e vulgares, parece constituírem precisamente os meios mais seguros para se firmar juízo acerca dos autores dos fenômenos.

1016. Com o fim de comparação e de crítica, o professor Hyslop fez estabelecer uma linha telegráfica entre dois dos edifícios da Universidade de Colúmbia, distantes de 500 pés, e postou nas extremidades dois telegrafistas profissionais, por cujo intermédio deviam interlocutores desconhecidos comunicar entre si e estabelecer sua identidade. Nessas condições, que se aproximam das da mediunidade – valendo aí a distância pela diferença de plano –, o professor pôde reconhecer quanto era difícil determinar a identificação de modo probatório. O resultado não era alcançado na maioria das vezes senão mediante as mais vulgares indicações e narrativas sem importância. Os processos empregados pelos comunicantes – constatou o professor, – eram absolutamente os mesmos que os adotados pelos Espíritos no caso da Sra. Piper.

1017. A propósito das dificuldades encontradas pelos operadores, o Sr. Hyslop assim se exprime: “Enquanto acompanhava essas experiências, chamou-me a atenção este fato, que se observa igualmente quando apenas dispomos de tempo limitado para comunicar por telefone: toda a atenção do comunicante está concentrada no desejo de escolher incidentes bem característicos para a identificação por um amigo particular. E como, para escolher, se vê urgido pelo tempo, em seu espírito se trava um conflito interessante e se produz uma confusão que toda gente pode por si mesma apreciar, desde que se aplique a fazer uma escolha de incidentes com esse fim. Podemos figurar-nos de igual modo à situação de um Espírito desencarnado que dispõe de alguns minutos para dar sua comunicação, e que luta provavelmente com enormes dificuldades de que não podemos fazer ideia”.

1018. O professor Hyslop é um observador metódico e solerte. Cumpre, entretanto, assinalar que ele só estudou até agora um caso insulado – o da Sra. Piper. Uma experimentação de trinta anos tem demonstrado que, apesar das dificuldades inerentes a todo gênero de comunicação espírita, as provas de identidade são muito mais abundantes do que geralmente se acredita. Em certas reuniões privadas, são diariamente fornecidas provas da sobrevivência dos que nos foram caros; essas provas, porém, são quase sempre guardadas cuidadosamente, porque se referem à vida íntima dos experimentadores. Entre estes, muitos receiam as críticas mordazes e não querem expor às vistas de indiferentes, de cépticos motejadores, os mais sagrados sentimentos, os segredos mais íntimos de seu coração.

1019. Muitas vezes Espíritos desconhecidos dos assistentes vêm dar comunicações dirigidas a seus parentes ainda vivos, comunicações que contêm, não raro, característicos originais, provas irrefutáveis. Essas manifestações, todavia, permanecem ignoradas em sua maior parte. Receiam-se os sarcasmos de sábios superficiais e as prevenções do vulgo, sempre pronto a rejeitar fatos que ultrapassam a órbita dos conhecimentos usuais. Daí resulta que as mais peremptórias manifestações raramente chegam ao conhecimento do público.

1020. No mesmo sentido se nota extrema circunspeção e grande reserva da parte dos Espíritos nas reuniões franqueadas a todos. É principalmente na intimidade da família e de alguns amigos que se reúnem os melhores elementos para obter boas provas. Facilitada pela afeição e harmonia dos pensamentos, a confiança recíproca se estabelece e com ela a sinceridade e a sem-cerimônia. O Espírito encontra um conjunto de condições fluídicas que asseguram à transmissão de seu pensamento toda a clareza e precisão necessárias para levar a convicção ao ânimo dos assistentes.

1021. Os Espíritos adiantados não se prestam de bom grado às nossas exigências. Suas comunicações têm sempre um caráter moral e impessoal; seu pensamento paira demasiado alto, acima das esferas da individualidade, para que lhes não seja penoso aí baixar. Em sua maioria, tiveram eles na Terra existências de sacrifícios, suportaram vidas dolorosas – condições de sua própria elevação; – não gostam, quando a si mesmo aludem, de ornar-se com seus títulos de merecimento. Para convencer os cépticos, lançam mão de outros recursos; preferem introduzir em nossas sessões Espíritos mais atrasados, individualidades que na Terra conhecemos e que, por sua originalidade, seu modo de falar, de gesticular, de pensar, nos fornecem provas satisfatórias.

1022. Assim procediam os Guias do nosso grupo. Sob sua direção, Espíritos assaz vulgares, mas animados de boas intenções – uma vendedora de legumes, um ferreiro de aldeia, uma velhota tagarela – e outros ainda, falecidos parentes de membros do grupo, se manifestavam, no transe, por sinais característicos e inimitáveis. Sua identidade se estabelecia por considerável variedade de pormenores, de incidentes domésticos; mas, se eram de indubitável interesse para os que os haviam conhecido, seriam considerados fastidiosos por outros e assim não conviria serem trazidos a público. A multiplicidade e repetição cotidiana dos pequeninos fatos de que se compõe uma existência, ainda que impossíveis de reproduzir e analisar, terminam por impressionar os mais refratários e triunfar das mais tenazes dúvidas.

1023. Todos os dias, em muitos grupos se obtém a revelação de nomes, datas, fatos desconhecidos e mais tarde comprovados; mas não podem ser divulgados, porque interessam a pessoas ainda vivas, que não autorizam a sua publicação. Ou são ainda revelações científicas que se obtêm, como as que relata Aksakof, no caso do Sr. Barkas, de Newcastle, revelações muito acima da capacidade do sensitivo.

1024. Outras vezes são fenômenos de escrita, como os que assinalou o mesmo autor, e assinaturas autênticas de personalidades que o médium jamais vira, como, por exemplo, as do cura Burnier e do síndico Chaumontet, falecidos havia meio século, obtidas por Helena Smith, de Genebra. O professor Flournoy as atribui a um despertar da subconsciência do sensitivo; é essa, como vimos, uma teoria “ad hoc”, muito cômoda para explicar o que se não compreende, ou não se quer compreender.

1025. Em Spirit Identity, Stainton Moses relata notáveis fatos de identidade, obtidos pela mediunidade escrevente e baseados em testemunhos oficiais. Declara possuir uns cem casos desse gênero e muitos experimentadores poderiam dizer outro tanto. Entre esses numerosos fenômenos, pode-se recordar o caso citado pelo “Light”, de 27 de maio de 1899, e devido à mediunidade de Mrs. Bessie Russell-Davies, de Londres:

“Um pedido de prova de identidade, formulado por pessoas ligadas à Corte de Viena, havia sido endereçado à aludida senhora. As perguntas estavam encerradas num invólucro lacrado, que se conservou intacto. Depois de alguns dias de investigações, o Guia do médium voltou com cinco Espíritos estranhos, que ditaram uma resposta em idioma desconhecido. Feito o exame, reconheceram os interlocutores que essa língua era o antigo magiar, idioma unicamente conhecido de alguns eruditos. A resposta estava assinada por cinco personagens que tinham vivido dois séculos antes e eram membros falecidos da família húngara que solicitara esse testemunho.”

1026. Aqui está outra prova, mais concludente em sua simplicidade que estrepitosas manifestações. É extraída da obra de Watson, publicista americano, Spiritualism, its phenomenes, Nova Iorque, 1880:

“Watson tinha recebido uma comunicação assinada por seu amigo o General Th. Rivers. Segundo o costume inglês, o general apusera as iniciais de seus nomes próprios, entre as quais figurava um W. Ora, nenhum de seus nomes próprios admitia essa inicial. Por escrúpulo e respeito à verdade, Watson havia publicado essa assinatura sem modificação, mas a contragosto e não sem alguma desconfiança, que certos pormenores da missiva parecia deverem dissipar. Os contraditores da imprensa não perderam a ocasião de denunciar o erro, metendo a ridículo esse Espírito que não sabia o próprio nome.

Entretanto, no curso de uma outra sessão o mesmo Espírito confirmou essa inicial, dizendo que sua mãe daria a explicação. A mãe, interrogada, respondeu que o W era um engano. Logo, porém, interveio o Espírito e disse: ‘Minha mãe, tu achas singular que eu assine um W; lembra-te, entretanto, de que em minha infância eu era tão irritadiço que meus camaradas me chamavam Wasp (vespa). Esse apelido me ficou; eu o havia adotado e com ele assinava as minhas composições. Repara nos meus cadernos e nos meus livros escolares, e neles o encontrarás.’ Assim se fez e verificou-se a exatidão do que afirmava o Espírito.”

1027. A Revista de Estudios Psicológicos, de Barcelona (setembro de 1900), publicou o seguinte caso de identidade, acompanhado de documentos comprobatórios:

“Três pessoas, um professor de Matemática, um médico e um eclesiástico, haviam pedido ao Sr. Segundo Oliver, médium desinteressado, que lhes fornecesse provas da realidade dos Espíritos. Após um instante de recolhimento, a mão do médium traçou mecanicamente as seguintes palavras: ‘Isidora, 50 anos de idade, nascida em San Sebastian, morta a 31 de março de 1870; moléstia, cancro intestinal; deixou três filhos; seus nomes e idades: P., 15 anos; C., 19 anos; M., 25 anos.’

Por essas particularidades, um dos assistentes reconheceu o Espírito de sua mãe. Surpreso e comovido, perguntou se tinha alguns conselhos a dar-lhe. O médium retomou o lápis; com grande estupefação, porém, traçou, em alguns minutos, o retrato de uma pessoa que lhe era desconhecida e no qual foi reconhecido o Espírito Isidora, que em vida jamais consentira em se fotografar. O médium nunca aprendera desenho, nem sabia desenhar. Todos os assistentes declararam que não tinham pensado em coisa alguma do que fora escrito, e que não podia haver naquilo um fenômeno de sugestão nem de leitura do pensamento.”

1028. O Sr. G. Owen, a seu turno, escreveu o seguinte no “Spiritual Record”:

“Há doze anos, contava eu entre os meus amigos íntimos um senador pela Califórnia, muito conhecido, o Dr. Knox, que era diretor de um próspero banco em S. José. Pensador profundo, era também um decidido partidário das teorias materialistas. Sentindo aproximar-se o termo de sua vida, falava muitas vezes do sono eterno. Um dia lhe disse eu: ‘Façamos um pacto, doutor: se no Além vos sentirdes viver, fareis todo o possível por me comunicar estas simples palavras: Vivo ainda.’

Depois de sua morte, estando comigo um bom médium, limpei uma ardósia, coloquei-lhe um lápis e encostei na superfície inferior da mesa. Ouvimos o ranger do lápis escrevendo na ardósia e, ao retirá-la, encontramos escritas as seguintes linhas: ‘Amigo Owen, posto que tenha visto completamente desmoronadas as antigas ideias que tinha sobre a vida futura, foi-me agradável, confesso-o, tal desilusão; sinto-me feliz, meu amigo, em lhe poder dizer: Vivo ainda. Sempre seu amigo W. Knox.’ A escrita era de tal modo igual à do desencarnado que foi reconhecida autêntica pelo pessoal do banco por ele dirigido em vida.”

1029. O fenômeno de incorporação tem dado lugar a múltiplos fatos de identidade. Nas manifestações de que é instrumento a Sra. Piper, pode-se comprovar a mais perfeita unidade de caráter e de consciência nos manifestantes, particularmente nos Guias ou Espíritos-fiscais. Nenhum deles pode ser considerado uma personalidade secundária do médium; todos se apresentam como individualidades autônomas dotadas de grande intensidade de vida, de sinceridade e de realidade.

1030. Apesar das dificuldades que às vezes encontram para se manifestar, as personalidades de G. Pelham e Robert Hyslop são das mais rigorosamente delineadas e jamais se contradizem.

1031. O reitor da Universidade, Oliver Lodge, nos volumes XII e XIII dos Proceedings, cita igualmente muitos casos de identidade por ele obtidos mediante a faculdade da Sra. Piper. Um de seus tios, falecido vinte anos antes, refere particularidades de sua mocidade, completamente esquecidas de todos os membros sobreviventes da família; não foi possível verificá-las senão depois de demorada e minuciosa pesquisa. Seu finado sogro lhe veio indicar pormenores exatos de sua morte, ocorrida em condições comovedoras, citando nomes e datas, inteiramente apagados da memória dele, Lodge. Menciona este ainda outros notáveis sinais de identidade provenientes de vários de seus amigos falecidos. (Continua no próximo número.)

 

Respostas às questões preliminares

 

A. Com base nos casos e experiências reportados nesta obra por Léon Denis, pode-se dizer que a manifestação dos Espíritos é um fato comprovado? 

Sim. Diz Léon Denis que nenhuma outra teoria, a não ser a da intervenção dos sobrevivos, seria capaz de explicar o conjunto dos fenômenos, em suas variadas formas. Alfred Russel Wallace, em apoio a essa tese, afirmou: “O Espiritismo está tão bem demonstrado como a lei de gravitação”, frase que o conhecido sábio inglês William Crookes exprimiu nos seguintes termos: “O Espiritismo está cientificamente demonstrado”. (No Invisível - O Espiritismo experimental: Os fatos - XXI - Identidade dos Espíritos.)

B. As provas de identidade fornecidas pelos Espíritos comunicantes são escassas, como pretendem alguns, ou abundantes?

Segundo Léon Denis, apesar das dificuldades inerentes a todo gênero de comunicação espírita, as provas de identidade são muito mais abundantes do que geralmente se acredita. Em certas reuniões privadas, são diariamente fornecidas provas da sobrevivência dos que nos foram caros; essas provas, porém, são quase sempre guardadas cuidadosamente, porque se referem à vida íntima dos experimentadores. Entre estes, muitos receiam as críticas mordazes e não querem expor às vistas de indiferentes, de cépticos motejadores, os mais sagrados sentimentos, os segredos mais íntimos de seu coração. Muitas vezes Espíritos desconhecidos dos assistentes vêm dar comunicações dirigidas a seus parentes ainda vivos, comunicações que contêm, não raro, característicos originais, provas irrefutáveis. Essas manifestações, todavia, permanecem ignoradas em sua maior parte. Receiam-se os sarcasmos de sábios superficiais e as prevenções do vulgo, sempre pronto a rejeitar fatos que ultrapassam a órbita dos conhecimentos usuais. Daí resulta que as mais peremptórias manifestações raramente chegam ao conhecimento do público. (Obra citada - O Espiritismo experimental: Os fatos - XXI - Identidade dos Espíritos.)

C. Mencione um fato de identificação cuja comprovação não deixou dúvida nenhuma na mente das pessoas envolvidas.

Eis um desses fatos: o Sr. G. Owen escreveu no “Spiritual Record”: “Há doze anos, contava eu entre os meus amigos íntimos um senador pela Califórnia, muito conhecido, o Dr. Knox, que era diretor de um próspero banco em S. José. Pensador profundo, era também um decidido partidário das teorias materialistas. Sentindo aproximar-se o termo de sua vida, falava muitas vezes do sono eterno. Um dia lhe disse eu: ‘Façamos um pacto, doutor: se no Além vos sentirdes viver, fareis todo o possível por me comunicar estas simples palavras: Vivo ainda.’ Depois de sua morte, estando comigo um bom médium, limpei uma ardósia, coloquei-lhe um lápis e encostei na superfície inferior da mesa. Ouvimos o ranger do lápis escrevendo na ardósia e, ao retirá-la, encontramos escritas as seguintes linhas: ‘Amigo Owen, posto que tenha visto completamente desmoronadas as antigas ideias que tinha sobre a vida futura, foi-me agradável, confesso-o, tal desilusão; sinto-me feliz, meu amigo, em lhe poder dizer: Vivo ainda. Sempre seu amigo W. Knox.’ A escrita era de tal modo igual à do desencarnado que foi reconhecida autêntica pelo pessoal do banco por ele dirigido em vida.” (Obra citada - O Espiritismo experimental: Os fatos - XXI - Identidade dos Espíritos.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 37 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/10/no-invisivel-leon-denis-parte-37-damos.html

 

 

 


 

 

 


 

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