A arte espírita
JORGE LEITE DE
OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília, DF
Alma amiga, quando jovem, frequentando
algumas Juventudes espíritas, percebi que faltavam mais obras artísticas de bom
nível no movimento espírita. Durante décadas, por exemplo, o que mais se
cantava, e ainda se canta, é o Hino da alegria cristã, composição de Oly
de Castro em parceria com Leopoldo Machado, ou Quanta luz, de autoria de
Cenyra Pinto.
Então, no meu atual devaneio, entrevistei
Allan Kardec, Léon Denis e Emmanuel, todos no mundo espiritual, salvo o último,
que se supõe esteja reencarnado, sobre o que eles pensam da arte espírita.
Inicio com o Codificador do Espiritismo:
— Kardec, o que você me diz sobre a arte?
— Irmão Jó, “[...] o Espiritismo abre à arte
um campo novo, imenso e ainda inexplorado; e quando o artista reproduzir o
mundo espírita com convicção, haurirá nessa fonte as mais sublimes inspirações”
(Kardec, Allan. Obras Póstumas, 1 Arte – O que é arte?).
Passo a palavra a Emmanuel, enquanto seu
corpo físico dorme, e ele repete o que já dissera alhures.
— Qual é a contribuição do Espiritismo à
arte, amigo Emmanuel?
— “A arte pura é a mais elevada contemplação
espiritual por parte das criaturas. Ela significa a mais profunda
exteriorização do ideal, a divina manifestação desse mais além que
polariza as esperanças das almas” (Emmanuel. O Consolador. Psicografia
de Chico Xavier).
— Agora é com você, Léon Denis, que escreveu
uma obra intitulada O Espiritismo na Arte. O que me diz desse tema?
— Jó, “O Espiritismo vem abrir para a arte
novas perspectivas, horizontes sem limites. A comunicação que ele estabelece
entre os mundos visível e invisível, as informações fornecidas sobre as
condições de vida no Além, a revelação que ele nos traz das leis superiores da
harmonia e da beleza que regem o universo vêm oferecer aos nossos pensadores e
artistas inesgotáveis temas de inspiração” (Denis, Léon. O Espiritismo na
arte).
— Peço, então, ao amigo Allan Kardec que nos
traga suas últimas palavras sobre as artes.
— Caro irmão espírita, “As artes não sairão
do torpor em que jazem, senão por meio de uma reação no sentido das ideias
espiritualistas. [...] É matematicamente certo dizer que, sem crença, as artes carecem
de vitalidade e que toda transformação filosófica acarreta necessariamente uma
transformação artística paralela (Kardec, Allan – Obras Póstumas).
Com tão ilustres entrevistados expondo o que
ouvimos e agora registramos sobre arte, em especial sobre a contribuição do
Espiritismo na revitalização dela no mundo, só nos resta agradecer-lhes e
dizer: Graças a Deus! A arte ainda não está perdida. Vamos voltar às origens do
culto ao belo e à Divindade, sem tergiversações.
Hoje, percebo grandes esforços de abnegados
trabalhadores da seara espírita no campo das artes, mas é preciso que suas
obras sejam mais intensamente divulgadas. E passei a homenagear, diariamente,
com um poema, após breves pesquisas, uma grande data. Laica ou espiritualista.
Desse modo, de agora em diante, em vez de
falar no absurdo que é “a arte da guerra”, pensemos, falemos e façamos aquela
arte para a qual convergem todas as mensagens grandiosas do Espiritismo cristão
na música, no teatro, no cinema, na pintura e na literatura: “a arte da paz”.
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o blog: www.jojorgeleite.blogspot.com
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