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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

 



O Evangelho segundo o Espiritismo

 

Allan Kardec

 

Parte 1

 

Iniciamos hoje o estudo metódico de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, terceira das obras que compõem o Pentateuco Kardequiano, cuja primeira edição foi publicada em abril de 1864.

Este estudo será publicado sempre às quintas-feiras.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado dos estudos relativos à presente obra, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#ALLAN e, em seguida, no verbete "O Evangelho segundo o Espiritismo”.

Eis as questões de hoje:


1. Qual o verdadeiro caráter do Espiritismo? 

Segundo Kardec, a doutrina espírita não se fundamenta na opinião dos homens, mas sim na voz dos Espíritos, na universalidade daqueles que se comunicam em toda a Terra, por ordem de Deus. Esse é o caráter essencial do Espiritismo e também a sua força, a sua autoridade. (O Evangelho segundo o Espiritismo, Prefácio e Introdução, item II.)

2. Os Evangelhos dividem-se em cinco partes. Quais são elas e qual a que Kardec escolheu como objeto desta obra? 

As matérias contidas nos Evangelhos dividem-se em cinco partes: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas, e o ensino moral. As quatro primeiras têm sido objeto de controvérsias; a última, porém, conservou-se constantemente inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. Para os homens, em particular, constitui esse código uma regra de proceder que abrange todas as circunstâncias da vida privada e da vida pública, o princípio básico de todas as relações sociais que se fundam na mais rigorosa justiça e, acima de tudo, o roteiro infalível para a felicidade vindoura. Essa parte é que constitui o objeto desta obra. (Obra citada, Introdução, item I.)

3. Que é que a comunicação com os Espíritos tornou possível?

A comunicação entre os homens e o mundo invisível tornou possível uma melhor divulgação da lei evangélica, que não será mais letra morta, porque cada um a compreenderá e se verá incessantemente compelido a pô-la em prática, a conselho de seus guias espirituais. (Obra citada, Introdução, item I.)

4. Onde se encontra a chave para a compreensão dos Evangelhos e do Velho Testamento? 

Os ensinamentos espíritas são a chave para compreensão dos textos bíblicos e evangélicos que, à falta deles, parecem, em muitas passagens, ininteligíveis. (Obra citada, Introdução, item I.)

5. A chamada ortodoxia espírita será estabelecida pelos homens ou pelos Espíritos? 

Pelos Espíritos. A propósito disso, Kardec escreveu: “Não será à opinião de um homem que se aliarão os outros, mas à voz unânime dos Espíritos; não será um homem, nem nós, nem qualquer outro que fundará a ortodoxia espírita; tampouco será um Espírito que se venha impor a quem quer que seja: será a universalidade dos Espíritos que se comunicam em toda a Terra, por ordem de Deus. Esse o caráter essencial da Doutrina Espírita; essa a sua força, a sua autoridade. Quis Deus que a sua lei assentasse em base inamovível e por isso não lhe deu por fundamento a cabeça frágil de um só”. (Obra citada, Introdução, item II.)

6. Como devemos nos posicionar ante as instruções dos Espíritos sobre pontos da Doutrina ainda não elucidados? 

As instruções dadas pelos Espíritos sobre os pontos ainda não elucidados da Doutrina não devem ser aceitas, senão sob todas as reservas e apenas a título de esclarecimento. É preciso ter a maior prudência em dar-lhes publicidade e, caso se julgue conveniente publicá-las, importa não as apresentar senão como opiniões individuais, mais ou menos prováveis, mas que carecem de confirmação. Essa confirmação é que se precisa aguardar, antes de apresentar um princípio como verdade absoluta, a menos que se queira ser acusado de leviandade ou de credulidade irrefletida. (Obra citada, Introdução, item II.)

7. Qual é a única garantia segura do ensino dos Espíritos? 

A garantia séria, no tocante ao ensino dado pelos Espíritos, é a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em vários lugares. Referimo-nos aqui não às comunicações pertinentes a interesses secundários, mas às que dizem respeito aos princípios da doutrina. Prova a experiência que, quando um princípio novo tem de ser enunciado, isso se dá espontaneamente em diversos pontos, ao mesmo tempo e de modo idêntico, se não quanto à forma, quanto ao fundo. (Obra citada, Introdução, item II.)

8. Que é que faz a força do Espiritismo? 

É a universalidade do ensino dos Espíritos. Aí é que reside a força do Espiritismo e, também, a causa de sua rápida propagação. Enquanto a palavra de um só homem, mesmo com o concurso da imprensa, levaria séculos para chegar ao conhecimento de todos, milhares de vozes se fazem ouvir simultaneamente em todos os recantos do planeta, proclamando os mesmos princípios e transmitindo-os aos mais ignorantes como aos mais doutos, a fim de que não haja deserdados. (Obra citada, Introdução, item II.)

 

 

 

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