O Evangelho segundo o Espiritismo
Allan Kardec
Parte 1
Iniciamos hoje o estudo metódico de “O
Evangelho segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, terceira das obras que
compõem o Pentateuco Kardequiano, cuja primeira edição foi publicada em abril
de 1864.
Este estudo será publicado sempre às
quintas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o
texto consolidado dos estudos relativos à presente obra, para acompanhar, pari
passu, o presente estudo, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#ALLAN
e, em seguida, no verbete "O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Eis as questões de hoje:
1. Qual o verdadeiro caráter do Espiritismo?
Segundo Kardec, a doutrina espírita não se fundamenta na opinião dos
homens, mas sim na voz dos Espíritos, na universalidade daqueles que se
comunicam em toda a Terra, por ordem de Deus. Esse é o caráter essencial do
Espiritismo e também a sua força, a sua autoridade. (O Evangelho segundo o Espiritismo, Prefácio e Introdução, item II.)
2. Os Evangelhos
dividem-se em cinco partes. Quais são elas e qual a que Kardec escolheu como
objeto desta obra?
As matérias contidas nos Evangelhos dividem-se em cinco partes: os atos
comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram
tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas, e o ensino moral. As quatro
primeiras têm sido objeto de controvérsias; a última, porém, conservou-se
constantemente inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade
se curva. Para os homens, em particular, constitui esse código uma regra de
proceder que abrange todas as circunstâncias da vida privada e da vida pública,
o princípio básico de todas as relações sociais que se fundam na mais rigorosa
justiça e, acima de tudo, o roteiro infalível para a felicidade vindoura. Essa
parte é que constitui o objeto desta obra. (Obra citada, Introdução, item I.)
3. Que é que a
comunicação com os Espíritos tornou possível?
A comunicação entre os homens e o mundo invisível tornou possível uma
melhor divulgação da lei evangélica, que não será mais letra morta, porque cada
um a compreenderá e se verá incessantemente compelido a pô-la em prática, a
conselho de seus guias espirituais. (Obra citada, Introdução, item I.)
4. Onde se encontra a chave
para a compreensão dos Evangelhos e do Velho Testamento?
Os ensinamentos espíritas são a chave para compreensão dos textos
bíblicos e evangélicos que, à falta deles, parecem, em muitas passagens,
ininteligíveis. (Obra citada, Introdução, item I.)
5. A chamada ortodoxia
espírita será estabelecida pelos homens ou pelos Espíritos?
Pelos Espíritos. A propósito disso, Kardec escreveu: “Não será à opinião
de um homem que se aliarão os outros, mas à voz unânime dos Espíritos; não será
um homem, nem nós, nem qualquer outro que fundará a ortodoxia espírita;
tampouco será um Espírito que se venha impor a quem quer que seja: será a
universalidade dos Espíritos que se comunicam em toda a Terra, por ordem de
Deus. Esse o caráter essencial da Doutrina Espírita; essa a sua força, a sua
autoridade. Quis Deus que a sua lei assentasse em base inamovível e por isso
não lhe deu por fundamento a cabeça frágil de um só”. (Obra citada, Introdução,
item II.)
6. Como devemos nos
posicionar ante as instruções dos Espíritos sobre pontos da Doutrina ainda não
elucidados?
As instruções dadas pelos Espíritos sobre os pontos ainda não elucidados
da Doutrina não devem ser aceitas, senão sob todas as reservas e apenas a
título de esclarecimento. É preciso ter a maior prudência em dar-lhes
publicidade e, caso se julgue conveniente publicá-las, importa não as
apresentar senão como opiniões individuais, mais ou menos prováveis, mas que
carecem de confirmação. Essa confirmação é que se precisa aguardar, antes de
apresentar um princípio como verdade absoluta, a menos que se queira ser
acusado de leviandade ou de credulidade irrefletida. (Obra citada, Introdução,
item II.)
7. Qual é a única garantia
segura do ensino dos Espíritos?
A garantia séria, no tocante ao ensino dado pelos Espíritos, é a
concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente,
servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em vários
lugares. Referimo-nos aqui não às comunicações pertinentes a interesses
secundários, mas às que dizem respeito aos princípios da doutrina. Prova a
experiência que, quando um princípio novo tem de ser enunciado, isso se dá
espontaneamente em diversos pontos, ao mesmo tempo e de modo idêntico, se não
quanto à forma, quanto ao fundo. (Obra citada, Introdução, item II.)
8. Que é que faz a força
do Espiritismo?
É a universalidade do ensino dos Espíritos. Aí é que reside a força do
Espiritismo e, também, a causa de sua rápida propagação. Enquanto a palavra de
um só homem, mesmo com o concurso da imprensa, levaria séculos para chegar ao
conhecimento de todos, milhares de vozes se fazem ouvir simultaneamente em
todos os recantos do planeta, proclamando os mesmos princípios e
transmitindo-os aos mais ignorantes como aos mais doutos, a fim de que não haja
deserdados. (Obra citada, Introdução, item II.)
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