Ação e Reação
André Luiz
Parte 8
Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos oito primeiros livros da Série, damos
prosseguimento ao estudo da nona obra: Ação
e Reação, publicada em 1957 pela
Federação Espírita Brasileira.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND
e, em seguida, no verbete “Ação e Reação".
Eis as questões de hoje:
57. Como, nesse
retorno à vida corpórea, seria a situação de Antônio Olímpio?
Sendo ele o autor da criminosa trama que vitimou os dois
irmãos, do grupo de reencarnantes seria o companheiro menos favorecido na Lei,
pelas agravantes que lhe marcavam o problema individual. Com o Espírito ainda
sombreado de angústia e arrependimento, ressurgirá no berço da família que ele
prejudicou, movimentando-se num horizonte mental muito restrito, uma vez que,
instintivamente, a sua maior preocupação será devolver aos irmãos espoliados a
existência física, o dinheiro e as terras que deles furtou. (Ação e Reação, cap. 10, pp. 142 e 143.)
58. A música
erudita faz bem aos desencarnados?
Sim. A Pastoral de Beethoven, que Silas e seus amigos
ouviram na casa do filho do irmão Paulino, valeu para eles como abençoada
oração, visto que os lances da magnífica sinfonia como que os elevaram a
círculos harmoniosos de ignota beleza e possuíam a faculdade de lavar-lhes,
miraculosamente, os refolhos do ser. Seus pensamentos vibravam em sintonia mais
pura e seus corações pareciam mais fraternos. Dirigiram-se então, a pedido de
Leonel, até o lago. A noite ia alta e o luar coroava o campo de prateadas
fulgurações. Leonel passou, então, a relatar o que André e seus amigos já
sabiam, detendo-se em copioso pranto, ao referir-se à morte da cunhada, sobre
quem atirara as farpas da sua ira. (Obra citada, cap. 10, pp. 144 a 147.)
59. Como foi o
encontro de Alzira com seus algozes Clarindo e Leonel?
O encontro foi comovente e levou os três às lágrimas. A nobre
mulher disse-lhes que, para o êxito de todos, seria necessário que o
esquecimento de seus pesares nascesse, puro, do amor que deviam uns aos
outros... "Esqueçamos ressentimentos – propôs Alzira – e Deus nos suprirá
de recursos para que venhamos a solver nossos débitos... Ergam-se, filhos
queridos...” Dito isso, Alzira não pôde continuar, pois copioso pranto
orvalhava-lhe a face, ao tempo em que emergiam de seu tórax chispas flamejantes
em sucessivas ondas de safirino esplendor. Quanto a Clarindo e Leonel, eles
levantaram-se e, à maneira de duas crianças atraídas pela ternura materna, a enlaçaram
em comovedores soluços. (Obra citada, cap. 10, pp. 148 e 149.)
60. Que destino
aguarda os que retornam ao mundo espiritual?
Segundo os ensinamentos espíritas, nós criamos o destino ou
renovamo-lo, todos os dias, com nossos atos e os nossos pensamentos. "No
vaso da carne – disse Druso – a planta da existência se desenvolve, floresce e
frutifica. A morte fisiológica realiza a grande ceifa. Em nosso mundo, temos,
desse modo, a seleção natural dos frutos. Os raros que se mostram aprimorados
são conduzidos à lavoura da Luz Divina, nos planos celestiais, para mais ampla
ascensão ao grande futuro; todavia, a massa esmagadora dos que chegam deteriorados
ou imperfeitos estaciona nos celeiros de sombra das regiões inferiores em que
nos achamos, à espera de novo plantio nas leiras do mundo.” E o instrutor
completou: “É que cada criatura transpõe os umbrais do túmulo com as imagens
que em si mesma plasmou, utilizando os recursos do sentimento, da ideia e da
ação que a vida lhe empresta, irradiando as forças que acumulou no espaço e no
tempo terrestres". (Obra citada,
cap. 11, pp. 151 a 153.)
61. Havia no
Templo da Mansão algum símbolo religioso da Terra?
Sim. O Templo assemelhava-se a uma grande capela. De face
voltada para o exterior, via-se ali uma cruz de radiante material argênteo
sobre alva e simples mesa, encostada ao centro do fundo. Mas essa cruz era o
único símbolo religioso existente no recinto. (Obra citada, cap. 11, pp. 153 a
155.)
62. No Templo da
Mansão uma mulher orava a Maria de Nazaré. Tais rogativas chegam realmente ao
seu destino?
Sim. Segundo Silas, petições semelhantes a essa elevam-se a
planos superiores e aí são acolhidas pelos emissários de Maria de Nazaré, a fim
de serem examinadas e atendidas, conforme o critério da verdadeira sabedoria. (Obra citada, cap. 11, pp. 157 e 158.)
63. Noutra
prece, uma mulher rogava a proteção de Santa Teresinha de Lisieux. A oração
chegaria até ela?
“Como não?”, disse Silas.
"Depois da morte do corpo – acentuou o Assistente –, as criaturas
efetivamente santificadas encontram as mais altas quotas de serviço, na
expansão da luz ou da caridade, do conhecimento ou da virtude, de que se
fizeram a fonte viva de inspiração, quando no aprendizado humano. O céu
beatífico e estanque existe apenas na mente ociosa daqueles que pretendem
progresso sem trabalho e paz sem esforço. Tudo é criação, beleza,
aprimoramento, alegria e luz incessantes na obra de Deus, a expressar-se,
divina e infinita, através daqueles que se elevam para o Infinito Amor. Assim
pois, o coração que deixe na Terra uma sementeira de fé e abnegação passa a
nutrir, do plano espiritual, a lavoura das ideias e dos exemplos que legou aos
irmãos de luta evolutiva, lavoura essa que se expande naqueles que lhe
continuam o ministério sagrado, crescendo, assim, em trabalho e influência para
o bem, no setor de ação iluminativa e santificante que o Senhor lhe
confia." (Obra citada, cap. 11, pp. 159 e 160.)
64. Como o Dr.
Bezerra de Menezes pode atender tantas pessoas ao mesmo tempo?
O fato é assim explicado por Silas: "Com mais de
cinquenta anos consecutivos de serviço à Causa Espírita, depois de
desencarnado, Adolfo Bezerra de Menezes fez jus à formação de extensa equipe de
colaboradores que lhe servem à bandeira de caridade. Centenas de Espíritos estudiosos
e benevolentes obedecem-lhe às diretrizes na lavoura do bem, na qual opera ele
em nome do Cristo". Hilário observou que, desse modo, era fácil
compreendê-lo agindo em tantos lugares ao mesmo tempo.
"Perfeitamente", concordou Silas. "Como acontece na radiofonia,
em que uma estação emissora está para os postos de recepção, assim qual uma só
cabeça pensante para milhões de braços, um grande missionário da luz, em ação
no bem, pode refletir-se em dezenas ou centenas de companheiros que lhe acatam
a orientação no trabalho ajustado aos desígnios do Senhor. Bezerra de Menezes,
invocado carinhosamente, em tantas instituições e lares espíritas, ajuda em
todos eles, pessoalmente ou por intermédio das entidades que o representam com
extrema fidelidade." (Obra citada, cap. 11, pp. 160 a 163.)
Observação:
Para acessar a Parte 7 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/06/blog-post_23.html
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