quarta-feira, 23 de junho de 2021

 


Ação e Reação

 

André Luiz

 

Parte 7

 

Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos oito primeiros livros da Série, damos prosseguimento ao estudo da nona obra: Ação e Reação, publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete “Ação e Reação".

Eis as questões de hoje:

 

49. Em face da tragédia familiar, que fatos se deram na vida de Silas, responsável direto pelos acontecimentos?

O remorso não demorou a vir. Com a morte do pai, ocorrida pouco depois, ele decidiu viajar e, quando voltou, não teve coragem de retornar à antiga residência. Hospedou-se, então, na casa de velho amigo de seu pai, por alguns dias, até que pudesse pensar numa transformação radical da existência. Certa noite, visando a amenizar uma insistente dor no estômago, tomou de um frasco de arsênico na adega de seu anfitrião, acreditando usar o bicarbonato de sódio que ali deixara na véspera, e o veneno expulsou-o do corpo, impondo-lhe sofrimentos terríveis, tal como sucedera à sua madrasta, enquanto que na casa de seu hospedeiro pensou-se que ele buscara no suicídio a extinção das penas morais que castigavam sua alma entediada. (Ação e Reação, cap. 9, pp. 124 e 125.)

50. Como Silas iria compensar Aída do mal que lhe causara?

Aída e ele reencarnariam mais tarde, na condição de irmãos consanguíneos. Ele se consagraria à atividade médica e a ex-madrasta renasceria em corpo franzino, de maneira a sanar as difíceis psicoses que estava adquirindo sob o domínio das trevas, o que lhe marcaria a existência na carne sob a forma de estranhas enfermidades mentais. "Ser-lhe-ei, assim – explicou Silas –, não apenas o irmão do lar, mas também o enfermeiro e o amigo, o companheiro e o médico, pagando em sacrifício e boa-vontade, afeto e carinho, o equilíbrio e a felicidade que lhe furtei..." (Obra citada, cap. 9, pp. 125 a 127.)

51. Existe, de fato, a regular nossos atos, a chamada lei de ação e reação?

Sim. A lei é, com efeito, de ação e reação. A ação do mal pode, às vezes, ser rápida, mas ninguém sabe quanto tempo exigirá o serviço da reação, indispensável ao restabelecimento da harmonia da vida, quebrada por nossas atitudes contrárias ao bem. Espírito algum – explicou Silas – penetrará o Céu sem paz de consciência, e, se é mais fácil apagar as nossas querelas e retificar nossos desacertos enquanto estagiamos no mesmo caminho palmilhado por nossas vítimas na Terra, é muito difícil providenciar a solução de nossos criminosos enigmas quando já nos achamos mergulhados nos nevoeiros infernais. (Obra citada, cap. 9, pp. 128 a 130.)

52. A confissão de Silas exerceu algum efeito sobre os irmãos Clarindo e Leonel?

Evidentemente. Os irmãos citados haviam tomado a confissão de Silas para valiosas reflexões. Foi por isso que, observando-lhes a metamorfose, Silas convidou-os a acompanhá-lo e, pouco depois, conseguindo ambos volitar, unidos à caravana socorrista, chegaram com André, Hilário e o Assistente a vasto hospital situado em movimentada cidade terrestre. (Obra citada, cap. 10, pp. 131 a 133.)

53. Onde se situavam as causas das aflições que acometiam Laudemira, a gestante posta em situação de risco?

Suas penas resultavam de pesados débitos contraídos cinco séculos atrás. Dama de elevada situação na Corte de Joana II, rainha de Nápoles, de 1414 a 1435, possuía então dois irmãos consanguíneos que lhe apoiavam todos os planos de vaidade e domínio. Vendo no seu marido um entrave às suas leviandades, arrastou-o para a morte. Viúva e dona de bens consideráveis, cresceu em prestígio e fez-se confidente da rainha, confiando-se a prazeres e dissipações em que perturbou a conduta de muitos homens de bem e arruinou muitos lares. Foi assim que, ao desencarnar, nos meados do século XV, desceu a medonhas profundezas infernais, onde padeceu o assédio de ferozes inimigos que não lhe perdoaram os delitos. Sofreu por mais de cem anos consecutivos nas trevas densas, voltando à carne por quatro vezes sucessivas, por intercessão de amigos do Plano Superior, em cruciantes problemas expiatórios, no decurso dos quais, na condição de mulher, embora abraçando novos compromissos, experimentou pavorosos vexames e humilhações da parte de homens sem escrúpulos que lhe asfixiavam todos os sonhos. (Obra citada, cap. 10, pp. 135 e 136.)

54. Como Deus atende as criaturas que a Ele recorrem?

Como sabemos, ninguém está condenado por Deus ao abandono. Segundo palavras ditas por Silas a André Luiz e seus amigos, o Criador atende as criaturas por intermédio das próprias criaturas. Tudo pertence a Deus, até mesmo o chamado “inferno”, visto que o inferno, embora seja obra dos homens, situa-se, como uma construção indigna e calamitosa, no terreno da vida, que é Criação de Deus. "Tendo abusado de nossa razão e conhecimento para gerar semelhante monstro no Espaço Divino, compete-nos a obrigação de destruí-lo para edificar o Paraíso no lugar que ele ocupa indebitamente”, acrescentou Silas. (Obra citada, cap. 10, pp. 137 e 138.)

55. Laudemira teria recordado, antes de reencarnar, as peripécias que enfrentou no passado?

Até certo ponto, sim. Ela se internara na Mansão trinta anos atrás, após padecer longos anos nas esferas inferiores. Acusava então terrível demência e foi graças à hipnose que pôde revelar os fatos que Silas reportara aos amigos. Os instrutores não acharam necessário mais amplo recuo mnemônico, e Laudemira, conturbada como estava, não dispunha de forças para articular qualquer reminiscência. (Obra citada, cap. 10, pp. 138 e 139.)

56. Quanto tempo seria necessário à preparação de Clarindo e Leonel para seu retorno à vida corpórea?

Segundo Silas, essa preparação duraria cerca de vinte e cinco anos, pois eles precisariam reconstituir as ideias no campo do bem, plasmando-as de modo indelével na mente, a fim de se consagrarem à efetivação dos novos planos. No decurso desse prazo, se engajariam no serviço ativo, ajudando os outros e criando, assim, preciosas sementeiras de simpatia, que lhes facilitariam as lutas na Terra. (Obra citada, cap. 10, pp. 142 e 143.)

 


Observação:

Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/06/blog-post_16.html

 

 

  

 

 

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