André Luiz
Parte 7
Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos oito primeiros livros da Série, damos
prosseguimento ao estudo da nona obra: Ação
e Reação, publicada em 1957 pela
Federação Espírita Brasileira.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND
e, em seguida, no verbete “Ação e Reação".
Eis as questões de hoje:
49. Em face da
tragédia familiar, que fatos se deram na vida de Silas, responsável direto
pelos acontecimentos?
O remorso não demorou a vir. Com a morte do pai, ocorrida
pouco depois, ele decidiu viajar e, quando voltou, não teve coragem de retornar
à antiga residência. Hospedou-se, então, na casa de velho amigo de seu pai, por
alguns dias, até que pudesse pensar numa transformação radical da existência.
Certa noite, visando a amenizar uma insistente dor no estômago, tomou de um
frasco de arsênico na adega de seu anfitrião, acreditando usar o bicarbonato de
sódio que ali deixara na véspera, e o veneno expulsou-o do corpo, impondo-lhe
sofrimentos terríveis, tal como sucedera à sua madrasta, enquanto que na casa
de seu hospedeiro pensou-se que ele buscara no suicídio a extinção das penas
morais que castigavam sua alma entediada. (Ação
e Reação, cap. 9, pp. 124 e 125.)
50. Como Silas
iria compensar Aída do mal que lhe causara?
Aída e ele reencarnariam mais tarde, na condição de irmãos
consanguíneos. Ele se consagraria à atividade médica e a ex-madrasta renasceria
em corpo franzino, de maneira a sanar as difíceis psicoses que estava adquirindo
sob o domínio das trevas, o que lhe marcaria a existência na carne sob a forma
de estranhas enfermidades mentais. "Ser-lhe-ei, assim – explicou Silas –,
não apenas o irmão do lar, mas também o enfermeiro e o amigo, o companheiro e o
médico, pagando em sacrifício e boa-vontade, afeto e carinho, o equilíbrio e a
felicidade que lhe furtei..." (Obra citada, cap. 9, pp. 125 a 127.)
51. Existe, de
fato, a regular nossos atos, a chamada lei de ação e reação?
Sim. A lei é, com efeito, de ação e reação. A ação do mal
pode, às vezes, ser rápida, mas ninguém sabe quanto tempo exigirá o serviço da
reação, indispensável ao restabelecimento da harmonia da vida, quebrada por
nossas atitudes contrárias ao bem. Espírito algum – explicou Silas – penetrará
o Céu sem paz de consciência, e, se é mais fácil apagar as nossas querelas e
retificar nossos desacertos enquanto estagiamos no mesmo caminho palmilhado por
nossas vítimas na Terra, é muito difícil providenciar a solução de nossos
criminosos enigmas quando já nos achamos mergulhados nos nevoeiros infernais.
(Obra citada, cap. 9, pp. 128 a 130.)
52. A confissão
de Silas exerceu algum efeito sobre os irmãos Clarindo e Leonel?
Evidentemente. Os irmãos citados haviam tomado a confissão
de Silas para valiosas reflexões. Foi por isso que, observando-lhes a
metamorfose, Silas convidou-os a acompanhá-lo e, pouco depois, conseguindo
ambos volitar, unidos à caravana socorrista, chegaram com André, Hilário e o
Assistente a vasto hospital situado em movimentada cidade terrestre. (Obra
citada, cap. 10, pp. 131 a 133.)
53. Onde se
situavam as causas das aflições que acometiam Laudemira, a gestante posta em
situação de risco?
Suas penas resultavam de pesados débitos contraídos cinco
séculos atrás. Dama de elevada situação na Corte de Joana II, rainha de
Nápoles, de 1414 a 1435, possuía então dois irmãos consanguíneos que lhe
apoiavam todos os planos de vaidade e domínio. Vendo no seu marido um entrave
às suas leviandades, arrastou-o para a morte. Viúva e dona de bens
consideráveis, cresceu em prestígio e fez-se confidente da rainha, confiando-se
a prazeres e dissipações em que perturbou a conduta de muitos homens de bem e
arruinou muitos lares. Foi assim que, ao desencarnar, nos meados do século XV,
desceu a medonhas profundezas infernais, onde padeceu o assédio de ferozes
inimigos que não lhe perdoaram os delitos. Sofreu por mais de cem anos
consecutivos nas trevas densas, voltando à carne por quatro vezes sucessivas,
por intercessão de amigos do Plano Superior, em cruciantes problemas
expiatórios, no decurso dos quais, na condição de mulher, embora abraçando
novos compromissos, experimentou pavorosos vexames e humilhações da parte de
homens sem escrúpulos que lhe asfixiavam todos os sonhos. (Obra citada, cap.
10, pp. 135 e 136.)
54. Como Deus
atende as criaturas que a Ele recorrem?
Como sabemos, ninguém está condenado por Deus ao abandono.
Segundo palavras ditas por Silas a André Luiz e seus amigos, o Criador atende as
criaturas por intermédio das próprias criaturas. Tudo pertence a Deus, até
mesmo o chamado “inferno”, visto que o inferno, embora seja obra dos homens,
situa-se, como uma construção indigna e calamitosa, no terreno da vida, que é
Criação de Deus. "Tendo abusado de nossa razão e conhecimento para gerar
semelhante monstro no Espaço Divino, compete-nos a obrigação de destruí-lo para
edificar o Paraíso no lugar que ele ocupa indebitamente”, acrescentou Silas.
(Obra citada, cap. 10, pp. 137 e 138.)
55. Laudemira
teria recordado, antes de reencarnar, as peripécias que enfrentou no passado?
Até certo ponto, sim. Ela se internara na Mansão trinta anos
atrás, após padecer longos anos nas esferas inferiores. Acusava então terrível
demência e foi graças à hipnose que pôde revelar os fatos que Silas reportara
aos amigos. Os instrutores não acharam necessário mais amplo recuo mnemônico, e
Laudemira, conturbada como estava, não dispunha de forças para articular
qualquer reminiscência. (Obra citada, cap. 10, pp. 138 e 139.)
56. Quanto tempo
seria necessário à preparação de Clarindo e Leonel para seu retorno à vida
corpórea?
Segundo Silas, essa preparação duraria cerca de vinte e
cinco anos, pois eles precisariam reconstituir as ideias no campo do bem,
plasmando-as de modo indelével na mente, a fim de se consagrarem à efetivação
dos novos planos. No decurso desse prazo, se engajariam no serviço ativo,
ajudando os outros e criando, assim, preciosas sementeiras de simpatia, que
lhes facilitariam as lutas na Terra. (Obra citada, cap. 10, pp. 142 e 143.)
Observação:
Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/06/blog-post_16.html
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