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segunda-feira, 1 de março de 2021

 



Tramas do Destino

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 6

 

Damos prosseguimento ao estudo – sob a forma dialogada – do livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco, publicada em 1975.

Este estudo será publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL  e, em seguida, no verbete "Tramas do Destino”.

Eis as questões de hoje:

 

41. Qual é o único antídoto realmente eficiente ante o mal?

O amor é o único eficiente antídoto ante qualquer mal. Sintetizando no amor todos os deveres e aspirações que nos devemos impor, Jesus foi peremptório, em sua inapelável sabedoria: “Amai os vossos inimigos”. Pacificar-se com os inimigos, enquanto se está no caminho com eles, é medida de urgência. Ideal, portanto, é não ter inimigos, não estar contra ninguém, não se rebelar... Se alguém não nos quer bem, o problema é dele; porém, se damos motivo para que tal ocorra, já é nosso o problema. (Tramas do Destino, cap. 15, págs. 140 a 142.)

42. É certo dizer que o sofrimento é uma pena imposta pela Divindade?

Não. O sofrimento e a soledade não são penas impostas pela Divindade; antes constituem corrigenda salvadora, com que a criatura se arma para cometimentos elevados. (Obra citada, cap. 16, págs. 143 e 144.)

43. Que significa exercer a mediunidade com nobreza? 

Exercer com nobreza a mediunidade implica escolher o caminho da abnegação, a vida redentora, abraçado à caridade e ao amor, iluminado por dentro pela paciência e pela tranquilidade, a fim de não se deter na ascese do ministério ou confundi-la nas sombras com que a criatura se perturba e infelicita. (Obra citada, cap. 17, págs. 153 a 155.)

44. Que escolhos, além da obsessão, podem ser-nos inspirados por Espíritos imperfeitos? 

São eles: o açodar das paixões inferiores, açulando desejos desenfreados de qualquer nomenclatura, o arrojar pessoas inescrupulosas contra ou sobre o médium, as facilidades de toda natureza, desde a bajulação mentirosa às incursões mais atrozes, no que diz respeito aos deveres assumidos, o mesmo acontecendo em relação aos indivíduos que se esforçam por preservar suas faculdades morais e experimentam então o cerco nefasto que lhes é imposto pelas mentes atormentadas da erraticidade. Outro difícil escolho no serviço da mediunidade é a ambição argentária, porque os médiuns, com raras exceções, são situados – como medida preventiva a seu próprio benefício – em grupos familiares que lutam pela própria sobrevivência, a fim de se exercitarem desde cedo nas austeras disciplinas da escassez e da necessidade, superando futuras conjunturas em que se deverão movimentar com facilidade e honradez. (Obra citada, cap. 17, págs. 155 e 156.)

45. Em que consiste a simonia?

Simonia é tráfico de coisas sagradas, em alusão ao mago Simão, que tentou corromper a Pedro, para obter deste o segredo da evocação do Espírito Santo. Pratica a simonia quem, por exemplo, no uso da mediunidade, cobra pelos serviços que presta. (Obra citada, cap. 17, págs. 156 a 158.)

46. A que vícios sociais se refere o autor desta obra?

Os vícios sociais que o autor menciona são o tabagismo, o alcoolismo, a toxicomania; os excessos da mesa, mediante a ingestão abusiva de animais ceifados, condimentados e acepipes extravagantes; as negligências mentais e morais, como as conversações doentias, deprimentes e obscenas, o cultivo dos pensamentos vulgares, o acalento de tendências negativas, a inveja, o ciúme, a queixa, o azedume, a maledicência e o reproche. Segundo Manoel Philomeno, o concurso da prece e a leitura salutar, que inspiram ideias e pensamentos ditosos, são anticorpos valiosos contra a virulência desses escolhos na santificação da mediunidade, enquanto a vigilância, através do trabalho paulatino e sistemático, ordeiro e constante, a ação caridosa e os contributos da solidariedade e da tolerância armam-no para a feliz execução dos serviços espirituais. (Obra citada, cap. 17, págs. 159 e 160.)

47. Lisandra pensava em matar-se?

Sim. Lisandra dizia sentir asco de si própria. “Odeio-me... Desejo morrer, matar-me”, eis as palavras que disse à mãe em momento de revolta, seguido de choro incontrolável. Diante da filha que chorava, Artêmis perguntou-lhe se ela acreditava em Deus. "Não sei, para ser sincera", respondeu Lisandra, angustiada. "Eu tenho medo d'Ele, isto sim..." – "Mas Ele é nosso Pai...", considerou a mãe. "Tem sido meu Juiz. Não estou, não vivo condenada?! Não é Ele o responsável?!", replicou Lisandra. "De forma alguma, querida", asseverou Artêmis. "Nós somos os responsáveis por tudo quanto nos sucede. Se você se esforçasse por ler as obras que lhe tenho apresentado, ou se interessasse em ouvir para entender, enquanto as leio para você, compreenderia que esta é uma imputação falsa e até blasfema que você faz ao Supremo Pai... O nosso livre-arbítrio semeia e a vida nos obriga à colheita. Tudo muito simples". (Obra citada, cap. 18, págs. 162 a 164.)

48. Por que diante do sofrimento a resignação é importante?

O sofrimento é via expurgatória de que se deve beneficiar o infrator com júbilo íntimo e resignação humilde, a fim de expungir de sua alma os fluidos mefíticos que a intoxicam em longo processo. É por causa disso que sua aceitação, desde que sincera, a que chamamos também de resignação, é fundamental no processo da cura. Mas, no início, não foi o que se deu com Lisandra, o que fez com que o quadro dela se agravasse muito, adicionando à enfermidade novos problemas que poderiam ter sido evitados. (Obra citada, cap. 18, págs. 165 a 167.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 5 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/02/tramas-do-destino-manoel-philomeno-de_22.html

 

 

 

 

 

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