Tramas do Destino
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 6
Damos prosseguimento ao estudo – sob a forma dialogada – do livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco, publicada em 1975.
Este estudo será publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em
foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Tramas
do Destino”.
Eis as questões de hoje:
41. Qual é o único antídoto realmente eficiente ante o mal?
O amor é o único
eficiente antídoto ante qualquer mal. Sintetizando no amor todos os deveres e
aspirações que nos devemos impor, Jesus foi peremptório, em sua inapelável
sabedoria: “Amai os vossos inimigos”. Pacificar-se com os inimigos, enquanto se
está no caminho com eles, é medida de urgência. Ideal, portanto, é não ter
inimigos, não estar contra ninguém, não se rebelar... Se alguém não nos quer
bem, o problema é dele; porém, se damos motivo para que tal ocorra, já é nosso
o problema. (Tramas do Destino, cap.
15, págs. 140 a 142.)
42. É certo dizer que o sofrimento é uma pena imposta pela
Divindade?
Não. O sofrimento e
a soledade não são penas impostas pela Divindade; antes constituem corrigenda
salvadora, com que a criatura se arma para cometimentos elevados. (Obra citada,
cap. 16, págs. 143 e 144.)
43. Que significa exercer a mediunidade com nobreza?
Exercer com nobreza
a mediunidade implica escolher o caminho da abnegação, a vida redentora,
abraçado à caridade e ao amor, iluminado por dentro pela paciência e pela tranquilidade,
a fim de não se deter na ascese do ministério ou confundi-la nas sombras com
que a criatura se perturba e infelicita. (Obra citada, cap. 17, págs. 153 a
155.)
44. Que escolhos, além da obsessão, podem ser-nos inspirados
por Espíritos imperfeitos?
São eles: o açodar
das paixões inferiores, açulando desejos desenfreados de qualquer nomenclatura,
o arrojar pessoas inescrupulosas contra ou sobre o médium, as facilidades de
toda natureza, desde a bajulação mentirosa às incursões mais atrozes, no que
diz respeito aos deveres assumidos, o mesmo acontecendo em relação aos
indivíduos que se esforçam por preservar suas faculdades morais e experimentam
então o cerco nefasto que lhes é imposto pelas mentes atormentadas da
erraticidade. Outro difícil escolho no serviço da mediunidade é a ambição
argentária, porque os médiuns, com raras exceções, são situados – como medida
preventiva a seu próprio benefício – em grupos familiares que lutam pela
própria sobrevivência, a fim de se exercitarem desde cedo nas austeras
disciplinas da escassez e da necessidade, superando futuras conjunturas em que
se deverão movimentar com facilidade e honradez. (Obra citada, cap. 17, págs.
155 e 156.)
45. Em que consiste a simonia?
Simonia é tráfico de
coisas sagradas, em alusão ao mago Simão, que tentou corromper a Pedro, para
obter deste o segredo da evocação do Espírito Santo. Pratica a simonia quem,
por exemplo, no uso da mediunidade, cobra pelos serviços que presta. (Obra
citada, cap. 17, págs. 156 a 158.)
46. A que vícios sociais se refere o autor desta obra?
Os vícios sociais
que o autor menciona são o tabagismo, o alcoolismo, a toxicomania; os excessos
da mesa, mediante a ingestão abusiva de animais ceifados, condimentados e
acepipes extravagantes; as negligências mentais e morais, como as conversações
doentias, deprimentes e obscenas, o cultivo dos pensamentos vulgares, o
acalento de tendências negativas, a inveja, o ciúme, a queixa, o azedume, a maledicência
e o reproche. Segundo Manoel Philomeno, o concurso da prece e a leitura
salutar, que inspiram ideias e pensamentos ditosos, são anticorpos valiosos
contra a virulência desses escolhos na santificação da mediunidade, enquanto a
vigilância, através do trabalho paulatino e sistemático, ordeiro e constante, a
ação caridosa e os contributos da solidariedade e da tolerância armam-no para a
feliz execução dos serviços espirituais. (Obra citada, cap. 17, págs. 159 e
160.)
47. Lisandra pensava em matar-se?
Sim. Lisandra dizia
sentir asco de si própria. “Odeio-me... Desejo morrer, matar-me”, eis as
palavras que disse à mãe em momento de revolta, seguido de choro incontrolável.
Diante da filha que chorava, Artêmis perguntou-lhe se ela acreditava em Deus.
"Não sei, para ser sincera", respondeu Lisandra, angustiada. "Eu
tenho medo d'Ele, isto sim..." – "Mas Ele é nosso Pai...",
considerou a mãe. "Tem sido meu Juiz. Não estou, não vivo condenada?! Não
é Ele o responsável?!", replicou Lisandra. "De forma alguma,
querida", asseverou Artêmis. "Nós somos os responsáveis por tudo
quanto nos sucede. Se você se esforçasse por ler as obras que lhe tenho
apresentado, ou se interessasse em ouvir para entender, enquanto as leio para
você, compreenderia que esta é uma imputação falsa e até blasfema que você faz
ao Supremo Pai... O nosso livre-arbítrio semeia e a vida nos obriga à colheita.
Tudo muito simples". (Obra citada, cap. 18, págs. 162 a 164.)
48. Por que diante do sofrimento a resignação é importante?
O sofrimento é via
expurgatória de que se deve beneficiar o infrator com júbilo íntimo e
resignação humilde, a fim de expungir de sua alma os fluidos mefíticos que a
intoxicam em longo processo. É por causa disso que sua aceitação, desde que
sincera, a que chamamos também de resignação, é fundamental no processo da
cura. Mas, no início, não foi o que se deu com Lisandra, o que fez com que o
quadro dela se agravasse muito, adicionando à enfermidade novos problemas que
poderiam ter sido evitados. (Obra citada, cap. 18, págs. 165 a 167.)
Observação:
Para acessar a Parte 5 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/02/tramas-do-destino-manoel-philomeno-de_22.html
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