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segunda-feira, 1 de maio de 2023

 



Sexo e Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 19

 

Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

127. Rosa Keller e o marquês de Sade estariam também sujeitos, em sua nova existência, à investida de obsessores?

Sim. Os desatinos cometidos por ambos teriam, evidentemente, consequências, mas o processo obsessivo será, em ambos os casos, qual ferro em brasa para o cautério da alma comprometida por feridas morais graves. Vale meditar nesta observação feita pelo Mentor Anacleto: “Nunca nos devemos esquecer que onde se encontre o réprobo devedor aí também estará o infeliz cobrador. Os processos da Justiça Divina seguem métodos de harmonia e de amor, de forma que ambos os contendores tenham o mesmo ensejo de reparação e de crescimento interior, de forma que se possam libertar da inferioridade e alcancem mais elevados patamares da felicidade.” (Sexo e Obsessão, capítulo 22: Considerações edificantes.)

128. No tratamento dos processos obsessivos, os causadores da obsessão são também indiretamente beneficiados?

Sim. Esse é um ponto importante que merece destaque. Segundo Anacleto, enquanto os adversários espirituais estiverem afligindo o marquês de Sade e Rosa Keller, em razão de se encontrarem os pacientes no Lar da Caridade sob a inspiração de Jesus e recebendo as luzes do conforto moral e da misericórdia que verterá sobre eles, serão também eles beneficiados, porque ouvirão as dissertações espiritistas, receberão as energias saudáveis que serão aplicadas nos enfermos e os atingirão, e, em consequência, vivenciarão uma psicosfera inabitual à que lhes é familiar. O Bem tem dimensão infinita. Quando alguém acende uma lâmpada, não apenas se ilumina como oferece claridade a toda uma ampla área. Assim também ocorre com o brilho da Mensagem de amor que, ao acender os filamentos internos, irradia luminosidade por toda parte. (Obra citada, capítulo 22: Considerações edificantes.)

129. Ante a investida das Trevas sobre a instituição que atua na prática do bem e da caridade, que medidas são tomadas pelo Plano Espiritual?

Segundo Anacleto, se as Trevas se organizam para a ação do mal, o Senhor da Seara vela pela instituição e pelos seus trabalhadores. Todos percebemos quando alguma nuvem tolda, por momentos, a claridade do dia, no entanto não nos preocupamos, porque sabemos que o Sol sempre brilhará, suplantando toda escuridão. Aqueles que se comprometem a servir com Jesus não ignoram que as condições nem sempre serão amenas e que os testemunhos estarão sempre convocando-os à vigilância e advertindo-os dos perigos. Se os Espíritos perversos se organizam para o trabalho de crueldade, o Bem perseverante está-lhes muito adiante, prevendo as ocorrências e apresentando soluções que, inclusive, objetivam resgatá-los da situação inditosa em que permanecem. (Obra citada, capítulo 22: Considerações edificantes.)

130. Ao explicar como o Bem atua em face do assédio das sombras, o mentor Anacleto referiu-se a conhecida promessa de Jesus. Que promessa é essa?

“Eu nunca vos deixarei a sós!” – eis a promessa feita por Jesus. E o que vemos em toda parte, diz Anacleto, é a confirmação dessa promessa. “Através dos Seus prepostos Ele sempre está conosco, em suave convívio e oferecendo-nos salutares advertências”, afirmou o mentor. (Obra citada, capítulo 22: Considerações edificantes.)

131. Que efeito a melodia suave produz nos ambientes em que os Benfeitores espirituais atendem indivíduos enfermos, agitados, irritados e necessitados em geral?

A melodia, quando adequada aos propósitos citados, cria um ambiente de relaxamento e de bem-estar. Foi o que se viu na instituição espírita, a que iam chegando inúmeras entidades necessitadas de auxílio – cansadas umas, outras irritadas, diversas ansiosas, muitas deprimidas – que, ao adentrarem o recinto impregnado de forças reparadoras e curativas, experimentavam, de imediato, compreensível refazimento. Mesmo aquelas que desconheciam os ensinamentos espíritas e eram visitantes de primeira vez, não se podiam furtar às vibrações agradáveis que as penetravam, modificando-as interiormente, enquanto fora da instituição continuava a algaravia dos infelizes e o ensurdecedor ressoar de tambores e de instrumentos que produziam sons metálicos perturbadores. (Obra citada, capítulo 22: Considerações edificantes.)

132. Com base nos ensinamentos espíritas podemos afirmar que o processo de evolução é muito mais complexo do que o apresentado no arquétipo bíblico?

Sim. O progresso da criatura humana processa-se etapa a etapa, pelos incontáveis mecanismos da vida até atingir a meta para qual fomos criados, em uma caminhada de longa duração. (Obra citada, capítulo 23: Convites à reflexão e ao testemunho.)

133. Por que determinadas pessoas elegeram o Espiritismo como a ameaça a ser combatida?

O tema foi lembrado na palestra feita pelo médium Ricardo. Segundo ele, salvo algumas exceções, somos ainda na Terra pessoas primitivas e ignorantes, vítimas do egoísmo e das paixões mais grosseiras. Estamos, em face disso, convocados ao esforço de transformação pessoal para melhor, mas muitas lutas e entraves teremos que vencer para alcançarmos esse objetivo. Os que não desejam que isso se dê, porque se encontram sob o domínio da astúcia e da crueldade, elegeram o Espiritismo, na sua condição de adversário natural do materialismo, como a ameaça que deve ser combatida com denodo e sem cessar. O motivo é simples: o Espiritismo, pelos ensinamentos que transmite e pelas ações que desenvolve, interfere nos interesses dos inimigos do Bem, que não desejam que ocorra a renovação do planeta, fadado a alcançar o nível de mundo de regeneração”. (Obra citada, capítulo 23: Convites à reflexão e ao testemunho.)

 

 

Observação:

Para acessar a parte 18 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/04/blog-post_24.html

 

 

 

 

 

 

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