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segunda-feira, 31 de julho de 2023

 



Entre os Dois Mundos

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 11

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Entre os Dois Mundos, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco em 2004.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

91. Em dado momento Manoel Philomeno referiu-se a uma luz que vertia do Alto envolvendo o prédio da instituição espírita em que ele se encontrava. Qual a explicação de semelhante fenômeno?

A explicação foi dada pelo Orientador da equipe socorrista. “Trata-se – disse ele – de ligação direta com o Sanatório Esperança, em nossa esfera. O trânsito entre aqueles que lá mourejam e os encarnados que aqui traba­lham, faz-se mais fácil, sem impedimentos vibratórios, de maneira que são atendidas as necessidades prementes que decorrem dos serviços aqui realizados.” O Sanatório Esperança e suas atividades foram temas do livro Tormentos da Obsessão, de Manoel P. de Miranda, publicado em 2001. (Entre os dois mundos. Capítulo 20: A glória e a honra de servir.) 

92. Que tipos de Espíritos recebiam naquela instituição os primeiros socorros depois de haverem desencarnado?

Ali se viam Espíritos que foram arrebatados do corpo físico atra­vés de acidentes perturbadores, recém-desencarnados que experimentaram enfermidades de longo curso e obsessores predispostos ao arrependimento. Eram eles trazidos para as edi­ficações espirituais espalhadas na área que deveria ser pre­servada, a fim de receberem os primeiros socorros que lhes permitiriam despertar para a realidade que não haviam pe­netrado antes da desencarnação. (Obra citada. Capítulo 20: A glória e a honra de servir.) 

93. A música é também utilizada nas atividades socorristas promovidas pelos Espíritos em favor de entidades desencarnadas?

Sim. Segundo Manoel Philomeno, minutos antes de ser iniciada determinada atividade, uma jovem desencarnada acercou-se de um órgão pertencente à esfera espiritual, e começou a tocar uma peça que mais ainda sensibilizou a todos. À medida que a dúlcida melodia tomava todo o audi­tório, Philomeno deu-se conta de que se tratava da inesquecí­vel Sonata ao luar, de Beethoven, que na Terra o comovia profundamente. As notas, como se fossem gotas de luz iridescente, flutuavam no ar e permaneciam vibrando suave­mente, produzindo sentimentos de elevado teor espiritual. A organista, profundamente concentrada, como se re­vivesse cenas que ficaram no passado, aureolava-se de be­leza peregrina, enquanto executava a delicada composição. A harmonia dominava todo o recinto, logo seguido de grande silêncio. (Obra citada. Capítulo 21: O mensageiro de Jesus.) 

94. No programa por ele apresentado que deveria caracterizar o Reino dos Céus, Jesus estabeleceu três paradigmas. Quais são eles?

O amor, o perdão irrestrito e a caridade – eis os paradigmas que definem a essência do chamado Reino dos Céus, consoante os ensinamentos de Jesus. (Obra citada. Capítulo 21: O mensageiro de Jesus.) 

95. Para os que pretendem seguir os passos do Mestre, há uma frase de efeito atribuída a Jesus. Quais os seus dizeres?

Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me. A frase foi registrada pelos evangelistas Marcos, Lucas e Mateus. (Obra citada. Capítulo 21: O mensageiro de Jesus.) 

96. Na Terra, Jesus é amado por uns e combatido por outros. No meio espírita, isso também se dá?

Sim. Pelo menos é o que disse um benfeitor espiritual na palestra que Manoel Philomeno reproduz nesta obra. Segundo o palestrante, o Mestre tem sido mo­tivo de chalaça e de vulgaridade com que as mentes enfer­mas pretendem apagar-Lhe ou diminuir-Lhe a grandiosida­de histórica. Com o advento do Espiritismo, não tem sido muito diferente a atitude de alguns convertidos aos seus postulados, que são libertadores. Asfixiados na prepotência, que lhes re­manesce de experiências religiosas transatas, rapidamente apropriam-se do conhecimento para zurzi-lo como látego contra o seu próximo e não para ser usado como recurso de sublimação pessoal. Emparedados da empáfia supõem-se de­fensores da verdade, como se fossem necessários, e acusam tudo e todos, reservando-se o direito de permanecer como ca­dáveres bem ornamentados, mas que exsudam decomposição espiritual. (Obra citada. Capítulo 21: O mensageiro de Jesus.) 

97. Quando a sede de uma casa espírita é demolida ou transferida de local, que fato se dá com a edificação espiritual ali existente?

O ideal, conforme é ressaltado nesta obra, é que isso não ocorra. Mas, caso ocorra, as construções espirituais conexas à parte física da instituição podem ser transferidas sem maiores pro­blemas e a qualquer momento, como se dá com frequência. (Obra citada. Capítulo 21: O mensageiro de Jesus.) 

98. Somos livres realmente para tomarmos as decisões que nos dizem respeito?

Sim. A liberdade de fazer isso ou aquilo é uma realidade, mas nossos atos serão os juízes que se nos apresentarão no tribunal de nossa consciência mesmo antes da desencarnação e particularmente depois dela. Trata-se de um princípio que já nos fora ensinado pela Boa Nova: a semeadura é livre, mas a colheita é compulsória. (Obra citada. Capítulo 21: O mensageiro de Jesus.) 

99. A palestra do Missionário produziu algum efeito nas autoridades municipais presentes, em espírito, no encontro realizado?

Sim. Tanto o prefeito da cidade quanto sua esposa lembraram-se, com nitidez, do encontro realizado durante o sono corpóreo. Segundo seu relato, o prefeito havia chegado à con­clusão de que as advertências feitas pelo palestrante no encontro deviam ter relação com o projeto de desapropriação de uma área que vinha sendo cobiçada por muitos compa­nheiros que anelavam construir ali um condomínio de luxo. Na área em foco localizava-se a instituição espírita onde o encontro se realizou na noite precedente. Dito isso, ele se declarou disposto a interferir vigorosamente junto ao presidente da Câmara Municipal, a fim de que o projeto não fosse à frente. (Obra citada. Capítulo 22: O despertar coletivo de consciências.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 10 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/07/entre-os-dois-mundos-manoel-philomeno_02039082775.html

 

 

 

 

 

 

 

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domingo, 30 de julho de 2023

 



É lícita a cremação do corpo?

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

 

Alguém nos pergunta sobre o que o Espiritismo nos diz sobre a cremação dos mortos. 

É lícita a cremação do corpo? Devemos ter algum cuidado, observar algum detalhe?

O tema cremação – que significa incineração – não foi examinado nas obras de Kardec, um fato estranhável, visto que a incineração de cadáveres humanos remonta à antiguidade e constituiu regra comum na Grécia primitiva e entre os romanos, sendo ainda hoje um costume em várias regiões do globo, como a Índia.

Não examinada por Kardec, a cremação suscitou no meio espírita posições que se contradizem.

Léon Denis, por exemplo, aponta nela uma desvantagem, pois que, extinguindo o corpo físico pela ação do fogo, a cremação provoca desprendimento mais rápido, mais brusco e violento do Espírito, sendo mesmo doloroso para as almas apegadas à Terra.

Com efeito, determinados Espíritos permanecem algum tempo imantados ao corpo material após o transe da morte, como ocorre em muitos casos de suicídio. Como o rompimento do cordão fluídico nem sempre se consuma num curto espaço de tempo, o desencarnado se assemelha a um morto-vivo cuja percepção sensória, para sua desventura, continua presente e atuante. A cremação viria, assim, causar-lhe um angustiante trauma, o que equivaleria a aumentar a aflição a quem já se encontra aflito.

Ao se manifestar sobre o tema, Richard Simonetti disse que, embora o cadáver não transmita sensações ao Espírito desencarnante, este poderá experimentar "impressões extremamente desagradáveis" se no ato crematório estiver ainda ligado ao corpo.

No mesmo sentido era a opinião de Paul Bodier, médico e escritor francês que foi também presidente da Sociedade Francesa de Estudos Psíquicos e autor de obras como “A Vida e a Morte” e “A Granja do Silêncio”. Segundo Bodier, "a incineração, tal como se pratica entre nós, é, com efeito, prematura demais". Talvez, por isso, entendia ele que a inumação – enterro, sepultamento – devesse ser o processo normal, só se cremando os cadáveres com sinais evidentes de putrefação.

Dentre as manifestações sobre o tema oriundas do plano espiritual, lembremos que Emmanuel se referiu à cremação durante a exibição do programa Pinga-Fogo na TV Tupi-SP, realizado em 1971, quando – segundo depoimento de Chico Xavier – afirmou que "a cremação é legítima para todos aqueles que a desejam, desde que haja um período de, pelo menos, 72 horas de expectação para a ocorrência em qualquer forno crematório".

Vê-se, pois, segundo o entendimento de Emmanuel, que a cremação do corpo é lícita e não fere nenhum princípio de ordem moral ou religiosa, mas dois aspectos devem ser ressaltados na manifestação a ele atribuída.

O primeiro: é preciso que o indivíduo manifeste seu desejo de ter o corpo cremado, evitando-se assim que seja essa uma decisão apenas de seus familiares, à revelia do principal interessado, que é o falecido.

O segundo: que exista um prazo mínimo de espera entre a morte do corpo e o ato da cremação, que Emmanuel fixou em 72 horas, que é um tempo razoável capaz de evitar, em grande número de casos, o trauma mencionado por Léon Denis.

 

 


 

 

 

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sábado, 29 de julho de 2023

 



Saúde!

 

JORGE LEITE DE OLIVEIRA

jojorgeleite@gmail.com

 

Quando eu era menino, no Rio de Janeiro, toda vez que alguém da família espirrava, papai dizia: — Saúde!

Cresci com esse hábito e, sempre que minha esposa espirra, eu grito do meu escritório: — Saúde! Isso porque agora estamos sós, pois os filhos já se casaram, deram-nos seis netos, mas o procedimento é o mesmo, se qualquer deles ou outrem espirrar e eu ouvir.

A saúde é um bem tão precioso, que em 1947 a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu-a como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”.

Para nós, espíritas, a mente nada mais é do que a manifestação da alma no comando do corpo, seja ele físico ou perispirítico, que é a parte do ser integral: espírito, perispírito e físico. Então, esse conceito da OMS, no meu entendimento, é perfeito.

E quem nos auxilia na manutenção do corpo e da mente com saúde é o médico. Seu juramento, cujo autor foi Hipócrates, nascido em 460 a.C. na Grécia, atualmente foi bastante modificado e mesmo dispensado por algumas faculdades de medicina.  Resume-se ao seguinte:

 

“Juro por Apolo, médico, e por Esculápio, por Hygeia, por Panaceia, e por todos os deuses e deusas, constituindo-os juízes de como, na medicina das minhas forças e do meu juízo, haverei de fazer executado o seguinte juramento e o seguinte compromisso: [...] Passarei a minha vida e praticarei a minha arte pura e santamente [...]. Em quantas casas entrar, fá-lo-ei só para a utilidade dos doentes, abstendo-me de todo o mal voluntário e de toda voluntária maleficência e de qualquer outra ação corruptora [...]. O que quer que veja ou ouça, concernente à vida das pessoas, no exercício da minha profissão ou fora dela, e que não haja necessidade de ser revelado, eu calarei, julgando que tais coisas não devem ser divulgadas [...].”

 

Segundo o professor Sandoval[1], a Declaração de Genebra adotada pela Associação Médica Mundial, inspirada no Juramento de Hipócrates e com sua redação aprovada em 1936, começa assim:

 

“Prometo solenemente consagrar a minha vida a serviço da humanidade. Darei aos meus mestres o respeito e o reconhecimento que lhes são devidos. Exercerei a minha arte com consciência e dignidade. A saúde do meu doente será a minha primeira preocupação.”

 

Destaco a conclusão de Sandoval sobre a base do juramento hipocrático: “Portanto, o importante, mesmo que haja versão reduzida, que se mantenha o cerne dos princípios e das regras éticas contidos no Juramento de Hipócrates constantes de seu original, princípios e regras éticas que permanecem atuais, apesar de decorridos 2.600 anos”.

Infelizmente, porém, atualmente, há profissionais da medicina que não são fiéis ao Juramento de Hipócrates, mas reféns do ganho fácil com a medicina. Então, ignoram ou desprezam o conceito de saúde no seu atendimento médico. Por isso, sugerimos-lhes que coloquem sobre sua mesa ou parede do consultório ou ainda num chaveirinho, para leitura e prática diária, as primeiras frases do texto do juramento hipocrático supracitado.

O médico que atente para o conceito atual de saúde, à luz da ética, precisa observar clinicamente tanto a doença da alma quanto a do corpo físico do seu paciente. Para isso, deve colocar-se no lugar de quem o procure por um mal orgânico, que reflete também o estado espiritual do seu paciente. É o que entendemos quando lemos o conceito de saúde da OMS e do Juramento de Hipócrates, que pode ser lido integralmente na versão aprovada pela Associação Médica Mundial em 1936.

Só o fato de ser tratado com dignidade e respeito já auxilia, em boa parte, no bem-estar do doente. Desse modo, independentemente de quem espirre, o bom médico agirá como verdadeiro apóstolo divino, no tratamento do seu paciente, após dizer-lhe: — Saúde!



[1] SANDOVAL, Ovídio Rocha Barros. O Juramento de Hipócrates. Disponível em www.fmrp.usp.br (Faculdade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo), 24 de abril de 2019. Acesso em 19.7.2023.


Acesse o blog: www.jojorgeleite.blogspot.com

 

 

 

 

 

 

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sexta-feira, 28 de julho de 2023

 



No Invisível

 

Léon Denis

 

Parte 27

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do clássico No Invisível, de Léon Denis, cujo título no original francês é Dans l'Invisible.

Nossa expectativa é que este estudo sirva para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.

Cada parte do estudo compõe-se de:

a) questões preliminares;

b) texto para leitura.

As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto indicado para leitura.

Este estudo é publicado sempre às sextas-feiras.

 

Questões preliminares

 

A. Qual foi a mais extensa comunicação escrita em ardósia? 

B. Admitindo-se, como pretendem alguns cientistas, que o autor da comunicação seja o inconsciente ou subconsciente do sensitivo, por que insiste ele em declarar ser o Espírito de alguém que morreu? 

C. Podemos dizer que a teoria espírita é a única que se adapta à imensa maioria dos fatos? 

 

Texto para leitura

 

731. O reverendo J. Savage, pregador de nomeada, cita o testemunho de um seu amigo, rabino judeu, céptico acerca da possibilidade de comunicar com um outro mundo: “Tinha ele ido ver um médium de Chicago, munido de um bilhete que dirigira a seu pai, falecido alguns anos antes na Alemanha, e que redigira em alemão, em caracteres hebraicos, a fim de impedir que o médium, por um meio qualquer, descobrisse do que porventura se tratava. Colocou o bilhete entre duas ardósias, que amarrou solidamente, e prendeu-as a uma lâmpada suspensa que havia acima da mesa em que estavam sentados. Foi nestas condições que, ao abrir as ardósias ao fim de um instante, encontrou uma resposta ao seu bilhete, assinada por seu pai e também escrita em alemão com caracteres hebraicos”.

732. Segundo ele, os caracteres traçados na ardósia eram tão pequenos que só podiam ser lidos com o auxílio de uma lente de fortíssimo grau. Os caracteres diferiam, conforme as entidades que se comunicaram, e o tipo de cada escrita se conservava uniforme durante todo o curso das experiências, por longo que fosse. As mensagens revelaram a presença de uma individualidade consciente, que declarou ter vivido na Terra, na condição humana.

733. Certas mensagens, obtidas em presença de Slade, de Monck ou Watkins, foram escritas em grego antigo e moderno, em espanhol, português, russo, sueco, holandês, alemão, árabe e chinês. Ora, todas as testemunhas atestam que nem um nem outro desses médiuns conheciam tais línguas. Por isso mesmo havia impossibilidade de suspeitar de sua parte a mínima fraude.

734. Robert Dale Owen, experimentando com Slade, tinha colocado sobre seus próprios joelhos, em plena luz, uma ardósia coberta com uma folha de papel. Uma mão fluídica, semelhante à de que fala William Crookes, e vinda de sob a mesa, apareceu e traçou uma comunicação nessa folha de papel: “A mão se assemelhava em tudo à de uma mulher, em mármore, e tinha dedos delicados. Destacava-se visivelmente e terminava em vapor ao nível do punho. Começou a escrever e continuou, à minha vista, durante dois ou três minutos. Em seguida resvalou docemente sob a mesa. Cinco minutos depois, uma segunda mão, menor que a primeira, veio, a seu turno, escrever e desapareceu como a precedente. A primeira mensagem, em inglês, estava assinada com o nome da falecida mulher do Dr. Slade; a última estava escrita em grego”.  

735. A mais extensa comunicação recebida em ardósia é a que o Sr. Owen, redator do “Golden Gate”, obteve a 24 de dezembro de 1892 com o concurso do médium Evans. Estendia-se ela por catorze ardósias duplas, amarradas e lacradas, que ficaram inteiramente escritas num quarto de hora, e compunha-se de um milhar de palavras. Um outro jornalista, redator do “Light”, obteve, pelo mesmo processo, uma mensagem de seu falecido pai, em dez cores diferentes. As ardósias se conservaram fechadas entre suas mãos. Durante todo o tempo da experiência, conversava ele com o médium e desviava-lhe a atenção para vários assuntos. Cada linha da comunicação é de uma cor distinta, não escrita ou pintada, mas como precipitada, por meios que escapam à análise.

736. Na França, o Dr. Paul Gibier estudou muito particularmente o fenômeno da escrita direta. Em trinta e três sessões, obteve ele em Paris, no ano de 1886, com o concurso do médium Slade, mensagens, em ardósias duplas e fechadas, em diferentes línguas, algumas das quais desconhecidas do médium. Encontra-se a reprodução fotográfica dessas mensagens na obra do Dr. Gibier “Espiritismo ou Faquirismo Ocidental”. Nessas experiências, o médium punha simplesmente a extremidade dos dedos sobre as ardósias para transmitir a força psíquica. Certa vez, as ardósias lhe foram colocadas sobre a cabeça, à vista de todos.

737. Ao Congresso Espírita de Paris, em 1900, o professor Moutonnier apresentou ardósias em que estavam escritas mensagens de sua falecida filha. Essa manifestação se havia produzido na América, em casa das irmãs Bangs. O professor era completamente desconhecido nesse país e ele não perdeu de vista as ardósias, que não sofreram o mínimo contacto. A escrita é idêntica à que na Terra usava a Srta. Moutonnier.

738. Os fenômenos de escrita direta, posto que frequentes, são, contudo, excedidos em número pelos da escrita mediúnica. A faculdade dos médiuns escreventes é uma das mais generalizadas e a que apresenta os mais variados aspectos. Tendo parecido demasiado lento a certos experimentadores o processo das comunicações por meio de pancadas, imaginaram eles a construção de aparelhos especiais, como o quadrante ou a prancheta de escrever, a fim de facilitar as manifestações. Algumas pessoas tiveram a ideia de se substituírem elas próprias a qualquer aparelho. Tomando de um lápis, abandonaram-se ao impulso exterior e receberam comunicações, de que não tinham consciência, e que parecia provirem de Espíritos de pessoas falecidas.

739. Não tardaram, porém, a surgir numerosas dificuldades. Antes de tudo, reconheceu-se que o automatismo da mão que escreve não constitui, só por si, um fenômeno espírita. As experiências de Gurney e Myers, na Inglaterra, acerca da escrita dos sonâmbulos acordados, as dos Srs. Pierre Janet, Ferré, Dr. Binet e outros, na França, demonstraram que se pode provocar a escrita automática num sensitivo por meio da sugestão e dar a esse fenômeno todas as aparências da mediunidade.

740. Sensitivos hipnotizados recebiam dos experimentadores ordens de representar, ao despertar, tal ou tal personagem, escrever ordens, ditados, referentes ao papel que lhes era imposto. Tendo-se a sugestão realizado exatamente, sem a menor falha, concluiu o Sr. Pierre Janet, e com ele outros sábios, que haviam descoberto na ação pós-hipnótica a explicação de todos os fenômenos de escrita mediúnica. Os médiuns – disseram eles – se sugestionam a si mesmos, ou então recebem uma sugestão exterior.

741. Outros, como Taine e o professor Flournoy, atribuem as comunicações à influência da personalidade secundária, isto é, de um segundo “eu” subconsciente, ou “subliminal” que lhes parece existir em nós, que nos casos de mediunidade se substituiria à personalidade normal, para agir sobre o pensamento e a mão do sensitivo. A essas dificuldades convém acrescentar ainda a ação telepática dos vivos, à distância, e a transmissão do pensamento.

742. São credores do nosso reconhecimento os sábios que estudaram esses complexos problemas. Suas pesquisas nos forneceram preciosas indicações, que permitem eliminar do domínio das investigações psíquicas certas causas de erro. Mas não poderíamos aceitar suas conclusões, tão exageradas em seu exclusivismo como as dos crentes propensos a ver em todos os fenômenos a intervenção dos seres do outro mundo.

743. Determinadas as causas do erro e cuidadosamente separados os fatos que a elas se prendem, veremos que resta um grande número de manifestações absolutamente inexplicáveis pelas teorias dos nossos contraditores. Tais são os ditados que encerram ideias inteiramente imprevistas, em oposição às dos assistentes, e os que são escritos em línguas desconhecidas dos médiuns. É preciso recordar, além disso, as comunicações obtidas por crianças de tenra idade, assim como as respostas científicas e literárias dadas a pessoas de modo algum versadas em tais matérias; os autógrafos e as assinaturas de pessoas falecidas, reproduzidas mecanicamente por médiuns que jamais as conheceram e que nenhum escrito de seu punho tinham visto. O mesmo se aplica às comunicações triviais e grosseiras, obtidas em grupos honestos, as quais demonstram a intervenção de uma Inteligência estranha.

744. Convém notar que não há verdadeira correlação entre o automatismo dos sensitivos hipnotizados e a ação do médium escrevente. Este não recebeu previamente nenhuma influência hipnótica; não foi mergulhado no sono e mantém-se na posse completa de seu livre-arbítrio e vontade. Pode repelir, se o quiser, as inspirações que recebe e recusar-se a toda cooperação; ao passo que o sensitivo hipnotizado se acha ainda, após o despertar, sob o império do sugestionador e subordina sua vontade à dele. Seria incapaz de subtrair-se à sua ação, enquanto que o médium age de pleno e próprio grado e empresta voluntariamente o cérebro e a mão, tendo em vista os resultados que se pretendem.

745. Eis ainda outra consideração: o sensitivo hipnotizado só põe em prática a sugestão no limite restrito de suas aptidões e de seus conhecimentos normais. Por esse motivo sua linguagem e seus escritos são sempre de uma acabrunhadora banalidade, inteiramente destituídos das provas de identidade e das revelações espontâneas que constituem todo o mérito das comunicações espirituais. Em vão se há de sugerir a um sensitivo sem instrução que ele é escritor ou poeta, pois nada produzirá de original nem de notável. O mesmo não acontece aos médiuns, cujos ditados ultrapassam muitas vezes a esfera do seu saber e inteligência. Têm-se visto mesmo comunicações de grande alcance escritas por crianças.

746. Nessa ordem de fatos, é este o critério: com a sugestão hipnótica, as produções dos sensitivos são sempre adequadas a seu valor normal; na mediunidade, são quase sempre superiores à condição e ao saber do escrevente. A escrita automática e inconsciente das histéricas do Sr. Janet nunca é espontânea; só se produz depois de longo adestramento, de educação especial; é, além disso, restrita a senhoras.

747. Quanto à teoria subliminal, particularmente cara ao Sr. Flournoy, é verdade que há, na consciência profunda de cada um de nós, lembranças, impressões, conhecimentos, provenientes de nossas existências anteriores e mesmo da vida atual, os quais podem ser despertados em certas condições, como o veremos no capítulo das incorporações. Mas esse despertar só é possível no estado sonambúlico e, acabamos de vê-lo, não é esse o estado dos médiuns escreventes.

748. O inconsciente, ou subconsciente, não é um ser, mas simplesmente um estado do ser. Seria incapaz de por si mesmo produzir as variadas manifestações que passamos em revista: comunicações inteligentes, por pancadas ou escritas, com ou sem lápis ou por meio de cores precipitadas, e todos os fenômenos que constituem o objeto de tais estudos.

749. Além disso, sempre se pode perguntar: por que esses inconscientes ocultos em nós seriam unânimes em declarar serem Espíritos de mortos? Não se percebe que motivo induziria o Espírito desprendido do médium, tanto como o inconsciente, a identificar-se como o Espírito de um outro homem falecido. Se existe em nós uma segunda personalidade, que possui aptidões e conhecimentos superiores aos da personalidade normal, não deve ela ser menos bem dotada em relação à moralidade, e deve ter horror à mentira. Como admitir-se, então, que toda vez que se manifesta se permita o maligno prazer de nos enganar?

750. A teoria de um ser coletivo consciente, criado pelas inteligências das pessoas que tomam parte nas experiências, não corresponde satisfatoriamente à realidade dos fatos. É, ao contrário, destruída pelas divergências de opiniões e os casos de identidade que frequentemente revelam nas manifestações. William Crookes, em tudo tão prudente, se pronunciou a esse respeito de modo positivo: “A inteligência que dirige esses fenômenos é, às vezes, manifestamente inferior à do médium e, não raro, está em oposição direta aos seus desejos. Manifestada a determinação de fazer alguma coisa que se não pode considerar razoável, tenho visto serem dadas instantes comunicações, convidando a refletir de novo. A inteligência é, às vezes, de tal caráter, que nos leva a crer que não emana de nenhuma das pessoas presentes”.

751. Todas as explicações que se tem procurado dar do conjunto das manifestações, excluindo a intervenção dos Espíritos, não têm podido resistir à imponência dos fatos acumulados, nem aos processos de uma crítica severa e de um rigoroso exame; só têm conseguido demonstrar a insuficiência das pesquisas e das observações de seus autores. A teoria espírita é a única que se adapta à imensa maioria dos fatos.

752. Duas vantagens incontestáveis ela apresenta: a de explicar tudo com o auxílio de princípios simples, claros, facilmente compreensíveis – e esta outra, não menos importante: não ter sido concebida por experimentadores benévolos, mas ser constante e invariavelmente formulada pela causa inteligente das manifestações.

753. Passemos, então, ao estudo dos fatos, lembrando inicialmente que os fatos de escrita mediúnica são tão antigos como a História. Deles nos fornecem numerosos exemplos a Antiguidade e a Idade Média.

754. Recolhido ao fundo de uma caverna, Maomé vai, com febricitante rapidez, cobrindo de caracteres grande número de folhas, que lança a esmo. Apanhadas e coordenadas essas folhas esparsas, que é que se encontra? O Alcorão! O próprio Cristo interroga o pensamento supremo e escreve a resposta sobre a areia, em certas ocasiões, como, por exemplo, no caso da mulher adúltera. Jerônimo Cardan declara que suas obras foram executadas com a colaboração de um Espírito.

755. Quase todos os que têm lançado no mundo fermento de progresso, de justiça, de verdade, têm sido intermediários do Além, à maneira de espelhos em que se reflete a irradiação do pensamento superior. Maior seria ainda o seu número, se o nosso estado de inferioridade não tornasse difíceis de realizar-se em nosso mundo material essas altas manifestações. Não poderia ser determinada nesse domínio a parte relativa a cada mediunidade: a intuição aí se associa intimamente com o automatismo.

756. Nos tempos modernos a faculdade de escrever sob uma ação oculta se tem mais nitidamente revelado em certos indivíduos. Citemos os casos mais célebres: Hudson Tuttle, de Cleveland (Ohio), era aos dezoito anos um simples lavrador, sem educação nem instrução, ocupado todos os dias nos penosos trabalhos dos campos. Escreveu durante noites consecutivas, sob a inspiração dos Espíritos, um livro admirável, Arcanes de la Nature, que excedia de muito os conhecimentos científicos da época. Não tinha ao seu alcance nem livros, nem bibliotecas, porque seus pais moravam no interior e só se ocupavam de agricultura. A obra foi publicada em 1860, com um apêndice indicando a sua origem. Teve três edições na América, foi depois reeditada na Inglaterra, traduzida em alemão pelo Dr. Aschenbrenner e publicada em Leipzig.

757. Particularidade curiosa: o Dr. Büchner, chefe da escola materialista alemã, leu a obra sem prestar ao apêndice a mínima atenção, acreditou que a produzira um homem de Ciência e dela extraiu numerosas citações, que figuram em seu célebre livro Força e Matéria, sem designação de autor. O Dr. Cyriax o fez notar, e quando Büchner foi à América realizar uma série de conferências, passou por Cleveland e pediu para ver Hudson Tuttle, “desejoso que estava – dizia ele – de travar conhecimento com um homem que tão valioso auxílio lhe prestara para a confecção de sua obra”. O médium lhe foi apresentado por ocasião de um banquete. Grande foi, porém, a decepção de Büchner ao ver o rapaz; e quando soube de que modo haviam sido escritos os Arcanes, acreditou que era uma burla. O Dr. Cyriax e o Sr. Teime, editor do jornal alemão de Cleveland, tiveram grande dificuldade em dissuadi-lo. (Continua no próximo número.)

 

Respostas às questões preliminares

 

A. Qual foi a mais extensa comunicação escrita em ardósia? 

Foi a comunicação que o Sr. Robert Dale Owen, redator do “Golden Gate”, obteve no dia 24 de dezembro de 1892 com o concurso do médium Evans. Estendia-se ela por catorze ardósias duplas, amarradas e lacradas, que ficaram inteiramente escritas num quarto de hora, e compunha-se de um milhar de palavras. Na mesma época um outro jornalista, redator do “Light”, obteve, pelo mesmo processo, uma mensagem de seu falecido pai, em dez cores diferentes. Cada linha da comunicação é de uma cor distinta, não escrita ou pintada, mas como precipitada, por meios que escapam à análise. (No Invisível - O Espiritismo experimental: Os fatos - XVIII - Escrita direta. Escrita mediúnica.)

B. Admitindo-se, como pretendem alguns cientistas, que o autor da comunicação seja o inconsciente ou subconsciente do sensitivo, por que insiste ele em declarar ser o Espírito de alguém que morreu? 

Essa pergunta, formulada por Léon Denis, é dirigida aos que negam que as comunicações tenham por autoria os Espíritos. O inconsciente, ou subconsciente, não é um ser, mas simplesmente um estado do ser. Seria incapaz de por si mesmo produzir as variadas manifestações mencionadas nesta obra: comunicações inteligentes, por pancadas ou escritas, com ou sem lápis ou por meio de cores precipitadas, e todos os fenômenos que constituem o objeto de tais estudos. Além disso, por que esses inconscientes ocultos em nós seriam unânimes em declarar serem Espíritos de mortos? Qual o motivo que induziria o Espírito desprendido do médium, tanto como o inconsciente, a identificar-se como o Espírito de um outro homem falecido? (Obra citada - O Espiritismo experimental: Os fatos - XVIII - Escrita direta. Escrita mediúnica.)

C. Podemos dizer que a teoria espírita é a única que se adapta à imensa maioria dos fatos? 

Sim. Todas as explicações que se tem procurado dar do conjunto das manifestações, excluindo a intervenção dos Espíritos, não resistem à imponência dos fatos acumulados, nem aos processos de uma crítica severa e de um rigoroso exame. A teoria espírita é a única que explica a imensa maioria dos fatos. E ela apresenta duas vantagens incontestáveis: a de explicar tudo com o auxílio de princípios simples, claros, facilmente compreensíveis, e esta outra, não menos importante: não ter sido concebida por experimentadores benévolos, mas ser constante e invariavelmente formulada pela causa inteligente das manifestações. (Obra citada - O Espiritismo experimental: Os fatos - XVIII - Escrita direta. Escrita mediúnica.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 26 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/07/no-invisivel-leon-denis-parte-26-damos.html

 

 

 

 


 

 

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quinta-feira, 27 de julho de 2023

 



CINCO-MARIAS

 

Criança e dislexia

 

EUGÊNIA PICKINA

eugeniapickina@gmail.com

Educação, para a maioria das pessoas, significa tentar fazer com que a criança pareça o adulto típico de sua sociedade… Mas para mim, educação significa criar criadores… Você precisa criar inventores, inovadores, não conformistas. J. Piaget

 

Ler e escrever são atividades dialógicas, de produção discursiva na linguagem escrita. Mas, enquanto aprendem, há crianças que manifestam dificuldades comunicativas, sintomas esses que ficam evidentes, principalmente, no período da alfabetização – como a dislexia, que é uma perturbação da aprendizagem.

Mas o que é dislexia?

Transtorno de aprendizado, a dislexia é caracterizada por uma dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. Há inversões (sapato/satapo), supressões (branco/banco), espelho (som/mos), repetição (bananana), sons semelhantes são confundidos (T/D) etc.

Congênita e hereditária, a dislexia não é doença. Seus sintomas podem ser identificados logo no contexto da pré-escola. De outro lado, mesmo que a criança ainda não frequente a escola, em caso de desconfiança, os pais podem recorrer a um fonoaudiólogo ou a um psicopedagogo, que orientará o tratamento (mais) adequado para a criança.

De início a criança com dislexia poderá sentir-se ansiosa e inferior aos colegas de classe. A participação da família será essencial para apoiá-la e ajudá-la a prosseguir com sua rotina e seu desenvolvimento seguro e tranquilo. O mais importante: não subestimar a criança ou reduzir suas expectativas. Permitir, portanto, que suas habilidades a definam como pessoa, e não suas dificuldades, cientes os pais de que a dislexia não está associada à inteligência.

No trato com o filho, é interessante os pais recordarem que superproteção é tão nocivo quanto o abandono ou a indiferença. As crianças com dislexia são muito capazes e devem assumir responsabilidades. Incentivar a curiosidade e os interesses especiais que a criança possa ter – desenhar, tocar um instrumento musical, cozinhar etc. - contribui de forma positiva para o seu desenvolvimento, sendo também uma fonte significativa de inspiração e felicidade.

Os pais que têm um filho com dislexia precisam estar bem informados, liberando-se de mitos que até hoje estão associados à dislexia (por exemplo, o mito de que as dificuldades de aprendizagem estão correlacionadas com o QI etc.) e que causam uma compreensão equivocada acerca desse distúrbio de aprendizagem.

O fato é: cada ser humano é único e possui uma maneira singular e intrincada de observar e interagir com o mundo. Ambos os rótulos de ‘gênio’ ou de ‘incapaz de aprender’ são nocivos ao desenvolvimento de uma criança, disléxica ou não, e acabam por comprometer sua autonomia futura…

 

Notinhas

 

Dislexia é palavra formada por “dis” (distúrbio) e “lexia” (do latim, leitura; do grego, linguagem) e se define como um transtorno genético e hereditário da linguagem, de origem neurobiológica, que se caracteriza pela dificuldade de decodificar o estímulo escrito ou o símbolo gráfico. A dislexia compromete a capacidade de aprender a ler e escrever com correção e fluência e de compreender um texto. Em diferentes graus, os portadores desse defeito congênito não conseguem estabelecer a memória fonêmica, ou seja, associar os fonemas às letras. Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, o transtorno acomete de 0,5% a 17% da população mundial, pode manifestar-se em pessoas com inteligência normal ou mesmo superior e persistir na vida adulta.

O tratamento da dislexia exige a participação de especialistas em várias áreas (pedagogia, fonoaudiologia, psicologia, etc.) para ajudar o portador de dislexia a atenuar/superar o comprometimento no mecanismo da leitura, da expressão escrita ou da matemática.

Saber que a pessoa é portadora de dislexia e as características do distúrbio é o melhor caminho para evitar prejuízos no desempenho escolar e social e os rótulos depreciativos que ferem a autoestima.

Cf. Associação Brasileira de Dislexia (dislexia.org.br).

Cf. Topczewski, A. Dislexia: como lidar. SP: Ed. All Print, 2012.

 

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Eugênia Pickina é educadora ambiental e terapeuta floral e membro da Asociación Terapia Floral Integrativa (ATFI), situada em Madri, Espanha. Escritora, tem livros infantis publicados pelo Instituto Plantarum, colaborando com o despertar da consciência ambiental junto ao Jardim Botânico Plantarum (Nova Odessa-SP).

Especialista em Filosofia (UEL-PR) e mestre em Direito Político e Econômico (Mackenzie-SP), ministra cursos e palestras sobre educação ambiental em empresas e escolas no estado de São Paulo e no Paraná, onde vive.

Seu contato no Instagram é @eugeniapickina

 

 

 

 


 

 

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