Vida e Sexo
Emmanuel
Parte
9
Prosseguimos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Vida e Sexo, de autoria de Emmanuel, obra mediúnica psicografada por Francisco Cândido Xavier e publicada pela FEB.
O
estudo, baseado na 2ª edição do livro, publicada em 1971, é apresentado sequencialmente
sempre às sextas-feiras neste blog.
Eis
o texto e as questões de hoje:
Texto-base
para leitura e reflexão
105.
Claro que nem todos os filhos aparecem no lar à conta da desvinculação afetiva,
porquanto milhões de Espíritos tomam a estrutura física, no desempenho de
encargos simples ou complexos, valendo-se da colaboração dos pais, à maneira de
amigos que se entreajudam, nas faixas da confiança e da afinidade recíprocas.
(PÁG. 67)
106.
As relações entre pais e filhos constituem, no entanto, clima ideal para a
libertação de quantos se jungiram entre si, de modo inconveniente, nos
desregramentos emotivos em nome do amor. É por isso que a sabedoria da Natureza
faculta o reencontro, sob as teias da parentela, de quantos se desvairaram nos
desmandos de ordem sexual, até que os companheiros do pretérito, reencarnados
na posição de filhos, atinjam a juventude, na existência nova, elegendo novos
parceiros para a sua vida afetiva. (PÁG. 67)
107.
Pais que sofrem na entrega das jovens que o lar lhes confiou, aos companheiros
que as requisitam para o matrimônio, estão quase sempre renunciando à companhia
de antigas afeições que eles mesmos conduziram mal no passado. E o mesmo se dá
com as mães, ao se separarem de filhos que lhes lembram, embora
inconscientemente, as ligações do passado. (PÁG. 68)
108.
Aversões – Em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, cap. XIV, item 8,
aprendemos que os que encarnam numa mesma família são, as mais das vezes,
Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma
afeição recíproca na vida terrena. Pode, contudo, acontecer sejam esses
Espíritos completamente estranhos uns aos outros e afastados entre si por
antipatias anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo que aí
lhes serve de provação. (PÁG. 69)
109.
Existem pais e filhos, irmãos e parentes outros que, não raro, se repelem, desde
os primeiros contactos. (PÁG. 70)
110.
É que, arraigado no labirinto de existências menos felizes, o problema das
reações negativas, culpas, remorsos, vinganças e tantos outros está presente no
quadro familiar, em que o ódio acumulado no passado se exterioriza por meio de
manifestações catalogáveis na patologia da mente, como os crimes de
infanticídio que vez por outra registra a imprensa. (PÁG. 70)
111.
Indubitavelmente, o tratamento psicológico, visando à cura mental e à
sublimação da personalidade, é o caminho ideal para semelhantes pacientes.
Médicos e analistas conseguirão também efetuar prodígios de compreensão e de
amor, liberando enfermos dessa espécie; no entanto, o estudo da reencarnação é
igualmente chamado a funcionar, na obra de salvamento. (PÁGS. 70 e 71)
112.
As vítimas desses crimes não são, como alguém poderia pensar, arrebatadas para
o céu ou o inferno teológico. Se forem pessoas compenetradas quanto às leis de
amor e perdão, promovem-se a trabalho digno na Espiritualidade, às vezes até
mesmo em auxílio a seus algozes. Na maioria dos casos, porém, persistem no
caminho daqueles que lhes dilapidaram a vida profunda, transformando-se em
perseguidores magoados ou vingativos que, mais tarde, acabam reconduzidos,
pelos princípios cármicos, ao renascimento junto deles, a fim de sanarem, pela
convivência, os complexos de crueldade que ainda nutram no ser. (PÁG. 71)
113.
Quando isso acontece, o apostolado de reajuste há de iniciar-se nos pais,
porquanto, despertos para a lógica e para o entendimento, são convocados pela
sabedoria da vida ao apaziguamento e à renovação. É por isso que se torna
indispensável amar e desculpar, compreender e servir, sempre, de modo a que
sofrimento e dissensão desapareçam, para que, na base da compreensão e da bondade,
as crianças de hoje se levantem na condição de Espíritos reajustados perante as
Leis do Universo. (PÁG. 72)
114.
Aborto – Os imortais ensinam, no item 358 d’ O Livro dos Espíritos, que
a provocação do aborto injustificável, em qualquer período da gestação,
constitui um crime ante as leis de Deus. (PÁG. 73)
115.
De todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais
importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida. É pela
conjunção sexual entre o homem e a mulher que a Humanidade se perpetua no
planeta. (PÁG. 74)
116.
Não é difícil entender que nós, os Espíritos eternos, atendendo aos impositivos
do progresso, nos revezamos na arena do mundo, ora envergando a posição de
pais, ora desempenhando o papel de filhos, aprendendo, gradativamente, na
carteira do corpo físico, as lições profundas do amor, que nos soerguerá um
dia, em definitivo, da Terra para os Céus. (PÁGS. 74 e 75)
117. Tendo em mente tais informações, fica evidenciada a calamidade que representa o aborto criminoso, praticado exclusivamente pela fuga ao dever, porquanto somos nós mesmos quem, habitualmente, planifica a formação da família antes do renascimento terrestre, com o amparo e a supervisão de instrutores beneméritos, à maneira da casa que levantamos no mundo, com o apoio de arquitetos e técnicos distintos. (PÁG. 75) (Continua no próximo número.)
Questões
para fixação do estudo
A.
Pode nascer no seio de uma família um Espírito completamente estranho aos
demais membros da família?
Sim.
Embora os que encarnam numa mesma família sejam, geralmente, Espíritos
simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição
recíproca na vida terrena, podem nascer no seio dela Espíritos estranhos uns
aos outros e afastados entre si por antipatias anteriores, que se traduzem na
Terra por um mútuo antagonismo que aí lhes serve de provação. Existem pais e
filhos, irmãos e parentes outros que se repelem, desde os primeiros contactos.
(Vida e Sexo, pp. 69 e 70.)
B.
Como Emmanuel conceitua a família e sua importância em nossa vida?
Emmanuel
diz-nos que, de todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o
mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida.
Atendendo aos impositivos do progresso, nós nos revezamos na arena do mundo,
ora envergando a posição de pais, ora desempenhando o papel de filhos,
aprendendo, gradativamente, na carteira do corpo físico, as lições profundas do
amor, que nos soerguerá um dia, em definitivo, da Terra para os Céus. (Obra
citada, pp. 74 e 75.)
C. Que pensar do aborto injustificável?
O aborto injustificável é um crime ante
as leis de Deus. Ademais, como é possível impedir o nascimento de uma criança
se somos nós mesmos quem, habitualmente, planifica a formação da família antes
do renascimento terrestre? (Obra citada, pp. 73 e 75.)
Observação:
Para
acessar a Parte 8 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui:
https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2025/01/vida-e-sexo-emmanuel-parte-8.html
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