segunda-feira, 28 de outubro de 2024

 



O bom homem

 

Hilário Silva (Espírito)

 

I

 

Noite de 2 de dezembro de 1857.

Em homenagem ao Imperador D. Pedro II, que completa trinta e dois anos de idade, há beija-mão no Paço Imperial do Rio de Janeiro. (1)

Não somente isso. Há festas públicas, bailes, cantarolas na rua, girândolas no ar.

Em humilde residência suburbana, João Ferreira de Souza, comerciante de joias, largamente conhecido pela honestidade ilibada, esperava Maria Amélia, a filha única. Viúvo, desde muito, consagrara-se a ela. Era-lhe a jovem toda a esperança da vida.

Onze da noite. Inquieto, escuta vozes no jardim. Sai pela porta dos fundos. Aproxima-se, sorrateiro, e ainda percebe o par em doce adeus. Um homem que ele desconhece beija-lhe a filha, e parte, apressado.

João apalpa os bolsos, rilhando os dentes, colérico, mas vê-se desarmado. Abeira-se da moça que volta do baile, e internam-se, os dois, na casa em que são eles os únicos moradores. Depois de perguntas ásperas, ouve a menina, que fala em pranto:

— Papai, não me queira mal… Perdoe-me… Aguardo um filhinho, mas espero casar-me… Antônio, o rapaz que escolhi, é pobre, muito pobre, mas tudo melhorará… Ajude-nos, papai, pelo amor de Deus!

O comerciante, agora silencioso, visita o interior doméstico e volta à presença da filha, estendendo-lhe um copo com líquido indefinível.

— É calmante — diz ele —, tome e descanse. Amanhã conversaremos.

A moça obedece e, logo após, sente, em dores indescritíveis, o choque da morte. Sorvera arsênico em grande dose. No dia seguinte, a versão paterna estava aceita. Todos acreditaram tratar-se de suicídio.

Muito tempo depois, João Ferreira de Souza desencarnou, com o título de “bom homem”.


II

 

Noite de 2 de dezembro de 1957.

João Ferreira de Souza, noutro corpo de carne, está jovem, numa festa íntima, na casa em que nasceu, em grande arrabalde do Rio. Consagrado à afeição de moça humilde, afasta-se do sarau, rumo ao jardim, onde com ela se encontra, em transporte afetivo.

O pai, que não lhe apoia a pretensão, segue-lhe os passos. E quando o filho se despede da menina, enternecidamente, interpela-o de chofre. A advertência é clara e incisiva. Mas o jovem, acabrunhado, algo explica:

— Papai, não me queira mal… Perdoe-me… Aguardo um filhinho, mas espero casar-me… Lenita, a moça que escolhi, é pobre, muito pobre, mas tudo melhorará… Ajude-nos, papai, pelo amor de Deus!

Sensibilizado, afasta-se o genitor em silêncio. O moço, porém, está nervoso, inquieto. Pesa-lhe a cabeça, arde-lhe o estômago. Busca o interior doméstico, à procura de um antiácido.

Na pequena farmácia caseira, toma um vidro e verte o conteúdo na taça com água, bebendo o líquido. E, em seguida, cai gemendo com dores lancinantes, para receber a morte logo após. Crendo valer-se de sal medicamentoso, ingerira arsênico, em grande dose. E o próprio pai, afagando-lhe em lágrimas o corpo inerte, acreditou tratar-se de suicídio.

 

[1] No Brasil, D. João VI introduziu a cerimônia do beija-mão: em determinados dias o acesso ao Paço Imperial era liberado a todos que desejassem apresentar alguma reivindicação ao monarca. Em sinal de respeito, tanto os nobres, como as pessoas mais simples, até mesmo os escravos, beijavam-lhe a mão direita antes de fazer seu pedido. Esse hábito foi mantido por D. Pedro I e por D. Pedro II.  

 

Do livro A vida escreve, obra psicografada pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.

 

         

               

 

Tão read in English, click here:  ENGLISH
Para leer en Español,  clic aquí:  ESPAÑOL
Pour lire en Français, cliquez ici:  FRANÇAIS
Saiba como o Blog funciona clicando em COMO CONSULTAR O BLOG

 

 


domingo, 27 de outubro de 2024

 



A doutrina das penas eternas é um equívoco

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

 

Embora ensinadas pela doutrina católica, as penas eternas não existem e é exatamente por isso que o Espiritismo não as admite.

A tese da eternidade das penas reservadas àqueles que infringem as leis do bem e do amor, tanto quanto a existência do inferno, não resistem a uma análise objetiva.

O raciocínio lógico conduz-nos à seguinte premissa: Se o Espírito sofre em função do mal que praticou, sua infelicidade deve ser proporcional à falta cometida.

Devemos considerar também que a condenação perpétua não se coaduna com a ideia cristã da sublimidade da justiça e da misericórdia divinas. Jesus deu testemunho da bondade e do amor de Deus, ao afirmar que o Pai celeste não quer que pereça um só de seus filhos.

O Criador é, como ensinado no Espiritismo, um ser infinito em suas perfeições, pois é filosoficamente impossível conceber Deus de outra maneira, uma vez que, se Ele não apresentasse infinita perfeição, poderíamos conceber outro ser que lhe fosse superior.

Sendo, pois, infinitamente sábio, justo e misericordioso, não podemos crer que o Pai celeste tenha criado pessoas para serem eternamente desgraçadas em virtude de uma falta ou de um erro passageiro, derivados evidentemente de sua própria imperfeição.

Alguém, no entanto, certamente questionará: - Se as penas eternas são uma ficção, por que tal doutrina se encontra consubstanciada na teologia católica?

A doutrina da eternidade das penas surgiu das ideias primitivas que conceberam a existência de um Deus irado e vingativo, a quem o homem atribuiu características puramente humanas. O fogo eterno é uma figura de que se utilizou para materializar a ideia do inferno, com vistas a ressaltar a crueldade da pena, no pressuposto de que o fogo é o suplício mais atroz e que produz o tormento mais efetivo.

É provável que em certo período da história da Humanidade a doutrina das penas eternas tenha sido eficaz para controlar as paixões de criaturas ainda imperfeitas, mas é evidente que ela não mais serve ao homem da atualidade, que nela não consegue vislumbrar sentido lógico.

Jesus valeu-se, é verdade, das figuras do inferno e do fogo eterno para pôr-se ao alcance da compreensão dos homens de sua época. As imagens fortes que utilizou eram, então, necessárias para impressionar a imaginação de indivíduos que pouco entendiam das coisas do Espírito e cuja realidade estava mais próxima da matéria e dos fenômenos que lhes impressionavam os sentidos físicos.

Mas não podemos ignorar que foi ele quem enfatizou a ideia de que Deus é Pai misericordioso e bom e declarou, de forma peremptória, que das ovelhas que o Pai lhe confiou nenhuma se perderia.

Além disso, as manifestações espíritas mostraram – e continuam a mostrar – que a vida prossegue além-túmulo e que todos, mesmo os maiores criminosos, recebem de Deus seguidas oportunidades de se redimirem e assim voltarem ao caminho que nos levará à perfeição, que é a meta que o Deus estabeleceu para todos nós.

 

 

 

 

To read in English, click here:  ENGLISH
Para leer en Español,  clic aquí:  ESPAÑOL
Pour lire en Français, cliquez ici:  FRANÇAIS
Saiba como o Blog funciona clicando em COMO CONSULTAR O BLOG

 

 

sábado, 26 de outubro de 2024

 




Como dissemos no texto anterior, há casos em que o pronome átono é atraído para antes do verbo. A essa colocação pronominal chamamos de próclise.

Eis alguns exemplos:

Aqui se faz, aqui se paga.

Quero que te prepares bem para a prova.

Nunca a vi mais forte.

Percebe-se que nas orações acima há palavras que atraem o pronome átono para antes do verbo.

Eis uma lista de palavras que exercem essa atração e, em face disso, provocam a próclise:

1.) palavras de sentido negativo (não, nunca, jamais, nada, ninguém, nenhum):

O professor jamais se alterava (e não: “jamais alterava-se”)

Nunca o procurei na repartição

Ela não te disse que viajou?

2.) advérbio:

Sempre o recompensaram por sua dedicação.

Bem se vê que ele cresceu.

Ela ainda nos pedirá perdão.

3.) o vocábulo “que” e qualquer conjunção subordinativa:

O livro que lhe dei é ótimo.

Embora se vestisse bem, ela não estava feliz.

Se o encontrar, dê-lhe um abraço.

Quando te encontrei fiquei muito feliz.

4.) pronome relativo (cujo, quem, o qual, onde):

O deputado ao qual me referi...

Mudou-se para Londres, onde se encontra feliz.

Ajude sempre a quem lhe rogar amparo.

5.) pronome demonstrativo ou indefinido:

Alguém me disse que você esteve doente.

Pouco se espera dele.

Isso me causou muita preocupação.

Tudo se espera de um grande homem.  

 

Observação:

Para acessar o estudo publicado no sábado anterior, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/10/conforme-norma-da-lingua-portuguesa-o.html

 

 

 

  

  

 

To read in English, click here:  ENGLISH
Para leer en Español,  clic aquí:  ESPAÑOL
Pour lire en Français, cliquez ici:  FRANÇAIS
Saiba como o Blog funciona clicando em COMO CONSULTAR O BLOG

 

 

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

 




A Caminho da Luz

 

Emmanuel

 

Parte 11

 

Damos prosseguimento ao estudo da obra A Caminho da Luz, de Emmanuel, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier em 1938 e publicada em 1939 pela Federação Espírita Brasileira.

Este estudo, que tem por base a 15ª edição da obra, é publicado sequencialmente sempre às sextas-feiras neste blog.

A seguir, o texto e as questões de hoje.

 

Texto-base para leitura e reflexão

 

184. As Cruzadas tiveram a seguinte origem: enquanto dominavam em Jerusalém os árabes de Bagdá ou do Egito, as correntes do turismo católico podiam buscar, sem receio, as paragens sagradas da Palestina. Ocorre que Jerusalém caíra, no século XI, em poder dos turcos, que não mais toleraram ali a presença dos cristãos, expulsando-os dali com a máxima crueldade. (PP. 163 e 164)

185. Tal medida provocou os protestos dos católicos de todo o mundo e foram assim organizadas as primeiras cruzadas em busca da vitória contra o infiel. Como os turcos não descansassem, as expedições se repetiram em diversas épocas, tendo sido as últimas cruzadas dirigidas por Luís IX, o rei santo da França, que, depois da tomada de Damieta, caiu em poder dos inimigos, vindo a desprender-se da vida terrestre em 1270, defronte de Túnis, vitimado pela peste. (P. 165)

186. Os mensageiros de Jesus, que sabem extrair de todos os acontecimentos os fatores da evolução humana para o bem, buscaram aproveitar a utilidade desses dolorosos acontecimentos. Foi por isso que as Cruzadas, apesar do seu caráter anticristão, fizeram-se acompanhar de alguns benefícios de ordem econômica e social para todos os povos. (P. 165)

187. Na Europa a sua influência foi regeneradora, enfraquecendo a tirania dos senhores feudais e renovando a solução dos problemas da propriedade, conjurando assim muitas lutas isoladas. (PP. 165 e 166)

188. No século XIII haviam desaparecido as mais fortes expressões do feudalismo. Cada região europeia tratava de concatenar os elementos precisos à sua organização política. Surgem então universidades importantes como as de Paris e de Bolonha, operando-se a partir daí um verdadeiro renascimento na vida intelectual dos povos mais adiantados da Europa. (PP. 167 e 168)

189. A universidade se constituía, então, de quatro faculdades -- Teologia, Medicina, Direito e Artes -- reunindo milhares de inteligências ávidas de ensino, que seriam os grandes elementos de preparação do porvir. É quando aparece Rogério Bacon, franciscano inglês, notável por seus estudos, que se torna um dos pontos culminantes dessa renascença espiritual. (P. 168)

190. Nessa época os inúmeros mensageiros de Jesus, sob sua orientação, iniciam largo trabalho de associação dos Espíritos, de acordo com suas tendências e afinidades, para formarem as nações do futuro, sendo cometida a cada uma dessas nacionalidades determinada missão. (PP. 168 e 169)

191. Como os indivíduos, as coletividades também voltam ao mundo pelo caminho da reencarnação. É assim que vamos encontrar antigos fenícios na Espanha e em Portugal. Na antiga Lutécia (a futura Paris) vamos achar a alma ateniense. Na Prússia, o espírito belicoso de Esparta. Na Grã-Bretanha, a edilidade romana, com sua educação e sua prudência. (PP. 169 e 170)

192. Nos albores do século XV grandes assembleias espirituais se reúnem nas proximidades do planeta, orientando os movimentos renovadores que, em virtude das determinações do Cristo, deveriam encaminhar o mundo para uma nova era. Mensageiros devotados reencarnam no orbe em missões redentoras, como Henrique de Sagres e numerosos precursores da Reforma. (PP. 171 e 172)

193. A América é descoberta e destinada por Jesus a grandes projetos: o cérebro da nova civilização se localizará nos Estados Unidos e seu coração na terra farta e acolhedora onde floresce o Brasil. (PP. 172 e 173)

194. A Renascença clareou a Terra em todas as direções e para isso a invenção da imprensa foi decisiva. (P. 174)

195. Aparecem no século XVI as figuras de Lutero, Calvino, Erasmo e Melanchton e outros vultos notáveis da Reforma. (P. 175)

196. Nessa época o papa era Leão X, cuja vida mundana impressionava desagradavelmente os espíritos sinceramente religiosos. Sob sua direção criou-se em 1518 o célebre "Livro das Taxas da Sagrada Chancelaria e da Sagrada Penitenciaria Apostólica", onde se encontrava estipulado o preço de absolvição para todos os pecados. (P. 175)

197. Uma onda de claridades novas arejava as consciências, mas Espíritos tenebrosos e pervertidos inspiraram ao cérebro obcecado e doentio de Inácio de Loiola a fundação da Companhia de Jesus, em 1534, de nefasta memória. (PP. 176 e 177)

198. A Igreja inaugurava um dos períodos mais tristes da história ocidental, quando o Tribunal da Inquisição, com poderes de vida e morte nos países católicos, fez milhares de vítimas. (PP. 176 e 177)

199. A força da Companhia de Jesus era tanta que, quando o papa Clemente XIV tentou extingui-la, em 1773, exclamou, desolado: "Assino minha sentença de morte, mas obedeço à minha consciência". Com efeito, em 1774, o grande pontífice morreu vitimado por um veneno letal que lhe apodreceu lentamente o corpo. (PP. 177 e 178) (Continua no próximo número.)

 

Questões para fixação do estudo

 

A.   Como surgiram as Cruzadas?

As Cruzadas tiveram a seguinte origem: enquanto dominavam em Jerusalém os árabes de Bagdá ou do Egito, as correntes do turismo católico podiam buscar, sem receio, as paragens sagradas da Palestina. Ocorre que Jerusalém caíra, no século XI, em poder dos turcos, que não mais toleraram ali a presença dos cristãos e os expulsaram com a máxima crueldade. Essa medida provocou os protestos dos católicos de todo o mundo e foram assim organizadas as primeiras cruzadas em busca da vitória contra o infiel. Como os turcos não descansassem, as expedições se repetiram em diversas épocas, tendo sido as últimas cruzadas dirigidas por Luís IX, o rei santo da França, que, depois da tomada de Damieta, caiu em poder dos inimigos, vindo a desprender-se da vida terrestre em 1270, defronte de Túnis, vitimado pela peste. (A Caminho da Luz, pp. 163 a 165.)

B. Como os indivíduos, as coletividades também voltam ao mundo pelo caminho da reencarnação?

Sim. As coletividades também voltam ao mundo pelo caminho da reencarnação. É assim que vamos encontrar antigos fenícios na Espanha e em Portugal. Na antiga Lutécia (a futura Paris) vamos achar a alma ateniense. Na Prússia, o espírito belicoso de Esparta. Na Grã-Bretanha, a edilidade romana, com sua educação e sua prudência. (Obra citada, pp. 169 e 170.)

C. Quando o Tribunal da Inquisição fazia milhares de vítimas, uma organização católica se impunha. Qual o seu nome?

A Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loiola em 1534. A força da Companhia de Jesus era tanta que, quando o papa Clemente XIV tentou extingui-la, em 1773, exclamou, desolado: "Assino minha sentença de morte, mas obedeço à minha consciência". Com efeito, em 1774, o grande pontífice morreu vitimado por um veneno letal que lhe apodreceu lentamente o corpo. (Obra citada, pp. 176 a 178.)

 

Observação:

Para acessar a Parte 10 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/10/a-caminho-da-luz-emmanuel-parte-10.html

 

 

 

 

To read in English, click here:  ENGLISH
Para leer en Español,  clic aquí:  ESPAÑOL
Pour lire en Français, cliquez ici:  FRANÇAIS
Saiba como o Blog funciona clicando em COMO CONSULTAR O BLOG

 

 

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

 



CINCO-MARIAS

 

O hábito da prece orienta uma infância (mais) bonita e saudável 

 

EUGÊNIA PICKINA

eugeniapickina@gmail.com

 

“Nada é pequeno se feito com amor.” Santa Terezinha

 

Em qualquer época do ano, podem os pais dedicar-se para despertar nos filhos pequenos o hábito da prece.

Crescer dirigido pela prece na vida diária é uma necessidade do espírito.  Além disso, tudo que aprendemos na infância, reforçado pelo exemplo dos pais, mais facilmente será absorvido por nossa mente e coração.

Minha avó materna, muito religiosa, devota de Nossa Senhora, e de quem herdei meu vínculo forte com Maria Santíssima, dizia que as crianças aprendem a tecer uma relação de amor com Cristo ao imitarem os gestos dos adultos… Fazer a prece com filhos na infância, portanto, é um dos requisitos para uma vida guiada também pela fé.

Antes de dormir, conte uma história que tenha relação com a vida de Jesus, por exemplo. Em seguida, faça uma prece com o seu filho pequeno, explicando a ele sobre a presença amiga e vigilante do Anjo da Guarda. Persista nas histórias, nas preces, na explicação acerca do guardião… Quando crescemos conscientes do amor de Jesus por nós, da presença do Anjo da Guarda em nossa trajetória cotidiana, mais facilmente encaramos os desafios e, nas horas difíceis, conseguimos nos apoiar com mais assertividade na resiliência espiritual para manter nossos ânimos e esperanças. 

Aprendi a fazer minhas preces bem cedo, auxiliada por meus pais e minha avó, uma pessoa que era muito boa e caridosa. Hoje, quando faço minhas preces, sei profundamente do amor de Jesus, da presença na minha vida do Anjo da Guarda, do olhar atento de Maria sobre a minha vida, a vida dos meus queridos. Por conta disso, as dificuldades são enfrentadas com mais coragem e, por sua vez, as pequenas alegrias, eu as acolho com um profundo espírito de gratidão, sem olvidar, no entanto, que somos todos passantes.

Por fim, descobri que através da prece diária temos mais chance de ser luz no mundo, e não é isso que nos pede Jesus?

 

Notinhas

 

Contar muitas vezes os episódios do Evangelho, para que a vida de Jesus seja bem conhecida pela criança. É importante, ainda, criar o hábito do Evangelho no Lar e assim ler e comentar o Evangelho com os nossos filhos e, segundo a minha experiência, as crianças costumam entusiasmar-se com isso.

A oração, devemos mostrar para nossos filhos, necessita ser sincera, brotar do íntimo de cada um, ser sentida profundamente, num ato de concentração da pessoa, e isso para entrarmos cada um de nós em sintonia vibratória com seres do mundo espiritual superior, enviando os seus pensamentos e recebendo deles uma energia que fortalece, intui e orienta.

 

*

Eugênia Pickina é educadora ambiental e terapeuta floral e membro da Asociación Terapia Floral Integrativa (ATFI), situada em Madri, Espanha. Escritora, tem livros infantis publicados pelo Instituto Plantarum, colaborando com o despertar da consciência ambiental junto ao Jardim Botânico Plantarum (Nova Odessa-SP).

Especialista em Filosofia (UEL-PR) e mestre em Direito Político e Econômico (Mackenzie-SP), ministra cursos e palestras sobre educação ambiental em empresas e escolas no estado de São Paulo e no Paraná, onde vive.

Seu contato no Instagram é @eugeniapickina

 

 

 

 

To read in English, click here:  ENGLISH
Para leer en Español,  clic aquí:  ESPAÑOL
Pour lire en Français, cliquez ici:  FRANÇAIS
Saiba como o Blog funciona clicando em COMO CONSULTAR O BLOG