sábado, 23 de setembro de 2023

 



Setembro Amarelo

 

JORGE LEITE DE OLIVEIRA

jojorgeleite@gmail.com

 

Em 1994, em Westminster, no Colorado, EUA, um jovem de 17 anos chamado Mike Emme, muito habilidoso, dias após pintar de amarelo um automóvel Mustang 68, no mês de setembro, suicidou-se. No dia do seu velório, seus pais distribuíram cartões amarrados com fitas amarelas com frases de apoio a quem estivesse passando por problemas emocionais. Algum tempo depois, a Organização Mundial de Saúde (OMS) propôs a fita amarela como símbolo da campanha de prevenção do suicídio e setembro passou a ser conhecido como Setembro Amarelo. Em especial, o dia 10 de setembro é considerado o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio.

No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) adotaram, em 2015, o Setembro Amarelo como símbolo do mês destinado às campanhas de prevenção ao suicídio. A campanha visa a reduzir o tabu sobre o assunto e o estigma nas famílias marcadas pelo suicídio. Além disso, são feitos esclarecimentos e disponibilizados tratamento para o público que esteja em situação de risco de vida, como é o caso das pessoas portadoras de distúrbios mentais e as viciadas em drogas, com sérios problemas sentimentais ou de saúde.

Tabu é o nome que se dá à proibição ou ao receio de falar sobre um assunto julgado como incentivo a alguém de prática do ato considerado violento e nocivo a si ou à sociedade. Estigma é a ferida emocional incurável, derivada do sentimento de culpa ou omissão por algo ruim acontecido.

Tendo conhecido, ao longo desta existência, diversos casos de suicídio e observado que algumas pessoas com tendência a esse desatino foram desestimuladas a atentarem contra a própria vida, com conversas fraternas à luz da revelação mediúnica, sempre me preocupei com o tema. Por esse motivo, ofereci à Federação Espírita Brasileira (FEB) a proposta de publicação da obra intitulada Suicídio e vida após a morte: amargura e remorso de poetas suicidas, que será lançada na sede da FEB em Brasília, na Av. L2 Norte, quadra 603, às 18 horas deste sábado, 23 de setembro, quando estarei presente para autografar as obras que forem compradas.

O livro também estará à venda pelo site da FEB: www.febnet.org.br, cujos direitos autorais foram cedidos a essa casa querida por nós. Todo o valor arrecadado com a venda da obra, como é comum ocorrer, será utilizado em benefício dos trabalhos de assistência social material e espiritual dessa instituição centenária, cujo trabalho na difusão do Espiritismo vem consolando e socorrendo nosso próximo há 149 anos.

Quem não puder comparar o livro com desconto promocional nesse dia, poderá adquiri-lo acessando o site www.febnet.org.br.

Que Deus nos fortifique nas tarefas do Consolador prometido por Jesus, a quem rogamos paz e amor em benefício de toda a humanidade, cujo momento difícil será superado pela união de homens e mulheres de bem.

Também sobre a prevenção ao suicídio, recomendamos acesso aos seguintes serviços:

valorizaçãodavidafebnet.org.br;

febnet.org.br/portal/prefiro-viver;

febnet.org.br/portal/1919/07/17suicidio-nao/

Finalizo estes comentários com a seguinte quadrinha ditada a Chico Xavier pelo Espírito de Cornélio Pires:

 

Suicídio, não pense nisso

Nem mesmo por brincadeira...

Um ato desses resulta

Na dor de uma vida inteira.

 

Acesse o blog: www.jojorgeleite.blogspot.com

 

 

 

 


 

 

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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

 



No Invisível

 

Léon Denis

 

Parte 35

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do clássico No Invisível, de Léon Denis, cujo título no original francês é Dans l'Invisible.

Nossa expectativa é que este estudo sirva para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.

Cada parte do estudo compõe-se de:

a) questões preliminares;

b) texto para leitura.

As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto indicado para leitura.

Este estudo é publicado sempre às sextas-feiras.

 

Questões preliminares

 

A. Que disse sobre o Espiritismo o professor Morsélli, docente na cadeira de Psicologia na Universidade de Gênova?

B. É verdade que César Lombroso viu o Espírito de sua própria mãe materializado?

C. Os detratores do Espiritismo, em sua crítica aos fenômenos de aparição, recorrem quase sempre à teoria da alucinação. Que comentários fez Léon Denis a respeito dessa hipótese?

 

Texto para leitura

 

946. Outros testemunhos, não menos importantes, foram coligidos pelo Congresso Espiritualista de Paris, em 1900. Na sessão de 23 de setembro, o Dr. Bayol, ex-governador do Dahomey, senador e presidente do Conselho Geral das Bocas do Ródano, expôs com clareza os fenômenos de aparições observados, de 1º de janeiro de 1899 a 6 de setembro de 1900, numa quinta de Aliscamps, em Arles.

947. Visitamos, depois disso, o cemitério romano de Aliscamps (Campos Elíseos), onde se alinham sob o límpido céu da Provença extensas filas de sarcófagos antigos. Vimos a sepultura de Acella, de quem se vai tratar, e lemos a seguinte inscrição: “A minha filha Acella, morta aos 17 anos, na própria noite de seu noivado”. Foi numa quinta próxima, construída com pedras tumulares, que se fizeram as experiências do Dr. Bayol, em presença de eminentes personagens, como o prefeito das Bocas do Ródano, um general de Divisão, o grande poeta Mistral, autor da “Mireille”, doutores em Medicina, advogados etc.

948. Os fenômenos começaram pelos movimentos de pesada mesa, que girava na sala com grande ruído. Viram-se depois dois globos luminosos circunvagar e refletirem-se nos espelhos, o que demonstrava a sua perfeita objetividade. O Dr. Bayol teve a ideia de evocar o Espírito de Acella, a jovem romana, morta no tempo dos Antoninos. Apareceu uma chama, que se dirigia para ele e lhe pousou na cabeça. Com ela conversou como se o fizesse com uma pessoa viva, e a chama se agitava de modo inteligente. Viam-se, às vezes, até dez a doze chamas, que pareciam inteligentes e iluminavam toda a sala. “Estaríamos alucinados?” – interroga o Dr. Bayol. “Éramos, algumas vezes, dezenove, e creio que é difícil alucinar-se um velho colonial como eu.”

949. Mais tarde, em Eyguières, Acella se tornou visível e deu uma impressão do rosto em parafina, não em côncavo, como costumam ser os moldes, mas em relevo. Produziram-se depois transportes, chuvas de pétalas de rosa, de folhas de figueira e louro, que enchiam os bolsos do narrador. Foi ditado um poema em idioma provençal e desferidas melodias num bandolim, sem contacto aparente.

950. Os médiuns, pessoas iletradas, obtiveram fenômenos de escrita em grego. Outras vezes se produziram efeitos físicos de grande energia. Um dos médiuns foi projetado no ar, a uma altura de quatro metros, e tornou a cair sobre a mesa, sem nada sofrer. “Minhas experiências – disse o Dr. Bayol em seu memorial – foram rodeadas de todas as precauções possíveis. Há na França uma coisa formidável, um terrível monstro, que mete medo aos franceses e que se chama ridículo. A um velho colonial como eu permitireis que o afronte. Estou convencido de que tenho razão e não devo ter medo de dizer a verdade.”

951. No correr dos anos de 1901 e de 1902, toda a imprensa italiana se ocupou com uma série de sessões dadas pela médium Eusápia Paladino no Círculo Minerva, em Gênova, em presença dos professores Lombroso, Morsélli e F. Porro e do arguto escritor, conhecido em toda a península, extremamente céptico a respeito do Espiritismo, A. Vassalo, diretor do “Século XIX”.

952. Dez sessões se efetuaram. Depois de numerosos fenômenos físicos e vários casos de levitação, formaram-se aparições. Eis como o Sr. Vassalo as descreve em seu jornal:

“O fenômeno dura tempo demasiado longo, para que possa ser atribuído à alucinação, parcial ou coletiva. Por cima da cabeça do médium mostra-se uma mão branca, num gesto de adeus a todos os assistentes. Para favorecer o desenvolvimento do fenômeno, apaga-se a luz, que impede a materialização. Sinto imediatamente atrás de mim o indubitável contacto de uma pessoa; dois braços me cingem com ternura e afeto; duas mãozinhas débeis, proporcionadas à mão entrevista, me tomam a cabeça, acariciando-a, uma luz misteriosa me ofusca e recebo longos e repetidos beijos, ouvidos por todos. Só pode ser meu falecido filho Naldino; e agora que se acende uma vela, uma silhueta se desenha ao meu lado, representando exatamente as feições do meu menino falecido; essa forma permanece imóvel durante alguns segundos.

A quarta sessão nos mostra o fenômeno em seu ponto culminante. Naldino aparece novamente. A princípio, um demorado abraço, durante o qual sinto a forma de um rapaz, franzina, comprimir-me; depois, uma multidão de beijos, percebidos por todos, e palavras em dialeto genovês – o médium só fala o napolitano – que todos ouvem e que têm um timbre particular sobre que não me posso enganar: ‘Papa mio! papa mio!’, intercaladas de exclamação de alegria: ‘o Dio!’

De repente, o contacto com o invisível – tão visível, entretanto – parece querer desvanecer-se; como que se vai evaporar; depois, novo abraço. Recebo três longos e apaixonados beijos, e a voz me diz: ‘Estes são para mamãe’. Convidam-nos a acender de novo a lâmpada elétrica; e, como se o invisível nos quisesse dar uma derradeira prova de sua presença, um fenômeno, entrevisto em precedente sessão pelo professor Lombroso, se renova. Percebemos todos uma forma humana, de perfeita semelhança com a já designada, abrir os braços e cingir-me. Uma de suas mãos toma-me a mão direita, enquanto com a esquerda seguro sempre o médium, que, como todos pudemos certificar-nos, estava reclinado na cadeira, em hipnose profunda.”

953. Em certas noites foram múltiplas as aparições. Perfis indistintos, contornos de cabeças, sombras obscuras se desenham num fundo escassamente iluminado; fantasmas brancos, de extrema tenuidade, se mostram nos lugares escuros da sala. O professor Morsélli reconhece a sombra de sua filhinha, morta aos onze anos. O Sr. Bozzano sente uma delicada mão de mulher o apertar, o acariciar; dois braços lhe cingem o pescoço. Uma voz débil, mas distinta, pronuncia um nome que é para ele “uma revelação de Além-túmulo”. Durante todo esse tempo, o médium, acordado, geme, dirige súplicas aos seus amigos invisíveis e pede-lhes socorro. Seus sofrimentos chegam a tal ponto, que é preciso suspender as experiências.

954. No curso de uma sessão dirigida pelo Dr. Morsélli, professor de Psicologia na Universidade de Gênova, durante a qual o médium, depois de minucioso exame de suas vestes, foi amarrado em uma cama, cinco formas materializadas apareceram em meia-luz. A última era a de uma senhora, envolta em gaze transparente e trazendo nos braços uma criancinha. Outra figura de moça, cuja sombra projetada pela luz do gás se desenhava na parede, cumprimentou, e a sombra acompanhou todos os movimentos da forma.

955. Travou-se viva polêmica entre vários jornais a respeito dessas experiências. Numa de suas réplicas, assim se exprimia o professor Morsélli: 

“Declaro que o Espiritismo merece ser plenamente estudado pelos sábios e, por minha parte, confesso que nele creio inteiramente. Eu, o materialista obstinado; eu, o intrépido diretor de um jornal intransigente e positivista, pretenderiam fazer-me passar por vítima de uma alucinação ou por neófito crédulo?!”

956. A. Vassalo, numa conferência feita posteriormente em Roma, na sede da Associação da Imprensa, perante um público de escol, sob a presidência do Sr. Luzzatti, antigo ministro, expôs desassombradamente todos os fatos a que acabamos de aludir e afirmou as aparições de seu filho falecido.

957. César Lombroso, finalmente, o célebre professor da Universidade de Turim, em sua obra “Hipnotismo e Espiritismo”, no capítulo intitulado “Fantasmas”, depois de relatar as aparições obtidas no curso das sessões de Eusápia, por Vassalo e Morsélli, assim se exprime:

“Obtive eu próprio uma bem comovedora aparição. Foi em Gênova, em 1882. Eusápia não parecia, nesse momento, em condições de produzir grande coisa. Pedindo-lhe ao começo que fizesse mover-se em plena luz um pesado tinteiro, objetou-me em tom vulgar: ‘De que servem tais ninharias? Eu sou capaz de te fazer ver tua mãe’. Pouco depois, na meia obscuridade produzida por uma lâmpada de vidros encarnados, vi destacar-se da cortina uma silhueta, envolta num véu e de bem pequena estatura, como o era minha pobre mãe. Fez o giro completo em torno à mesa e se deteve ao pé de mim, sorrindo e me dirigindo palavras que os outros ouviam, mas que, em consequência da minha surdez, não pude perceber. Extremamente comovido, peço-lhe que repita, e ela diz: ‘César, fio mio’, o que, confesso, me surpreende bastante, porque de preferência costumava ela dizer, em sua língua veneziana: ‘mio fiol’. Depois a meu pedido faz novamente o giro em torno à mesa e me envia um beijo. Nesse momento, Eusápia estava bem segura por seus dois vizinhos e, ao demais, sua estatura excede pelo menos dez centímetros à de minha mãe, que me tornou a aparecer ainda, menos distinta, enviando-me beijos e me falando em mais oito sessões, nos anos de 1906 e 1907, em Milão e Turim.”

958. Massaro, de Palermo, numa sessão, a 26 de novembro de 1906, em Milão, viu aparecer seu filho, que o tomou amplamente nos braços e o abraçou.

959. Como se vê, já não têm conta as aparições e materializações de Espíritos, as quais têm sido observadas em todos os países por numerosos experimentadores. Em Tours, pude eu mesmo observar uma delas, que descrevi em meu livro “Cristianismo e Espiritismo”, cap. IX. Nesse caso, a forma era vaga e sombria; não caminhava, deslizava pelo solo. Às vezes, porém, as aparições revestem todos os caracteres de uma beleza ideal.

960. O Sr. Georg Larsen, numa carta dirigida ao “Eko”, jornal que se publica na Suécia, descreve a aparição de sua esposa Ana, falecida a 24 de março de 1899. O fenômeno ocorreu em Berlim, em 1901, em presença da Princesa Karadja, da Condessa de Moltke e outras pessoas. Redigiu-se um memorial, que foi assinado por todos os assistentes. O Sr. Larsen assim se exprime:

“Abriram-se as cortinas, deixando ver um espetáculo maravilhoso. Vimos elegante mulher, vestida de noiva, com longo véu branco que lhe caía da cabeça aos pés; mas que véu! Parecia tecido de aéreos raios luminosos. E como eu lhe reconhecia as feições! Há doze anos me conduzia ao altar essa mulher, então viva. Como era formosa, com o véu sobre os cabelos negros e a estrela brilhante ao alto da cabeça! Ouvi em torno de mim exclamações de assombro. Meus olhos se conservaram fixos no adorado rosto, até que de novo cerraram-se as cortinas.

Um momento depois reapareceu ela, tal como costumava estar em nossa casa; caminhou até mais perto de mim e levantou os braços estendidos. Os cabelos negros formavam a mais bela moldura em torno do seu rosto; estava com os braços nus e tinha o esbelto corpo envolto num longo vestido de um branco de neve. Fitava-me com seus olhos luminosos; eu tornava a encontrar sua atitude e sua expressão afetuosa; era minha mulher viva; mas a aparição total tinha uma beleza e uma harmonia singulares, um conjunto idealizado, que um ser da Terra não possui. Murmurei o seu nome. O sentimento de uma felicidade inexprimível se apoderava de mim. Ela deslizou silenciosamente até ao gabinete, cujas cortinas se cerraram de novo. A sala estava bem iluminada; os assistentes se conservaram sérios e calmos; o médium permaneceu visível em sua poltrona, ao lado e durante todo o tempo da aparição.”

961. A pedido do Sr. Larsen, foi-lhe deixado um pedaço do véu, que ele ainda conserva em seu poder. “Esse véu – diz ele – de um tecido delicado, foi urdido com matéria igual à que emprega o Espírito para se tornar visível e tem sua origem nas radiações do corpo humano.”

962. Em sua crítica aos fenômenos de aparição, recorrem quase sempre os detratores do Espiritismo à teoria da alucinação. É uma explicação, por igual, cômoda e vaga, e antes uma palavra oca, destinada a dissimular a penúria de argumentos de contraditores em apuros. Conviria antes de tudo definir precisamente o que é alucinação. É – dizem – uma aberração dos sentidos. Mas o campo de nossas percepções é tão limitado, tantas coisas na Natureza escapam aos nossos sentidos imperfeitos, que nunca sabemos, nos casos controvertidos, se não se trata de objetos percebidos por sentidos mais sutis, mais apurados que os da generalidade dos homens.

963. Como vimos, grande número de manifestações espíritas baseia-se em fotografias ou moldes, que, confirmando sua autenticidade, excluem toda possibilidade de ilusão. Aksakof obteve fotografias de uma forma de Espírito materializada, que amparava nos braços o médium Eglinton, imerso em profundo transe e num estado de completo esgotamento. Todos os assistentes distinguiam a aparição, de elevada estatura, de barba preta e penetrante olhar.

964. Em casa da Sra. d`Espérance, em Gotemburgo, obtiveram-se em 1897 numerosas fotografias de Espíritos, na presença de Aksakof e de outros experimentadores.

965. Moldes de membros materializados são obtidos em parafina derretida, moldes sobre os quais é, em seguida, calcado um modelo em gesso, que reproduz em relevo, com perfeita exatidão, todas as particularidades anatômicas da forma. As mãos, moldadas por esse processo, não têm relação alguma com as dos médiuns. O professor de Geologia Denton as obteve de tamanhos diferentes, desde mãos gigantescas que excediam as dimensões de mãos humanas, até dedos de criancinhas. Como medida de fiscalização, as experiências foram feitas numa caixa fechada à chave e lacrada, previamente examinada por todos os assistentes. A operação se efetuou em plena luz, estando o médium constantemente vigiado, e os relatórios foram assinados pelos experimentadores, entre os quais se achavam o professor Denton, o Dr. Gardner, o Coronel Cope, Epes Sargent, literato bem conhecido nos Estados Unidos, etc.

966. Idênticas experiências foram feitas com o mesmo resultado pelo Sr. Reimers, de Manchester, sendo a cabeça e as mãos do médium presas num saco de filó, amarrado na cintura. Os agentes ocultos são visíveis ao mesmo tempo em que o médium. Numa sessão, foram simultaneamente vistos este último e quatro formas materializadas, tendo cada uma a fisionomia e sinais particulares que a distinguiam das outras figuras. Apresentavam-se aos assistentes, após a operação da moldagem, e os convidavam a retirar eles mesmos as luvas de parafina de suas mãos e os revestimentos de seus pés materializados.

967. Toda fraude se torna ao demais impossível pelo fato de que, estando a parafina a ferver, não haveria mão humana que lhe pudesse tolerar a excessiva temperatura, como não poderia igualmente retirar-se do molde, sem quebrar-lhe ou, pelo menos, estragar-lhe a forma, delicada e extremamente quebradiça, enquanto a mão oculta parece desmaterializar-se no próprio molde.

968. Ernesto Bozzano, em Annales des Sciences Psychiques, de janeiro de 1910, publicou um extrato das sessões organizadas em 1893 com a Sra. d'Espérance, na Noruega, por um grupo de eminentes experimentadores, as quais foram efetuadas na residência do professor E. Em quase todas se apresentou a forma de “Nefentes”. Era uma forma de mulher extremamente bela; mostrava-se à luz ao mesmo tempo em que a médium, “desperta e sentada com os outros experimentadores fora do gabinete”. Materializava-se no meio do círculo e se prestava, ora a ser fotografada, ora a escrever no canhenho de um dos assistentes, ora a fornecer o modelo de sua própria mão, imergindo-a em parafina liquefeita. (Continua no próximo número.)

 

Respostas às questões preliminares

 

A. Que disse sobre o Espiritismo o professor Morsélli, docente na cadeira de Psicologia na Universidade de Gênova?

Quando os fenômenos das aparições estavam no auge na Itália e em outros países da Europa, travou-se viva polêmica entre vários jornais a respeito dessas experiências. Foi então que, numa de suas réplicas, assim se exprimiu o Dr. Morsélli: “Declaro que o Espiritismo merece ser plenamente estudado pelos sábios e, por minha parte, confesso que nele creio inteiramente. Eu, o materialista obstinado; eu, o intrépido diretor de um jornal intransigente e positivista, pretenderiam fazer-me passar por vítima de uma alucinação ou por neófito crédulo?!” (No Invisível - O Espiritismo experimental: Os fatos - XX - Aparições e materializações de Espíritos.)

B. É verdade que César Lombroso viu o Espírito de sua própria mãe materializado?

Sim. César Lombroso, o célebre professor da Universidade de Turim, em sua obra “Hipnotismo e Espiritismo”, no capítulo intitulado “Fantasmas”, depois de relatar as aparições obtidas no curso das sessões de Eusápia, por Vassalo e Morsélli, contou como sua mãe lhe apareceu, materializada. O fato ocorreu em 1882 e se repetiu mais oito vezes, nos anos de 1906 e 1907, em Milão e Turim. (Obra citada - O Espiritismo experimental: Os fatos - XX - Aparições e materializações de Espíritos.)

C. Os detratores do Espiritismo, em sua crítica aos fenômenos de aparição, recorrem quase sempre à teoria da alucinação. Que comentários fez Léon Denis a respeito dessa hipótese?

Segundo ele, trata-se de uma explicação cômoda e vaga, destinada a dissimular a penúria de argumentos dos contraditores em apuros. Ora, grande número das manifestações espíritas é acompanhada de fotografias ou de moldes, que, confirmando sua autenticidade, excluem toda a possibilidade de ilusão. Aksakof obteve fotografias de uma forma de Espírito materializada, que amparava nos braços o médium Eglinton, imerso em profundo transe e num estado de completo esgotamento. Em casa da Sra. d`Espérance, em Gotemburgo, obtiveram-se, em 1897, numerosas fotografias de Espíritos, na presença de Aksakof e de outros experimentadores. Moldes de membros materializados são obtidos em parafina derretida, moldes sobre os quais é, em seguida, calcado um modelo em gesso, que reproduz em relevo, com perfeita exatidão, todas as particularidades anatômicas da forma. As mãos, moldadas por esse processo, não têm relação alguma com as dos médiuns. Como pode a alucinação explicar tais fatos? (Obra citada - O Espiritismo experimental: Os fatos - XX - Aparições e materializações de Espíritos.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 34 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/09/no-invisivel-leon-denis-parte-34-damos.html

 

 

 

 

 

 

 

 

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quinta-feira, 21 de setembro de 2023

 



CINCO-MARIAS

 

Enquanto a infância durar...

 

EUGÊNIA PICKINA

eugeniapickina@gmail.com


O verdadeiro propósito do movimento não é favorecer uma melhor respiração ou nutrição, mas servir à vida e à economia espiritual e universal do mundo
. Maria Montessori

 

Em casa é importante nutrir os relacionamentos com base na cooperação e solidariedade, pois é isso que cria o sentido de comunidade e pertencimento. Mas, sem esquecer a ideia de vida compartilhada, é bom lembrar que as crianças não podem conduzir-se como adultos, ainda que haja, por parte dos responsáveis, um incentivo contínuo para a sua gradativa independência.

Pensemos: uma casa com três filhos: 11, 9 e 4 anos. Todos participam das tarefas de casa com mais ou menos responsabilidades de acordo com a idade e as habilidades. Mas isso não significa que o mais velho, por exemplo, seja responsável pelos mais novos, pois a segurança em casa nunca pode estar a cargo de uma criança.

Muitos adultos, e por razões diversas, impõem aos filhos mais velhos o papel de cuidado com os irmãos mais novos, entretanto isso é um equívoco, à medida que lhes são atribuídos deveres que não são de sua competência porque são simplesmente crianças…

No dia a dia, é essencial distinguir entre preparar e educar os filhos para serem autônomos da atitude antieducativa de lhes delegar responsabilidades cujas consequências estão fora de seu alcance, e mesmo que existam casos de crianças “precoces”.

Ser mãe, ser pai, ser responsável por uma criança é muitas vezes cansativo sim, pois quem tem filho sabe que a rotina está implicada com cuidar, cuidar, cuidar. No entanto, para as crianças lhes corresponde comportar-se como crianças e fazer as coisas como crianças.

Não apressemos a infância. Os filhos, sem exceção, sobretudo quando são pequenos, necessitam de amor, companhia, supervisão, atenção, cuidados, contenção, limites, e tudo isso depende sempre de um adulto responsável e presente.

Sabemos que há lares nos quais as opções são restritas e mesmo assim não é admissível uma criança de 9 anos responsabilizar-se por uma de 5 anos, o que aumenta, por exemplo, os casos de acidentes. Trata-se de procurar criar espaços seguros para os filhos. Os adultos responsáveis, ao redor das crianças, somos os modelos através dos quais eles experimentam e interpretam o mundo.

Há crianças em casa? Temos que ser os adultos que não se valem de desculpas para descasos ou delegações de funções impróprias, descabidas, e as crianças, por sua vez, simplesmente necessitam ser crianças e enquanto a infância dure.

 

Notinha

 

Em muitas casas há crianças parentalizadas, ou seja, crianças que assumem função do pai ou da mãe, ditam regras, cuidam de irmãos menores etc. Essa criança parentalizada sofre, muitas vezes adoece e se torna triste, preocupada, ansiosa, à medida que assume funções que escapam à sua competência junto aos pais ou aos irmãos.

Criança não pode assumir as funções dos pais. Os adultos/cônjuges precisam responsabilizar-se por suas escolhas. Em casa, a criança, amada e orientada pelos pais, precisa desfrutar da infância sendo vista/reconhecida como criança.

 

*

 

Eugênia Pickina é educadora ambiental e terapeuta floral e membro da Asociación Terapia Floral Integrativa (ATFI), situada em Madri, Espanha. Escritora, tem livros infantis publicados pelo Instituto Plantarum, colaborando com o despertar da consciência ambiental junto ao Jardim Botânico Plantarum (Nova Odessa-SP).

Especialista em Filosofia (UEL-PR) e mestre em Direito Político e Econômico (Mackenzie-SP), ministra cursos e palestras sobre educação ambiental em empresas e escolas no estado de São Paulo e no Paraná, onde vive.

Seu contato no Instagram é @eugeniapickina

 

 

 



 

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quarta-feira, 20 de setembro de 2023

 



Revista Espírita de 1864

 

Allan Kardec

 

Parte 5

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial da Revista Espírita do ano de 1864, periódico editado e dirigido por Allan Kardec. O estudo é baseado na tradução feita por Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

A coleção do ano de 1864 pertence a uma série iniciada em janeiro de 1858 por Allan Kardec, que a dirigiu até 31 de março de 1869, quando desencarnou.

Cada parte do estudo, que é apresentado às quartas-feiras, compõe-se de:

a) questões preliminares;

b) texto para leitura.

As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

 

Questões preliminares

 

A. Como saber se um ensinamento dado por um Espírito é verdadeiro?

B. Uma pessoa cega pode servir de instrumento aos Espíritos?

C. A faculdade mediúnica pode constituir uma profissão?

 

Texto para leitura

 

53. Na sequência do artigo, Kardec examina a questão da evolução dos animais e afirma que nenhuma das teorias dadas até então pelos Espíritos possui um caráter bastante autêntico para ser aceita como verdade definitiva. (P. 68)

54. Só a concordância universal - explica Kardec - pode lhes dar a consagração, pois nisto se encontra o único e verdadeiro controle do ensino dos Espíritos. Um princípio, seja qual for, só adquire autenticidade pela universalidade do ensinamento, isto é, por instruções idênticas, dadas em todos os lugares, por médiuns estranhos uns aos outros, sem sofrer as mesmas influências, isentos de obsessões e assistidos por Espíritos esclarecidos. (P. 68)

55. Assim é que foram controladas as diversas partes da doutrina formulada no Livro dos Espíritos e no Livro dos Médiuns. Mas esse, declara Kardec, não era ainda o caso da questão dos animais. (P. 68)

56. Sem essa concordância, quem poderia estar seguro de ter a verdade? “A razão, a lógica, o raciocínio, sem dúvida, são os primeiros meios de controle a serem usados”, assevera o Codificador. E em muitos casos isto basta. “Mas quando se trata de um princípio importante, da emissão de uma ideia nova, seria presunção crer-se infalível na apreciação das coisas.” (P. 69)

57. Depois de examinar a questão do sofrimento dos animais e sua destruição mútua, fato que costuma chocar o analista em face da Providência, Kardec conclui nestes termos o seu artigo: “Ensina-nos o Espiritismo, e nos prova, que o sofrimento no homem é útil ao seu avanço moral. Quem nos diz que o dos animais não tem utilidade? que na sua esfera e conforme certa ordem de coisas, não seja causa de progresso?” (P. 70)

58. Examinando a questão da evolução dos Espíritos, Erasto ensina que a lei imutável dos mundos é o progresso ou o movimento para a frente, ou seja, todo Espírito que é criado está inevitavelmente submetido a essa grande e sublime lei da vida. “Só existe um ser perfeito e não pode existir senão um: Deus!”, acrescenta o instrutor espiritual. (P. 71)

59. A Revista refere um curioso exemplo de faculdade mediúnica aplicada ao desenho, verificada antes do advento do Espiritismo e mesmo antes das mesas girantes. A médium era uma religiosa cega, da aldeia de Saint-Laurent-sur-Sèvres. Explicando o fenômeno, Kardec diz que parece evidente, no caso, que a médium fosse dirigida pela segunda vista, isto é, ela via pelos olhos da alma, já que os olhos do corpo nada registravam. (PP. 72 a 75)

60. Referindo-se a uma senhora dotada de notável faculdade tiptológica e inteiramente devotada à causa do Espiritismo, Kardec aproveita o ensejo para explicar por que a faculdade mediúnica não pode constituir uma profissão ou ser objeto de comércio. (PP. 75 e 76)

61. Assevera, então, o Codificador:

I) A mediunidade não é um talento, e não existe senão pelo concurso de um terceiro. Se este se recusa, não há mais mediunidade; a aptidão pode existir, mas seu exercício estará anulado.

II) Um médium sem a assistência dos Espíritos é como um violinista sem violino.

III) Não é apenas contra a cupidez que os médiuns devem pôr-se em guarda.

IV) Há um perigo, de certo modo maior, pois a ele todos estão expostos: é o orgulho, que põe a perder um grande número.

V) O desinteresse material não tem proveito se não for acompanhado pelo mais completo desinteresse moral.

VI) Humildade, devotamento, desinteresse e abnegação são qualidades do médium amado pelos bons Espíritos. (PP. 76 e 77)

62. Kardec comenta a cura de uma jovem obtida por confrades da Sociedade Espírita de Marmande e o sermão pouco evangélico proferido pelo pároco daquela cidade, o qual se valeu de observações preconceituosas para desmerecer o trabalho dos espíritas, chamando-os de charlatães e palhaços. (PP. 80 e 81)

63. Lembrando que o pároco não acreditava na eficácia das preces em casos semelhantes, Kardec afirma: “Os espíritas creem na eficácia das preces pelos doentes e nas obsessões; oravam e curavam e nada cobravam; ainda mais, se os pais estivessem necessitados, teriam dado”. (P. 81)

64. Essas preces eram palhaçadas? Evidente que não, e se venceram é porque foram ouvidas. (P. 81)

65. A Revista transcreve, sem comentá-la, uma pastoral concernente ao Espiritismo, escrita pelo bispo de Strassburg, em que seu autor se vale da tese da ação demoníaca para explicar os fenômenos ditos espíritas. O demônio, segundo o bispo, oculta-se de todas as formas possíveis e as mesas girantes teriam sido artifícios criados por ele, para ludibriar as criaturas humanas. (PP. 82 a 84)

 

Respostas às questões propostas

 

A. Como saber se um ensinamento dado por um Espírito é verdadeiro?

Só a concordância universal - explica Kardec - pode lhe dar a consagração, pois nisto se encontra o único e verdadeiro controle do ensino dos Espíritos. Um princípio, seja qual for, só adquire autenticidade pela universalidade do ensinamento, isto é, por instruções idênticas, dadas em todos os lugares, por médiuns estranhos uns aos outros, sem sofrer as mesmas influências, isentos de obsessões e assistidos por Espíritos esclarecidos. Assim é que foram controladas as diversas partes da doutrina formulada no Livro dos Espíritos e no Livro dos Médiuns. Sem essa concordância, quem poderia estar seguro de ter a verdade? “A razão, a lógica, o raciocínio, sem dúvida, são os primeiros meios de controle a serem usados”, assevera o Codificador. E em muitos casos isto basta. “Mas quando se trata de um princípio importante, da emissão de uma ideia nova, seria presunção crer-se infalível na apreciação das coisas.” (Revista Espírita de 1864, pp. 68 e 69.)

B. Uma pessoa cega pode servir de instrumento aos Espíritos?

Sim. E a propósito disso a Revista referiu um curioso exemplo de faculdade mediúnica aplicada ao desenho. A médium era uma religiosa cega, da aldeia de Saint-Laurent-sur-Sèvres. Explicando o fenômeno, Kardec diz que parece evidente, no caso, que a médium fosse dirigida pela segunda vista, isto é, ela via pelos olhos da alma, já que os olhos do corpo nada registravam. (Obra citada, pp. 72 a 75.)

C. A faculdade mediúnica pode constituir uma profissão?

Não. Referindo-se a uma senhora dotada de notável faculdade tiptológica e inteiramente devotada à causa do Espiritismo, Kardec aproveitou o ensejo para explicar por que a faculdade mediúnica não pode constituir uma profissão ou ser objeto de comércio. Disse, então, o Codificador: A mediunidade não é um talento, e não existe senão pelo concurso de um terceiro. Se este se recusa, não há mais mediunidade; a aptidão pode existir, mas seu exercício estará anulado. Um médium sem a assistência dos Espíritos é como um violinista sem violino. (Obra citada, pp. 75 a 77.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 4 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/09/revista-espirita-de-1864-allan-kardec_01871568663.html

 

 

 


 

 

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terça-feira, 19 de setembro de 2023

 



A liberdade dos abençoados dias

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

 

Não há valor maior do que a liberdade, não para fazer o que quiser de maneira até irresponsável, mas para sentir o coração em paz, a consciência tranquila e, mesmo só, sentir-se feliz ‒ um dos grandes objetivos do espírito. Quando se alcança esse nível de consciência, então, encontrou-se também a felicidade. Há quem não seja capaz de ficar um segundo sem uma companhia alheia, pois a voz interna, imprescindivelmente, não poupa o seu próprio criador. A voz interna é a conexão com o Universo que tudo conhece antes mesmo de existir, quem dera ações já vividas.

Nem ouro, nem posição, nada de caráter terreno é possível negociar para alcançar a paz porque é característica adquirida e também o que define o estágio do espírito, ou no momento terreno, ou no plano real. Se não houver essa quietude particular, outras incalculáveis situações não terão o seu valor. E tudo é tão perfeito que não depende de outro ser para estar em paz visto que as próprias ações, palavras e sentimento é que construirão essa paz ou desestruturarão o próprio coração. Tudo depende de cada um.

A liberdade de ser realmente quem é, voar para onde quer, pousar onde deseja, admirar o horizonte, dormir tranquilo e também acordar assim, amar pessoas, apreciar a leitura de um livro escolhido, de fazer uma oração, de olhar para o céu e admirar a sua grandeza, de sorrir com a graciosidade das crianças e dos animais e com a beleza das flores, não desanimar com os desafios, conversar horas sobre determinado assunto e viver tantas ocasiões favoráveis só é possível quando há paz no coração.

Não há liberdade quando há preocupação, mágoa, revolta, dor ou qualquer sentimento negativo, pois quando se sente dessa forma o que mais acontece é a prisão com a outra pessoa e o ocorrido, uma vez que situações sempre envolvem pessoas.

Há maravilhas a viver em todas as horas do dia, mas o espírito necessita estar livre para percebê-las, ele precisa estar sensível e poder ouvir-se. E quando for possível essa liberdade, sem dúvida, o espírito se sentirá muito afortunado. A grande transformação não vem do exterior, mas sempre da interiorização ‒ ligada ao todo.

O coração livre ama e vive com tranquilidade, ampara e caminha com luz. Ele não sai a esmo buscando equivocadamente o que já existe no interior, ele compreende que só tem liberdade quem já conquistou a paz.

 

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