sábado, 30 de abril de 2016

Destaques da semana da revista “O Consolador”



Já está disponível na internet a edição 463, relativa ao dia 1º de maio de 2016, da revista O Consolador. Como a revista não mais envia aos leitores, por e-mail, os destaques semanais de suas edições, eles são postados neste blog sempre aos sábados, exatamente às 17 horas, como fazemos neste instante.
A seguir:

Destaques da edição 463

Eis o link que remete à edição deste domingo, dia 1º de maio, da revista O CONSOLADOR.

Cláudia Majdalani, de Salvador-BA, é a nossa entrevistada da semana.

José Passini, de Juiz de Fora-MG, analisa o livro “Trabalhadores da última hora”.

4.300 pessoas foram ouvir Divaldo Franco no 12º Seminário Beneficente do MAP – Rio.

“É preciso estar preparado para atender os que chegam” é o título do nosso editorial.

Saiba o que ocorre nesta semana no movimento espírita brasileiro.

Anote e acompanhe os eventos espíritas internacionais desta semana.

A obsessão pode, em determinada circunstância, apresentar um caráter epidêmico?

Quantas são as esferas espirituais que circundam a Terra?

As andorinhas têm alma? Se têm, para onde elas vão depois da morte?

O que fazemos dia a dia revela nossa posição no caminho evolutivo?

“As várias mortes em uma vida.” (Claudia Gelernter)

Emmanuel afirma que, na esfera espírita, apenas o exemplo guarda poder transformador.

Gebaldo José de Sousa: “Partida de Espíritos amados”.

Por que o processo de crescimento espiritual nem sempre é fácil?

Os destaques semanais da revista não são mais enviados por e-mail aos nossos leitores.

Leonardo Marmo: “A opinião de Herculano Pires sobre Emmanuel, André Luiz e Chico Xavier”.

Chico Xavier relata-nos um momento muito especial de sua vida.

“Nosso Lar.” (Marcos Paulo de Oliveira Santos)

Pode um cego ser dotado da faculdade da segunda vista e, desse modo, ver Espíritos?

“O primeiro capítulo” é o título de outro comovente relato feito pelo Irmão X.

Milton Medran Moreira: “O grande desafio do Espiritismo”.

“Os verdadeiros necessitados” – mais uma linda página escrita por Meimei.

Rogério Coelho: “O vértice mais importante do Espiritismo”.

Pergunta de um leitor: a palavra quebranto existe? que significa?

Se puder, traduza: “Ĉi tie, en ĉiu eldono, ni prezentas frazon el tiu verko”.

Rogério Miguez: “A reencarnação e a metempsicose”.

“Visão do cimo” é o título de lindo soneto de Amaral Ornellas.

“Nós precisamos do centro espírita, não o contrário...” (Wellington Balbo)



+++

Contos e crônicas



Miragens

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

O ser humano é ainda muito jovem, verdadeiro bebê espiritual. Apareceu na Terra há 6 milhões de anos, mas o que são seis milhões de anos para uma vida biológica surgida, no planeta, há 3,8 bilhões de anos? E, ainda mais, a Terra foi formada por Jeová há 4,5 bilhões de anos, mas somente de cinco mil anos para cá o homo sapiens começou a adorar as forças da natureza, criou os totens e iniciou aí a dança dos rituais, que continuou com o templo de Salomão e prosseguiu com as mesquitas e os atuais templos sagrados.
Estamos, porém, num eterno vai e vem espiritual. Inicialmente, adorávamos vários deuses. Então, os gregos e os romanos criaram o Olimpo e ali colocaram Vênus, Saturno, Júpiter e outros deuses, que se tornaram planetas modernamente.
Depois, surgiu Moisés e disse: “Há um só Deus, Jeová, o Deus dos hebreus”. Cristo, porém, esclareceu à samaritana: “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito em verdade” (Jo: 4: 24). Aparece o Espiritismo e afirma: nada existe no universo que não esteja nas leis naturais. Deus, espírito e matéria são os três elementos do universo (KARDEC, A. O livro dos espíritos, questão nº 27).
Segundo a mitologia grega, um semideus foi Hércules, que foi incumbido de realizar doze trabalhos, que mortal algum conseguiria concluir com êxito. O primeiro deles foi matar o leão que assustava a cidade de Nemeia. Hércules matou-o com as próprias mãos. Nisso, Sansão, personagem bíblico, não lhe ficou atrás. Também matou um jovem leão, rasgando-o de alto a baixo e realizou tarefas sobre-humanas, tal como Hércules.
Não vou entrar em detalhes sobre os mil filisteus mortos por Sansão, usando como arma apenas a queixada de um jumento, e nem direi sobre a tribo de mulheres guerreiras, com arcos e flechas, exterminadas por Hércules. Também não vou relatar sobre as trezentas raposas que Sansão capturou, amarrou cauda a cauda, prendeu um tição ali e tocou fogo, lançando-as contra a seara dos filisteus para destruí-la. Tampouco direi sobre o trabalho realizado por Hércules com o desvio de dois rios para limparem os estábulos do rei Áugias, de três mil bois, que não eram limpos há trinta anos.
Tudo isso teria ocorrido de verdade! De uns cinco mil anos para cá, segundo relatos da mitologia grega e da bíblia sagrada. Talvez por isso mesmo é que o doutor em História Yuval Noah Harari (Sapiens: uma breve história de humanidade, L&PM) tenha chegado à conclusão de que o homo sapiens, atual ser humano, é movido pela imaginação e, desse modo, vem dominando todos os seres vivos ou não nos últimos 200.000 anos.
Mas somente há cerca de 70.000 anos para cá é que começamos a devastar a Terra. Primeiro, naquela época, criamos a linguagem ficcional; depois, há apenas 12.000 anos, fizemos a revolução agrícola, e, de caçadores-coletores, passamos a ser agricultores e pecuaristas, alimentando-nos com milhões de animais e adotando outros.
Apenas de cinco mil anos para cá, passamos a cultuar os deuses, observando os fenômenos da natureza, que acabaram por dar origem à mitologia. Em seguida, há cerca de 2,5 mil anos, inventamos a moeda, que tem sido a causa da ruína de milhões de outros homo sapiens. Conquistamos a América e os oceanos, há 500 anos e fizemos a revolução Industrial há apenas dois séculos. Com isso, temos extinguindo em massa as plantas e os animais.
A principal conquista, porém, o ser humano ainda não fez: a do autoconhecimento.
Desse modo, entre idas e vindas, entre o bem e o mal, o homem caminha, sofrendo os efeitos da lei de ação e reação, até que perceba que, somente vencendo a maldade, fruto da ignorância espiritual, poderá ambicionar voos mais altos do espírito.
Nosso destino divino, entretanto, é o de alcançarmos a felicidade plena, quando nos conscientizarmos de que a evolução é a nossa eterna meta. Portanto, trabalhando incessantemente no bem e superando a influência da matéria, é que venceremos o mal, razão de nossa infelicidade.
Ainda vivemos abraçados a miragens, e o homem, por não ver a própria alma, acredita que tudo o que idealiza e faz é mero produto de sua imaginação. Por isso dizia o Cristo: “São cegos a guiar cegos”. Eis por que proponho ao leitor amigo refletir sobre o poema de Joteli:

Miragens

(autor: Jorge Leite de Oliveira, vulgo, Joteli)

Eu tenho estranho ser dentro de mim
Que tenta me extinguir na tentação
E quer a minha queda, quer meu fim
E o meu refúgio é apenas a oração.

No entanto, às vezes sinto-me tão frágil,
Tão sem vigor e inseguro, tão
Desamparado e sem apanágio
Que me sinto tomado de aflição.

Ó Ser esdrúxulo, ó Titã soez
Por que não me deixas a sós de vez
Com minhas lutas seculares, santas
Em direção aos paramos da paz?

Mas o meu ser, que sem resposta jaz,
Vaga em viragens por miragens tantas.





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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Correio mediúnico



Itens da fraternidade em Jesus

Bezerra de Menezes


Filhos, o Senhor nos abençoe!
O trabalho de conscientização em Cristo é serviço pioneiro no plano físico, porquanto relaciona atividades, ou melhor, as atividades fundamentais do Espírito desencarnado quando se reconhece defrontado pela grandeza da vida, perante o mais além.
O tempo é o principal fator de aferição de quaisquer aquisições que se façam nesse terreno, de vez que o tempo é o agente silencioso que preside o crescimento, a evolução e a maturação das sementes de renovação do mundo interior de cada um de nós, para que nossos recursos se descerrem plenamente ao sol do trabalho para o engrandecimento da vida em nós e fora de nós.
Em vista do exposto, comecemos por apresentar as figurações ou ideias-sínteses, destinadas a acordar as nossas consciências à plena luz da imortalidade.
Enumeraremos algumas dessas indicações básicas para nosso aproveitamento:
01 - Em toda questão difícil, indagar de nós mesmos o que faria Jesus em nosso lugar.
02 - Aceitar-nos por parte da família universal de Deus, na mesma moradia terrestre, moradia que permanece integrada no Plano Cósmico, à maneira de um conjunto residencial, renteando com inúmeros outros na Criação Divina.
03 - Cada criatura é um mundo por si, com leis e movimentos próprios, que nem sempre se harmonizam com os nossos.
04 - Ser-nos-á obrigação clara e simples aceitar os outros tais quais são, tanto quanto desejamos ser aceitos como somos, ante a consideração alheia.
05 - Reconheçamos a verdade de que todo bem e todo mal de que nos façamos autores para os que nos cercam apresentarão, hoje, amanhã ou depois de amanhã, o somatório das bênçãos ou dos males de que tenhamos sido a causa.
06 - Atendendo-se à realidade de que somos psicologicamente diferenciados no campo geral da existência, respeitar sempre as necessidades ou os problemas do próximo, já que, por enquanto, não conseguimos desvencilharmo-nos dos nossos, no sentido imediato dessas palavras.
07 - Cada qual de nós neste justo momento está no melhor lugar, na melhor posição, na melhor tarefa e com os melhores companheiros que sejamos capazes de usufruir com o necessário proveito.
08 - As condições do berço e da família, do grupo social e dos compromissos que venhamos a assumir com outra pessoa ou com outras pessoas são áreas de dever a cumprir que não nos será lícito esquecer ou menosprezar sem danos para nós mesmos.
09 - Admitirmos sem discussão o imperativo de tolerância para com os outros, tanto quanto precisamos ou desejamos ser tolerados em nossa estrada comum.
10 - O trabalho, seja na condição de atividade profissional ou na prestação de serviço desinteressado aos nossos irmãos do caminho diário, é a nossa escola permanente, de cujos ensinamentos não nos será lícito desertar.
11 - Desculpar quaisquer ofensor de que nos julguemos vítimas, esquecendo esse ou aquele atrito que nos tenha colhido em más regiões de influência, com absoluto esquecimento dos desajustes havidos, para que a espontaneidade na prática do bem, seja em nós ou fora de nós, não sofra qualquer prejuízo.
12 - Entendendo-se que cada criatura se encontra no lugar que lhe é próprio, não nos permitirmos apreciações apressadas ou errôneas em torno dessa ou daquela pessoa.
13 - Abolir a queixa da conversação, na certeza de que se, porventura, tivermos alguma razão para essa ou aquela reclamação quanto aos outros, é possível que aqueles de quem nos queixamos talvez possuam motivos mais fortes para se queixarem de nós.
14 - Ajustar-se à família à maneira do ouro entregue ao cadinho, para que se lhe promova a purificação.
15 - Regozijarmo-nos com o progresso alheio, na convicção de que o êxito nos visitará igualmente, na medida em que nos esforcemos por obtê-lo.
16 - Nunca olvidarmos, em matéria de afeição, que a renúncia a quaisquer alegrias decorrentes de conjunções prematuras será sempre superior a qualquer vitória passageira nos domínios da posse.
17 - Fixar o lado melhor das pessoas e dos acontecimentos, para que o lado sombrio desapareça naturalmente.
18 - Rejubilarmo-nos com aquilo que tenhamos ao nosso dispor, sem preocupação por obter o que talvez quiséssemos.
19 - Saber sorrir tanto nas horas de contentamento, quanto naquelas outras em que as inquietações estejam conosco.
20 - Abstermo-nos de gastar com a irritação o tempo e os recursos da vida com reações desnecessárias e incompatíveis com o nosso dever de acompanhar o Divino Mestre.
21 - Não desconhecer que, muitas vezes, contra nós próprios, ser-nos-á necessário ouvir as opiniões de companheiros e acatá-las, considerando o benefício geral e não os nossos próprios interesses pessoais que nos cabe sofrear, para que a felicidade dos outros nos favoreça com a alegria de ver os outros felizes e abrindo, com isso, novas estradas no campo íntimo que nos visem a melhoria e a paz, a compreensão e o bom ânimo.
22 - Habituarmo-nos a enxergar nos companheiros de experiência terrestre a parte melhor que apresentem, a fim de que nenhum deles perca o incentivo de agir e servir, trazendo a quota de seus esforços no bem para a felicidade do grupo a que nos vinculamos. 23 - Auxiliar para o bem geral em todo tempo, mas escolher o tempo adequado para tratar dos problemas difíceis e dos casos graves com os irmãos neles envolvidos.
24 - Exerçamos a paciência sem limites.
25 - Aceitar o amor que Jesus nos ensinou e nos legou por esquema a ser cumprido nas menores ocorrências do nosso campo de ação.
26 - Começar de nós mesmos o serviço de conscientização, transferindo-o em seguida às pessoas que nos sejam particularmente queridas e, logo após, transmiti-lo aos grupos humanos em geral.
Estes são alguns dos itens que, em outra ocasião, ser-nos-á possível desenvolver em nosso próprio benefício.
Que o Senhor nos ampare e nos abençoe sempre são os votos reconhecidos.

Do livro União em Jesus, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.




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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Pérolas literárias (148)



Atende a Jesus 

Casimiro Cunha



Todo apelo da verdade,

Do amor, da consolação,

É Jesus que te procura

À porta do coração.



Já pensaste? A mão do Mestre

Que te alivia e te acalma

Custou muito a despertar

O íntimo de tua alma.



Muita vez, foi necessário

Que visses miséria e dor,

A fim de experimentares

Os bens de Nosso Senhor.



Atende à voz de Jesus.

Condição? Trabalho? Idade?

Nada empana, sobre a Terra,

A luz da boa vontade.



Busca vibrar no Evangelho,

Reforma-te, sem alarde.

Atende agora. Amanhã

Talvez seja muito tarde.

  


Do livro Cartas do Evangelho, obra ditada por Espíritos Diversos, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier. 




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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Pílulas gramaticais (202)


Da lista dos erros mais frequentes que são cometidos no uso do idioma português, eis mais cinco exemplos:

“Vou consigo.”
O correto: Vou contigo ou vou com você.
A explicação: diferentemente do que ocorre em Portugal, em nosso país o pronome “consigo” só é usado com valor reflexivo, ou seja, quando o complemento verbal se refere ao próprio sujeito: Pensou consigo mesmo. Irritou-se consigo. De vez em quando ele sai falando consigo mesmo. Ele levou consigo os pertences.

 “Já é 3 horas.”
O correto: Já são 3 horas.
A explicação: as horas e demais palavras que definem o tempo variam normalmente: São agora 9 horas. Já são 7 da manhã. Já é 1 hora. Agora é meio-dia.

“Dado os índices das pesquisas.”
O correto: Dados os índices das pesquisas.
A explicação: a concordância em casos assim é normal: Dadas as condições expostas, decidimos. Dado o resultado, ele se demitiu. Dadas as suas ideias...

“Ela ficou sobre a mira do assaltante.”
O correto: Ela ficou sob a mira do assaltante.
A explicação: a preposição “sob” é que significa debaixo de, por baixo de: Ele se escondeu sob a cama. É triste viver sob o teto alheio.

“Ao meu ver, não existe perigo.”
O correto: A meu ver, não existe perigo.
A explicação: não cabe usar o artigo “o” nas expressões a meu ver, a seu ver, a nosso ver.

*

Afrodescendente não tem hífen. E afro-brasileiro, afro-americano, afro-baiano?
Conforme as normas em vigor, formas adjetivas formadas com as palavras afro, luso, euro, anglo e latino não se ligam por hífen: afrodescendente, eurocêntrico, lusofobia, eurocomunista.
Se nelas, contudo, houver a presença de adjetivos pátrios, usa-se o hífen: afro-americano, latino-americano, indo-europeu, ítalo-brasileira, anglo-saxão, afro-baiano e afro-brasileiro.
Adjetivo pátrio é o que se refere a continente, país, região, estado, cidade, província, vila ou povoado.




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terça-feira, 26 de abril de 2016

Contos e crônicas


Enquanto os pássaros azuis não vêm

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Nem tudo é como se deseja. Nem sempre se ouve o que se espera. Nem a maneira cordial está presente nas atitudes, aliás, a cordialidade é pouco corriqueira nos dias de hoje. Nem há, muitas vezes, o reconhecimento dos fatos positivos comprovados. Nem se podem admirar os pássaros azuis nas tardes de outono certos dias, às vezes, os azuis estão tristes nos ninhos. Nem sempre se pode viver como simplesmente se deseja. Algumas vezes, o coração estremece não só por amar, mas porque ele se sente como os pássaros azuis.
E a insensibilidade alheia é notável e a desconsideração é sua companheira. E esses olhos agem como se nada houvesse acontecido e os outros olhos que os observam se enchem de lágrimas que, aos poucos, se transformam em energia para realizar o contrário de tudo que sofreram. Então, esse brilho se transforma em força, alegria e desejos já quase realizados. Esse brilho reflete a sabedoria. E o céu começa a ficar azul como os pássaros e o raio de sol, mais quentinho. Estes olhos só querem ver um caminho frutífero e aproveitar todas as oportunidades, as de cores primárias e as pintadas de cinza sem cor.
Os atos inapropriados e insensatos bastam uma só vez, por serem tão primitivos não devem ser retribuídos aos seus criadores, ao passo que a atitude cortês, respeitosa, leal e bondosa precisa ser atualizada e ser essência nos presentes dias. A bondade é maravilhosa.
Talvez quem fere é por ainda não ter aprendido a não ferir e ainda a ser ferido. Sim, sabe-se que cada coração conquistará a sua paz, compreende-se também que cada coração sabe de si e que cada um responderá por sua atitude, palavra, sentimento. Portanto, todo bom exemplo deve ser copiado e todo exemplo incorreto e desaconselhável deve ser identificado e repelido; é necessário que se entenda o prejuízo que ele causa.
Se já se sabe o que é bom na vida, esforçar-se para, na maior parte dos dias, poder realizá-lo sem se importar se os envolvidos são de exemplares atitudes ou tristes palavras.
A sabedoria consiste no aproveitamento das possibilidades e oportunidades apresentadas da maneira como são, pois assim é sabedoria. Quando o propósito é o crescimento, a linda flor ou a pedra cinza são meios para a ascensão. Sem dúvida, o nosso jardim será tão mais aprazível se possuírem mais flores que pedras cinza, logo, nossa escolha terá sido a melhor, mas sem depender do que nos é apresentado. Cada escolha, sua própria colheita.
E quando a cordialidade, a bondade, o sensível ato e o respeito forem presenciados em maior número nos simples momentos, os ninhos estarão cada vez mais vazios, pois os pássaros azuis contornarão adoráveis desenhos no céu e eles estarão muito felizes colorindo a vida.
O que importa não é como a oportunidade vem, o que importa é o surgimento da ocasião para o bem sempre.
E assim cada vez mais os pássaros azuis estarão alegres e livres voando pelo infinito, pois as palavras serão mais doces, as atitudes mais bondosas e os olhos conterão mais amor.

Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/





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segunda-feira, 25 de abril de 2016

As mais lindas canções que ouvi (187)


Ave-maria no morro

Herivelto Martins


Barracão de zinco
Sem telhado, sem pintura,
Lá no morro,
Barracão é bangalô.

Lá não existe
Felicidade de arranha-céu,
Pois quem mora lá no morro
Já vive pertinho do céu...

Tem alvorada, tem passarada,
Alvorecer,
Sinfonia de pardais
Anunciando o anoitecer.

E o morro inteiro no fim do dia
Reza uma prece, ave-maria.
E o morro inteiro no fim do dia
Reza uma prece, ave-maria.

Ave Maria!
Ave...
E quando o morro escurece
Eleva a Deus uma prece,
Ave-maria!


Você pode ouvir a canção acima, na voz dos intérpretes abaixo, clicando nos links citados:
Ângela Maria e Agnaldo Rayol - https://www.youtube.com/watch?v=FOeQID57mrg



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domingo, 24 de abril de 2016

Reflexões à luz do Espiritismo




As imperfeições morais é que dão acesso aos maus Espíritos

Que o planeta Terra é constituído, em grande parte, de Espíritos moralmente bastante atrasados, eis um fato que poucas pessoas ignoram. Não admira, portanto, ver por toda a parte sinais dessa inferioridade, tanto no hemisfério norte quanto no hemisfério sul, não importa a filosofia religiosa cultivada por esse ou aquele povo.
Como consequência dessa inferioridade moral, são muito numerosos os Espíritos inferiores que habitam o plano espiritual, que é uma espécie de reflexo do que se verifica no plano corpóreo, este em que vivemos. A ação desses Espíritos, capaz de influenciar nossos pensamentos e nossos atos, constitui, pois, parte integrante das dificuldades enfrentadas pela Humanidade terrena. 
Um dos resultados dessa ação negativa é a obsessão, definida pelo Espiritismo como sendo o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Em seu livro A Gênese, Allan Kardec a conceitua como a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo.  Essa ação – explica o Codificador do Espiritismo – pode variar desde uma simples influência moral até a perturbação completa do organismo.
As faculdades mediúnicas – não é difícil entender – tornam-se bastante prejudicadas pela obsessão, visto que os chamados obsessores, criaturas notoriamente de natureza inferior, não são movidos por sentimentos nobres e podem levar as pessoas por eles dominadas à realização de atos que elas normalmente não praticariam.
Em um processo obsessivo os Espíritos agem, inicialmente, de maneira sutil, com que buscam interferir de modo gradativo na mente do encarnado, atingindo, em dado tempo, situações extremas de completo domínio. A ação do obsessor pode ser reconhecida, no início, como uma força psíquica a interferir nos processos mentais, uma vontade dominada por outra vontade, ou uma inquietação crescente sem motivo aparente.
Da mesma forma pela qual as enfermidades orgânicas se instalam onde existe carência nos mecanismos de defesa, a obsessão manifesta-se nas mentes cujas imperfeições morais e atitudes do pretérito e do presente deixaram marcas profundas no Espírito. 
Alguns vícios, contudo, devem ser alinhados entre os fatores que favorecem a obsessão, por se constituírem em dano para o corpo e para a mente.
O alcoolismo, o uso das chamadas drogas ilícitas, a sexualidade desequilibrada, a glutoneria, a maledicência, a ira, o ciúme, a inveja, a avareza, o egoísmo, eis fatores que concorrem, sem dúvida, para a instalação ou o agravamento do processo.
O alcoolismo, pelas consequências orgânicas, morais e sociais que acarreta, é veículo de processos obsessivos cruéis, bem como do vampirismo, do qual podem derivar sérias lesões na organização fisiopsíquica do encarnado.
As drogas ilícitas, por atuarem no sistema nervoso, permitem o ressurgimento de impressões do pretérito, as quais, misturadas às frustrações do presente, desequilibram a emotividade, oferecendo vasto campo de atuação para os desencarnados em desespero emocional. 
A sexualidade desequilibrada permite a sintonia com consciências desencarnadas que vivem em indescritível aflição e que se hospedam nas mentes encarnadas, absorvendo energias vitais e gerando obsessões degradantes.
A glutoneria, a maledicência, a ira, o ciúme, a inveja, a avareza e o egoísmo são igualmente – como todas as imperfeições morais – estradas de acesso para Espíritos de natureza inferior que, num processo de sintonia, se alimentam de nossas imperfeições, influenciando nossos pensamentos e nossas ações.
A conclusão de tudo isso é evidente: não sendo combatidas ou neutralizadas, essas influências tornar-se-ão cada vez mais persistentes, podendo constituir-se em um processo obsessivo cruel e progressivo, capaz de levar o indivíduo até mesmo à loucura.


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