terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Contos e crônicas


Estamos prontos para a partida?

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Se nosso momento chegar daqui a alguns minutinhos e tivermos esse curto tempo para uma análise, estaremos mais em paz ou mais aflitos?
Então, uma pergunta importantíssima que deveríamos, com muita atenção, avaliar: Estamos prontos para a partida?
Creio que não, pois há tantos inícios e bem poucas conclusões; também há muitas retificações a serem efetuadas. Há mais obrigados a serem ditos e mais gratidão a ser manifestada. Há a valorização pela vida a ser reconhecida, há o amor a ser mais vivido; o carinho, a paz, o respeito, a caridade, a doçura, a bondade, a singeleza a serem sentidos e realizados.
Há também a responsabilidade consigo, com a família, com a sociedade; há sempre o melhor a ser feito; há a desculpa a ser pedida e a falha a ser desculpada. Há muitos gestos a serem realizados e tantos outros, refeitos para harmonizarem a caminhada. Somos eternidade e não engano, dor arrependimento, tristeza; estes são apenas condição na aprendizagem da vida. Lembremos sempre.
O sentimento de paz no coração é um indício de que este está pronto para a partida, e isso não quer dizer que seja a hora, ele está em paz com sua conduta, é o estado almejado pelo espírito. Quanto mais a paz se verifica, mais próximos os passos estão do caminho certo e as atitudes, ajustadas. Assim, como se ouve de sábios antigos e atuais, que a melhor maneira de saber se se está trilhando uma estrada boa e fértil é observar a conduta realizada e se gostaria de recebê-la na vida.
Quando houver o despertamento no plano real acompanhado da compreensão do tanto que mais de benéfico poderia ter-se realizado e tanto menos deveria ter-se complicado, somente a bondade do Pai poderá conferir consolo ao coração. No entanto, aqui ainda estamos e podemos melhorar todas as nossas condições para quando chegar o momento da partida, aceitarmo-lo com a naturalidade e a alegria do verdadeiro retorno ao lar. E a análise pode-se iniciar agora mesmo para quanto antes refazer os atos equivocados e aprimorar os futuros caminhos com maior felicidade.
Penso que a partir do discernimento entre propósitos relevantes dos insignificantes muito se poderá conquistar, pois há situações desprezíveis que ganham notoriedade e desgastam a boa energia dificultando e atrasando as verdadeiras realizações. Dar importância a algo realmente importante, sem dúvida, é progresso. E comumente devemos observar o que estamos fazendo, pensando e sentindo, visto que o acerto no comportamento é o começo para a ocasião da partida em paz.
O ato correto inicia-se no próprio coração e segue para o grupo familiar respeitando e amparando os que partilham do desenvolvimento. Tudo o que é bom deve ser sentido primeiro pelo próprio ser e, igualmente, estendendo-se para a família, amigos e para o convívio comum. Todos os deveres são degraus para a conquista dos direitos. A exigência deve ser muda perante a responsabilidade, pois exigir antes sem o cumprimento do dever, de fato, não é respeitável prática, aliás, quando se trabalha com amor não há tempo nem interesse para reivindicações. 
E estaremos prontos para a partida quando em nosso coração sentirmos a leveza e a felicidade pelo nosso melhor realizado e, assim, como num fim de tarde em que podemos sentir ainda o aconchego do calor do sol e ver a linda paisagem do campo verde e florido, a nossa alma, naturalmente, em paz, poder voltar para o local mais apreciado na vida: o verdadeiro lar.
Então, que a partir de agora nos preparemos com mais amor para a partida.
Depende apenas do desejo do nosso coração.

   
Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/





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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

As mais lindas canções que ouvi (231)


Lembranças

Raul Sampaio e Benil Santos


Lembro um olhar, lembro um lugar, 
teu vulto amado...
Lembro um sorriso e o paraíso 
que tive ao teu lado.
Lembro a saudade que hoje 
invade os dias meus.
Para o meu mal, lembro afinal 
um triste adeus...

Sou agora, no mar desta vida, 
um barco a vagar.
Onde está teu olhar, onde está 
teu sorriso e aquele lugar?
Eu devia sorrir, eu devia, para 
o meu padecer ocultar,
Mas diante de tantas lembranças 
me ponho a chorar...

Lembro um olhar, lembro um lugar, 
teu vulto amado...
Lembro um sorriso e o paraíso 
que tive ao teu lado.
Lembro a saudade que hoje 
invade os dias meus.
Para o meu mal, lembro afinal 
um triste adeus...

Sou agora, no mar desta vida, 
um barco a vagar.
Onde está teu olhar, onde está
 teu sorriso e aquele lugar?
Eu devia sorrir, eu devia, para 
o meu padecer ocultar,
Mas diante de tantas lembranças 
me ponho a chorar...



As cifras desta música você encontra em:




Você pode ouvir a canção acima, na voz dos intérpretes abaixo, clicando no link indicado:
Nelson Gonçalves e Martinho da Vila- https://www.youtube.com/watch?v=wmF4bd-XGmg





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domingo, 26 de fevereiro de 2017

Reflexões à luz do Espiritismo


Por que é um equívoco a liberação dos bingos e dos cassinos?

Em um país em crise, com tantos problemas a resolver, só faltava isto: a liberação no Brasil dos jogos de azar, dos bingos e dos cassinos.
O tema deve entrar a qualquer momento na pauta do Congresso Nacional, evidenciando claramente que os dirigentes da nação ignoram ou minimizam o dano que o jogo de azar é capaz de causar à sociedade. Os partidários da ideia entendem que a liberação de bingos e cassinos seria benéfica porque aumentaria a arrecadação de impostos e contribuiria, ao mesmo tempo, para a geração de empregos.
Nada mais equivocado!
Como advertiu Paulo de Tarso em conhecida epístola, tudo na vida nos é lícito, mas nem tudo nos convém.
O jogo de azar gera uma série de efeitos negativos, tanto naqueles que costumam ser contemplados com a chamada sorte no jogo, como naqueles que despendem nessa prática recursos vultosos desviados do orçamento doméstico, fato que chega, em muitos casos, a levá-los à ruína econômica e financeira.
Algum tempo atrás, um amigo de lides espíritas atendeu um colega que lhe solicitou ajuda. “Ajuda para quê?” – perguntou o amigo. Ajuda para livrar-se da tentação de jogar, algo de que ele pensava estar livre, mas que voltava com toda a força, embora o vício do jogo o tenha levado, no passado, a perder tudo o que tinha, inclusive a própria casa.
Aos dotados da sorte no jogo, se é que podemos chamar isso de sorte, o jogo passa a ideia de que é melhor jogar do que trabalhar, incentivando assim a indolência e a indisposição para a prática de uma atividade honesta.
Aos chamados azarados, o jogo de azar pode trazer a ruína, não somente em termos econômicos e financeiros, mas a ruína moral, com todas as consequências que esse fato é capaz de causar no seio de uma família.
Quando praticado sem interesse financeiro e como singelo entretenimento, o jogo não é intrinsecamente mau. Mas ninguém pode ignorar seu potencial viciante, fato que levou a Organização Mundial de Saúde, em 1992, a incluir os jogos de azar na lista oficial de doenças, visto que o vício de jogar causa a degradação moral do cidadão, que se torna escravo de uma situação da qual é, muitas vezes, incapaz de sair. O jogador compulsivo, segundo entendimento dos especialistas, não destrói apenas a pessoa que joga, mas causa frequentemente prejuízos de toda ordem à sua família, freando, por incontáveis vezes, o desenvolvimento de crianças e jovens. Não é difícil, pois, compreender que os malefícios do vício no jogo têm impacto, em última análise, em toda a sociedade.
Eis, segundo nota publicada no website Brasil sem Azar - http://brasilsemazar.com.br/12-coisas-sobre-jogos-de-azar/ - doze razões por que semelhante ideia não deve prosperar em nosso país:
1. O mercado da jogatina é extremamente propício para a lavagem de dinheiro. A possibilidade de uso de recursos financeiros, seja em bingos, cassino ou jogo do bicho, facilita que criminosos, na posição de clientes, possam transformar dinheiro sujo em verbas legais.
2. Além de envolver a lavagem de dinheiro, o mercado dos cassinos também favorece os crimes de corrupção e sonegação fiscal, já que os recursos obtidos pelo jogo só favorecem a agentes públicos envolvidos diretamente com esse mercado financeiro.
3. O Brasil não tem estrutura adequada para amenizar os riscos da atividade ilegal e realizar seu efetivo controle, de acordo com alguns órgãos estatais como a COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e a Receita Federal.
4. Problemas relacionados aos jogos de azar atingem cerca de 8% a 10% da população brasileira em potencial. Parte dela já sofre algum tipo de patologia por conta do jogo.
5. O jogo pode facilmente mudar de uma simples brincadeira para um problema mais sério. Quando se torna um problema, ele é chamado de “Ludomania”.
6. Dentre os problemas relacionados se encontra o vício compulsivo. Isso acontece devido a uma desordem de controle de impulso, quando os jogadores não apresentam controle psicológico no momento de realizar um jogo.
7. A atividade cerebral é a mesma da cocaína, dizem cientistas da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, que fizeram um experimento com ressonância magnética em pessoas viciadas em jogo e pessoas que utilizaram cocaína.
8. Em 1992, a Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou o jogo compulsivo no Código Internacional de Doenças, ao lado da dependência do álcool, da cocaína e de outras drogas.
9. Com o vício, outra grande consequência diz respeito às dificuldades financeiras nas famílias envolvidas diretamente com um indivíduo viciado. Endividamento, contas atrasadas, pedidos constantes de dinheiro emprestado, roubo de objetos da casa e imóveis penhorados estão dentre os casos mais comuns decorrentes da perda de dinheiro.
10. As consequências do jogo contínuo e ininterrupto podem também incluir desgastes físicos como úlceras nervosas, enxaquecas e ataques cardíacos.
11. Com os inúmeros problemas acumulados pela dificuldade financeira e desequilíbrio psicológico, surge a depressão. Em alguns casos, o suicídio pode ser a consequência.
12. O jogo compulsivo é uma doença comportamental e o viciado necessita de uma intervenção rigorosa da família. Para tal, é necessário tratamento especializado,  com apoio, inclusive, da psicoterapia.
Seria, assim, de todo conveniente que o pretendido projeto não prosperasse, para o bem da sociedade brasileira, sufocada em uma crise política e moral sem precedentes, agravada pela corrupção, pela inflação, pela recessão e pelo desemprego, com todas as suas nefastas consequências.



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sábado, 25 de fevereiro de 2017

Destaques da semana da revista “O Consolador”




Encontra-se desde já disponível na Web a edição semanal da revista O Consolador, cujos destaques vão abaixo relacionados, seguidos dos respectivos links:

Destaques da edição 505

Já está disponível na Web a edição deste domingo da revista O CONSOLADOR.
O médico psiquiatra Leonardo Machado, de Recife (PE), é o nosso entrevistado.
O Especial desta edição tem por título “Microcefalia e Aborto: a ligação do Espírito”. http://www.oconsolador.com.br/ano10/505/especial.html
Num dia como hoje, nasceu em 1802 em Besançon, França, o genial Victor-Marie Hugo.
“Uma vida sem reflexão é uma vida sem vitalidade” é o título do nosso editorial.
Os refugiados de hoje procedem de países que foram no passado explorados? Por quem?
Saiba o que ocorre nesta semana no movimento espírita brasileiro.
Anote e acompanhe os eventos espíritas internacionais da semana.
É lento ou rápido o desprendimento da alma depois da morte do corpo?
Em vez de criticar as pessoas, que recomendação faz André Luiz?
Como é o clima no além-túmulo? É possível desfrutar ali de um banho de sol?
“O encanto do poeta” – de Christina Nunes.
“Não vim trazer a paz, mas a espada" - disse-nos o Senhor. Emmanuel explica.
“Desafio: livros que educam almas” – de Elsa Rossi.
Quanto ao tema imortalidade, qual é o melhor método de investigação? 
No conto “Papai rico” Irmão X fala-nos sobre a experiência de Cantídio Pereira.
“Jesus, os pecadores e os fariseus” – de Felinto Elízio Duarte Campelo.
“Lilica e o desconhecido” – outra linda história contada por Meimei.
“Evolução moral” – de Hélio Parron Ferrara.
É certo dizer que o sexo é, em muitos casos, instrumento de alucinação?
Orar não é falar e mover os lábios, indefinidamente! (Chico Xavier)
“O amor socorre” – de Jane Martins Vilela.
Conheça a interessante experiência de comunicar-se sem falar.
“A religião dos ateus” – de Marcelo Damasceno do Vale.
“Quem se julga mais que seu irmão é insensato” (São Luís).
Você sabe que significa a frase “vestir timão”?
“O rapaz da prancheta” – de Marcus Braga.
“Conversa em casa” – mais um lindo poema de Casimiro Cunha.
“Como Kardec recomendou” – de Orson Peter Carrara.




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Contos e crônicas


Cuidado com a escola de seu filho

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Amigo leitor, hoje vou falar-lhe de um assunto pueril, mas nem por isso menos importante: a educação de nossas crianças. É preciso cuidado com a escolha da escola de seu filho neste tempo de transição por que passa o orbe terreno.
Infelizmente, as ideias materialistas vêm tomando conta de nossas escolas e programas eletrônicos, quando estes não se valem da carência e ignorância popular para explorá-la financeiramente, vendendo um lugar no céu. Assim agem religiosos inescrupulosos, supostos representantes divinos, que desejam mesmo é o paraíso na Terra à custa das pessoas bem-intencionadas, mas mal-informadas.
Desde o século XIX, na defesa de suas teorias, os adeptos da existência única se esforçam em impor suas crenças nas escolas, a começar dos professores que aderem à negação de Deus e da imortalidade da alma humana. O materialismo não somente vem grassando entre acadêmicos. Muitos religiosos por conveniência aderem a essa negação da espiritualidade, embora um número cada vez maior de cientistas venha convencendo-se da realidade da alma e sua sobrevivência à decomposição da matéria corporal.
Os adeptos das filosofias niilistas e materialistas afirmam taxativamente que a moral religiosa está ultrapassada. Dizem que a instituição da família é bobagem e instigam os pais e responsáveis a educarem as crianças com base nas tendências inatas destas. Tudo isso, desde o nascimento do ser humano, quando este não faz a mínima distinção entre o bem e o mal, o certo e o errado.
Programas pornográficos são vistos facilmente em diversos canais de TV pelas crianças. Jogos violentos estimulam-nas à agressividade, sites e blogs aliciadores da mente infantil, com promessas de entretenimentos excitantes, são facilmente acessados por qualquer um. Cabe aos pais e responsáveis uma vigilância permanente, não somente no lar, mas nos programas oferecidos pelas escolas e outros ambientes em que sua criança esteja presente.
Contribuindo conosco para que essas nefastas doutrinas não contaminem a educação familiar e a estrutura social, o espírito Emmanuel esclarece-nos que “Não basta alimentar minúsculas bocas famintas ou agasalhar corpinhos enregelados. É imprescindível o abrigo moral que assegure ao espírito renascente o clima de trabalho necessário à sua sublimação” (In: XAVIER, F. C. Fonte viva. Brasília: FEB, 2005, cap. 157).
Esse sábio amigo de Allan Kardec alerta os pais de que não é suficiente assegurar à sua prole o bem-estar material, é preciso também garantir-lhe a saúde da alma. E esta, em todas as épocas da humanidade, não prescinde da educação espiritual. Continua Emmanuel:

A vadiagem na rua fabrica delinquentes que acabam situados no cárcere ou no hospício, mas o relaxamento espiritual no reduto doméstico gera demônios sociais de perversidade e loucura que, em muitas ocasiões, amparados pelo dinheiro ou pelos postos de evidência, atravessam largas faixas do século, espalhando miséria e sofrimento, sombra e ruína, com deplorável impunidade à frente da justiça terrestre (op. cit.).

Se, como disse Machado, “A ocasião não faz o ladrão, só o revela; o ladrão já nasce feito”, a boa formação moral, desde o berço, no lar, até os bancos escolares, é fundamental para corrigir as más tendências da criança e formar um futuro bom cidadão. Por isso, prossegue o guia espiritual de Chico Xavier: “Não desprezes, pois, a criança, entregando-a aos impulsos de natureza animalizada” (id.).
Em seguida, após lembrar-nos que a educação e reeducação é um processo que envolve todos nós ante a grandiosidade de Jesus Cristo, acrescenta a famosa frase atribuída a Jesus, quando tentado no deserto: “Nem só de pão vive o homem”.
Para finalizar, deixa-nos impressa a derradeira frase de alerta em relação à educação infantil: “Lembremo-nos da nutrição espiritual dos meninos, através de nossas atitudes e exemplos, avisos e correções, em tempo oportuno, de vez que desamparar moralmente a criança, nas tarefas de hoje, será condená-la ao menosprezo de si mesma, nos serviços de que se responsabilizará amanhã” (id.).
Os supostos “salvadores da pátria”, por ignorarem a lei de causa e efeito ou descrerem dela, como dizia Jesus dos antigos fariseus, não movem um dedo sequer para se desprenderem de seus bens materiais, que aumentam desenfreadamente, com base em seus atos corruptos.
Entretanto, onde a educação falece e o roubo prospera, a miséria moral e material impera. Os adeptos do materialismo tentam iludir a sociedade com falácias supostamente benéficas a uma sociedade melhor, mas como não creem nem mesmo na realidade do próprio espírito, que atribuem a mera secreção cerebral, seus dias estão contados, haja vista que “os tempos estão chegados” e, como disse Jesus, aproxima-se a hora da separação das ovelhas e dos bodes.
Preparemos nossas crianças para essa nova era, não permitindo que as doutrinas materialistas e niilistas prosperem em nossos lares e escolhendo cuidadosamente a escola sintonizada com os princípios da moral elevada na educação de nossos pequeninos. A existência na Terra é curta, mas o espírito eterno poderá avançar séculos, se ela for bem aproveitada, ou, caso contrário, estacionar milênios. A todos os pais e responsáveis cabe esta elevada missão e tremenda responsabilidade: alimentar os corpos e as almas de suas crianças, com o que de melhor tiverem, mas sobretudo com seus bons exemplos.






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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Iniciação aos clássicos espíritas




Por que creio na imortalidade da alma

Sir Oliver Lodge

Parte 4

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Por que creio na imortalidade da alma, de autoria de Sir Oliver Lodge, de acordo com a tradução feita por Francisco Klörs Werneck, publicada pela Federação Espírita do Estado de São Paulo em 1989.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de: 
1) questões preliminares; 
2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

                           Questões preliminares

A. Qual é a finalidade da encarnação?
B. Qual a razão de ser da matéria?        
C. O que a mediunidade nos possibilitou?

Texto para leitura

40. Ora, o poder dirigente pode continuar a funcionar muito tempo depois do abandono do mecanismo subordinado, contudo não o poderá fazer sem instrumento. O espiritual e o material parecem continuamente em relação. A Divindade age por meio de seus agentes. O homem é um instrumento das forças superiores e ele próprio tem necessidade de instrumentos para o exercício e a manifestação de suas faculdades. (PP. 18 e 19)
41. A quarta proposição - um indivíduo é uma encarnação temporária de algo imortal - trata do problema da identidade pessoal. “Parece-me hoje provável - entende Lodge - que a individualidade se formou durante o isolamento da matéria, do que podemos chamar substância psíquica bruta, não experimentada. O corpo é gradualmente saturado pela psique ou alma não identificada, segundo as suas capacidades de recepção, porção infinitesimal no começo do processo, aumentando pouco a pouco numa medida certa em razão dos esforços e das oportunidades do ser.” (P. 19)
42. A alma, agora identificada, conserva suas capacidades, suas aptidões, seus gostos, a memória e a experiência adquiridas durante a vida terrena, adicionando esse acréscimo de valor ao Todo que ela junta, apropriado à sua natureza. (P. 20)
43. A quinta proposição implica a ideia de que a encarnação terrena tem um fim e que podemos compreender-lhe parcialmente a razão. “O corpo - assevera Lodge - é um belo instrumento de educação.” (P. 20)
44. Todo conhecimento, reconhece Lodge, é difícil de adquirir e exige certo esforço: sem instrução e sem esforços os nossos conhecimentos seriam bem limitados. “As dificuldades assim encontradas fazem parte da educação da alma; o valor do caráter individual depende do bom êxito de seus esforços, da utilização de condições especiais, enfim, da sabedoria dos meios de seu emprego. O episódio, que é a vida terrena, é, pois, de grande transcendência para desenvolver o caráter, ampliar os conhecimentos, cultivar novas amizades e aumentar, de um modo geral, a riqueza da vida.” (P. 21)
45. A sexta proposição afirma que as realidades são permanentes e não dependem dos veículos materiais que manifestam, ajudam e tornam possíveis as nossas compensações. (P. 21)
46. É preciso reconhecer, diz Lodge, que os nossos sentidos nos ensinam muito pouco, ou mesmo nada, diretamente do Universo em seu conjunto. “Eles nos limitam à percepção da matéria. Não percebemos mesmo, na realidade, senão vibrações, senão os corpos sonoros, luminosos ou iluminados, de onde eles provêm.” É por isso que a matéria desempenha papel tão vasto em nosso pensamento e certas pessoas são levadas a crer somente nela. (P. 22)
47. Tornar possível à alma a encarnação é a mais alta função da matéria, é a sua apoteose. Essa é sua glória principal e sua razão de ser, porque a alma é a fôrma e o modelo do corpo, que é feito para encaixar e auxiliar a alma. (P. 23)
48. A sétima proposição comporta a prova da sobrevivência humana, uma questão de importância capital. Eis a pedra de toque do problema e, para tanto, devemos recorrer à experiência, guiar-nos por fatos resultantes da observação e estabelecer a sobrevivência da alma individual, não por meio da lógica, mas por meio de fatos. (PP. 24 e 25)
49. O meio mais direto de fazê-lo seria seguramente o de permanecermos em comunicação com os mortos, para sabermos se eles sempre existem e se conservam, sem modificação, o caráter e a memória. (P. 26)
50. A mediunidade nos possibilitou essa comunicação, porque encontramos seres cuja faculdade receptiva ou telepática é particularmente desenvolvida: são os chamados médiuns, e é por eles, e com o auxílio deles, que nos é possível obter o privilégio da comunicação indireta com os desencarnados. (P. 27)
51. Essa faculdade parece independer de raça, sexo, educação e mesmo da inteligência. Encontra-se nos homens, nas mulheres e nas crianças. Uns são instruídos, outros ignorantes, mas a maior parte deles são criaturas comuns e simples que não seriam jamais consideradas pessoas excepcionais. (P. 27)
52. A maneira de exercer os dons varia segundo os casos. A faculdade receptiva não é nunca contínua. Uma certa serenidade é bem necessária. O organismo corpóreo é posto em ação por uma inteligência que não é a sua. Em certos casos, o operador espiritual age diretamente sobre o organismo, por intermédio do aparelho cérebro neuromuscular. Em outros casos, a transmissão parece de natureza telepática. (P. 27)

Respostas às questões preliminares

A. Qual é a finalidade da encarnação?
A finalidade da encarnação é o desenvolvimento da alma. O corpo, diz Lodge, “é um belo instrumento de educação”. (Por que creio na imortalidade da alma, p. 20.) 
B. Qual a razão de ser da matéria?        
Tornar possível à alma a encarnação é a mais alta função da matéria, é a sua apoteose. Essa é sua glória principal e sua razão de ser, porque a alma é a fôrma e o modelo do corpo, que é feito para encaixar e auxiliar a alma. (Obra citada, p. 23.) 
C. O que a mediunidade nos possibilitou?
A mediunidade nos propiciou a comunicação com os chamados mortos, com o que ficamos cientes de que eles continuam a existir e conservam, sem modificação, o caráter e a memória. (Obra citada, p. 26.)


Nota:
Links que remetem aos textos anteriores:







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