sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Correio mediúnico



Se você puder

André Luiz

Se você puder, hoje ainda:
olvide contratempos e mostre um sorriso mais amplo para aqueles que lhe compartilham a vida;
dê mais um toque de felicidade e beleza em seu recanto doméstico;
faça a visita, mesmo ligeira, ao doente que você deseja reconfortar;
escreva, ainda que seja simples bilhete, transmitindo esperança e tranquilidade em favor de alguém;
melhore os seus conhecimentos, no setor de trabalho a que esteja empregando o seu tempo;
estenda algo mais de otimismo e de alegria aos que se encontrem nas suas faixas de convivências;
procure esquecer – mas esquecer mesmo – tudo o que se lhe faça motivo de tristeza ou aborrecimento;
leia alguma página edificante e escute música que pacifique o coração;
dedique alguns minutos à meditação e à prece;
pratique, pelo menos, uma boa ação sem contar isso a ninguém.
Estas indicações de apoio espiritual, se forem observadas, farão grande bem aos outros, mas especialmente a você mesmo.

Do cap. 37 do livro Respostas da Vida, de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier.



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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Pérolas literárias (170)



Perdoa

 Auta de Souza

Repara a fonte diligente e boa
Escravizada ao solo em que destila.
Acolhendo, a cantar, doce e tranquila,
A saliva do charco que a magoa.

Envolvente e translúcida coroa
Que afaga e nutre o coração de argila,
Passa ajudando ao chão em que se asila,
Tanto mais pura, quanto mais perdoa...

Como a fonte que olvida toda a ofensa,
Abraça na bondade a luz imensa
Que te guarda, no mundo, a alma sincera.

E, estendendo o perdão por onde fores,
Encontrarás na cruz das próprias dores
A Alegria Divina que te espera...


Do livro Auta de Souza, ditado por Auta de Souza por intermédio de Francisco Cândido Xavier.



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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Pílulas gramaticais (224)



As observações de hoje dizem respeito à pronúncia, uma área de estudo da linguagem que pertence ao campo da prosódia.
Aqui estão sete casos em que são comuns os erros de pronúncia:
1) À, àquele, àquela.
Muitas pessoas parecem ignorar que a crase é fenômeno gráfico e que na leitura não se deve fazer ouvir os dois aa da crase. Falemos então assim: Vou à festa (e não: Vou aa festa). Refiro-me àquela jovem (e não: Refiro-me aaquela jovem).
2) Tóxico.
Há quem pronuncie: tóchico. Mas o correto é: tóc-cico.
3) Fluido.
No meio espírita é comum ouvirmos fluído (flu-í-do). Trata-se, porém, de palavra dissílaba e, por isso, pronunciada em duas emissões de voz: flui-do, a exemplo de cuido, muito, ruivo.
4) Rubrica.
É comum ouvirmos: rúbrica. O acento, porém, não existe nessa palavra, que é paroxítona e deve ser pronunciada assim: ru-brí-ca.
5) Servo.
No Paraná é comum ouvirmos: sêrvo. Mas o correto é: servo (é), com o “e” aberto.
6) Subsídio.
Leia-se: sub-cídio. É um erro pronunciar: sub-zídio.
7) Inexorável.
A pronúncia é: ine-zorável, como aliás ocorre com o verbo exorar, que significa pedir com instância; implorar ansiosamente; invocar; suplicar ansiosamente.



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terça-feira, 27 de setembro de 2016

Contos e crônicas



Multiplicai o que o Universo vos concedeu

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

O conhecimento é energia magnífica, mas quando se forma para agir. O que vale conhecer e enterrar para si? Simplesmente nenhuma utilidade. Quando mais se compartilha conhecimento, maior é a evidência do progresso coletivo. O que já se conquistou é eterno e o que se compartilha é inteiramente prosperidade.
É engraçado, aliás, melhor dizendo, é lamentável a atitude mesquinha de pessoas que se recusam a passar adiante o aprendizado, o conhecimento adquiridos, pois alegam muito trabalho para conquistá-los e não os compartilharão. Outra situação infeliz é quando pessoas semi mesquinhas passam adiante apenas pequena porcentagem do que sabem, também alegam muito esforço para adquirir o suposto conhecimento. Pobres de nós se o Universo não quisesse compartilhar suas virtudes tão belas e benéficas! Pobres de nós! No entanto, o Universo abençoado está aberto para cada um de seus habitantes.
E se as pessoas que tanto já nos ensinaram e tanto compartilharam conosco não o fizessem por motivos também egoístas e amesquinhados, de fato, não nos encontraríamos com todos os próprios passos rumo ao progresso. Na vida, as leis são muito perfeitas e não há nenhum esconderijo onde se possa ocultar sequer uma inocente ação, ou pensamento, ou sentimento; todos são lançados ao Universo e se transformam em estrelinhas brilhantes ou em breves desenhos incolores e disformes.
Conhecer é o que nosso espírito tanto almeja, pois conhecimento gera liberdade e o espírito, livre das prisões criadas por ele, estará bem mais próximo da verdadeira felicidade e das condições reais do que uma centelha tem para viver. E como é magnífico crescer, compreender, progredir. A liberdade é o maior objetivo.
Podemos nos libertar e podemos ajudar outros corações a também se libertarem. Quanto mais conhecermos, menos serão as faltas, a não ser que o livre-arbítrio ainda não deseje colaborar para o avanço. No entanto, um fato é decisivo: somente a conduta no bem é capaz de criar uma estrada mais amorosa e em paz.
E o compartilhamento do que se conhece é uma atitude sensível, bondosa e consciente, pois que nada neste mundo nos pertence, já que tudo é existente, porém, o que já se adquiriu apenas prosperará em outros universos individuais e nunca deixará um coração para habitar outro, mas poderá fazer parte cada vez mais de um número maior de corações. À medida que se é capaz de compartilhar o conhecimento, a compreensão de nobreza começa a despertar.
Tanto desejamos, mas devemos contribuir, esse é um ensinamento e o Universo é abundante, tudo se multiplica. É um indescritível contentamento quando outros olhos assimilam a pequenina lição ministrada por nosso olhar, nossa vontade, nossa compreensão, já que, incansavelmente, abençoados olhos, gestos e exemplos nos ensinam.
Se hoje conquistamos alguma orientação foi pelo motivo de que outros seres, antes de nós, por amor e bondade, registraram o desenvolvimento de algo sempre renovado, a vida; e, assim, com um pouco mais de luz, podemos caminhar emancipando nossa alma por meio da boa conduta aliada ao conhecimento. E um fator decisivo é a multiplicação das benfazejas ações como ocorreu com a multiplicação de pães e peixes, já que a partilha do conhecimento será sempre benefício e nunca prejuízo para nenhuma parte.

Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/




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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

As mais lindas canções que ouvi (209)



Encontro marcado

César Tucci

Ao anoitecer, em Cafarnaum,
A casa de Pedro tão simples, casinha comum,
Se enchia de paz, repleta de luz,
Ouvindo as palavras eternas do Mestre Jesus.

Vou me imaginar sentado ali,
Entre João, Pedro, Tiago, André e Levi,
 À beira do lago de Genesaré
Lançando na alma pra sempre sementes de fé.

E eu tão criança ainda naquele lugar,
Quem sabe Jesus me levasse para passear!
No quintal da casa de Pedro, à luz do luar,
Sentindo a brisa da noite, o perfume do mar.

Dissesse pra mim:
- Já é hora de você voltar, a gente se encontra
de novo no seu Evangelho no lar.
A gente se encontra de novo no 
seu Evangelho no lar... 


Você pode ouvir a canção acima clicando no link abaixo:



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domingo, 25 de setembro de 2016

Reflexões à luz do Espiritismo



O futuro não está sujeito ao acaso nem a uma cega fatalidade

É correto o pensamento de que o futuro a Deus pertence?
Sim, é isso que deduzimos dos ensinamentos espíritas.
Somos os construtores do nosso próprio destino, isto é, nossa caminhada rumo à meta para a qual fomos criados depende de nossos esforços, de nossa dedicação, do empenho com que a ela nos dirigimos. Mas ignoramos, quando estamos encarnados, o que nos acontecerá na atual existência e nas próximas, visto que o conhecimento do futuro não está ao nosso alcance.
A doutrina espírita trata com clareza essa questão.
Vejamos o que, a respeito do assunto, está consignado em O Livro dos Espíritos, que é, como se sabe, a principal obra da doutrina espírita:
Pode o futuro ser revelado ao homem?
“Em princípio, o futuro lhe é oculto e só em casos raros e excepcionais permite Deus que seja revelado.” (L.E., 868)
Com que fim o futuro se conserva oculto ao homem? 
“Se o homem conhecesse o futuro, negligenciaria do presente e não obraria com a liberdade com que o faz, porque o dominaria a ideia de que, se uma coisa tem que acontecer, inútil será ocupar-se com ela, ou então procuraria obstar a que acontecesse. Não quis Deus que assim fosse, a fim de que cada um concorra para a realização das coisas, até daquelas a que desejaria opor-se. Assim é que tu mesmo preparas muitas vezes os acontecimentos que hão de sobrevir no curso da tua existência.” (L.E., 869)
Mas, se convém que o futuro permaneça oculto, por que permite Deus que ele seja revelado algumas vezes?
“Permite-o, quando o conhecimento prévio do futuro facilite a execução de uma coisa, em vez de a estorvar, obrigando o homem a agir diversamente do modo por que agiria, se lhe não fosse feita a revelação. Não raro, também é uma prova. A perspectiva de um acontecimento pode sugerir pensamentos mais ou menos bons. Se um homem vem a saber, por exemplo, que vai receber uma herança, com que não conta, pode dar-se que a revelação desse fato desperte nele o sentimento da cobiça, pela perspectiva de se lhe tornarem possíveis maiores gozos terrenos, pela ânsia de possuir mais depressa a herança, desejando talvez, para que tal se dê, a morte daquele de quem herdará. Ou, então, essa perspectiva lhe inspirará bons sentimentos e pensamentos generosos. Se a predição não se cumpre, aí está outra prova, consistente na maneira por que suportará a decepção. Nem por isso, entretanto, lhe caberá menos o mérito ou o demérito dos pensamentos bons ou maus que a crença na ocorrência daquele fato lhe fez nascer no intimo.” (L.E., 870)
A restrição ao conhecimento do futuro, claramente explicada nas questões precedentes, é reafirmada por Emmanuel no livro O Consolador, obra psicografada por Chico Xavier, na qual o conhecido instrutor espiritual diz:
“Os Espíritos de nossa esfera não podem devassar o futuro, considerando essa atividade uma característica dos atributos do Criador Supremo, que é Deus. Temos de considerar, todavia, que as existências humanas estão subordinadas a um mapa de provas gerais, onde a personalidade deve movimentar-se com o seu esforço para a iluminação do porvir, e, dentro desse roteiro, os mentores espirituais mais elevados podem organizar os fatos premonitórios, quando convenham as demonstrações de que o homem não se resume a um conglomerado de elementos químicos, de conformidade com a definição do materialismo dissolvente”. (O Consolador, pergunta 144.)
Segundo o que Allan Kardec ensina no cap. XVI, itens 7 a 10, do livro A Gênese, a extensão das faculdades perceptivas dos Espíritos depende da efetiva elevação deles. Essa faculdade é inerente ao seu estado de espiritualização ou desmaterialização. Quer isto dizer que a espiritualização produz um efeito que se pode comparar, se bem muito imperfeitamente, ao da visão de conjunto que tem o homem colocado sobre a montanha, capaz de ver de forma mais ampla do que aquele que esteja na planície.
No mesmo livro e capítulo Allan Kardec transmite-nos, nos itens 12 a 15, duas informações muito importantes para que possamos compreender melhor a questão em análise:
1ª. As mais das vezes, os acontecimentos vulgares da vida privada são consequência da maneira de proceder de cada um, de modo que se pode dizer que cada um é o artífice do seu próprio futuro, futuro que jamais se encontra sujeito a uma cega fatalidade.
2ª. Os acontecimentos que envolvem interesses gerais da Humanidade têm a regulá-los a Providência. Quando uma coisa está nos desígnios de Deus, ela se cumpre a despeito de tudo, ou por um meio, ou por outro. Os homens concorrem para que ela se execute; nenhum, porém, é indispensável, pois, do contrário, Deus estaria à mercê de suas criaturas. Se faltar aquele a quem incumba a missão de a executar, outro será dela encarregado. Não há missão fatal; o homem tem sempre a liberdade de cumprir ou não a que lhe foi confiada e que ele voluntariamente aceitou.
Em face do exposto, não é difícil compreender que o futuro a Deus pertence, embora exerçamos na sua construção um papel importante, fruto das ações ou omissões que marcarem a nossa caminhada rumo à perfeição.



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sábado, 24 de setembro de 2016

Destaques da semana da revista “O Consolador”



Já pode ser lida na Web a edição deste domingo (25 de setembro) da revista O Consolador, cujos destaques vão abaixo relacionados, seguidos dos respectivos links:

Destaques da edição 484

Já está na Web a edição do dia 25 de setembro da revista O CONSOLADOR.
Saiba o que ocorre nesta semana no movimento espírita brasileiro.
Anote e acompanhe os eventos espíritas internacionais desta semana.
Édo Mariani, de Matão (SP), é o nosso entrevistado deste domingo.
No Especial deste domingo, Wellington Balbo tece considerações sobre o perdão.
Veja como foram as palestras de Suely Caldas Schubert em Novo Hamburgo e Porto Alegre.
“Tentações” é o título e o tema do nosso editorial.
De um leitor: Onde consigo a lista de médiuns que participaram da codificação?
Em que data ocorreu o episódio conhecido como Auto de fé de Barcelona?
Que é necessário para podermos renovar e reerguer a nossa vida?
Veja quem foram os médiuns que trabalharam com Allan Kardec.
“Teatro di Marcello – uma vivência mediúnica.” (Christina Nunes)
Gustavo perguntou: - Papai, que é livre-arbítrio? Veja a resposta do pai.
“Por que estamos apressados?” (Hyerohydes Gonçalves dos Santos)
Para evitar fraudes, foram os sábios cautelosos em suas investigações?
“Advertência amiga.” (Tancredo Noronha – Espírito)
“Socorro preciso.” (Jane Martins Vilela)
Emmanuel: “Na romagem do mundo, não te algemes à ilusão”.
“Velho Chico.” (Luiz Carlos Formiga)
Podemos afirmar que sexo vilipendiado é geratriz de tormentos inúmeros?
Existirá maior frio na alma que a indiferença dos nossos semelhantes?
“Amar sem apego.” (Marcus Braga)
Esperanto na 1ª Guerra Mundial.
“A receita de Pedro.” (Ricardo Orestes Forni)
Aceitar a si próprio é atitude importante?
Poucos nos fariam tal agrado. Poucos far-nos-iam tal agrado.
Qual o certo?
“A efusão do espírito.” (Rogério Coelho)
“Perdoa a mágoa hostil que te consome...” (Cármen Cinira)
“Atributos de Deus.” (Waldenir Aparecido Cuin)




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Contos e crônicas



Os significados diferentes de pichar

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Bom dia!
Que há vocábulos idênticos ou parecidos que se prestam a vários significados, amiga leitora, ninguém desconhece. A isso, os gramáticos chamam de homonímia e paronímia. Parônimos são palavras muito parecidas, no som, e de significação diversa. Exemplos: ratificar: confirmar; retificar: corrigir. Homônimas são palavras iguais na escrita ou na pronúncia e de significados diferentes.
Uma palavra homônima é pichar.
Primeiro significado desse vocábulo: maldizer algo ou alguém. Exemplo: o procurador pichou de propinocrata o ex-presidente. Nesse caso, temos também um neologismo, que é a palavra criada com base no substantivo propina, ou seja, benefício ilegal, mais o sufixo -crata, derivado de cracia, do grego kratía, que significa poder, força; o significado dado pelo procurador à palavra propinocrata é o de alguém que comanda o esquema do favorecimento financeiro ilegal. O vocábulo pichar é um homônimo homógrafo e homófono, ou seja, que possui a mesma grafia e o mesmo som de pronúncia.
Segundo significado de pichar: escrever ou desenhar palavras, frases ou símbolos semelhantes a letras em muros, fachadas de edifícios, paredes de casas ou apartamentos, pontes, etc.
Outro dia, um senhor perdeu o braço e o filho dentista para um bando de pichadores surpreendidos por aquele quando pichavam o muro de sua casa. Enraivecido, por tudo observar de câmaras existentes nas dependências internas de sua casa, o senhor não refletiu e, em vez de ligar para a polícia, pegou um pedaço de pau e saiu de casa sozinho para enfrentar os quatro jovens pichadores.
Não deu outra, também armados com paus, os rapazes agrediam-no, covardemente, quando seu filho dentista, que chegara a casa naquele instante, viu o pai sendo brutalmente surrado e tentou defendê-lo. Resultado, apanhou até morrer, e seu pai acabou ficando sem um dos braços em virtude das pauladas recebidas.
Até o momento da reportagem, dois agressores estavam presos, e outros dois foragiram-se.
Outro dia, foi feita uma reportagem com pichadores, por jornalista de canal de tv. A maioria é empregada e faz esse “trabalho” por pura diversão ou, segundo diz uma pichadora, por crítica ao sistema político, em altas horas da noite.
Um deles fazia parte de dupla pioneira famosa. Hoje é advogado e não mais picha. Seu concorrente do passado tornou-se designer e também abandonou a pichação.
Caso interessante é o de outro pichador, homem maduro, que tem mulher, filha e trabalha como comerciante. Disse ao repórter que há mais de trinta anos se diverte pichando paredes altas de prédios, pontes, etc. Considera-se grande artista.
Observando, porém, que sua casa não possui qualquer marca de pichação, o profissional de imprensa perguntou-lhe o motivo disso. Sua resposta foi a de que não queria sujar o seu lar tão querido, onde residia com sua mulher, pichada no braço e perna, e sua filha, que nenhuma marca de pichação trazia no corpo, mas dizia-se admiradora da “arte” paterna.
Parodiando antigo refrão popular, diremos: “Pichação em imóvel alheio é refresco”.





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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Correio mediúnico



O aprendiz desapontado

Neio Lúcio

Um menino que desejava ardentemente residir no Céu, numa bonita manhã, quando se encontrava no campo, em companhia de um burro, recebeu a visita de um anjo.
Reconheceu, depressa, o emissário de Cima, pelo sorriso bondoso e pela veste resplandecente.
Alucinado de júbilo, o rapazelho gritou:
— Mensageiro de Jesus, quero o paraíso! que fazer para chegar até lá?!
O anjo respondeu com gentileza:
— O primeiro caminho para o Céu é a obediência, e o segundo é o trabalho.
O pequeno, que não parecia muito diligente, ficou pensativo.
O enviado de Deus então disse:
— Venho a este campo, a fim de auxiliar a Natureza que tanto nos dá.
Fixou o olhar mais docemente na criança e rogou:
— Queres ajudar-me a limpar o chão, carregando estas pedras para o fosso vizinho?
O menino respondeu:
— Não posso.
Todavia, quando o emissário celeste se dirigiu ao burro, o animal prontificou-se a transportar os calhaus, pacientemente, deixando a terra livre e agradável.
Em seguida, o anjo passou a dar ordens de serviço em voz alta, mas o menino recusava-se a contribuir, enquanto o burro ia obedecendo.
No instante de mover o arado, o rapazinho desfez-se em palavras feias, fugindo à colaboração.
O muar disciplinado, contudo, ajudou quanto pôde, em silêncio.
No momento de preparar a sementeira, verificou-se o mesmo quadro: o pequeno repousava e o burro trabalhava.
Em todas as medidas iniciais da lavoura, o pesado animal agia cuidadoso, colaborando eficientemente com o lavrador celeste; entretanto, o jovem, cheio de saúde e leveza, permaneceu amuado, a um canto, choramingando sem saber por quê e acusando não se sabe a quem.
No fim do dia, o campo estava lindo.
Canteiros bem desenhados surgiam ao centro, ladeados por fios de água benfeitora.
As árvores, em derredor, pareciam orgulhosas de protegê-los. O vento deslizava tão manso que mais se assemelhava a um sopro divino cantando nas campânulas do matagal.
A Lua apareceu espalhando intensa claridade.
O anjo abraçou o obediente animal, agradecendo-lhe a contribuição. Vendo o menino que o mensageiro se punha de volta, gritou, ansioso:
— Anjo querido, quero seguir contigo, quero ir para o Céu!...
O emissário divino respondeu, porém:
— O paraíso não foi feito para gente preguiçosa. Se desejas encontrá-lo, aprende primeiramente a obedecer com o burro que soube receber a bênção da disciplina e o valor da educação.
E, assim esclarecendo, subiu para as estrelas, deixando o rapazinho desapontado, mas disposto a mudar de vida.

Do livro Alvorada Cristã, de Neio Lúcio, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.



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