sexta-feira, 7 de abril de 2017

Iniciação aos clássicos espíritas




Por que creio na imortalidade da alma

Sir Oliver Lodge

Parte 10

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Por que creio na imortalidade da alma, de autoria de Sir Oliver Lodge, de acordo com a tradução feita por Francisco Klörs Werneck, publicada pela Federação Espírita do Estado de São Paulo em 1989.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
1) questões preliminares;
2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

Questões preliminares

A. Como devemos agir com relação às comunicações mediúnicas?
B. Qual é o objetivo das mensagens espirituais?
C. Qual é, segundo Lodge, um dos grandes méritos das comunicações mediúnicas?

Texto para leitura

118. Como já foi dito, os fatos da personalidade múltipla demonstram que, em certas circunstâncias excepcionais, um único corpo humano pode ser utilizado por várias inteligências e não apenas por uma. O dono normal dele, por assim dizer, pode ser às vezes expulso e ter o seu lugar tomado por outros. (P. 88)
119. A personalidade do indivíduo parece suspensa. Ela cai em transe durante certo tempo, ao passo que seu cérebro e seu corpo permanecem em atividade e mensagens são transmitidas a respeito de fatos desconhecidos dela, sem deixar qualquer recordação ulterior na sua memória. (P. 89)
120. A personalidade secundária, no médium, não é necessariamente importuna ou molesta. Pode mesmo ser razoável e lógica, mas não é a inteligência normal do médium e a camada de memória utilizada não é a mesma. Fatos do conhecimento de outras pessoas são revelados. Traços pessoais e certas circunstâncias ou características fornecem as provas de identidade do comunicante, tão desejadas pelos sobreviventes aflitos. (P. 89)
121. Os modos de conversão do pensamento em movimentos físicos são inúmeros e pouco importantes para quem deles se utiliza. A mão, a laringe, os músculos do braço, os músculos da garganta são todos fragmentos de matéria submetidos à influência mental pelo mecanismo do cérebro e dos nervos associados. Como são postos em ação pelo Espírito permanece um enigma, mas é impossível negar que são postos em ação. (P. 90)
122. As mensagens recebidas compõem um gênero diversificado. Algumas falam das experiências no Além, do meio de vida, das dificuldades, de assuntos terrenos e muitas delas tratam de “assuntos não verificáveis”. (PP. 90 e 91)
123. Não temos nenhum meio de pôr à prova tais asserções ou de verificar o que há de verdade nessas mensagens, razão pela qual é preciso considerá-las com prudência. Uma informação constante diz que as condições do Além se assemelham muito às condições de cá embaixo. Os Espíritos falam de flores e de animais, de pássaros e de livros, de belezas de todas as espécies. Afirmam eles que não sabem muito mais do que nós e que o seu caráter e a sua personalidade permanecem os mesmos, embora também progridam, de modo lento, sem se transformarem bruscamente em seres celestiais. (P. 91)
124. Os comunicantes dizem ainda que as coisas ao seu redor são inteiramente sólidas e substanciais e que agora são as velhas coisas que parecem quiméricas e evanescentes. Assim, apenas se dão conta dos acontecimentos terrestres para auxiliar os que deles precisam ou quando pensamos neles, porque são grandemente sensíveis à amizade e à afeição e menos tímidos em exprimir os seus sentimentos. (P. 91)
125. Eles não parecem achar-se em outra região do espaço, mas estão em relação íntima e associados estreitamente com sua nova ordem de existência. A mesma faculdade construtiva que, de forma inconsciente durante seu longo período evolutivo, é chamada a constituir o seu antigo organismo visível, parece capaz de continuar a sua tarefa sob condições novas e lhes dá um outro corpo ou modo de manifestação, utilizando essa substância que aí se acha disponível e que se pode hipoteticamente supor seja o éter. (P. 91)
126. As mensagens espirituais representam tentativas para nos convencer e não para nos embalar, antes para nos fazer entender que os nossos chamados desaparecidos estão sempre ativos e vivos e que eles são tão felizes quanto lhes permitimos, porque a nossa dor os faz sofrer. (P. 92)
127. Um dos grandes méritos das comunicações recebidas em tais casos é o alívio e o conforto que elas trazem aos que se acham do outro lado do véu. Nos tempos de tristeza geral, essas mensagens são necessárias e bem numerosas e nos vêm de todas as maneiras. (P. 93)
128. Fechando o capítulo, Oliver Lodge conta a fábula infantil “O peixe e o pássaro”, que retrata muito bem a questão do ceticismo e da indiferença que os chamados sábios mantêm com relação aos fatos supranormais. (P. 94)
129. Um solitário linguado - diz a estória - se distraía nadando em direção à margem de um lago escocês. O acaso fez com que uma andorinha voejasse perto dele. Ao vê-la, o peixe murmurou: “É verdade! Há seres vivos lá em cima! Sempre pensei que tal fosse possível. Bem que se viram sombras e outros indícios...” (P. 94)
130. Quando a andorinha passou de novo por cima dele, ele perguntou: “Quem é você? Você tem barbatanas?” A andorinha respondeu: “Não nadamos. Voamos”. E acrescentou: “É quase a mesma coisa, só que é mais belo, mais rápido e muito melhor”. Na sequência, a andorinha falou-lhe de seu mundo, das coisas que ela conhecia - as árvores, as flores, os frutos... -, coisas que o peixe não podia, evidentemente, compreender nem explicar aos seus companheiros do lago, porque eles também não entenderiam. (PP. 94 e 95)

Respostas às questões preliminares

A. Como devemos agir com relação às comunicações mediúnicas?
As mensagens recebidas falam das experiências no Além, de assuntos terrenos e muitas tratam de “assuntos não verificáveis”. Não temos nenhum meio de pôr à prova tais asserções ou de verificar o que há de verdade nessas mensagens, razão pela qual é preciso considerá-las com prudência. (Por que creio na imortalidade da alma, págs. 90 e 91.)
B. Qual é o objetivo das mensagens espirituais?
As mensagens espirituais representam tentativas para nos convencer e não para nos embalar, antes para nos fazer entender que os nossos chamados desaparecidos estão sempre ativos e vivos e que eles são tão felizes quanto lhes permitimos, porque a nossa dor os faz sofrer. (Obra citada, pág. 92.)
C. Qual é, segundo Lodge, um dos grandes méritos das comunicações mediúnicas?
É o alívio e o conforto que elas trazem aos que se acham do outro lado do véu. Nos tempos de tristeza geral, essas mensagens são necessárias e bem numerosas e nos vêm de todas as maneiras. (Obra citada, pág. 93.) 


Nota:
Links que remetem aos 5 textos anteriores:






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