Doces
e sábios educadores
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
As crianças e os
animais são seres curiosos e demonstram claramente essa curiosidade por serem
simples e deixarem à tona, sem se preocuparem, sua real essência. E como é
fantástico viver com simplicidade dispensando as máscaras de ocasião.
Além da curiosidade,
a autenticidade é fator comprovado. Podem não ter a vontade respeitada como
tanto se verifica, talvez pela inexperiência ainda necessitem muito de
orientação ou também pela falta de tempo e interesse constante dos adultos, mas
esses pequenos tentam imprimir sempre a verdade. Certas vezes, o adulto sofre
muito com regras sociais que mais prejudicam do que fazem crescer. Deve-se
observar mais as crianças e os animais e querer aprender antes com eles que
forçá-los a um ensinamento obsoleto quanto à felicidade, quanto a sempre ter a
razão maior sobre a vida.
Se a simplicidade
estreita laços e une corações, cura almas e fortalece olhares, nada mais
esclarecido do que declará-la como uma lei de progresso para a humanidade. As
crianças não julgam, abraçam o companheiro; repartem o lanche e, em muitos
casos, deixam de comer para darem ao amiguinho mais necessitado; elas falam a
verdade, pois ainda não estão muito à vontade com a mentira, isso virá
infelizmente com o tempo; dizem o que sentem e fazem birra quando seus desejos
são podados, nem sempre é coerente realizá-los, mas elas demonstram suas
vontades e choram e nos lembram de que são humanas e que mesmo crescidos somos
também.
No entanto, as
crianças e os animais trazem a doçura, a fragilidade que os adultos,
ocasionalmente, confundem com fraqueza e isso para a sociedade é
“inadmissível”. Oh, pobres adultos, insistimos em sofrer e quanto passamos a
vez de nos sentirmos felizes.
Os ternos educadores
sempre nos ensinam que a vida é presente e devemos desembrulhá-la com alegria,
carinho, respeito e enorme singeleza. Quando se deseja ser quem não é e, ainda
pior, demonstrar ser quem ainda não se tornou, esse universo particular e os
seus arredores ficam sem graça, sem cor, sem interesse em conhecê-lo. Há lugar
para todos do jeitinho que são e sempre espaço para o melhoramento de cada um.
A vida é muito generosa.
Por que nasce o
sorriso em um adulto quando avista os olhos de uma criança? Simplesmente porque
a energia infantil é pura e leve, verdadeira e doce. Da mesma maneira esse
sorriso nasce quando os olhos avistam o animalzinho. Esses dois amáveis seres
não exigirão algo que não podemos doar, aliás, algo que eles muito desejam é
somente a atenção; não perceberão se estamos com roupas caras ou temos elevadas
posições sociais, apenas quererão o nosso carinho; não se importarão quanto
dinheiro temos, pois afeto, companheirismo, lealdade não têm preço e nenhum
dinheiro que os pague.
Sim, as crianças e
os animais são meigos e sábios educadores na escola da vida para os adultos que
ainda não adquiriram os valores que elevam o coração. Em matéria de real
aprendizado, os pequenos podem nos ensinar muito mais do que imaginamos que
possam aprender. Quando a criança sorri é sua alma que se sente feliz; quando o
animalzinho balança seu corpinho e abaixa os olhinhos só com a graça que ele
sabe ter é porque está compartilhando a pureza do seu mais lindo sentimento.
Portanto, crianças e
animais são antes de tudo seres a fim de ensinarem, todos os dias, adultos que
ainda não assimilaram dois conteúdos tão nobres e vitais: o amor e a
simplicidade.
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