Os
jornais diários e a televisão exercem grande influência sobre a forma como
escrevemos ou pronunciamos determinadas palavras.
Algum
tempo atrás, em reportagem publicada pela Gazeta
do Povo, de Curitiba (PR), numa matéria sobre os prejuízos que os clubes de
futebol tiveram no campeonato estadual deste ano, o repórter escreveu: “Os
clubes ainda não reaviram o que gastaram”.
Ele
queria dizer que os clubes ainda não recuperaram os gastos feitos.
O
verbo reaver [de re- + haver]
significa: haver de novo; recobrar, recuperar. Exemplo: É difícil reaver o
tempo perdido. Trata-se, porém, de um verbo irregular e defectivo, que se
conjuga como o verbo haver, mas somente nas formas verbais em que aparece a
letra “v”.
No
pretérito perfeito, diz-se: ele reouve, eles reouveram. No pretérito
mais-que-perfeito, ele reouvera, eles reouveram.
A
frase publicada pelo jornal deveria, portanto, ser assim redigida: “Os clubes
ainda não reouveram o que gastaram”.
*
Na
transmissão de um dos jogos do Barcelona, pela Liga dos Campeões da Europa, o
repórter de determinada emissora de TV referiu-se aos simpatizantes do
Barcelona como a torcida catalana. O jogo realizava-se em Barcelona, cidade
situada na Catalunha.
O
certo é, no entanto, catalã, e não catalana.
Catalã
é feminino de catalão [do esp. catalán], que significa: pertencente ou relativo
à Catalunha (Espanha); o natural ou habitante da Catalunha; língua românica
falada nas províncias espanholas da Catalunha e de Valença, nas ilhas Baleares
e em Andorra (Pireneus); vocábulo dessa língua.
A
palavra catalana existe, mas como feminino de catalano, adjetivo que se refere
a Catalão, cidade situada no Estado de Goiás.
Catalano
significa: pertencente ou relativo a Catalão (GO); o natural ou habitante de
Catalão. [Feminino: catalana.]
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