quarta-feira, 30 de maio de 2012

Pílulas gramaticais - n. 8



Em uma entrevista à TV, uma bela jovem, candidata a modelo profissional, disse ao repórter que muitas vezes "ela se maqueia sozinha".
Alguém na hora estranhou a frase utilizada. 
Afinal, qual é o certo:  Ela se maqueia sozinha ou Ela se maquia sozinha?
Muito usado pelas mulheres, o verbo maquiar [do fr. maquiller.] significa: 1. Aplicar cosméticos em (o rosto) para embelezamento, realce ou disfarce. 2. Fig.  Mascarar, disfarçar. 3. Maquiar o próprio rosto.  4. Fig. Mascarar-se, disfarçar-se. 
Trata-se de um verbo de conjugação regular que segue o mesmo modelo dos verbos enviar, aviar, esquiar.
O presente do indicativo de enviar é: eu envio, tu envias, ele envia; nós enviamos, vós enviais, eles enviam. As formas do subjuntivo presente: envie, envies, envie; enviemos, envieis, enviem.
No caso do verbo maquiar temos:
Presente do indicativo: eu maquio, tu maquias, ele maquia; nós maquiamos, vós maquiais, eles maquiam.
Subjuntivo presente: maquie, maquies, maquie, maquiemos, maquieis, maquiem.
O certo, portanto, é: Ela se maquia sozinha.

*

Uma pessoa perguntou em uma conhecida farmácia de Londrina: - Aqui vocês tiram a pressão?
A funcionária, de forma irônica, respondeu: - Tirar pressão, não. Isso é impossível. Aqui nós medimos a pressão.
É compreensível tal ocorrência, mas é bom que médicos e farmacêuticos, bem como seus auxiliares, saibam que o verbo tirar também significa medir, avaliar, como podemos verificar  no Dicionário Aurélio, que nos fornece, no tocante ao verbo tirar, um de seus significados, seguido dos exemplos abaixo:
Medir, avaliar: tirar a pressão; tirar a temperatura.  
É, portanto, correto dizermos: Tenho de tirar a pressão a cada dois dias.


terça-feira, 29 de maio de 2012

Crianças desencarnadas também se comunicam?


Um velho amigo pergunta-nos se é possível receber comunicações transmitidas por crianças desencarnadas.
Sim, o fato é possível, embora não seja comum.
Entendemos que nesse caso duas situações podem ocorrer. A primeira é a comunicação de Espíritos que se fazem crianças para poderem, com a linguagem própria da criança, atingir com maior facilidade as pessoas a quem se dirigem.
A segunda é a comunicação de Espíritos que ainda conservam no plano espiritual a forma infantil, um fato que é mencionado por diversos autores, como Cairbar Schutel (A Vida no Outro Mundo, págs. 93 a 100), Irmão Jacob (Voltei), André Luiz (Entre a Terra e o Céu, cap. X, págs. 64 e 65) e o próprio Codificador do Espiritismo (Revista Espírita de 1859, Edicel, pág. 236).
Há no meio espírita pessoas que acham que o Espírito de uma criança desencarnada retoma de imediato sua personalidade de adulto. Isso, de fato, em muitas ocasiões é o que acontece. Tal é o caso do Espírito que já alcançou elevada classe evolutiva e, portanto, é capaz de manter o comando mental de si mesmo. Espíritos assim têm o poder de facilmente desprender-se das imposições da forma, superando as dificuldades da desencarnação prematura.
Para a grande maioria das crianças desencarnadas o caminho não é, porém, o mesmo.
Segundo podemos ver no cap. X do livro Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, as almas ainda encarceradas no automatismo inconsciente acham-se longe do autogoverno e são conduzidas pela Natureza, à maneira das criancinhas no colo materno.
Não sabendo desatar os laços que as aprisionam aos rígidos princípios que orientam o mundo das formas, exigem tempo para se renovarem no justo desenvolvimento. Necessitam, portanto, de um período mais ou menos longo de recuperação, e a variação desse tempo dependerá da aplicação pessoal do aprendiz à aquisição de luz interior. É por isso que existem escolas no plano espiritual nas quais as crianças desencarnadas se desenvolvem e se aprimoram, com vistas aos desafios futuros.
Com respeito à manifestação mediúnica de crianças desencarnadas, o livro Crianças no Além (capa ao lado), psicografado por Chico Xavier e publicado em 1976 pela GEEM Editora, constitui exemplo expressivo.
Sobre seu autor espiritual (Marcos), Emmanuel escreveu no prefácio as seguintes palavras:
“Marcos é o companheiro em readaptação na Vida Maior, após haver deixado o corpo de menino num acidente de trânsito.
Ainda a sentir-se criança, no degrau evolutivo em que se acha, escreve aos pais, de modo comovedor, trazendo notícias dele mesmo e dos irmãos que se lhe associaram à prova.
A palavra simples e eloquente do garoto amigo, a identificar-se, quanto possível, para reconforto dos entes queridos, aqui se encontra, demonstrando que, além da morte do corpo, o Espírito prossegue atendendo aos condicionamentos indispensáveis à conquista da evolução que não dá saltos.
Marcos-menino continuará Marcos-menino, por algum tempo, na Espiritualidade, qual acontece ao Espírito, mesmo quando procede de Altos Cimos da Vida Superior, ao retornar à Terra, para certos fins, sempre compelido a passar pela estação da infância.”


domingo, 27 de maio de 2012

Lila, nossa querida irmã, faz hoje 84 anos



    Hoje – dia 27 de maio – nossa querida irmã Lila, carinhoso apelido da primogênita de meus pais (Marília de Dirceu Oliveira Faria), completa 84 anos de idade.
Casada com Waldemiro Corrêa de Faria e mãe de 8 filhos – Sueli, Cláudio, Sílvia, Sérgio, Flávio, Silvana, Marco Túlio e Emílio –, Lila é dessas mulheres que não se limitam a cuidar dos problemas do lar e da família, mas vai além, dedicando-se por inteiro à tarefa espírita em seus mais diferentes setores, tanto na parte teórica quanto na parte prática, incluindo-se aí seu trabalho no campo da assistência aos mais carentes.
É difícil encontrar no meio espírita quem tenha trabalhado tanto em prol do Espiritismo e das instituições espíritas!
Quando nasci, Lila estava com 16 anos de idade e pouco tempo depois, aos 22 anos, casada e mãe de Sueli, passou a ser também uma espécie de segunda mãe de seus irmãos menores, em razão da desencarnação de Anita Borela, nossa mãe, fato que ocorreu quando havia em nossa casa diversas crianças na faixa dos 4 aos 12 anos de idade: Ali, Icléa, Eunice, Anita, Ayres e este que escreve estas notas.
Os filhos de Lila e Waldemiro não conhecem dois fatos que me ligam a ela de modo especial, e é por isso que aproveito este momento para lembrá-los.
Em grande parte de minha infância, era no sítio da Água Limpa, levados pela Lila, que eu e meus irmãos menores passávamos as férias de dezembro e janeiro. Íamos para lá, junto dela, transportados por um singelo carro de boi, do tipo que se vê na foto ao lado.
O segundo momento diz respeito à minha formatura na Escola Técnica, como técnico em contabilidade, fato que ocorreu no final de 1962.
Foi Lila quem me ensinou a dançar valsa, um costume corriqueiro nas festas de formatura, sobretudo no interior do Brasil. E, além disso, foi ela minha madrinha de formatura, como prova a foto ao lado, feita em um dos momentos da cerimônia, quando Lila contava apenas 34 anos de idade.
Escrevo estas notas para que fatos como esses fiquem devidamente registrados e possam servir  como uma modesta homenagem a uma pessoa que tanto nos ajudou e nos serviu de estímulo em nossas tarefas na seara espírita.
Parabéns, querida irmã!
Saúde e paz! E que Deus a ampare e abençoe sempre – são os meus votos neste dia em que você completa mais um ano de vida.


Como a doença de Alzheimer afeta nosso cérebro



Muitas pessoas nos perguntam sobre a doença de Alzheimer e como ela afeta nosso cérebro. 
Eis um instrumento fantástico que nos permite entender melhor o assunto. Trata-se de uma viagem interativa dentro do cérebro.   
Primeiramente, clique no link abaixo:    
Em seguida, ao abrir a página, clique em iniciar a viagem. 
Serão apresentados na tela do seu computador 16 slides interativos.  
Em cada slide que se apresentar, passe o mouse sobre qualquer texto colorido para destacar os recursos especiais de cada imagem. 
Em seguida, clique na seta para avançar ao próximo slide.
Se puder, compartilhe esta informação nas redes sociais e a envie também aos seus amigos.



sábado, 26 de maio de 2012

Os Espíritos também morrerão um dia?


Um amigo pergunta-nos se os Espíritos são realmente imortais, isto é, jamais terão fim. Em caso afirmativo, que significa a expressão “segunda morte”?
A imortalidade dos Espíritos constitui um dos princípios fundamentais da doutrina espírita. É claro que nós – seres espirituais – somos imortais. A morte atinge tão-somente o corpo material, que é perecível, mas a alma ou Espírito nada sofre, pois sobrevive ao fenômeno chamado morte e prossegue em sua marcha incessante, rumo à perfeição, que é a meta para a qual fomos criados.
Acerca do assunto, a fonte principal, em matéria de Espiritismo, é O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, a primeira e mais importante obra dentre as que compõem a doutrina espírita, da qual pinçamos os trechos seguintes:
“... a existência dos Espíritos não tem fim.” (L.E., n. 83)
“A vida do Espírito é que é eterna; a do corpo é transitória e passageira. Quando o corpo morre, a alma retoma a vida eterna.” (L.E., n. 153)
“Primeira classe. Classe única. Os Espíritos que a compõem percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais que sofrer provas, nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus.” (L.E., n. 113)
“O essencial está em que o ensino dos Espíritos é eminentemente cristão; apoia-se na imortalidade da alma, nas penas e recompensas futuras, na justiça de Deus, no livre-arbítrio do homem, na moral do Cristo. Logo, não é antirreligioso.” (L.E., n. 222)
“A que se deve atribuir o relaxamento dos laços de família e a maior parte das desordens que minam a sociedade, senão à ausência de toda crença? Demonstrando a existência e a imortalidade da alma, o Espiritismo reaviva a fé no futuro, levanta os ânimos abatidos, faz suportar com resignação as vicissitudes da vida.” (L.E., Conclusão, n. III)

*

A expressão “segunda morte” é examinada por André Luiz em seu livro Libertação, psicografado por Francisco Cândido Xavier.
Conforme o que André Luiz expôs na referida obra, a expressão segunda morte é aplicada no plano espiritual aos casos em que há perda do veículo perispiritual, ou corpo espiritual, a que se refere Paulo de Tarso em uma de suas epístolas, o qual, embora estruturado em um tipo de matéria mais rarefeita, seria também transformável e perecível como os corpos físicos.
Do mesmo modo que há companheiros que se desfazem do veículo perispiritual rumo a esferas sublimes, os ignorantes e os maus, os transviados e os criminosos também perdem, um dia, a forma perispiritual. Pela densidade da mente, saturada de impulsos inferiores, não conseguem elevar-se e gravitam em derredor das paixões absorventes que por muitos anos eles geraram em centro de interesses fundamentais. "Grande número, nessas circunstâncias, mormente os participantes de condenáveis delitos, imantam-se aos que se lhes associaram nos crimes", diz Gúbio (Libertação, cap. VI, pp. 84 a 86).
Ernesto Bozzano refere-se ligeiramente ao assunto em seu livro A Crise da Morte. Segundo Bozzano, há relatos espirituais que informam que existe uma espécie de “segunda morte” nas esferas espirituais, precisamente como se morre no mundo dos vivos, ou seja, quando um Espírito chegou à maturidade espiritual, adormece e desaparece do seu meio, sem que os outros saibam o que foi feito dele (A Crise da Morte, pp. 133 e 134).
O confrade Paulo Nagae escreveu sobre o tema um interessante artigo, que pode ser visto no seguinte endereço eletrônico: http://www.espacoespirita.net/modules/smartsection/item.php?itemid=196
De forma resumida, diz Nagae, a morte do corpo perispiritual, ou segunda morte, ocorre quando o Espírito, em sua caminhada para Deus, passa a reencarnar em mundos nos quais necessita de um corpo espiritual mais sutil. Esse fato pode ocorrer também no caso da formação de ovoides, quando uma ideia obsessiva de ódio ou vingança, por exemplo, destrói momentaneamente o corpo espiritual.
É de notar, porém, em todos os textos citados, que o fato designado pela expressão “segunda morte” não atinge a alma, mas tão-somente o veículo que ela utiliza, o qual será substituído no momento oportuno, porque a alma, como já vimos, é imortal.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

O jogo de azar como fonte de recursos


O confrade Altivo Ferreira, vice-presidente da Federação Espírita Brasileira, relatou certa vez em Curitiba, num simpósio sobre o Centro Espírita, um fato que ocorreu na cidade de Santos, onde determinada instituição espírita, às voltas com grandes dificuldades financeiras, decidiu realizar um bingo.
Evidentemente, as pessoas que a frequentavam dispuseram-se a ajudar. Dentre elas, um casal, que jamais assistira a um bingo, comprou cartelas para si e também para seus filhos. E na data aprazada lá estavam, todos eles, para participar daquilo que se tornou uma autêntica festa, tantos foram os amigos reunidos.
O casal gostou tanto do que viu que, a partir de então, jamais perderia uma rodada de bingo, onde quer que ele se realizasse.
Altivo comentou na oportunidade que bastaria esse dado para anular os possíveis resultados financeiros proporcionados pelo bingo, um tipo de promoção que, além de ilegal, foi objeto de oportuna advertência feita por André Luiz num de seus livros.
A ideia de utilizar jogos de azar, como rifas, vísporas e bingos, para captação de recursos destinados à manutenção das obras assistenciais, sempre esteve associada, em nosso meio, à influência de pessoas que migraram do Catolicismo para o Espiritismo trazendo consigo uma natural predisposição para essas práticas, tão comuns nos eventos católicos.
Com efeito, nas festas organizadas pela Igreja, como nas comemorações do Mês de Maria, tem sido muito forte, sobretudo nas comunidades do interior, o recurso aos bingos, esquecidos todos dos malefícios inerentes a essa modalidade de jogo.
Em nosso meio, embora essa tendência não esteja de todo erradicada, dirigentes e trabalhadores têm no livro Conduta Espírita, de André Luiz, um roteiro seguro que explica ser lamentável equívoco associar jogos de azar aos eventos espíritas, mesmo quando a finalidade seja louvável. Mas a tentação de realizá-lo é muito grande visto que, como se sabe, um bingo bem realizado – e apenas um – é capaz de propiciar recursos para erguer uma obra inteira, enquanto as campanhas habituais no meio espírita conseguem arrecadar muito pouco, aumentando o trabalho dos que se propõem a realizar alguma coisa.
Um dia, com toda a certeza, as pessoas vão-se conscientizar dos perigos que representa o jogo de azar, como, por sinal, parece estar ocorrendo no seio da própria Igreja.
Anos atrás, o padre Ivani Leonardi, coordenador da Pastoral do Dízimo em Curitiba, liderou uma campanha no sentido de que as paróquias da Capital de nosso Estado não mais recorressem ao bingo e procurassem manter-se tão-somente com os recursos do dízimo e com promoções em que não estejam presentes jogos de azar.
Em sua paróquia, por exemplo, segundo o padre Leonardi, os recursos eram auferidos com almoços comunitários, jogos infantis, cama elástica, venda de artesanato e apresentações culturais, um exemplo que deveria ser seguido pelas instituições espíritas, ainda que se tenha de trabalhar um pouco mais, um esforço que será, sem dúvida, recompensado pelos amigos espirituais, que ficariam contentes se nos lembrássemos de que viemos ao mundo para progredir e cooperar no progresso do próprio mundo.
Quando tivermos essa ideia bem presente em nossa mente, com certeza entenderemos que os fins não justificam os meios e que é preciso ter mais seriedade naquilo que propomos e fazemos em nome do Espiritismo.


terça-feira, 22 de maio de 2012

Por que Maria é também chamada Mãe Santíssima?


Uma amiga pergunta-nos qual a origem da expressão “Mãe Santíssima” aplicável a Maria de Nazaré, mãe de Jesus.
Logo depois da crucificação de Jesus, atendendo a uma solicitação feita pelo Mestre momentos antes de expirar, Maria foi morar com João, ao sul de Éfeso, numa casa situada a uma distância de três léguas da cidade. João seria, anos depois, o autor do 4º Evangelho e também do Apocalipse.

A habitação simples em que os dois passaram a morar situava-se num promontório, de onde se avistava o mar. No alto da pequena colina, distante dos homens, eles se reuniam para cultivar a lembrança permanente de Jesus e atender os que os procuravam.

Pouso e refúgio dos desamparados, a singela casa transformou-se num ponto de assembleias adoráveis, em que as recordações do Messias eram cultuadas por Espíritos humildes e sinceros.  Maria externava suas lembranças e falava de Jesus com maternal enternecimento, enquanto o apóstolo comentava os ensinamentos evangélicos.

Grandes fileiras de necessitados costumavam acorrer ao sítio generoso, e ela atendia todos os que a procuravam exibindo-lhe suas úlceras e necessidades.
Sua choupana passou, então, a ser conhecida pelo nome de “Casa da Santíssima”. O fato tivera origem em certa ocasião quando um miserável leproso, depois de aliviado em suas chagas, lhe beijou as mãos, murmurando: “Senhora, sois a mãe de nosso Mestre e a nossa Mãe Santíssima!”. 
Não faz muito tempo – em junho de 2007 -, Divaldo Franco esteve na Casa de Maria, descoberta após a visão da freira alemã Anna Katharina Emmerich, que a descreveu perfeitamente nos idos de 1800, sem nunca haver saído da Alemanha.

A Casa de Maria fica no alto de uma montanha, o Monte Koressos, a 7 km das ruínas de Éfeso. Hoje é lugar de visitação turística, mas, apesar dos vendedores de souvenirs, dos restaurantes e pequenos bares, quando se chega às proximidades da Casa o ambiente é bem tranquilo.

Ao lado da casa, sentado numa muralha de pedra, Divaldo Franco psicografou uma linda mensagem de Joanna de Ângelis, exortando ao amor ao próximo e à prática do bem (foto).
A descrição da viagem de Divaldo ao local pode ser vista na internet na edição n. 11 da revista "O Consolador". Eis o link:   http://www.oconsolador.com.br/11/especial.html


domingo, 20 de maio de 2012

Como os planetas evoluem



Nesta época em que se fala tanto na transformação do globo em um mundo de regeneração, um amigo nos pergunta como se processa a evolução dos planetas.
O progresso de um planeta é consequência do progresso individual daqueles que nele habitam, mas é bom lembrar que o progresso individual não consiste somente no desenvolvimento da inteligência ou na aquisição de alguns conhecimentos. Isso não é senão uma parte do progresso, o qual não conduz necessariamente ao bem, uma vez que se veem homens fazerem muito mau uso do seu saber.
O progresso de uma pessoa consiste, sobretudo, no seu aperfeiçoamento moral, na depuração do seu Espírito, na extirpação da má índole que nele exista. Esse é o verdadeiro progresso, o único que pode assegurar a felicidade da Humanidade, porque é, em essência, a própria negação do mal. O homem mais avançado em inteligência pode fazer muito mal; aquele que é avançado moralmente não faz senão o bem. Eis por que existe interesse para todos no progresso moral da Humanidade.
Não é, pois, difícil compreender que a fé na vida futura, ensinada pelo Espiritismo, contribui muito para que o progresso individual se realize. É que, convencido de que a vida continua e não se restringe ao acanhado momento em que vivemos, o círculo das ideias se alarga e o progresso pessoal passa a ter um objetivo, uma utilidade efetiva. Da continuidade das relações entre os homens nasce naturalmente o sentimento de solidariedade, e a fraternidade passa a apoiar-se sobre uma lei natural e ter em vista o interesse de todos.
A crença na vida futura é, assim, elemento de progresso, porquanto é o estimulante do Espírito, visto que só ela pode dar coragem nas provas e perseverança na luta contra o mal, ao mostrar-lhe que há um objetivo real nessa luta e nas provas.
Cientes do que acima dissemos, é fácil compreender que nossas atitudes e nosso comportamento são fundamentais no processo de evolução do mundo em que vivemos, evolução essa que é naturalmente lenta, porque também é lento o amadurecimento dos Espíritos.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Pílulas gramaticais – n. 7


Veja as orações seguintes e observe os erros que nelas se contêm: 

1. Para meu irmão tanto fazem quinhentos como dois mil reais.
2. A instituição está comemorando bodas de prata de fundação.
3. A receita manda que se deve cozinhar ao banho-maria.
4. Ontem trovejou bastante, no entretanto não choveu.
5. Que horas chegaremos?
6. Surpreendido pelo diretor, o aluno deu uma resposta sem pé e sem cabeça.

Agora, as mesmas construções corrigidas, com as explicações cabíveis:

1. Para meu irmão tanto faz quinhentos como dois mil reais. (A expressão tanto faz... como é invariável, porque está subentendido na frase o verbo receber.)
2. A instituição está comemorando jubileu de prata de fundação. (O vocábulo bodas aplica-se somente a matrimônio.)
3. A receita manda que se deve cozinhar em banho-maria. (A forma substituída é considerada francesismo.)
4. Ontem trovejou bastante, no entanto não choveu. (Não existe a locução no entretanto, que deve, nesse caso, ser substituída por “no entanto”, “entretanto”, “contudo” ou “mas”.)
5. A que horas chegaremos? (O uso da preposição “a” é, nesse caso, indispensável.)
6. Surpreendido pelo diretor, o aluno deu uma resposta sem pé nem cabeça. (A correlação de uma frase negativa é feita com o vocábulo nem: sem pé nem cabeça; sem eira nem beira; sem mais nem menos; sem alguém nem vintém etc.)

*

A palavra bimestral não tem o mesmo significado de bimensal.
Bimestral refere-se ao que se verifica a cada dois meses.
Bimensal diz respeito ao que ocorre duas vezes por mês. Um periódico publicado quinzenalmente é bimensal. O que é publicado a cada dois meses é bimestral.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Por que encarnamos?


A finalidade da encarnação dos Espíritos em planetas como a Terra é algo bem definido na doutrina codificada por Allan Kardec, como provam os textos que se seguem.
O Codificador do Espiritismo perguntou aos Espíritos: – Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos? Eles responderam: “Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.” (O Livro dos Espíritos, 132.)
Em momento distinto, o Codificador indagou: – Como pode a alma acabar de se depurar? Resposta: "Submetendo-se à prova de uma nova existência". A finalidade da reencarnação é: "Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isso, onde estaria a justiça?" (O Livro dos Espíritos, 166 e 167.)
Em artigo publicado em 1863 Kardec examinou a tese de que os Espíritos não teriam sido criados para encarnarem; a encarnação não seria senão o resultado de sua falta. O Espiritismo afirma o contrário, ou seja, que a encarnação é uma necessidade para o progresso do Espírito e do próprio planeta em que ele vive, e não uma forma de castigo, como ensina o roustainguismo.  (Revista Espírita de 1863, pp. 164 a 166.)
Comunicação obtida em 1864 na Sociedade Espírita de Sens diz que a reencarnação é fator indispensável ao progresso espiritual, a que Kardec acrescenta que, trabalhando para si mesmo, o Espírito encarnado trabalha para o melhoramento do mundo em que habita.
Em Paris, o mesmo tema foi focalizado por outro Espírito, que explicou que a reencarnação é necessária enquanto a matéria domina o Espírito. Do momento em que o Espírito chegou a dominar a matéria, a reencarnação não se torna mais necessária; é o estado dos chamados Espíritos puros. (Revista Espírita de 1864, pp. 48 a 50.)
Colhemos desta última comunicação os ensinamentos seguintes: I) À medida que as sensações corporais do homem se tornam mais requintadas, suas sensações espirituais também despertam e crescem. II) Sendo os fluidos os agentes que põem em movimento o nosso corpo, são eles os elementos de nossas aspirações, pois existem fluidos corpóreos e fluidos espirituais. III) Esses fluidos compõem o corpo espiritual do Espírito que, uma vez encarnado, age por meio deles sobre a máquina humana, que ele deve aperfeiçoar. IV) O Espírito possui livre-arbítrio e procura sempre o que lhe é agradável e satisfaz. Se for um Espírito inferior e material, busca suas satisfações na materialidade e dá, assim, um impulso aos fluidos materiais. V) Como necessita de depuração e esta só é alcançada pelo trabalho, as encarnações escolhidas lhe são mais penosas, porque - depois de haver dado supremacia à matéria e a seus fluidos - deve constrangê-la, lutar com ela e dominá-la.  (Revista Espírita de 1864, p. 52 a 55.)
Comentando a mensagem, Kardec ensina que, considerada do ponto de vista do progresso, a vida do Espírito apresenta três períodos principais:
1o) O período material, no qual a influência da matéria domina a do Espírito. 
2o) O período do equilíbrio, no qual ambas as influências se exercem simultaneamente.
3o) O período espiritual, no qual, tendo dominado completamente a matéria, o Espírito não mais necessita da encarnação e seu trabalho passa a ser inteiramente espiritual; é o estado dos Espíritos nos mundos superiores. (Revista Espírita de 1864, pp. 52 a 55.)
Emmanuel assevera que a reencarnação, em si mesma, representa uma estação de tratamento e de cura de certas enfermidades d’alma, às vezes tão persistentes, que podem reclamar várias estações sucessivas, com a mesma intensidade nos processos regeneradores. (O Consolador, pergunta 96.)
E é exatamente isso que se vê nas trovas seguintes, psicografadas por Chico Xavier, constantes do livro “Na Era do Espírito”, cap. 4:
"Para quem sofre no Além
Sob a culpa em choro inglório
O regresso ao lar terrestre
É a bênção do purgatório" (Oscar Leal)
"Não adianta fugir
Do débito que se atrasa,
Reencarnação chega logo
Cobrando dentro de casa" (Cornélio Pires)
"Quando um sábio das Alturas
Necessita reencarnar
Ninguém consegue impedir
Nem adianta evitar" (Casimiro Cunha)
"De quaisquer provas na Terra
 A que mais amansa a gente:
Inimigo reencarnado
 Sob a forma de parente" (Lulu Parola)

domingo, 13 de maio de 2012

A todas as mães, as nossas homenagens


   Neste dia consagrado às Mães, queremos deixar registrada aqui  nossa homenagem a todas elas, representada em um lindo poema que Maria Dolores escreveu pelas mãos de Chico Xavier e, em seguida, na bela canção que Herivelto Martins e David Nasser dedicaram às Mães:

Ouça, mãezinha

Maria Dolores

Quero lembrar, mamãe, a vida de criança
quando você me punha de mãos postas
e ensinava-me a oração:
– “Pai nosso, que estais no Céu,
santificado seja o vosso nome…”
Depois da prece, ao desunir-me as mãos,
você me esclarecia:
– “Todos somos irmãos,
a lei de Deus é praticar o bem,
perdoar e servir sem perguntar a quem.”
 No entanto, logo após, se alguém
me molestava, você perdia o rosto amigo
e protestava incontinenti:
– “Quem ferir a você há de se haver comigo!”

Se me entregava à rebeldia,
quebrando o prato ou rasgando a lição,
você me recolhia junto ao peito,
e se os vizinhos nos aconselhavam
a fugir da superproteção,
você justificava com seu jeito:
– “Ninguém nasce perfeito,
eu só sei que sou mãe…”

Se parentes e amigos me acusavam
pelos erros que fiz,
você me defendia revoltada,
mostrando-se infeliz…
E depois, a fitar-me enternecidamente,
você falava assim:
– “Não creia nas intrigas dessa gente
que nada vale para mim.
Tenho em você um anjo que não erra,
que apareceu na Terra
para grande missão…
Será você em nossa casa
o nosso apoio e a nossa salvação!”

Eu tudo ouvia num deslumbramento…
Depois, mamãe, o tempo, igual ao vento,
veio e varreu as suas profecias.
Quando cresci, cheguei a acreditar
que você fosse
egoísta e antiquada, de ânimo violento.
E, acalentando estranhas fantasias,
troquei o nosso lar por estradas sombrias…
Tudo o que então sofri não sei contar.
Muitas vezes chorei
meditando em você, triste sozinha,
nas aflições e mágoas que lhe dei,
a humilhar-se e lutar por culpa minha!

Um dia regressei
sobre os meus próprios passos.
Tive saudade de você…
Você me abriu os braços…
Não quis saber o que eu fizera,
nem como nem por quê…
E ao relatar meus grandes infortúnios,
vi pranto nos seus olhos.
Seu carinho enlaçou-me e você me falou,
cariciosamente,
no mesmo antigo e doce tom de voz:
– “Nunca perca a esperança, meu tesouro!
Deus terá novo rumo para nós.”

Hoje, passado tanto tempo,
venho vê-la e beijá-la, mãe querida!
Não preciso explicar que não fui anjo,
nem gênio salvador.
Quero apenas dizer que o seu imenso amor
fortaleceu-me a fé e iluminou-me a vida!
E se posso pedir algo de novo,
embora não mereça,
abrace-me e perdoe… perdoe e esqueça
as lâminas e espinhos
que lhe finquei no peito
em forma de aflição.
E depois da oração
que você me ensinava,
diga, mamãe, enquanto estamos sós:
– “Nunca perca a esperança, meu tesouro!
Deus terá novo rumo para nós.”

[Do cap. 18 do livro Astronautas do Além, de autoria de Francisco Cândido Xavier, J. Herculano Pires e Espíritos Diversos.]

   A seguir, na voz de Agnaldo Timóteo e Ângela Maria, a canção a que nos referimos:


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Estudos espíritas: como iniciá-los


 Aos que me perguntam como começar os estudos sobre a doutrina espírita, digo e repito que não se pode conhecer Espiritismo sem estudar as obras de Allan Kardec. Desse modo, os livros que o neófito deve ler são, inicialmente, os de Allan Kardec.
A ordem que ele mesmo sugeriu é esta:

1 - O que é o Espiritismo (capa ao lado);
2 - O Livro dos Espíritos;
3 - O Livro dos Médiuns e, depois, as demais obras que compõem o chamado Pentateuco Kardequiano e as edições da Revue Spirite de 1858 a 1869.

A pessoa pode intercalar a leitura dessas obras com a leitura das primeiras escritas por André Luiz:
1 - Nosso Lar (capa ao lado);
2 - Os Mensageiros;
3 - Missionários da Luz e, depois, as demais obras que compõem a chamada Série Nosso Lar.
Todas as obras mencionadas, caso a pessoa não consiga encontrá-las, podem ser baixadas no site da revista "O Consolador" - www.oconsolador.com
Nessa revista encontram-se também os textos condensados de todas ou quase todas, fato que permite à pessoa ler o livro e, ao mesmo tempo, ver como ele foi objeto de estudo em nossa revista.
Eis as edições em que estão os estudos a que me refiro:
- O que é o Espiritismo – edições 23-36
- O Livro dos Espíritos – edições 209-250
- O Livro dos Médiuns – edições 251 e seguintes
- Nosso Lar – edições 1-12
- Os Mensageiros – edições 13-24
- Missionários da Luz – edições 25-44.
Para ver as edições citadas, basta acessar o site da revista e, em seguida, clicar no link "Edições Anteriores", que aparece no alto da página inicial do site. Clicando nele, a pessoa terá acesso a todas as edições da revista, desde seu número inicial, que permanecem on-line e disponíveis a um simples clique.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Pílulas gramaticais - n. 6


Eis dez erros bastante comuns que é possível evitar: 
·        Face ao que encontramos lá, tivemos de voltar. 
(O correto é: Em face do que encontramos lá, tivemos de voltar. Explicação: “Face a” é galicismo. Em português temos “em face de”.)
·        Tal atitude, ao meu ver, é equivocada. 
(O correto: Tal atitude, a meu ver, é equivocada. Explicação: Devemos usar sempre a meu ver, a seu ver, a nosso ver.)
·        Fomos até lá, mas não tomamos parte do negócio. 
(O correto: Fomos até lá, mas não tomamos parte no negócio. Explicação: Quem toma parte, toma parte em alguma coisa.)
·        Rezamos muito para Nossa Senhora. 
(O correto: Rezamos muito a Nossa Senhora. Explicação: O verbo rezar exige a preposição “a”.)
·        Para a pintura ficar boa, foi preciso dar três mãos de tinta. 
(O correto: Para a pintura ficar boa, foi preciso dar três demãos de tinta. Explicação: Demão, e não mão, é o vocábulo correto aplicável ao caso.)
·        Benza Deus, que calor insuportável! 
(O correto: Benza-o Deus, que calor insuportável! Explicação: A expressão “benza-o Deus” não se modifica, referindo-se ao gênero masculino ou feminino, ao singular ou ao plural.)
·        Fiz a coisa com a melhor intenção. 
(O correto: Fiz a coisa na melhor intenção. Explicação: A expressão correta é “na melhor intenção”.)
·        O Botafogo tomou um suador domingo. 
(O correto: O Botafogo tomou um suadouro domingo. Explicação: Suador diz-se de alguém que está suando.)
·        Não temos preconceito contra nada. 
(O correto: Não temos preconceito sobre nada. Explicação: O vocábulo preconceito pede “sobre”.)
·        Este crime está relacionado ao outro. 
(O correto: Este crime está relacionado com o outro. Explicação: Relacionado pede a preposição “com”.)



terça-feira, 8 de maio de 2012


Num dia como hoje Anita Borela nos deixou


Num dia como hoje – 8 de maio – minha mãe, Anita Borela de Oliveira (foto), partiu de retorno à pátria espiritual. Corria o ano de 1950. 

Nascida de pais italianos em 5 de janeiro de 1909, na cidade de Leopoldina (MG), sua vida apresenta lances de heroísmo, sacrifício e renúncia, que evidenciam a grandeza de sua alma e a firmeza de sua fé espírita.
Em 1927, quando contava 18 anos, casou-se com Astolfo Olegário de Oliveira, passando a residir na cidade de Astolfo Dutra (MG), na época um pequeno distrito chamado Porto de Santo Antônio.
Seu marido tornou-se espírita em 1932 e ela se admirou com sua transformação e com as ideias novas que esposava. Sua adesão ao Espiritismo trouxe, porém, ao casal sérios aborrecimentos porque a pequena comunidade espírita da cidade passou a sofrer violenta perseguição do clero local, bravamente suportada por eles.
Era tão grande a firmeza que o grupo nascente demonstrava, que Anita, solidarizando-se com os espíritas, passou a defender e ao mesmo tempo a admirar profundamente o Espiritismo. É que ela, embora não o soubesse, já era, na intimidade, espírita.
Possuidora de uma energia inquebrantável, quando alguns católicos mais extremados começaram a apedrejar sua casa, nos dias de procissão, reunia os filhos (alguns ainda bem pequenos) e ia com eles para a varanda da casa, disposta a enfrentar na própria face o apodo e a afronta, em nome da fé que então já esposava de todo o coração.
Por essa ocasião suas faculdades mediúnicas afloraram com um potencial que expressava bem suas aquisições espirituais do passado. Audição, vidência, psicofonia, cura, clarividência, efeitos físicos, eis as faculdades que passou a exercer com a responsabilidade de quem entendia a própria missão.
Em pouco tempo, seu amor pelos semelhantes a tornou conhecida e procurada pelos necessitados de toda a sorte, que encontravam na sua presença o alívio, o consolo e a cura.
Anita era muito solicitada em duas situações comuns naquela época: o atendimento às criaturas envolvidas em processos obsessivos e a descoberta de pessoas desaparecidas. Ao se inteirar do nome daquele que estava sendo procurado, fechava os olhos e com toda a naturalidade descrevia a pessoa desaparecida e o local onde se encontrava. Quando havia um afogamento no rio Pomba, o Sr. Durval, velho canoeiro do Porto, ia primeiro ao encontro dela para que descrevesse a posição do corpo e o lugar em que estava.
Desde que se tornou espírita, pouco antes do falecimento de Abel Gomes, ocorrido em 1934, Anita passou a frequentar com assiduidade a Cabana Espírita Abel Gomes, nome dado ao centro espírita após a desencarnação de Abel, que o fundara.

Em 1950, Anita Borela não estava fisicamente bem. Mãe de onze filhos (na foto ao lado, tirada em 1942, em que faltam dois filhos que não haviam nascido até então,  veem-se, da esquerda para a direita: Arthur, Edna, Lila, Ayres, Marly, Nitinha, Eunice, Amaury e Iclea, que é o bebê no colo de Anita e, ao lado desta, seu esposo Astolfo) e com inúmeros afazeres, seu estado de saúde agravou-se com o surgimento de uma nova gravidez, o que não a impediu de continuar suas tarefas no lar e no centro espírita.
Na noite de 8 de maio de 1950, seu coração não resistiu e Anita – aos 41 anos de idade – desencarnou, deixando uma lacuna enorme no movimento espírita da cidade, onde já funcionava, além do centro espírita, a Fundação Espírita Abel Gomes, um lar voltado para o amparo e educação de meninas órfãs, construído sob sua inspiração.
Em Londrina, Astolfo Dutra, Cataguases e Leopoldina existem Centros Espíritas que trazem no seu frontispício o nome de Anita Borela de Oliveira, que foi também dado ao Círculo de Leitura que fundamos em Londrina e aqui funciona desde junho de 1996.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Uma breve história acerca de Divaldo Franco


Postamos ontem no Facebook um documentário produzido e dirigido pelo confrade Oceano Vieira de Melo, sobre a vida e a obra de nosso estimado Divaldo Franco, que completou no último sábado – dia 5 de maio – 85 anos, em plena atividade e no perfeito gozo de saúde física e mental, fato que constitui um exemplo para todos nós.
   Decidi colocar o documentário neste Blog, para que outras pessoas possam também conhecê-lo, pois vale a pena assistir ao vídeo, se quisermos saber um pouco mais sobre o trabalho desse incansável divulgador do Espiritismo.
A narração é do ator Ednei Giovenazzi, conhecido de todos que costumam assistir às novelas da Rede Globo.
Para acessar o vídeo, clique em  https://www.youtube.com/watch?v=RjV7tpnfwSc




Documentário: Divaldo Pereira Franco - Humanista e Médium Espírita


sábado, 5 de maio de 2012

Divaldo Franco, 85 anos de uma vida plena

  Divaldo Franco faz hoje 85 anos, dos quais 65 dedicados à causa do Espiritismo e às crianças e famílias carentes da periferia de Salvador-BA.

Estas palavras são uma pálida homenagem que lhe prestamos, mas têm também o objetivo de dar, aos que nos leem, o conhecimento de parte do muito que ele fez e continua a fazer ao longo de sua profícua existência. (1)

Nascido em 5 de maio de 1927, na cidade de Feira de Santana-BA, seu contato com os Espíritos iniciou-se na infância. Em 1943 concluiu o curso de magistério e pouco depois ingressou no antigo IPASE, onde se aposentou em 1980.
Como orador, proferiu mais de 13 mil conferências em cerca de duas mil cidades do Brasil e do exterior, onde já esteve e falou em cerca de 65 países de todos os continentes de nosso globo.
Como médium psicógrafo, recebeu mediunicamente e publicou 255 obras, que tiveram até o momento mais de oito milhões de exemplares, escritas por cerca de 211 diferentes Autores desencarnados. Algumas delas foram traduzidas para 17 idiomas.
Joanna de Ângelis, mentora do estimado amigo, é autora da maioria dos livros que Divaldo psicografou, inclusive o primeiro por ele psicografado, intitulado Messe de Amor, publicado em 1964.
Como trabalhador espírita, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção em 7 de setembro de 1947 e, cinco anos depois, com seu primo Nilson de Souza Pereira, a Mansão do Caminho, que é, como sabemos, um complexo educacional com 83.000 m2 e cinquenta e duas edificações, em que se atendem três mil crianças e jovens de famílias de baixa renda, com inúmeras atividades socioeducacionais, a saber: Creche, Escolas de Ensino Fundamental e Médio, Informática, Cerâmica, Panificação, Bordado, Reciclagem de Papel, Centro Médico, Laboratório de Análises Clínicas, Atendimento Fraterno, Caravana Auta de Souza, Casa da Cordialidade e Biblioteca.
Mais de trinta e cinco mil crianças passaram, até hoje, pelos vários cursos e oficinas da Mansão do Caminho, uma obra mantida basicamente com a venda dos livros por ele psicografados e dos CDs e vídeos de suas conferências, seminários, entrevistas e mensagens.
Ao amigo e irmão dileto, neste dia do seu aniversário, enviamos o nosso abraço e as nossas melhores vibrações, com votos de paz e saúde!
E aos nossos leitores, um presente  – o Poema da Gratidão – na interpretação de Divaldo Franco:


   (1) 
Os dados citados neste texto foram colhidos no site oficial do estimado confrade e não incluem os números pertinentes ao que se verificou a partir de janeiro deste ano.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Fatos mediúnicos colhidos nos Evangelhos



Um amigo pede-nos que especifiquemos aqui alguns dos fatos mediúnicos referidos nos Evangelhos.
Já dissemos em várias oportunidades que a Bíblia, tanto no Antigo Testamento quanto em o Novo Testamento, é pródiga nas referências a fatos mediúnicos, ou seja, a fenômenos em que Entidades desencarnadas se valem de um intermediário encarnado para transmitir alguma mensagem.
Eis alguns desses fatos colhidos nos Evangelhos e no livro de Atos dos Apóstolos, obra escrita por Lucas:
Gabriel avisa Maria sobre o nascimento de Jesus.
Os pastores são avisados de que próximo deles, numa estrebaria, nascera o menino Jesus.
José é avisado pelos Espíritos de que Herodes decidira a matança dos meninos recém-nascidos.
Jesus recebe no monte Tabor a visita de Moisés e Elias, ambos devidamente materializados.
Após sua crucificação, Jesus aparece a Maria e depois aos apóstolos reunidos na casa de Pedro.
Jesus aparece a Paulo de Tarso à entrada de Damasco.
Na festa de Pentecostes, os apóstolos, em transe mediúnico, recebem mensagens em diferentes idiomas.
Com relação a esse curioso episódio, Emmanuel, que foi mentor espiritual do médium Chico Xavier, diz que naquele dia, como podemos ler em Atos, capítulo 2, versículos 1 a 13, os apóstolos que se mantiveram leais ao Senhor converteram-se em médiuns notáveis, ocasião em que, associadas as suas forças, os emissários espirituais de Jesus produziram, por meio deles, fenômenos físicos em grande quantidade, como sinais luminosos e vozes diretas, além de comunicação por meio da psicofonia e da xenoglossia, em que os ensinamentos do Evangelho foram ditados, ao mesmo tempo e em várias línguas, para os israelitas que ali se encontravam, oriundos de diferentes lugares.
As relações entre os cristãos e os Espíritos eram tão frequentes que o evangelista João chegou a escrever: “Amados, não acrediteis em todos os Espíritos, mas vede primeiro se eles vêm da parte de Deus”.