domingo, 7 de julho de 2024

 



Trabalha, luta, ora e o céu estará em ti

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

 

Um confrade de Portugal propôs-nos uma interessante questão. Disse-nos ele que, segundo a Doutrina Espírita, caminhamos para Deus à custa do esforço de cada um e, portanto, não há privilegiados. Como interpretar então a aparição de Jesus a Saulo de Tarso na estrada de Damasco?

Como sabemos, foi a partir daí que Saulo se converteu às ideias do Cristo e de perseguidor se transformou no grande Apóstolo do Cristianismo.

Aparecer a Saulo constituiu ou não um privilégio?

Não, claro que não.

É preciso saber primeiro quem era Saulo – mais tarde conhecido como Paulo – e, para isso, seria importante a leitura do livro Paulo e Estêvão, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier.

Em segundo lugar, meditemos na informação contida nos versículos 10 a 17 do cap. 9 de Atos dos Apóstolos. Segundo Atos, Jesus disse a Ananias, referindo-se a Saulo: “Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome”.

Saulo já era, portanto, a pessoa talhada para a tarefa e que, como ocorre com muitos de nós, não se dera conta até então do trabalho a realizar.

Agostinho – que no futuro seria conhecido como Santo Agostinho – também só despertou mais tarde para a missão que lhe estava reservada. Mas tanto Agostinho quanto Saulo traziam um preparo adquirido em existências anteriores e não constituem, em hipótese nenhuma, exemplos de privilégio, fato que não ocorre na obra da Criação, visto que, como ensina o Espiritismo, Deus fez do homem o artífice de seu próprio destino. Eis por que o caminho que conduz ao bem requer esforço seguido e trabalho constante, completa vigilância e atenta pesquisa, instinto frenado e razão operante.

“Trabalha, luta, ora e o céu estará em ti”, eis as palavras de um lindo poema, intitulado “Por que se lamentar?”, autoria de um Espírito Protetor, publicado por Kardec na edição de março de 1863 da Revista Espírita, cujos versos definem com precisão como se concretiza o processo evolutivo.

 

 

 

 

 

  

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