CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
Em todo lugar
da ilha, o som do mar é ouvido; energia refazedora exala dele. As criaturas que
vivem nesse ambiente natural possuem a luz dos olhos mais brilhante. O contato
com a pureza lhes proporciona a leveza do ser.
Os delicados
passos, na areia, eram rápidos, mas seguros; eles sabiam o que queriam. Ora
corriam para sentir a água que chegava com a onda, ora recuavam para, só na
orla da praia, ficar e observar. Algo sábio: a ave não se virava contra o
sopro; seus olhinhos ficavam cara a cara com o vento energético expelido dos
pulmões do mar.
Tinha por
perto muitas companheiras; no entanto, compartilhava, certos momentos, com
algumas, e sentia por outras afinidade maior, ou seja, vivia em comunidade, mas
sabia que o voo da vida era rasante,
individual. E lá estava ela, conquistando a sua refeição; também conhecia sua
responsabilidade, pois esse sentimento é doação do Pai para todos os seres
vivos e se, por acaso, há criatura que ainda não despertou, sem dúvida,
despertará.
O pôr do sol
chegara. A ave sentia o calor da estrela laranja e compreendia sua mensagem. A
percepção era, naturalmente, a de uma gaivota perante o horizonte. Estava
feliz, mais um ciclo diário pôde vivenciar.
Viria o
início da noite e depois a noite por inteira. Tudo continua. Não há importância
se uma criatura está em um ou outro lugar, em um ou determinado tempo; o que
importa é a sua compreensão de que viver é a mais profunda e linda oportunidade
de progresso.
No mar, no
ar, na terra, hoje e sempre é motivo de celebração.
A gaivota
alçou voo para seu descanso; amanhã, um novo brilho do Sol estará iluminando a
natureza.
O fascínio da
vida se apresenta de formas incontáveis de enredo; pode ser sobre o mar e a
gaivota, ou sobre o mundo e nós.
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