Estudamos semanalmente no
Centro Espírita Nosso Lar, de Londrina (PR), o livro “No Invisível”, um dos
clássicos do Espiritismo, de autoria de Léon Denis. São duas as turmas de
estudo, uma na terça à noite, a outra na quinta-feira à tarde.
Reproduzimos, em seguida,
o texto de mais um módulo concluído, cuja publicação tem por finalidade
proporcionar, a quem se interessar, a oportunidade de acompanhar o mencionado
estudo.
Questões para debate
A. A que espécie de fenômeno estão
relacionadas a visão e a audição psíquicas?
Tanto a
visão quanto a audição psíquicas em estado de vigília estão ligadas aos
fenômenos de exteriorização. Necessitam, pois, de um começo de desprendimento
no percipiente. Não se trata mais de fatos fisiológicos ou de manifestações do
ser vivo, a distância, e sim de uma das formas de mediunidade. Na visão
espírita, a alma do sensitivo já se acha parcialmente exteriorizada, isto é,
fora do organismo material. Sua faculdade própria de visão se vem acrescentar
ao sentido físico da vista. Às vezes a substituição deste pelo sentido psíquico
é completa. Demonstra-o o fato de, em certos casos, o médium ver com os olhos
fechados. Léon Denis foi muitas vezes testemunha desse fenômeno. (No Invisível - O Espiritismo experimental:
Os fatos - XIV - Visão e audição psíquicas no estado de vigília.)
B. Qual é mais sutil e penetrante: o
sentido psíquico ou o sentido físico?
O sentido
psíquico é muito mais sutil que o sentido físico, pois pode distinguir formas,
radiações, combinações da matéria que a vista normal não seria capaz de
perceber. No caso da visão de pessoas desencarnadas, o Espírito muitas vezes,
para tornar mais nítida a percepção, recorre a um começo de materialização.
Objetiva-se mediante as forças hauridas nos assistentes. Nessas condições, sua
forma fluídica penetra no campo visual do médium e pode mesmo, em certos casos,
impressionar a placa fotográfica. (Obra
citada - O Espiritismo experimental: Os fatos - XIV - Visão e audição psíquicas
no estado de vigília.)
C. É necessário o concurso de objetos
– espelho, cristal, copo d´água – para que o sensitivo consiga perceber as
imagens de natureza psíquica?
Em alguns
casos, sim. Há sensitivos que só obtêm a visão por meio de objetos em que se
concentra o pensamento dos Espíritos sob a forma de imagens ou quadros, como,
por exemplo, um copo d'água, um espelho, um cristal. Quando o Espírito é
impotente para fazer vibrar o cérebro do médium ou provocar uma exteriorização
suficiente, impregna de fluidos os objetos que acabamos de indicar, e faz, pela
ação da vontade, aparecerem imagens, cenas muito nítidas, que o sensitivo
descreverá em suas menores particularidades e que outros assistentes poderão
igualmente ver. (Obra citada - O
Espiritismo experimental: Os fatos - XIV - Visão e audição psíquicas no estado
de vigília.)
Texto para leitura
559.
Pode-se, finalmente, ver nos “Annales des Sciences Psychiques”, de agosto de
1905, a narrativa de um caso descrito pelo “Messagero”, de Roma:
“Um certo
Marino Tonelli, de 27 anos de idade, residente em Rancidello (República de San
Marino), regressava a casa, em seu cabriolé, na noite de 13 de junho.
Adormecera e, ao passar por um lugar perigoso da estrada, conhecido sob a
denominação de Coste di Borgo, de repente sentiu-se violentamente sacudido e
despertou. Achou-se estendido num campo, ao fundo de pequena ribanceira, por
onde acabava de rolar com o cavalo e o cabriolé. Felizmente não estava ferido e
começara, com o auxílio de algumas pessoas que o haviam acudido, a pôr a salvo
sua pequena equipagem, quando viu aparecer, com grande espanto, sua mãe. A
pobre senhora, chorando de comoção, o abraçou, perguntando-lhe se não se
machucara e acrescentou: – Eu te vi, sabes? Não conseguia dormir. Tua mulher e
os teus dois pequeninos já estavam dormindo há algum tempo; mas eu sentia uma
inquietação, um mal-estar extraordinário, desconhecido, que não podia explicar.
De repente vi aparecer diante de mim este caminho, exatamente este lugar, com a
ribanceira ao lado; vi o cabriolé virar e seres precipitado neste campo; tu me
chamavas em teu socorro. Senti, por último, a necessidade irresistível de aqui
vir e, sem despertar pessoa alguma, resistindo ao pavor da solidão, da
obscuridade e da tempestade ameaçadora, aqui estou, depois de uma caminhada de
quatro quilômetros.” O correspondente do “Messagero” termina dizendo: “Aí está
o fato, aí a narrativa exata que colhi dos lábios, ainda trêmulos de comoção,
dessa honrada gente.”
560. De
acordo com uma indagação a que procedeu ao Senhor Francesco, a inquietação da
mãe do rapaz precedeu de algumas horas a visão do acidente, e este ocorreu três
quartos de hora depois da visão, isto é, o tempo necessário para percorrer a pé
a distância que separa a casa dos Tonelli do lugar do acidente.
561. A
premonição e os pressentimentos são difíceis de analisar-se, do ponto de vista
científico. Não são explicáveis, senão em certos casos, quando o acontecimento
pressentido tem precedentes, subjetivos ou objetivos. Na maioria dos casos,
porém, os fatos anunciados nada oferecem que se preste à ideia de sucessão ou encadeamento.
562. Donde
vem o poder de certas almas, de lerem no futuro? Questão profunda e obscura,
que causa vertigem como o abismo, e que não propomos sem uma certa perturbação,
porque a sentimos quase insolúvel para a nossa mesquinha ciência. Do mesmo modo
que, girando no espaço, cada mundo se comunica, através da noite, com a grande
família dos astros pelas leis do magnetismo universal, assim também a alma
humana, centelha emanada do Divino Foco, se pode comunicar com a grande Alma
eterna e dela receber instruções, inspirações, lampejos instantâneos.
563. Desta
explicação podem sorrir os cépticos. Não é, porém, de nossa elevação para Deus
que derivam as forças vivas, os socorros espirituais, tudo o que nos engrandece
e faz melhores? Cada um de nós possui, nas profundezas de seu ser, como que uma
fresta rasgada sobre o infinito. No estado de desprendimento psíquico – sonho,
êxtase, transe – o círculo de nossas percepções se pode dilatar em proporções
incalculáveis; entramos em contato com a imensa hierarquia das almas e dos
poderes celestes. Gradual e sucessivamente, pode o espírito remontar até à
Causa das causas, à Inteligência divina, para quem o passado, o presente e o
futuro se confundem num todo único, e que do conjunto dos fatos conhecidos sabe
deduzir todas as consequências que comportam.
564. XIV -
Visão e audição psíquicas no estado de vigília – A visão e audição psíquicas em
estado de vigília estão ligadas aos fenômenos de exteriorização, neste sentido:
necessitam de um começo de desprendimento no percipiente. Não se trata mais de
fatos fisiológicos ou de manifestações do ser vivo, a distância, e sim de uma
das formas de mediunidade.
565. Na
visão espírita, a alma do sensitivo já se acha parcialmente exteriorizada, isto
é, fora do organismo material. Sua faculdade própria de visão se vem
acrescentar ao sentido físico da vista. Às vezes a substituição deste pelo
sentido psíquico é completa. Demonstra-o o fato de, em certos casos, o médium
ver com os olhos fechados. Fui muitas vezes testemunha desse fenômeno.
566. Convém
ter o cuidado de distinguir a clarividência da visão mediúnica. Acontece que
sonâmbulos muito lúcidos, no que se refere aos seres e às coisas deste mundo,
são inteiramente cegos a respeito de tudo o que concerne ao mundo dos
Espíritos. Prende-se isso à natureza das irradiações fluídicas de seu invólucro
exteriorizado e ao modo peculiar de adestramento a que os submete o
magnetizador. É o que distingue o estado de simples lucidez do de mediunidade.
Neste último caso, já não é o magnetismo humano que intervém. O vidente se acha
sob a influência do Espírito que sobre ele opera, visando produzir determinada
manifestação. Provocando o estado de semidesprendimento, faculta ao sensitivo a
visão espiritual.
567. O
sentido psíquico, como vimos, é muito mais sutil que o sentido físico; pode
distinguir formas, radiações, combinações da matéria que a vista normal não
seria capaz de perceber. Para tornar mais distinta sua aparição, o Espírito
muitas vezes recorre a um começo de materialização. Objetiva-se mediante as
forças hauridas nos assistentes. Nessas condições, sua forma fluídica penetra
no campo visual do médium e pode mesmo, em certos casos, impressionar a placa
fotográfica.
568. Os
videntes descrevem os Espíritos com particularidades que são outros tantos
elementos de comprovação. Depois vem a fotografia confirmar, ao mesmo tempo, a
fidelidade da descrição e a identidade dos Espíritos que se manifestam. Estes
são muitas vezes desconhecidos dos médiuns.
569. No
grupo de estudos psíquicos de Tours, de
1897 a 1900, possuíamos três médiuns videntes, auditivos e de incorporação.
Antes de adormecerem, feita a obscuridade, eles divisavam, ao pé de cada um dos
assistentes, Espíritos de parentes ou de amigos que nomeavam quando os
conheciam, ou que descreviam minuciosamente quando os viam pela primeira vez.
Nesse caso, a descrição era tal que, conforme a atitude ou o vestuário, os
assistentes reconheciam facilmente a personalidade do manifestante. Além disso,
os médiuns ouviam e transmitiam a linguagem dos Espíritos e os desejos que
estes formulavam.
570. A
impressão produzida nos videntes variava de modo muito sensível, conforme o
desenvolvimento das faculdades mediúnicas ou o adiantamento dos Espíritos. Onde
uns só distinguiam um ponto brilhante, uma chama, outro via uma forma radiosa.
O mesmo acontecia com a audição, que variava de intensidade e precisão conforme
os sensitivos. Enquanto um não percebia mais que um vago som, uma simples
vibração, outro escutava uma harmonia doce e penetrante que o comovia até às lágrimas.
571. O
estado de adiantamento do Espírito, como o sabemos, se revela, à primeira
vista, no Espaço, pelo brilho ou obscuridade do seu invólucro. Em nossas
experiências, já os videntes reconheciam o grau de elevação das almas pela
intensidade de suas irradiações. Muitas vezes fizemos este reparo: médium
acordado, com os olhos abertos, percebia um certo número de Espíritos de todas
as ordens. Fechados os olhos, distinguia somente alguns deles, os mais
adiantados, aqueles cujas irradiações sutis – a exemplo dos raios X em relação
às placas fotográficas – podiam, através das pálpebras cerradas, influenciar o
sentido visual.
572. A
História está cheia de fenômenos de visão e de aparição. Na Judeia, a sombra de
Samuel exorta Saul. No mundo latino aparecem fantasmas a Numa, Brutus e Pompeu.
Os anais do Cristianismo são ricos em fatos desse gênero. Na Idade Média os
mais notáveis fenômenos de visão e audição conhecidos são os de Joana d'Arc. A
essa virgem incomparável, o mais portentoso dos médiuns que já produziu o
Ocidente, é que se deverá sempre recorrer, toda vez que se quiser citar
brilhantes provas da intervenção do mundo invisível em nossa História.
573. A vida
inteira da heroína está cheia de aparições e vozes, sempre idênticas, e que
jamais são desmentidas. Nos vales de Domrémy, nos campos de batalha, em
presença de seus arguidores de Poitiers e dos juízes de Ruão, por toda parte a
assistem e inspiram os Espíritos. Suas “vozes” ressoam-lhe aos ouvidos,
marcando sua tarefa cotidiana e imprimindo à sua vida uma direção precisa e um
glorioso objetivo. Elas anunciam acontecimentos que, sem exceção, se realizam.
Em seu doloroso encarceramento, essas vozes a encorajam e consolam: “Leva tudo
com paciência; não te inquietes com o teu martírio; chegarás por fim ao reino
do paraíso”. E os juízes, a quem ela
comunica esses colóquios, aparecem desassossegados com semelhante predição,
cujo sentido compreendem.
574. A
todas as perguntas pérfidas, insidiosas, que lhe dirigem, as vozes ditam a
resposta e, se esta se fez esperar, ela o declara: “Louvar-me-ei em meu
conselho”. Quando as vozes se calam, abandonada a si mesma, ela não é mais que
uma mulher; fraqueja, se retrata, se submete. Durante a noite, porém, a voz se
faz novamente ouvir. E ela o repete aos seus juízes: “A voz me disse que era
pecado abjurar; o que eu fiz está bem feito”.
575. Certos
sensitivos só obtêm a visão por meio de objetos em que se concentra o
pensamento dos Espíritos sob a forma de imagens ou quadros, como, por exemplo,
um copo d'água, um espelho, um cristal. Quando o Espírito é impotente para
fazer vibrar o cérebro do médium ou provocar uma exteriorização suficiente,
impregna de fluidos os objetos que acabamos de indicar; faz, pela ação da
vontade, aparecerem imagens, cenas muito nítidas, que o sensitivo descreverá em
suas menores particularidades e que outros assistentes poderão igualmente ver.
576. Eis
aqui um dos casos mais notáveis, assinalado pelo “Light” de 16 de fevereiro de
1901. O Espírito de um homem assassinado faz encontrarem seu corpo, a princípio
por meio da visão no cristal, e depois, diretamente, pelos sentidos psíquicos
do médium:
“O Sr.
Perey-Foxwell, corretor de câmbio, residente em Thames Ditton, a pequena
distância de Londres, saiu de casa no dia 20 de dezembro de 1900, pela manhã, e
dirigiu-se para seu escritório, na cidade. Aí não apareceu ele nesse dia nem
nunca mais. Verificado o seu desaparecimento, a polícia procedeu a longas e
minuciosas pesquisas, mas inutilmente. Desesperançada, a Sra. Foxwell recorreu
a um médium, o Sr. Von Bourg, que obteve, em um espelho, a visão do corretor de
câmbio, vivo, e depois o seu corpo debaixo d’água. Numa outra sessão o médium
vê um Espírito de pé junto à Sra. Foxwell, indicando com insistência um
relógio, uma cadeia e berloques que tem na mão. Naquele se vê gravado um nome.
A Sra. Foxwell, pela descrição, reconhece seu marido e o relógio, graças ao
qual pôde mais tarde ser o corpo identificado. O Espírito pede que procurem seu
despojo e promete conduzir o médium ao lugar em que foi lançado à água. Faz-se
uma nova reunião, e o Espírito desenha, pelo punho do Sr. Von Bourg, a planta
do caminho que será preciso percorrer. Acompanhado de muitos amigos do finado,
o médium toma esse caminho e segue-lhe todas as sinuosidades. Experimenta a repercussão
muito viva das impressões sentidas pela vítima. No próprio local em que esta
foi ferida, quase perdeu os sentidos. Tiveram que percorrer diversas veredas,
contornar casas, transpor barreiras, como o haviam feito os assassinos. Toda
vez que vacilavam na direção a tomar, os médiuns – Srs. Von Bourg e Knowles –
viam claramente o Espírito adiante deles indicando o caminho. Chegaram
finalmente à borda de um riacho, de águas tranquilas e profundas. ‘É aqui!’
declararam os médiuns. Mas havia já anoitecido, e foi preciso voltar ao ponto
de partida. No dia seguinte fizeram-se pesquisas. Indivíduos munidos de varas
sondaram o fundo do riacho; e, pouco depois, abaixo do sítio em que se faziam
as sondagens, mesmo no lugar em que o riacho se encontra com o Tâmisa, viu-se
boiar um cadáver à flor d’água. Um relógio, encontrado com o fúnebre despojo,
permitiu reconhecer o corpo do Sr. Foxwell. Uma permanência de seis semanas
debaixo d’água dera lugar à decomposição das carnes. O corpo se achava
revestido com os objetos descritos pelo médium. Pôde-se então reconhecer a
identidade, não somente pela presença do relógio e dos berloques, como também
por certas particularidades observadas nos dentes, etc.”
577. O
professor Bessi relata na “Revue des Études Psychiques” (maio de 1901) um outro
fenômeno de visão espontânea, de que foi testemunha em uma casa mal-assombrada
da Úmbria. O caso é tanto mais digno de nota quanto o professor, segundo sua
própria confissão, era absolutamente refratário a toda ideia espírita:
“Trabalhava
ele alta noite, escrevendo as derradeiras páginas de uma brochura que ia
publicar, quando de repente se apagou a lâmpada. O gabinete continuava,
entretanto, iluminado por débil claridade um tanto fosca. Diante dele um
espelho refletia uma luz ainda mais viva e, com ela, um quarto e móveis que lhe
eram desconhecidos. Uma senhora idosa, sentada em frente a uma mesa, escrevia
lentamente, em atitude muito absorta; meteu depois a folha escrita em um
envelope, que guardou na gaveta. Por último encostou a cabeça no espaldar da
poltrona e pareceu adormecer. A luz se extinguiu e a visão desapareceu. Horas
depois, vinha o professor a ter notícia do falecimento de uma tia de sua
mulher, a qual havia sido encontrada morta, em sua poltrona, encontrando-se
também na gaveta da mesa um testamento hológrafo”.(1)
578. Das
respostas pelo Sr. Bessi dadas às perguntas que lhe dirigi – diz o Sr. César de
Vesme, diretor da Revue des Etudes Psychiques –, resulta que a visão se
produziu à meia-noite, e que a senhora idosa foi encontrada morta às primeiras
horas da manhã. O agente teria sido, por conseguinte, a própria finada,
amparada por alguma assistência oculta; e como só o Sr. Bessi estava acordado
em casa, à hora da manifestação, foi ele o único que a apreciou.
579. O
órgão da audição, em condições idênticas ao fenômeno da visão, pode ser
igualmente influenciado pelos Espíritos. Myers refere o seguinte fato: “Lady
Caidly, na ocasião de tomar um banho, achando-se já fechada no banheiro e
despida, ouviu uma voz estranha e claramente distinta que dizia: Puxe o
ferrolho! Ela ficou surpreendida e olhou para todos os lados, mas em vão.
Quando se meteu no banho, ouviu ainda a voz repetir três vezes seguidas, com
insistência crescente: Puxe o ferrolho! Saiu então da banheira e puxou o ferrolho.
Mas ao voltar ao banho, perdeu os sentidos e caiu com a cabeça dentro d’água.
Por fortuna pôde, na queda, puxar o cordão da campainha. A criada de quarto
acudiu. Se a porta estivesse trancada, ela se teria infalivelmente afogado.”
(1) Hológrafo:
documento totalmente escrito a mão pelo seu autor.
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