A arte de renovar as
esperanças
A
política, quando impregnada do desejo justo de promover o bem comum, pode ser
definida como a arte de renovar as esperanças.
Foi
o que se observou durante a recente campanha eleitoral, cujo epílogo se
verifica neste domingo. Seja esse ou aquele o preferido, a verdade é que o povo
vota neste domingo com a convicção de que a cidade não pode retroceder, mas,
sim, consolidar as conquistas dos últimos anos e caminhar para a frente.
As
eleições têm esta particularidade: renovam as nossas combalidas esperanças, até
que surja, de novo, a oportunidade de fazer uma nova escolha.
Não
pertencer aos quadros de um partido político não significa ser avesso aos temas
que dizem respeito aos governos em geral e à possibilidade de que venhamos a
construir um país melhor, em que o povo tenha melhores condições relativamente
ao acesso à saúde, à educação, à segurança e ao emprego.
Ninguém,
por certo, ignora quanto um governo incapaz pode produzir em termos de
frustração e sofrimento. O povo brasileiro já passou por essa experiência
inúmeras vezes.
Claro
que o voto nem sempre acerta, mas não existe outro meio de aprender a votar, a
não ser votando.
O
leitor sabe que o Espiritismo vê com olhos bem diferentes a relatividade da
existência corpórea. Certamente, não podemos jamais descurá-la nem imaginar que
Deus a tenha criado sem razões mais sérias. Mas não podemos deixar de ressaltar
a finalidade essencialmente educativa das existências corporais.
Somos
viajores neste mundo. As conquistas que aqui fazemos são pontos afirmativos no
currículo que vamos escrevendo com nossos atos e nossas realizações. Devemos,
portanto, perseguir com todas as forças o objetivo de edificar aqui uma
civilização justa e fraterna, sem esquecer, porém, que essa civilização não
será duradoura se os homens que a formarem não se tornarem também, por sua vez,
justos e fraternos.
Algum
tempo atrás, quando passamos por um momento de esperança e de expectativas
semelhantes, mais tarde frustradas por uma sucessão de equívocos, veio-nos à
mente o que os Espíritos superiores disseram acerca do que eles entendem seja
uma civilização completa. “Vós a reconhecereis pelo seu desenvolvimento moral”,
afirmam os imortais, advertindo que só teremos o direito de nos dizermos
civilizados quando houvermos banido de nossa sociedade os vícios que a desonram
e passarmos a viver como irmãos, praticando a caridade cristã. Concluindo esse
pensamento, advertem eles: “Até esse momento, não sereis mais do que povos
esclarecidos, não tendo percorrido senão a primeira fase da civilização”. (Item
793 d´O Livro dos Espíritos.)
É
mais que evidente que a construção de uma civilização no nível reconhecido pelo
Espiritismo é tarefa muitíssimo superior às possibilidades da política de
partidos, pois requer esforço muito maior e um trabalho que não pode prescindir
da cooperação ativa das religiões, tendo Jesus por farol. Que fique, pois, com
a Política – com P maiúsculo – a tarefa de renovar as esperanças, mas cuidemos,
unidos pelo ideal cristão, de torná-las palpáveis e concretas neste país
gigante que, segundo Humberto de Campos (Espírito), foi escolhido por Jesus
como a Pátria do Evangelho.
Como
consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog,
clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e
os vários recursos que ele nos propicia.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário