O grande passo para a felicidade
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
De Londrina-PR
Há um quadrinho, com uma foto de quando eu era criança, pendurado hoje no meu quarto. Estou
sorridente, leve, feliz com toda simplicidade daquele momento. Tudo o que sou,
tudo o que, com enorme esforço, dor, aprendizado, erros e acertos, pude
conquistar também está naquele olhar singelo que sorri tão facilmente. E amo
aquele serzinho, amo olhar os olhinhos vivos.
E quando nos amamos,
a vida passa a ter mais luz, ânimo, sentido. Tantas boas atitudes pensamos ter
com o próximo, no entanto, conosco, precisamos agir primeiramente com as mais
nobres ações, pois, assim, se podemos senti-las compreendemo-las e se podemos
valorizá-las somos mais completos. Como posso amparar o próximo se encontro-me
em desamparo e fraqueza?
Então, se desejo
respeitar outrem, antes, preciso respeitar-me; se desejo amparar preciso estar
amparada; se desejo ser paciente com alguém necessito ter antes paciência
comigo; se desejo amar outros corações certamente necessito amar-me. Quando se
realiza o amor-próprio, todos os valores para doar ao outro, seguramente,
também serão realizados.
Ouvem-se repetidas
vezes queixas sobre o sofrimento que o outro causou a alguém. Entretanto, este
só se magoou porque assim permitiu. O que o outro faz é sua responsabilidade,
porém, o que fazemos requer nossa absoluta observação. E se vivermos sob as
ações alheias o que será de nossas próprias ações, o que será de nossa vida?
Quanto há a
conhecer, a progredir, a vivenciar. A cada dia tantas coisas a serem
observadas, palavras bondosas a serem proferidas, sorrisos, ajudas, gestos
fraternos, criação de felizes atitudes a si e ao universo. E se apenas
esperarmos a ação do outro a fim de desenvolvermos nossa própria realização,
sem dúvida, muito remoto será o acontecimento dos objetivos pequeninos ou
notáveis. Somos seres individuais pertencentes a uma família universal e que
precisam ter força, determinação, busca por conhecimento e muito amor para a
continuação dos dias.
Cada um é
exclusivamente tudo o que conquistou ao longo dos tempos e cada um será o seu
próprio grande companheiro até a eternidade. Então, não se deve atribuir a
nenhum outro ser os méritos ou deméritos adquiridos, pode-se, sim, ter o
aprendizado das ações vividas e das analisadas. Cada um é o seu tudo por
enquanto, o que já caminhou e o que tem a caminhar.
Por si, torna-se
imprescindível o amor-próprio, energia singular, pois a partir do que se pode
sentir é ainda o que se pode doar realmente. E que haja mais bondade ao longo
da vida. Quando tivermos de aclarar os pareceres da existência que estejamos
certos de que seremos inteiramente responsáveis por toda reação em nossos dias.
E sinceramente
sentir por si amor, respeito, paciência e carinho torna a vida mais brilhante e
com sentido, já que essa atitude é um grande passo para a felicidade. Relacionar-se
com outras pessoas é necessário e natural, no entanto, entregar a própria vida
nas mãos dessas pessoas, decerto, é viver frustração, desânimo e longínquo
atraso para o progresso.
Acabo de observar mais uma vez
os olhinhos vivos do retrato. E sei que devo amá-los ainda mais, pois se tanto
desejo a felicidade, o amor-próprio é o primeiro sentimento a despertar para a
compreensão dos seguintes a serem vividos.
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