Sem entendimento e
respeito, conciliação e afinidade espiritual torna-se difícil o êxito no
casamento.
Todos os pretendentes à
união conjugal carecem de estudar as circunstâncias do ajuste esponsalício
antes do consórcio, para isso existindo o período natural do noivado.
Aspecto deveras importante para ser analisado
será sempre o da crença religiosa. Efetivamente, se a religião idêntica no
casal contribui bastante para a estabilidade do matrimônio, a diversidade dos
pontos de vista não é um fator proibitivo da paz da família. Mas se aparecem
rixas no lar, oriundas do choque de opiniões religiosas diferentes, a
responsabilidade é claramente debitada aos esposos que se escolheram um ao
outro.
A tendência comum de um cônjuge é a de levar
o outro a pensar e agir como ele próprio, o que nem sempre é viável e nem pode
ocorrer. Eis por que não lhes cabe violentar situações e sentimentos, manejando
imposições recíprocas, mormente no sentido de se arrastarem a determinada
crença religiosa.
Deve partir do cônjuge de fé sincera a
iniciativa de patentear a qualidade das suas convicções, em casa, pelo convite
silencioso a elas, através do exemplo.
Não será por meio de discussões, censuras ou
pilhérias em torno de assuntos religiosos que se evidenciará algum dia a
excelência de uma doutrina.
Ao invés de murmurações estéreis, urge dar
provas de espiritualidade superior, repetidas no dia a dia. Em lugar de
conceitos extremados nas prédicas fatigantes, vale mais a exposição da crença
pela melhoria da conduta, positivando-se quão pior seria qualquer criatura sem
o apoio da religião.
Para os espíritas jamais será construtivo
constranger alguém a ler certas obras, frequentar determinadas reuniões ou
aceitar critérios especiais em matéria doutrinária. Quem deseje modificar a
crença do companheiro ou companheira, comece a modificar a si mesmo, na
vivência da abnegação pura, do serviço, da compreensão, do bom senso prático,
salientando aos olhos do outro ou da outra a capacidade de renovação dos
princípios que abraça.
O cônjuge é a pessoa mais indicada para
revelar as virtudes de uma crença ao outro cônjuge. Um simples ato de bondade,
no recinto do lar, tem mais força persuasiva que uma dezena de pregações num
templo onde a criatura comparece contrariada.
Uma única prova de sacrifício entre duas
pessoas que se defrontam, no convívio diário, surge mais eficaz como agente de
ensino que uma vintena de livros impostos para leituras forçadas.
Em resumo, depende do cônjuge fazer a sua
religião atrativa e estimulante para o outro, ao contrário de mostrá-la
fastidiosa ou incômoda.
Nos testemunhos de cada instante, no culto
vivo do Evangelho em casa e na lealdade à própria fé, persista cada qual nas
boas obras, porque, ante demonstrações vivas de amor, cessam quaisquer azedumes
da discórdia e todas as resistências da incompreensão.
Do livro Estude e Viva, obra
psicografada pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
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