Um leitor nos pergunta: Quanto tempo um
Espírito pode permanecer no plano espiritual? Quando e como ele decide que
precisa reencarnar?
Diz Richard Simonetti em “Quem tem medo dos Espíritos”
que a intermissão – o tempo que separa duas encarnações – é mais ou menos
longo, mas pesquisas feitas por cientistas diversos, valendo-se das técnicas de
regressão de memória, dão conta de que, em média, ela seria superior a 200
anos, um cálculo que pode ser aferido dividindo-se a população global da Terra
pelo número de nascimentos que se verificam anualmente.
É bom lembrar que em 1964, em mensagem publicada no
Anuário Espírita, André Luiz informou que a população desencarnada da Terra
andava perto de 21 bilhões de Espíritos. Como o planeta registrava naquela
época cerca de 3 bilhões de pessoas, a oitava parte da população total, não é
difícil entender que a fila para o retorno à carne é muito grande.
Deus não apressa a expiação, ensina o Espiritismo.
Chegando o momento em que sente a necessidade do retorno, o próprio interessado
o propõe, valendo-se dessa faculdade extraordinária, que é apanágio dos
Espíritos – o livre-arbítrio. Iniciam-se, então, os preparativos para o seu
retorno, que será precedido de uma programação reencarnatória, assunto que o
Codificador do Espiritismo tratou em “O Livro dos Espíritos” e na Revista
Espírita.
Nesta última, edição de 1866, pp. 182 e seguintes,
Kardec afirma que ao deixar a Terra, conforme as faculdades ali adquiridas, os
Espíritos buscam o meio que lhes é próprio, a menos que, não podendo estar
desprendidos, estejam na noite, nada vendo nem ouvindo.
Quando se prepara para reencarnar, o Espírito submete
suas ideias às decisões do grupo a que pertence. O grupo discute o assunto,
pesquisa, aconselha. O Espírito pode, então, aconselhado, esclarecido,
fortificado, seguir, se quiser, seu caminho, ciente de que terá na jornada
terrena uma multidão de Espíritos invisíveis que não o perderão de vista e o
assistirão.
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