domingo, 26 de fevereiro de 2017

Reflexões à luz do Espiritismo


Por que é um equívoco a liberação dos bingos e dos cassinos?

Em um país em crise, com tantos problemas a resolver, só faltava isto: a liberação no Brasil dos jogos de azar, dos bingos e dos cassinos.
O tema deve entrar a qualquer momento na pauta do Congresso Nacional, evidenciando claramente que os dirigentes da nação ignoram ou minimizam o dano que o jogo de azar é capaz de causar à sociedade. Os partidários da ideia entendem que a liberação de bingos e cassinos seria benéfica porque aumentaria a arrecadação de impostos e contribuiria, ao mesmo tempo, para a geração de empregos.
Nada mais equivocado!
Como advertiu Paulo de Tarso em conhecida epístola, tudo na vida nos é lícito, mas nem tudo nos convém.
O jogo de azar gera uma série de efeitos negativos, tanto naqueles que costumam ser contemplados com a chamada sorte no jogo, como naqueles que despendem nessa prática recursos vultosos desviados do orçamento doméstico, fato que chega, em muitos casos, a levá-los à ruína econômica e financeira.
Algum tempo atrás, um amigo de lides espíritas atendeu um colega que lhe solicitou ajuda. “Ajuda para quê?” – perguntou o amigo. Ajuda para livrar-se da tentação de jogar, algo de que ele pensava estar livre, mas que voltava com toda a força, embora o vício do jogo o tenha levado, no passado, a perder tudo o que tinha, inclusive a própria casa.
Aos dotados da sorte no jogo, se é que podemos chamar isso de sorte, o jogo passa a ideia de que é melhor jogar do que trabalhar, incentivando assim a indolência e a indisposição para a prática de uma atividade honesta.
Aos chamados azarados, o jogo de azar pode trazer a ruína, não somente em termos econômicos e financeiros, mas a ruína moral, com todas as consequências que esse fato é capaz de causar no seio de uma família.
Quando praticado sem interesse financeiro e como singelo entretenimento, o jogo não é intrinsecamente mau. Mas ninguém pode ignorar seu potencial viciante, fato que levou a Organização Mundial de Saúde, em 1992, a incluir os jogos de azar na lista oficial de doenças, visto que o vício de jogar causa a degradação moral do cidadão, que se torna escravo de uma situação da qual é, muitas vezes, incapaz de sair. O jogador compulsivo, segundo entendimento dos especialistas, não destrói apenas a pessoa que joga, mas causa frequentemente prejuízos de toda ordem à sua família, freando, por incontáveis vezes, o desenvolvimento de crianças e jovens. Não é difícil, pois, compreender que os malefícios do vício no jogo têm impacto, em última análise, em toda a sociedade.
Eis, segundo nota publicada no website Brasil sem Azar - http://brasilsemazar.com.br/12-coisas-sobre-jogos-de-azar/ - doze razões por que semelhante ideia não deve prosperar em nosso país:
1. O mercado da jogatina é extremamente propício para a lavagem de dinheiro. A possibilidade de uso de recursos financeiros, seja em bingos, cassino ou jogo do bicho, facilita que criminosos, na posição de clientes, possam transformar dinheiro sujo em verbas legais.
2. Além de envolver a lavagem de dinheiro, o mercado dos cassinos também favorece os crimes de corrupção e sonegação fiscal, já que os recursos obtidos pelo jogo só favorecem a agentes públicos envolvidos diretamente com esse mercado financeiro.
3. O Brasil não tem estrutura adequada para amenizar os riscos da atividade ilegal e realizar seu efetivo controle, de acordo com alguns órgãos estatais como a COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e a Receita Federal.
4. Problemas relacionados aos jogos de azar atingem cerca de 8% a 10% da população brasileira em potencial. Parte dela já sofre algum tipo de patologia por conta do jogo.
5. O jogo pode facilmente mudar de uma simples brincadeira para um problema mais sério. Quando se torna um problema, ele é chamado de “Ludomania”.
6. Dentre os problemas relacionados se encontra o vício compulsivo. Isso acontece devido a uma desordem de controle de impulso, quando os jogadores não apresentam controle psicológico no momento de realizar um jogo.
7. A atividade cerebral é a mesma da cocaína, dizem cientistas da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, que fizeram um experimento com ressonância magnética em pessoas viciadas em jogo e pessoas que utilizaram cocaína.
8. Em 1992, a Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou o jogo compulsivo no Código Internacional de Doenças, ao lado da dependência do álcool, da cocaína e de outras drogas.
9. Com o vício, outra grande consequência diz respeito às dificuldades financeiras nas famílias envolvidas diretamente com um indivíduo viciado. Endividamento, contas atrasadas, pedidos constantes de dinheiro emprestado, roubo de objetos da casa e imóveis penhorados estão dentre os casos mais comuns decorrentes da perda de dinheiro.
10. As consequências do jogo contínuo e ininterrupto podem também incluir desgastes físicos como úlceras nervosas, enxaquecas e ataques cardíacos.
11. Com os inúmeros problemas acumulados pela dificuldade financeira e desequilíbrio psicológico, surge a depressão. Em alguns casos, o suicídio pode ser a consequência.
12. O jogo compulsivo é uma doença comportamental e o viciado necessita de uma intervenção rigorosa da família. Para tal, é necessário tratamento especializado,  com apoio, inclusive, da psicoterapia.
Seria, assim, de todo conveniente que o pretendido projeto não prosperasse, para o bem da sociedade brasileira, sufocada em uma crise política e moral sem precedentes, agravada pela corrupção, pela inflação, pela recessão e pelo desemprego, com todas as suas nefastas consequências.



Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.




Nenhum comentário:

Postar um comentário