Comunicabilidade dos
Espíritos
Este
é o módulo 15 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao
estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões
para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões
apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
1. A possibilidade
de comunicar-se com os chamados mortos é fato recente na história da
Humanidade?
2. Por que Moisés
proibiu o intercâmbio entre os homens e os Espíritos?
3. Para ser médium é
preciso ter um comportamento moral elevado?
4. Qual é, segundo o
Espiritismo, o objetivo da mediunidade?
5. Como entender, à
vista dos ensinamentos espíritas, a interdição das relações entre os homens e
os mortos?
Texto para leitura
O fenômeno mediúnico e a lei mosaica
1. A
comunicabilidade dos Espíritos com os encarnados é um fato antiquíssimo, com a
única diferença de que no passado ela era conhecida somente pelos chamados
iniciados e na atualidade, com o Espiritismo, tornou-se um fenômeno
generalizado.
2. A possibilidade
de os Espíritos se comunicarem é um fato já muito bem estudado e comprovado,
mas correntes religiosas diferentes da Doutrina Espírita criticam-na,
baseando-se na proibição mosaica de evocação dos mortos.
3. Para melhor
compreensão das palavras de Moisés, vejamos o texto:
“Não vos desvieis
para procurar mágicos; não consulteis os adivinhos, e receais que vos
contamineis, dirigindo-vos a eles. Eu sou o senhor vosso Deus.” (Levítico, cap.
XIX, v.31.)
“O homem ou mulher
que tiver Espírito de adivinho, morra de morte. Serão apedrejados, e o seu
sangue recairá sobre eles.” (Levítico, cap. XX, v.27.)
“E entre vós ninguém
haja que pretenda purificar filho ou filha passando-os pelo fogo; que use
malefícios, sortilégios e encantamentos; que consulte os que têm o Espírito de
adivinhar, interrogando os mortos para saber a verdade. O senhor abomina todas
essas coisas e exterminará todos esses povos, à vossa entrada, por causa dos
crimes que têm cometido.” (Deuteronômio, cap. XVIII, vv. 9, 10, 11 e 12.)
Objetivo da proibição mosaica
4. Se a lei de
Moisés deve ser rigorosamente observada neste ponto, então por que não
observá-la, também, nos outros pontos? A resposta é conhecida. Sabe-se que a
lei mosaica não é aplicada hoje porque não está mais de acordo com a nossa
época e com os nossos costumes. Ora, o mesmo ocorre relativamente à proibição
da evocação dos mortos e do trato com os Espíritos.
5. O legislador
hebreu queria que o seu povo abandonasse todos os costumes adquiridos no Egito,
onde as evocações estavam em uso e facilitavam abusos, inclusive o comércio
grosseiro, associado às práticas da magia e do sortilégio e acompanhado até
mesmo de sacrifícios humanos.
6. A proibição de
Moisés foi, assim, justíssima, porquanto as relações que então se estabeleciam
com os Espíritos não se baseavam nos sentimentos de respeito, afeição ou
piedade para com eles, sendo antes um recurso para adivinhações, habilmente
exploradas pelo charlatanismo.
A mediunidade segundo o Espiritismo
7. O Espiritismo
veio mostrar o fim exclusivamente moral, consolador e religioso das relações
com a espiritualidade. Os espíritas não fazem sacrifícios humanos, não
interrogam astros, adivinhos e magos para se informar de qualquer coisa, não
usam objetos, medalhas, talismãs, fórmulas sacramentais ou lugares lúgubres e
horários específicos para atrair ou afastar Espíritos.
8. O espírita sabe
que o conhecimento do futuro é vedado ao homem, e só em casos raríssimos e
excepcionais é que Deus faculta a sua revelação. Se o homem conhecesse o
futuro, por certo negligenciaria o presente e não agiria com a mesma liberdade.
9. A mediunidade não
é uma faculdade inerente apenas ao homem de bem e, por isso, todos podem
possuí-la. Contudo, a moralização do médium libera-o da influência de Espíritos
inferiores e perversos, que se sentem, então, impossibilitados de exercer
domínio sobre os sensitivos, por lhes faltarem condições para a necessária
sintonia. A prática mediúnica constitui, portanto, um fator de progresso humano
pelos benefícios que acarreta.
A Igreja e as manifestações dos mortos
10. Repelir as
comunicações significa, pois, repudiar o meio mais poderoso de instrução, já
pela iniciação nos conhecimentos da vida futura, já pelos exemplos que as
comunicações nos fornecem.
11. A experiência
nos ensina, além disso, que é grande o bem que podemos fazer desviando do mal
os Espíritos imperfeitos e ajudando os que sofrem a desprender-se da matéria e se
aperfeiçoarem.
12. Interditar as
comunicações equivale, portanto, a privar as almas sofredoras da assistência
que lhes podemos e devemos dispensar, razão por que, atualmente, até a Igreja,
pela voz de vários de seus pastores – entre eles frei Boaventura Kloppenburg,
padre François Brune e padre Gino Concetti –, admite que a comunicação com os
Espíritos pode ser salutar, especialmente pelo conforto moral que traz aos que
se encontram desesperados com a perda de um ente querido.
Respostas às questões propostas
1. A possibilidade de comunicar-se com os chamados
mortos é fato recente na história da Humanidade?
Não. A
comunicabilidade dos Espíritos com os encarnados é um fato antiquíssimo, com a
única diferença de que no passado ela era conhecida somente pelos chamados
iniciados e na atualidade, com o Espiritismo, tornou-se um fenômeno
generalizado.
2. Por que Moisés proibiu o intercâmbio entre os homens
e os Espíritos?
Moisés queria que
seu povo abandonasse todos os costumes adquiridos no Egito, onde as evocações
estavam em uso e facilitavam os abusos, inclusive o comércio grosseiro,
associado às práticas da magia e do sortilégio e até mesmo de sacrifícios
humanos. A proibição de Moisés foi, assim, justíssima, porquanto as relações
que então se estabeleciam com os Espíritos não se baseavam nos sentimentos de
respeito, afeição ou piedade para com eles, sendo antes um recurso para
adivinhações, habilmente exploradas pelo charlatanismo.
3. Para ser médium é preciso ter um comportamento moral
elevado?
Não. A mediunidade
não é uma faculdade inerente apenas ao homem de bem e, por isso, todos podem
possuí-la. Ressalve-se, no entanto, que a moralização do médium libera-o da
influência de Espíritos inferiores e perversos, que se sentem, então,
impossibilitados de exercer domínio sobre os sensitivos por lhes faltarem
condições para a necessária sintonia.
4. Qual é, segundo o Espiritismo, o objetivo da
mediunidade?
O Espiritismo
mostra-nos o fim exclusivamente moral, consolador e religioso das relações com
a espiritualidade. Nas práticas do Espiritismo, conforme os ensinamentos de
Kardec e seus seguidores, não se fazem sacrifícios humanos, não se interrogam
astros, adivinhos e magos para se informar de qualquer coisa, não se usam
objetos, medalhas, talismãs, fórmulas sacramentais, nem se escolhem lugares
lúgubres e horários específicos para atrair ou afastar Espíritos.
5. Como entender, à vista dos ensinamentos espíritas, a
interdição das relações entre os homens e os mortos?
Em face da
finalidade superior da mediunidade, repelir as comunicações é repudiar um meio
poderoso de instrução, já pela iniciação nos conhecimentos da vida futura, já
pelos exemplos que as comunicações nos fornecem. Interditar as comunicações
equivale a privar as almas sofredoras da assistência que lhes podemos e devemos
dispensar, razão por que, atualmente, até a Igreja, pela voz de vários de seus
pastores, entre eles frei Boaventura Kloppenburg, padre François Brune e padre
Gino Concetti, admite que a comunicação com os Espíritos pode ser salutar,
especialmente pelo conforto moral que traz aos que se encontram desesperados
com a perda de um ente querido.
Nota:
Eis
os links que remetem aos textos
anteriores:
Módulo
1 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/11/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita.html
Módulo
4 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/12/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita.html
Módulo
5 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/12/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_8.html
Módulo
9 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/01/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita.html
Módulo 10 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/01/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_12.html
Módulo
11 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/01/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_19.html
Módulo
12 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/01/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_26.html
Módulo
13 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita.html
Módulo
14 – http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_9.html
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