Continuamos hoje à noite, como fazemos todas as semanas, o estudo da obra Nos
Domínios da Mediunidade, de André Luiz (Espírito), psicografada por Francisco
Cândido Xavier.
Eis as questões examinadas na reunião:
1. Que é uma sonâmbula perfeita?
2. Na atividade mediúnica, é preferível a psicofonia consciente ou a
sonambúlica?
3. Que ocorreu quando o obsessor viu no recinto sua vítima?
Depois de ligeiro debate em torno das questões citadas, foram
apresentadas e comentadas as respostas, seguindo-se a leitura e estudo do texto-base
pertinente ao estudo da noite.
Eis as respostas dadas às questões mencionadas:
1. Que é
uma sonâmbula perfeita?
A explicação
foi dada pelo Assistente Aulus, referindo-se à médium Celina, para ele uma
sonâmbula perfeita: "A psicofonia, em seu caso, se processa sem
necessidade de ligação da corrente nervosa do cérebro mediúnico à mente do
hóspede que o ocupa". A espontaneidade dela é tamanha na cessão de seus
recursos, que não tem qualquer dificuldade para desligar-se de maneira
automática do campo sensório, perdendo provisoriamente o contacto com os
centros motores da vida cerebral. "Sua posição medianímica é de extrema
passividade. Por isso mesmo, revela-se o comunicante mais seguro de si na
exteriorização da própria personalidade", acrescentou Aulus. Esse fato não
significa, contudo, que a médium estivesse ausente ou irresponsável. Junto de
seu corpo, agia como mãe generosa, auxiliando o sofredor que por ela se
exprimia, qual se fora frágil protegido de sua bondade. (Nos Domínios da
Mediunidade, cap. 8, págs. 72 a
74.)
2. Na
atividade mediúnica, é preferível a psicofonia consciente ou a sonambúlica?
Esta pergunta
surgiu porque Hilário (o amigo de André Luiz) observou que Dona Eugênia, com
sua psicofonia consciente, exercia um controle mais direto sobre o comunicante,
ao passo que Dona Celina, embora o vigiasse, deixava-o mais à vontade, mais
livre. Se Celina não fosse a trabalhadora hábil, capaz de intervir a tempo, não
seria preferível a faculdade de Eugênia? O Assistente Aulus concordou: "O
sonambulismo puro, quando em mãos desavisadas, pode produzir belos fenômenos,
mas é menos útil na construção espiritual do bem. A psicofonia inconsciente,
naqueles que não possuem méritos morais suficientes à própria defesa, pode
levar à possessão, sempre nociva, e que, por isso, apenas se evidencia integral
nos obsessos que se renderam às forças vampirizantes". (Obra citada,
cap. 8, págs. 74 a
76.)
3. Que
ocorreu quando o obsessor viu no recinto sua vítima?
O Espírito obsessor
voltou-se para Pedro (a vítima) e pareciam dois contendores engalfinhados em
luta feroz. O obsidiado sentiu o golpe como se ali estivesse ocorrendo um
autêntico ataque epiléptico, com toda a sua clássica sintomatologia, porque tinha
a face transfigurada por indefinível palidez, os músculos jaziam tetanizados e
a cabeça, exibindo os dentes cerrados, mostrava-se flectida para trás,
enquanto os braços se assemelhavam a dois galhos de arvoredo, quando
retorcidos pela tempestade.
Tetanizado
significa que a pessoa se encontra num estado semelhante ao causado pelo tétano,
doença infecciosa que se caracteriza por trismo, espasmos musculares
generalizados, contração muscular tônica contínua. O vocábulo trismo quer dizer:
alteração motora dos nervos trigêmeos, que impossibilita a abertura da boca.
Em seguida à
rigidez do corpo, vieram estranhas convulsões que se estenderam aos olhos, que
se moviam em reviravoltas contínuas. O insensível perseguidor como que se
entranhou no corpo da vítima e pronunciou duras palavras, que só André e seus
companheiros puderam ouvir, uma vez que as funções sensoriais de Pedro
mostravam-se em deplorável inibição. (Obra citada, cap. 9, págs. 77 a 79.)
*
Na próxima terça-feira apresentaremos neste Blog a síntese do estudo
realizado, para que os interessados, se assim o quiserem, possam acompanhar o
seu desenvolvimento.
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