O bem e o mal
Este é o módulo 30 de uma série que esperamos sirva
aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo
compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões
apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
1. Como os Espíritos que contribuíram para a
codificação do Espiritismo definem a moral?
2. A que fator, na visão espírita, o progresso
moral se liga intimamente?
3. Que é, segundo a doutrina espírita, um ser
moral?
4. Que significa fazer o bem?
5. Que é o mal?
Texto para leitura
A moral é a regra de bem proceder
1. A moral consubstancia os princípios salutares
do comportamento humano de que resulta o respeito ao próximo e a si mesmo.
Decorrência natural da evolução, estabelece as diretrizes em que se fundam os
alicerces da Civilização, produzindo matrizes de caráter que vitalizam as
relações humanas, sem as quais o homem,
por mais avançado que esteja no domínio da técnica, poucos passos teria
conseguido desde os estados primários do sentimento.
2. A moral é, no dizer dos Espíritos que
contribuíram para a codificação do Espiritismo, a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal, e se
funda na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo
bem de todos, porque então estará cumprindo a lei estabelecida pelo Criador.
3. Melhor conceito do que esse é difícil de
elaborar. É que os Espíritos superiores, de maneira objetiva e simples, revelam
que a moralidade se fundamenta no progresso espiritual da criatura humana e é
adquirida paulatinamente, através das diversas experiências reencarnatórias.
Sua observância tem por base o conhecimento e a prática da lei natural, de tal
forma que o progresso moral se liga intimamente à prática do bem.
4. A partir do momento em que o relacionamento
humano se expandiu pelas necessidades de vivência comutativa, o homem sentiu o
desejo de elaborar leis que estabelecessem organizações sociais mais
apropriadas ao meio em que vivia. Passou-se então a fazer distinção entre o bem
e o mal. Somente a partir de Sócrates a moral passou a ser considerada pela
filosofia, porquanto até então era ela definida arbitrariamente, de acordo com
o equilíbrio ou o desequilíbrio das pessoas.
5. O sentido de moralidade é, contudo, um só, ou
seja, é a norma de bem proceder em quaisquer circunstâncias, independentemente
do estado socioeconômico do indivíduo. Todo o cuidado se faz preciso para não
confundirmos conveniências sociais – que podem gerar dissolução dos costumes –
com a verdadeira prática da moral.
A lei divina está gravada em nossa consciência
6. Diante desses conceitos, podemos afirmar que,
em qualquer época, o homem que conhece e pratica a lei de Deus é um ser moral –
um ser que não se prende às superficialidades das convenções e dos modismos da
chamada sociedade ou civilização moderna.
7. À medida que vamos aprendendo a distinguir o
bem do mal, vamo-nos moralizando, isto porque fazer o bem é agir conforme a lei
divina, é proceder conforme a lei natural. Fazer o mal é infringir essa mesma
lei, é agir exatamente de modo contrário.
8. Ensina o Espiritismo que Deus promulgou leis
plenas de sabedoria, tendo por único objetivo o bem, e o homem encontra em si
mesmo tudo o que lhe é necessário para cumpri-las. A consciência traça-lhe a
rota, visto que a lei divina está gravada nela mesma e, além disso, Deus nos
leva a recordá-la constantemente por intermédio de seus messias e profetas, bem
como de todos os indivíduos que trazem a missão de esclarecer, moralizar e
melhorar o ser humano.
9. Os chamados males da vida que afligem a
Humanidade formam duas categorias que importa distinguir: a dos males que o
homem pode evitar e a dos males que independem de sua vontade, os quais são
geralmente a consequência de sua conduta pretérita.
10. Se o homem se conformasse rigorosamente com as
leis divinas, poupar-se-ia, sem qualquer dúvida, aos mais agudos males e
viveria ditoso na Terra. Se assim não procede, é em virtude do seu
livre-arbítrio. Sofre, então, as consequências do seu proceder.
O mal não tem existência real
11. O Criador, que é também todo bondade, sempre
põe o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia a solução,
pois chega um momento em que o excesso do mal moral torna-se intolerável e
impõe ao homem a necessidade de mudar de vida. Instruído pela experiência, ele
se sente, desse modo, compelido a buscar no bem o remédio, valendo-se do seu
livre-arbítrio.
12. Quando toma um rumo diferente, um caminho
melhor, é porque reconheceu os inconvenientes do outro. A necessidade leva-o,
pois, a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o
constrange a melhorar as condições materiais de sua existência.
13. A prática do bem está, assim, relacionada com
o grau de responsabilidade do homem. Com o progresso, o mal decresce
automaticamente, pois seu caráter é relativo e passageiro, e ele nada mais é
que o resultado da condição da alma ainda criança que se ensaia para a vida.
Como decorrência dos progressos realizados pela criatura humana, o mal pouco a
pouco diminui, perde fôlego e dissipa-se, na proporção em que a alma sobe os
degraus que a conduzem à virtude e à sabedoria.
14. Assim considerando, o mal não tem existência
real. Não há o mal absoluto no Universo, mas sim, em toda parte, a realização
vagarosa e progressiva de um ideal superior. A justiça patenteia-se no cosmo,
onde não existem eleitos e réprobos, mas indivíduos que sofrem todas as consequências
de seus atos, e reparam, resgatam, e, cedo ou tarde, regeneram-se para
evolverem desde os mundos obscuros e materiais até à luz divina.
Respostas às questões propostas
1. Como os Espíritos que contribuíram para a codificação do Espiritismo
definem a moral?
A moral é, no dizer dos Espíritos, a regra de bem proceder, isto é, de
distinguir o bem do mal, e se funda na observância da lei de Deus. O homem
procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então estará cumprindo a
lei estabelecida pelo Criador.
2. A que fator, na visão espírita, o progresso moral se liga
intimamente?
Segundo os Espíritos superiores, a moralidade se
fundamenta no progresso espiritual da criatura humana e é adquirida
paulatinamente, através das diversas experiências reencarnatórias. Sua
observância tem por base o conhecimento e a prática da lei natural, de tal
forma que o progresso moral se liga intimamente à prática do bem.
3. Que é, segundo a doutrina espírita, um ser moral?
O homem que conhece e pratica a lei de Deus é um
ser moral – um ser que não se prende às superficialidades das convenções e dos
modismos da chamada sociedade ou civilização moderna.
4. Que significa fazer o bem?
Fazer o bem é agir conforme a lei divina, é
proceder conforme a lei natural. Fazer o mal é infringir essa mesma lei, é agir
exatamente de modo contrário.
5. Que é o mal?
O mal não tem existência real. Não há o mal
absoluto no Universo, mas sim, em toda parte, a realização vagarosa e
progressiva de um ideal superior. No cosmo, não existem eleitos e réprobos, mas
indivíduos que sofrem todas as consequências de seus atos, e reparam, resgatam,
e, cedo ou tarde, regeneram-se para evolverem desde os mundos obscuros e
materiais até à luz divina.
Nota:
Eis os links que remetem aos 3
últimos textos:
Módulo 27 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/05/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_11.html
Módulo 28 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/05/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_18.html
Módulo 29 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/05/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_25.html
Como consultar as matérias deste
blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele
nos propicia.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário