A Reencarnação
Gabriel Delanne
Parte 9
Continuamos o estudo do clássico A
Reencarnação, de Gabriel Delanne, de acordo com a tradução feita por Carlos
Imbassahy publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de
iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
1) questões preliminares;
2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no
final do texto indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Os Espíritos materializados podem andar, falar, escrever?
B. Onde e como o perispírito adquiriu suas propriedades?
C. Segundo Pitres, Bourru, Janet e outros, as aquisições que fazemos
deixam um traço indelével em nós. Nem sempre, porém, vêm à nossa consciência,
de imediato, todas as coisas que estudamos. Isso significa que esse
conhecimento se perdeu?
D. Existe a hereditariedade psicológica?
Texto para leitura
154. Vimos, das pesquisas feitas pelos sábios mais notáveis do mundo inteiro,
que existe no homem um princípio transcendental, desconhecido dos quadros da
Fisiologia oficial, porque se nos revela com faculdades que o tornam muitas
vezes independente das condições de tempo e espaço que regem o mundo material.
(PÁG. 281)
155. É absolutamente certo que o pensamento de um indivíduo pode
exteriorizar-se e agir a distância sobre outro ser vivo, independentemente de
qualquer ação sensorial. A isso chamamos Telepatia. (PÁGS. 281 e 282)
156. O conjunto das provas nos permite dizer que o Espírito não é um
produto do corpo, pois que sobrevive à morte física, e possui sempre o mesmo
organismo fluídico, que o acompanha durante a vida e o individualiza depois que
se separa do corpo material. (PÁG. 283)
157. Durante a vida, o conhecimento do perispírito faz-nos compreender:
1º - a conservação do tipo individual, apesar da renovação incessante de todas
as moléculas carnais; 2º - a reparação das partes lesadas; 3º - a continuidade
das funções vitais, num meio continuamente em renovação. (PÁG. 283)
158. Nas sessões de materialização se forma um ser estranho aos
assistentes e que é objetivo, porque todos o descrevem da mesma maneira, porque
é possível fotografá-lo, porque deixa impressões digitais, porque age
fisicamente e porque pode falar e escrever. (PÁGS. 283 e 284)
159. O ser materializado possui todas as propriedades fisiológicas de
um ser humano comum e faculdades psicológicas. (PÁG. 284)
160. Uma vez que o perispírito possui a faculdade de materializar-se,
supomos que no instante do nascimento é ele que forma seu invólucro corporal,
que não passa de uma materialização estável e permanente. (PÁG. 284)
161. O corpo espiritual conserva o estatuto das leis biológicas que
regem a matéria organizada, e contém todos os arquivos da vida mental. (PÁG.
284)
162. Verificamos que as faculdades transcendentais, como a telepatia, a
clarividência e mesmo a ideoplastia, existem também nos animais. (PÁG. 285)
163. O perispírito adquiriu suas propriedades funcionais no curso de
suas evoluções terrestres, passando, sucessivamente, por toda a fieira da série
animal, numa gradação sucessiva e numa evolução contínua. (PÁG. 286)
164. Em todos os seres vivos há as mesmas contribuições orgânicas, as
mesmas funções vitais, o mesmo princípio pensante, o mesmo invólucro
perispiritual. (PÁG. 287)
165. As experiências de Pitres, Bourru e Burot, Janet e outros provaram
que tudo que recebemos deixa um traço indelével, mas as aquisições intelectuais
não se apresentam simultaneamente à consciência: a regra é que seu maior número
seja esquecido. Esse esquecimento não significa, porém, destruição. (PÁG. 288)
166. A subconsciência registra sempre os estados mentais e os associa
indissoluvelmente aos estados fisiológicos contemporâneos, de sorte que,
ressuscitando-se os primeiros, fazem-se renascer os segundos, e vice-versa.
Essa regressão da memória pode dar-se espontaneamente ou ser provocada por
diferentes processos. Os espiritistas, praticando as experiências magnéticas,
descobriram esse poder de renovação das lembranças terrestres, durante a vida,
e prosseguiram na regressão até os estados anteriores ao nascimento atual.
(PÁGS. 288 e 289)
167. As personalidades distintas que se observam em cada encarnação não
prejudicam o princípio da identidade, pois verificamos que um mesmo indivíduo,
no curso da vida, pode apresentar oposições prodigiosas de caráter, como Luís
V., ora calmo e honesto, ora ladrão e turbulento. (PÁG. 290)
168. Desde que o perispírito possui o poder de organizar a matéria, é a
ele que atribuímos essa função para explicar a formação do embrião e do feto.
(PÁG. 291)
169. Os caracteres secundários, pertencentes aos pais, podem ser
atribuídos a uma ação magnética do pai e da mãe, que modifica mais ou menos
profundamente o tipo perispiritual do ser que se encarna, para lhe dar
semelhança com seus genitores. (PÁG. 291)
170. Essa hereditariedade física existe, mas não é geral nem absoluta:
o mesmo não acontece quando se trata da hereditariedade psicológica, que não
existe nunca. (PÁG. 292)
171. Cada ser, voltando à Terra, traz consigo a bagagem do passado.
(PÁG. 292)
Respostas às questões
preliminares
A. Os Espíritos
materializados podem andar, falar, escrever?
Sim. Quando materializado, o Espírito deixa impressões digitais, age
fisicamente e pode falar e escrever, como se encarnado estivesse. (A Reencarnação, cap. XIII, págs. 283 e
284.)
B. Onde e como o
perispírito adquiriu suas propriedades?
O perispírito adquiriu suas propriedades funcionais no curso de suas
evoluções terrestres, passando, sucessivamente, por toda a fieira da série
animal, numa gradação sucessiva e numa evolução contínua. (Obra citada, cap.
XIII, págs. 284 a 287.)
C. Segundo Pitres, Bourru,
Janet e outros, as aquisições que fazemos deixam um traço indelével em nós. Nem
sempre, porém, vêm à nossa consciência, de imediato, todas as coisas que
estudamos. Isso significa que esse conhecimento se perdeu?
Não. Esse esquecimento não significa destruição, porque ele jamais se
perde. A subconsciência registra os estados mentais e os associa
indissoluvelmente aos estados fisiológicos contemporâneos, de sorte que,
ressuscitando-se os primeiros, fazem-se renascer os segundos, e vice-versa.
Essa regressão da memória pode dar-se espontaneamente ou ser provocada por
diferentes processos. (Obra citada, cap. XIII, págs. 288 e 289.)
D. Existe a hereditariedade
psicológica?
Se a hereditariedade física existe, embora não seja geral nem absoluta,
o mesmo não acontece quando se trata da hereditariedade psicológica, que não
existe nunca. É o próprio indivíduo que, voltando à Terra, traz consigo a
bagagem do passado, sendo portanto herdeiro de si mesmo. (Obra citada, cap.
XIII, págs. 291 e 292.)
Nota:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:
Parte 6 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/05/iniciacao-aos-classicos-espiritas_26.html
Parte 7 – http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/06/iniciacao-aos-classicos-espiritas.html
Parte 8 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/06/iniciacao-aos-classicos-espiritas_9.html
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