terça-feira, 26 de novembro de 2024

 



A paciência nos salva

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

 

O bom ditado nos diz: a paciência é mãe da sabedoria. E, sem dúvida, é realmente mãe. Sabe-se esperar quando há confiança no andamento da vida, lembrando que para um único ato acontecer milhares de outros ocorreram anteriormente. Mas a nossa impaciente paciência nos planta outras muitas hipóteses desacreditadas “e se”. Pois bem, se para tudo há o encadeamento necessário e se colaboramos positivamente, então, o que deve acontecer já está encaminhado. É a nossa paciência que mais precisa se solidificar.

E tantos aborrecimentos não surgiriam se compreendêssemos que os fatos não devem ocorrer de acordo com a nossa vontade, mas unicamente pela vontade da razão mais universal. Todos os acontecimentos atendem uma força maior e quando forçamos algo sem análise (apenas por egoísmo), muito provavelmente a infelicidade e a insatisfação serão convidadas primeiras a se instalarem no território emocional. A eternidade nos pertence. Quando o nosso sentimento egoísta fala mais alto, o sofrimento surge em seguida.

A vivência pautada nos bons atos e nobres preceitos sempre será a melhor escolha e a compreensão de que se algo desejado ainda não ocorreu mesmo com a nossa colaboração , a espera raciocinada e a sabedoria absoluta da vida amorosamente nos acalmarão e nos fortalecerão para o continuado caminho. Tudo é bem mais certo do que imaginamos (ou desejamos).

É, na verdade, mais uma questão de como ver a vida, de sua valorização, pois há tanta maravilha, que nos acostumamos com isso e aumentamos (infelizmente) a nossa exigência pela realização de nossos desejos tão pessoais. A partir de uma postura mais confiante e bondosa, os dias se tornam mais harmoniosos e completos, pois quando se age com as melhores atitudes e expectativas, naturalmente a mesma energia retorna. Abençoada lei da ação e reação.

Não é de admirar que situações desafortunadas aconteçam com certa frequência nas variadas localidades do Planeta, porque quando a impaciência respira alto sufoca a palavra calma da confiança. Onde houver amor, haverá paz; onde houver sabedoria, haverá uma vida mais completa e compreendida.

Ainda a impaciência gera inúmeros arrependimentos, pois cria situações que nunca deveriam existir, envergonha, humilha ambas as partes e, muitas vezes, destrói relações que deveriam se fortalecer. A impaciência amargura e fere. Quantas vezes nos arrependemos do que fizemos ou nos afligimos com o pensamento de que se algo tivesse ocorrido na nossa exigente hora e maneira seria uma enorme desventura. Graças a Deus que a nossa individualista vontade nem sempre acontece da forma como queremos.

Em vez de exigirmos tanto, infinitamente melhor seria entender mais a vida, ou seja, nós mesmos. E à medida que compreendermos que a vida não gira em torno de nós, mais verdadeira compreensão haveria. O nosso egoísmo caprichoso “ainda” nos impede de voar.

 

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